Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Ano: 2023 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP Provas: Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Assistente Social | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Cirurgião Dentista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Contador | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Coordenador de Controle Interno | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Enfermeiro | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Engenheiro Agrônomo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Engenheiro Civil | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Farmacêutico | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Fisioterapeuta | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Fonoaudiólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Psicólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Supervisor de Educação | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Tesoureiro | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Clínico Geral Plantonista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Ginecologista/Obstetra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Pediatra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Veterinário | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Professor de Arte | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Professor de Educação Física | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica I - Ensino Especial | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Língua Inglesa |
Q2199366 Português
História estranha

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental! Vivendo e... Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto mais jogá-la com a precisão que tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra "gude". Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude. Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a fórmula de fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha e água e muita confusão na cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. A gente começava a contar depois de ver um relâmpago e o número a que chegasse quando ouvia a trovoada, multiplicado por outro número, dava a distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. Ainda no terreno dos sons: tinha uma folha que a gente dobrava e, se ela rachasse de um certo jeito, dava um razoável pistom em miniatura. Nunca mais encontrei a tal folha. E espremendo-se a mão entre o braço e o corpo, claro, tinha-se o chamado trombone axilar, que muito perturbava os mais velhos. Não consigo mais tirar o mesmo som. … verdade que não tenho tentado com muito empenho, ainda mais com o país na situação em que está. Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se controlar a trajetória elíptica da cusparada com uma mínima margem de erro. Era puro instinto. Hoje o mesmo feito requereria complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa. Outra habilidade perdida. Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. … vivendo e desaprendendo. Não falo daquelas coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de antigamente, como subir em bonde andando _ mesmo porque não há mais bondes andando. Falo da sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram. Algumas até úteis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu já.

Luiz Fernando Veríssimo
Considere o trecho "Falo da sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram. Algumas até úteis." As palavras "falo", "sabedoria", "que" e "até" são, respectivamente, das classes gramaticais:
Alternativas
Q2199331 Português
Para que servem as unhas?


                A fábrica da unha fica embaixo da pele – onde ela é viva. Já o pedaço que vemos são células mortas, por isso não dói para cortar. As células vivas empurram as mortas e a unha cresce sempre. Um dos ingredientes é a proteína queratina, que também forma cabelo e pele. Pele, unha e cabelo não param de ser produzidos, porque sofrem desgaste e precisam ser renovados.

                A cutícula é um sistema de _________: protege a fábrica da unha de invasores, como bactérias e fungos. Por isso, não é legal retirá-la. Além de preservarem a ponta dos dedos, as unhas nos auxiliam a pegar os objetos e podem ser usadas como pinça para coisas bem pequenas.

            Todo mundo tem uma mão chamada de dominante – a direita nos destros e a esquerda nos canhotos. As unhas crescem mais rápido nessa mão: por ser mais ativa, a circulação sanguínea nela é maior, favorecendo o crescimento.

            Aquelas ____________ brancas que aparecem nas unhas é um tipo de machucado na região logo abaixo da unha. Isso pode acontecer por roer, morder ou bater essa região. As unhas das mãos crescem mais ou menos 3 milímetros por mês e as dos pés vão mais devagar, de 1 a 1,5 milímetro por mês.

        Quando uma pessoa morre, as unhas continuam crescendo por alguns dias. Isso acontece porque a produção das células das unhas usa pouquíssima energia. Aí, a energia acumulada em vida garante mais um tempo de crescimento.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)
Assinalar a alternativa que apresenta a palavra pertencente ao gênero feminino: 
Alternativas
Q2199329 Português
Para que servem as unhas?


                A fábrica da unha fica embaixo da pele – onde ela é viva. Já o pedaço que vemos são células mortas, por isso não dói para cortar. As células vivas empurram as mortas e a unha cresce sempre. Um dos ingredientes é a proteína queratina, que também forma cabelo e pele. Pele, unha e cabelo não param de ser produzidos, porque sofrem desgaste e precisam ser renovados.

                A cutícula é um sistema de _________: protege a fábrica da unha de invasores, como bactérias e fungos. Por isso, não é legal retirá-la. Além de preservarem a ponta dos dedos, as unhas nos auxiliam a pegar os objetos e podem ser usadas como pinça para coisas bem pequenas.

            Todo mundo tem uma mão chamada de dominante – a direita nos destros e a esquerda nos canhotos. As unhas crescem mais rápido nessa mão: por ser mais ativa, a circulação sanguínea nela é maior, favorecendo o crescimento.

            Aquelas ____________ brancas que aparecem nas unhas é um tipo de machucado na região logo abaixo da unha. Isso pode acontecer por roer, morder ou bater essa região. As unhas das mãos crescem mais ou menos 3 milímetros por mês e as dos pés vão mais devagar, de 1 a 1,5 milímetro por mês.

        Quando uma pessoa morre, as unhas continuam crescendo por alguns dias. Isso acontece porque a produção das células das unhas usa pouquíssima energia. Aí, a energia acumulada em vida garante mais um tempo de crescimento.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)
Em relação à flexão de grau dos substantivos, assinalar a alternativa cuja palavra está no aumentativo:
Alternativas
Q2198531 Português
O vocábulo “bem” (linha 36) pertence à mesma classe gramatical que a palavra
Alternativas
Q2198163 Português

Texto para a questão.




Internet: <www.telemedicinamorsch.com.br> (com adaptações).

O vocábulo “altamente” (linha 28) pertence à mesma classe gramatical que a palavra
Alternativas
Q2198160 Português

Texto para a questão.




Internet: <www.telemedicinamorsch.com.br> (com adaptações).

Pertencem à mesma classe gramatical os termos
Alternativas
Q2198120 Português
O plural de tatu-bola, de terno azul-claro e de terno verde-mar é: 
Alternativas
Q2196509 Português
Leia o trecho abaixo para responder à questão:


O DR. GRILO


   Filho de um simples operário, Carolino lembrou-se um dia de se intitular adivinho. Era um moço esperto como poucos, e viu que este mundo era dos espertalhões. Anunciou que curava todas as doenças e que era capaz de adivinhar quanto segredo houvesse.
    Lembrando-se, porém, que ninguém é profeta em sua terra, Carolino mudou-se da cidade. Foi residir na capital do reino, onde toda a gente o conhecia por dr. Grilo, em vista da sua imensa altura e extraordinária magreza.
     Em pouco tempo, o dr. Grilo tornou-se célebre. Com charlatanice, conseguia coisas maravilhosas.


Fonte <http//www.dominiopublico.gov.br/download/texto/br000137.pdf>
É um substantivo próprio:
Alternativas
Q2196266 Português
Texto 2

Investir em educação ‘fecha’ prisões

Entrevista da BBC News Brasil com Clara Grisot.

Clara Grisot, formada em ciências políticas e sociologia, é cofundadora da associação francesa Prison Insider, que coleta informações sobre as condições das prisões no mundo.

BBC News Brasil Pesquisas no Brasil indicam que a maioria concorda com a afirmação de que “bandido bom é bandido morto”. Qual seria a reação em outros países desenvolvidos?

Grisot – Esse tipo de discurso não é algo específico do Brasil. É uma visão comum no mundo. Vemos que a sociedade tem uma real falta de empatia em relação [……] pessoas encarceradas. O tratamento dado aos presidiários não interessa [……] quase ninguém, mas constatamos que isso é ainda mais forte nos países com grandes desigualdades sociais.

BBC News BrasilDe que forma a violência no Brasil, que afeta a população diariamente, influencia o olhar dos brasileiros sobre a situação nos presídios?

Grisot – O que acontece dentro das prisões em países com muita violência é a exacerbação do que acontece nas ruas. Isso explica [……] violência que surge regularmente no sistema carcerário brasileiro e, certamente, o olhar dos brasileiros sobre a situação do sistema prisional do país. Já é tão violento fora (nas ruas) que o que acontece dentro das prisões é praticamente algo que não lhes diz respeito.

BBC News BrasilNo Brasil e em outros países, prevalece a visão de que penas mais severas reduziriam os riscos da pessoa cometer um crime. Você concorda com isso?

Grisot – Com base nas informações que pudemos obter em todos os países do mundo, percebemos que a prisão não funciona. Quanto mais as penas forem longas e os prisioneiros forem tratados como um nada, menos preparamos seu retorno [……] sociedade. A prisão destrói. Estudos mostram que quanto menos a pessoa ficar presa, menos ela ficará dessocializada e menores serão as chances de reincidência. Se ela não voltar [……] praticar um delito, não haverá novas vítimas. Todo esse discurso de repressão produz efeitos contrários ao desejado. É paradoxal. Se as pessoas realmente estivessem ao lado das vítimas, elas seriam favoráveis a penas alternativas.

BBC News BrasilMuitos no Brasil acham que um país sem recursos suficientes para a educação não deveria investir em presídios. Qual é a sua avaliação?

Grisot – A corrida para o aprisionamento e a construção de prisões têm um custo extremamente alto tanto economicamente quanto socialmente. O Brasil dá continuidade a uma política repressiva que fracassou, sobretudo nos Estados Unidos, onde certos Estados gastam mais com prisões do que com universidades. Isso tem efeitos devastadores, com consequências sobre comunidades e gerações inteiras. Alguns têm recuado em razão dos estragos constatados. A educação é uma das primeiras muralhas contra a pobreza. São os pobres que são presos em massa e isso em todos os lugares. Construir presídios em detrimento da educação é uma escolha infeliz porque apostar na educação significa fechar prisões.

BBC News Brasil No Brasil, difundiu-se a ideia de que os direitos humanos são os “direitos dos manos”, dos bandidos. O que explica isso?

Grisot – Isso faz parte de uma retórica clássica que chamamos de populismo penal que quer dividir os direitos humanos. Nós dizemos que os direitos humanos são indivisíveis e não podem ser negociados. Todos devem ser tratados com dignidade. Seria um grande retrocesso pensar o contrário.


FERNANDES, Daniela. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48445684 Acesso em 18 out.2019. [Adaptado]
Assinale a alternativa cuja sequência de palavras apresenta a mesma formação de plural. 
Alternativas
Q2195495 Português




(Disponível em: https://exame.com/colunistas/sua-carreira-sua-gestao/por-que-tantas-vagas-seguem-abertas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o trecho “A educação inclusiva abrange iniciativas para apoiar a capacitação e o aprimoramento técnico e comportamental de grupos sub-representados no mercado de trabalho”, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, a classificação morfológica das palavras sublinhadas. 
Alternativas
Q2195493 Português




(Disponível em: https://exame.com/colunistas/sua-carreira-sua-gestao/por-que-tantas-vagas-seguem-abertas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Tendo em vista o fragmento “Em um país com tanta desigualdade como o Brasil, a promoção de práticas de educação inclusiva dentro das empresas é completamente pertinente”, se substituíssemos a palavra “promoção” pela sua forma plural, quantas outras alterações seriam necessárias para a correta concordância verbo-nominal no trecho analisado? 
Alternativas
Q2192369 Português
Observe as seguintes sentenças: I) Ele encontrou outro meio para resolver o problema. II) Já comeram meio bolo. III) A palestrante estava meio nervosa. Nas sentenças dadas, a palavra "meio" atua, respectivamente, como:
Alternativas
Q2192366 Português
Defenestração

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

— Os hermeneutas estão chegando!
— lh, agora é que ninguém vai entender mais nada...

Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.

—  Alô...
— O que é que você quer dizer com isso?

Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

— Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água. Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

— Defenestras?

A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam. Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais. Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? <Nestes termos, pede defenestração...= Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:

— Aquele é um defenestrado.

Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata. Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela! Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração? Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.

— Les defenestrations. Devem ser proibidas.
— Sim, monsieur le Ministre.
— São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
— Sim, monsieur le Ministre.
— Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime.

Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: "Interdit de defenestrer". Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos. Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

— É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...
— Hmm. o impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar 4 diz o analista, afastando-se da janela.

Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração.
Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.

Na lua-de-mel, numa suite matrimonial no 17º andar.

— Querida...
— Mmmm?
— Há uma coisa que eu preciso lhe dizer...
— Fala, amor.
— Sou um defenestrador.

E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama:

— Estou pronta para experimentar tudo com você. Tudo!

Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

— Fui defenestrado... Alguém comenta:
— Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.

Luiz Fernando Veríssimo
Considere o trecho "Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração." As palavras "quem", "entre", "ou" e "basculante" são, respectivamente, das categorias gramaticais:
Alternativas
Q2190531 Português
Em relação aos substantivos primitivos e derivados, assinalar a alternativa que apresenta essa relação CORRETAMENTE:
Alternativas
Q2188963 Português
Conforme Basílio (2003) e Silva e Silva (2008), a divisão de palavras em classes gramaticais, ou classe de palavras, pode levar em consideração diferentes critérios conforme a perspectiva linguística adotada, sobretudo critérios morfológicos, sintáticos e semânticos. Considerando essa afirmação, qual das alternativas a seguir contém um trecho de definição de alguma classe gramatical abaixo contemplando apenas critérios semânticos? 
Alternativas
Q2188820 Português

                                   

Considerando a estrutura e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item abaixo.
Caso se substituísse a palavra “presidente” (linha 5) por presidenta, ocorreria prejuízo à correção gramatical, uma vez que esta palavra não encontra respaldo na ortografia oficial brasileira.
Alternativas
Q2188819 Português

                                   

Considerando a estrutura e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item abaixo.
O termo “escolha” (linha 6) é um substantivo deverbal, que dá nome à ação de escolher.
Alternativas
Q2188814 Português

                                   

Considerando a estrutura e os aspectos linguísticos do texto, julgue o item abaixo.
É correto afirmar que o substantivo “oportunidade” (linha 4) funciona como um elemento de coesão.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Lavras do Sul - RS Provas: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Ciências | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Educação Artística | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Educação Especial | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Educação Física | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Espanhol | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Geografia | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - História | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Inglês | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Matemática | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor - Português | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor de Cultura Afro-Indígena | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Professor de Ensino Religioso | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Arquiteto | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Biólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Cirurgião Dentista | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Enfermeiro(a) | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Farmacêutico | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Fisioterapeuta | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Geólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Médico - Clínico Geral | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Turismólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Psicólogo | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Assistente Social | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Engenheiro Eletricista | OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Lavras do Sul - RS - Nutricionista |
Q2188751 Português
As palavras “finalmente”, “basicamente” e “rapidamente", utilizadas no texto, são classificadas como:
Alternativas
Q2188515 Português
Cochilos muito longos são fator de risco para diabetes e obesidade



Disponível em: https://canaltech.com.br/saude/cochilos-muito-longos-sao-fator-de-risco-para-diabetes-e-obesidade-248398/
O substantivo coletivo “chusma” indica: 
Alternativas
Respostas
1161: E
1162: B
1163: A
1164: A
1165: D
1166: C
1167: E
1168: A
1169: B
1170: B
1171: C
1172: A
1173: E
1174: B
1175: A
1176: E
1177: C
1178: C
1179: D
1180: B