Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Q1961765 Português
Identifique a opção em que o termo está empregado, no contexto em que está inserido, como um substantivo. 
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Q1960154 Português

Texto I

Inverno


        A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.

        Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o barulho do rio era como um trovão distante.

        Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os tições com a ponta da alpercata. As brasas estalaram, a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando vagamente os pés do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços esfriavam recebendo o ar que entrava pela rachadura das paredes e pelas gretas da janela. Por isso não podiam dormir. Quando iam pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se, chegavam-se à trempe e ouviam a conversa dos pais. Não era propriamente conversa: eram frases soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as imagens que lhes vinham ao espírito, e as imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia meio de dominá-las. Como os recursos de expressão eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto. [...]

(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2009, p. 63-64)

Em “Fabiano esfregou as mãos satisfeito” (3º§), o vocábulo destacado ilustra o seguinte emprego das classes de palavras: 
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Q1960047 Português

Texto CG1A1-II



       Com a dor, o silêncio. Denso, ácido. Estagnado. Um silêncio de caco de vidro moído esfolando o corpo por dentro. Um desesperar, nada por vir. Dalva parou de falar com Venâncio. Não olhou mais para ele, considerou que ele não estava mais vivo, ignorou sua presença. Nenhuma reação. Nem quando ele chorou, quando ficou sem comer, quando parou de se lavar, nem quando ameaçou morrer, nem quando mandou valente, cuspiu na cara dela, sugigou prometendo uma nova surra, jurando morte, morrendo esmagado pelo que não podia ser desfeito. Nada. Ele suplicou sincero, desamparado, e ela, nem um olhar, nenhum perdão possível. 



       Nas primeiras semanas, Dalva não comia, não bebia, não acendia a luz, morria um pouco a cada dia. Levantou-se depois de uma longa visita de luto da mãe, saiu de casa sem deixar pistas e, para desespero de Venâncio, só voltou ao entardecer do dia seguinte. Desse dia em diante, passou a sair todas as manhãs. Caminhava lenta, magra, ombros fechados de quem desistiu. Ninguém sabe ao certo aonde ia. Na hora mais triste das tardes, quando a saudade parece apertar o coração do mundo, Dalva voltava para casa. Dizem que a tristeza dessa hora está nas entranhas da gente, infiltrada nas nossas menores porções há milênios. Nasceu do pavor infinito do anoitecer, hora em que as mulheres não sabiam se seus homens voltariam vivos da caça. Muitas vezes não voltaram. Hora em que os homens, ao voltar da caça, não sabiam se encontrariam suas mulheres mortas. Muitas vezes encontraram. Perder amores é escurecer por dentro, uma memória do corpo que o entardecer evoca quando tinge o céu de vermelho. Para quem está sozinho depois de ter amado, o fim do dia é muito triste. Era nessa hora que ela voltava.



Carla Madeira. Tudo é rio. 1.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 25-26 (com adaptações). 

Em relação ao texto CG1A1-II e a suas propriedades linguísticas, julgue o próximo item. 

No trecho “Um desesperar, nada por vir” (primeiro parágrafo), o vocábulo “desesperar” está empregado como substantivo. 
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Q1959346 Português

Texto 1

Índio


        Uma das consequências das Cruzadas (séculos XI a XIII) foi a descoberta das riquezas do Oriente: tecidos, pedras e metais preciosos, especiarias.

        Tudo isso passou a ter um valor extraordinário para os europeus do século XV (a canela chegou a valer mais do que o ouro!). E assim as grandes navegações para a Ásia se tornaram financeiramente atrativas.

        O genovês Cristóvão Colombo, o que botou o ovo em pé (como se fosse uma grande coisa: as galinhas já faziam isso muito antes dele), consegue, na Espanha, em 1492, o patrocínio dos reis Fernando II e Isabel I para uma viagem à Índia.

        Para chegar lá, os portugueses desciam até o final da África e dobravam à esquerda. Colombo, que sempre adorou viver na contramão da História, sai da Espanha, no dia 3 de agosto, e dobra à direita, convencido de que a Terra era redonda.

        Acertou na forma, mas errou no cálculo do diâmetro. Colombo chega às Bahamas, em 12 de outubro, e acha que alcançou a Índia. Por isso, ao ver uns selvagens locais, Colombo os chama de índios. Pronto, o nome ficou e o erro se consagrou: a partir daí, todo selvagem, nu ou seminu, passou a ser chamado de índio.


(PIMENTA, R. Casa da Mãe Joana, curiosidade na origem das palavras, frases e marcas. Ed. Campus. Rio de Janeiro-RJ. 2002)

Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre verbo e substantivo/adjetivo. 
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Q1958683 Português
Analise a palavra destacada a seguir:

Eles podem ajudar os casais a consolidar seu relacionamento, [...]” (linhas 19 e 20).

Assinale a alternativa que representa CORRETAMENTE a sua classificação morfológica: 
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Q1958405 Português
IBGE: 1 a cada 7 adolescentes sofreu algum tipo de violência sexual 

  No Brasil, 14,6% dos adolescentes, ou seja, um a cada sete, sofreram algum tipo de violência sexual, o que inclui desde assédio a estupro. Desses, 5,6% tiveram relação sexual forçada. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009/2019, divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  A publicação analisa os dados da série histórica de dez anos da PeNSE, considerando as pesquisas divulgadas em 2009, 2012, 2015 e 2019. As informações são referentes aos estudantes do 9º ano do ensino fundamental, grupo que inclui adolescentes de 13 a 15 anos, das capitais brasileiras.

  A violência sexual vem sendo captada na PeNSE desde 2015. Segundo o IBGE, nessa edição, a pergunta buscava mensurar o percentual de estudantes que alguma vez na vida foram obrigados a terem relações sexuais. Nesse ano, o resultado da pesquisa mostrou que 3,7% dos alunos do 9º ano das capitais brasileiras tinham passado por essa situação.

  O IBGE identificou que, muitas vezes, o adolescente, seja pela falta de maturidade ou pelo contexto em que é socializado, não tem clareza sobre o que é ou não considerado violência sexual, por isso, em 2019, a pesquisa mudou e passou a trazer exemplos desse tipo de violência, como ser tocado, manipulado, beijado ou ter passado por situações de exposição de partes do corpo. O percentual, então, aumentou para cerca de 15%, sendo que quase 6% tiveram relação sexual forçada. 

  Além do aumento dos registros de violência sexual, o estudo mostra ainda o aumento da violência física sofrida pelos adolescentes. O percentual de estudantes que sofreram agressão física por um adulto da família teve aumento progressivo em dez anos, passando de 9,4%, em 2009, para 11,6% em 2012 e 16% em 2015. Em 2019, 27,5% dos escolares sofreram alguma agressão física cujo agressor foi o pai, mãe ou responsável e 16,3% dos escolares sofreram agressão por outras pessoas. Segundo o IBGE, em 2019, foram feitas mudanças também nesta questão, o que pode ter impactado os resultados.

  A pesquisa mostrou ainda aumento na falta de segurança no trajeto para a escola. Em dez anos, dobrou o percentual de estudantes do 9º ano das capitais que faltaram ao menos um dia à escola porque não se sentiram seguros no trajeto ou na escola, passando de 8,6% em 2009 para 17,3% em 2019. 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora/1924296/ibge-1-acada-7-adolescentes-sofreu-algum-tipo-de-violencia-sexual 
Assinale a alternativa que apresente a justificativa adequada para o uso da crase no período: “Em dez anos, dobrou o percentual de estudantes do 9º ano das capitais que faltaram ao menos um dia à escola porque não se sentiram seguros no trajeto ou na escola, passando de 8,6% em 2009 para 17,3% em 2019”.
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Q1958273 Português

Peixe estranho associado à lenda de atrair tsunami é capturado no Chile



Um peixe estranho de seis metros que os nativos associam à crença da chegada de tsunami, terremoto ou ciclone foi capturado na costa de Arica, no Chile, na manhã de segunda-feira, segundo o La Nación. O animal, chamado de peixe-remo, é incomum na região.


Segundo o IFOP (Instituto de Desenvolvimento Pesqueiro), ele pertence a uma classe de peixes com ossos grandes e costumam viver entre 200 e 500 metros de profundidade, mas já foram encontrados a 1000 metros.


O pesquisador do IFOP, Gonzalo Muñoz, disse que esses peixes têm bocas salientes e pequenas, barbatana dorsal avermelhada e uma pele viscosa de cor prateada sem escamas.


Segundo o La Nación, o peixe está associado a uma lenda popular japonesa que diz que ele vivia nas profundezas de uma ilha no Japão; quando subia à superfície, causava terremotos. Ele também era chamado de "mensageiro" do palácio do deus do mar.


O mito ressurgiu em 2011, quando apareceu um tsunami na ilha de Honshu, na costa do Pacífico. Antes dessa catástrofe, peixes-remo não eram avistados na costa, mas após esse episódio, começaram a aparecer. 


 A ciência ainda não confirmou essas crenças populares e os pesquisadores do IFOP coletaram amostras do peixe para analisar o porquê de ele ter aparecido na costa.



(Disponível em: Peixe estranho associado a lenda de atrair tsunami é capturado no Chile (msn.com). Adaptado.)

Esses peixes têm bocas salientes e pequenas, barbatana dorsal avermelhada e uma pele viscosa.

Assinale a opção CORRETA que contenha um adjetivo e um substantivo, respectivamente.
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Q1957143 Português



(Disponível em: <https://www.fadc.org.br/noticias/dia-mundial-da-alfabetizacao> Acesso em: 23 de jun. de 2022 – com adaptações).
A palavra destacada está corretamente classificada em qual item?
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Q1956311 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo, consulte-o quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


O que é a ansiedade climática e como os jovens podem ................?


Por Richard Schiffman


Sobre as orações que compõem período e conectores: “Quase metade dos entrevistados disse que as preocupações com o estado do planeta interferem no sono, na capacidade de estudar, de brincar e de se divertir”, retirado do texto, são feitas as seguintes afirmações:

I. A oração sublinhada classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta, portanto a palavra que funciona como conjunção integrante. II. As orações em negrito são reduzidas de infinitivo e, caso fossem desenvolvidas, seriam introduzidas por pronomes relativos. III. O substantivo preocupações funciona como núcleo do termo em as preocupações com o estado do planeta.

Quais estão corretas? 
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Q1955753 Português
Kamikaze: como o 'vento divino' virou sinônimo de suicídio

A palavra kamikaze, de origem japonesa, é a junção dos termos divino (kami) e vento (kaze). Segundo a enciclopédia Britannica, a expressão foi usada pela primeira vez em 1281 para descrever tufões que protegeram o Japão de uma invasão mongol.

Durante a 2ª Guerra Mundial, kamikaze era o nome dado aos pilotos que se jogavam, junto com o avião, contra um alvo militar. Historiadores explicam que essa foi a resposta do Japão para enfrentar as aeronaves dos Estados Unidos, que tinha maior poder de combate. A maioria dos aviões eram caças comuns, carregados com bombas ou tanques extras de gasolina, que eram pilotados deliberadamente para colidir com seus alvos. O piloto cometia suicídio para garantir o sucesso do ataque. Mesmo quando atingidos, alguns conseguiam continuar guiando o avião e chegar até o alvo.

O historiador Michael Anderson explica que essa atitude não era exatamente um ato de fanatismo ou desespero dos japoneses, mas sim algo mais próximo do modo de vida dos samurais. “Com um grande senso de dever, a cultura dos samurais deu aos pilotos kamikazes o conceito de honra em suas ações”, escreveu Anderson no artigo “Kamikazes: entendendo os homens por trás do mito”, publicado no International Journal of Naval History.

Segundo a Força Aérea dos EUA, foram por volta de 2.800 ataques kamikazes na 2ª Guerra Mundial, que afundaram 34 navios, danificaram outros 368 e mataram quase 10 mil marinheiros e soldados americanos.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/07/05/kamikaze-como-ovento-divino-virou-sinonimo-de-suicidio.ghtml
Assinale a alternativa que apresente a classe gramatical da palavra em destaque no período: “O piloto cometia suicídio para garantir o sucesso do ataque”.
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Q1953538 Português

Adasa na Escola 



Considerando o emprego das classes de palavras para a construção de sentidos no texto, assinale a alternativa correta.  
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Q1953450 Português
“O gingar é a essência da capoeira” A função gramatical do vocábulo em destaque é:
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Q1951492 Português
Texto para o item.




Internet: <www.oeco.org.br> (com adaptações).
Julgue o item, referentes a aspectos gramaticais do texto.

Na linha 23, a palavra “intrínsecas” é um termo adjetivo que concorda com o vocábulo “profundas”, o qual, por sua vez, é empregado, no período, como substantivo, o que se comprova pela anteposição do artigo “as”, em “as profundas”.
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Q1949434 Português

Em relação à flexão dos substantivos, analisar os itens abaixo:


I. “Guaraná” é um substantivo masculino.


II. “Diadema” é um substantivo feminino.

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Q1949196 Português

Como as aves migratórias conseguem se guiar pelo campo magnético? 

Todos os anos, milhares de passarinhos fogem do inverno escandinavo e buscam refúgio ______ margens do Mediterrâneo, no sul da Europa. Eles sabem que rumo seguir ___________ a seleção natural os equipou com bússolas nos olhos.

O truque começa com proteínas localizadas nos olhos, conhecidas pelo código Cry4, que se quebram em duas moléculas menores quando são expostas ______ luz de comprimentos próximos da cor azul. Na época de migrar, a produção de Cry4 aumenta nos piscos.

Moléculas comuns têm elétrons que andam em pares, e os membros desses pares são opostos no que diz respeito a uma propriedade chamada spin, que tem a ver com magnetismo. O resultado desse cancelamento mútuo é que a maioria das moléculas não é influenciável por campos magnéticos.

Acontece que as moléculas geradas pela quebra da Cry4 são de um tipo especial: chamam-se “radicais” e têm elétrons solteiros – que, sem um spin oposto para cancelar o seu, agem como ímãs.

Após a quebra, os dois radicais podem tanto voltar a se unir na forma de Cry4 como gerar um novo produto, diferente do original. Como os radicais possuem elétrons não pareados, a porcentagem de pares de radicais que terá cada um desses destinos possíveis muda conforme a orientação do pássaro em relação ao campo magnético. 

É assim que o pássaro sabe em que direção está indo. Outra questão é entender de que maneira o animal visualiza isso. Como é a sensação subjetiva de ter uma bússola instalada em nossos olhos?

É provável que os produtos da quebra da Cry4 afetem os demais receptores de luz nos olhos do pássaro, gerando regiões mais escuras ou claras em seu campo de visão. Ou seja: as aves migratórias saberiam para onde ir conforme uma espécie de filtro aplicado sobre a iluminação ambiente (mais ou menos como pilotos de caça veem informações projetadas na frente do capacete em um tipo de visor translúcido chamado HUD).

(Site: Abril - adaptado.)

Considerando-se o período “Outra questão é entender de que maneira o animal visualiza isso.”, o termo sublinhado é classificado, gramaticalmente, como:
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Q1948429 Português

Letra de médico


Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar o nome de um medicamento na receita médica. Depois de várias hipóteses acabam desistindo. O resignado senhor que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltará mais tarde. "Letra de doutor", suspira o balconista, com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo, de coisa indecifrável.


Um fato tanto mais intrigante quando se considera que os médicos, afinal, passaram pelas mesmas escolas que outros profissionais liberais. Exercício da caligrafia é uma coisa que saiu de moda, mas todo aluno sabe que precisa escrever legivelmente, quando mais não seja, para conquistar a boa vontade dos professores. A letra dos médicos, portanto, é produto de uma evolução, de uma transformação. Mas que fatores estariam em jogo atrás dessa transformação?


Que eu saiba, o assunto ainda não foi objeto de uma tese de doutorado, mas podemos tentar algumas explicações. A primeira, mais óbvia (e mais ressentida), atribui os garranchos médicos a um mecanismo de poder. Doutor não precisa se fazer entender: são os outros, os seres humanos comuns, que precisam se familiarizar com a caligrafia médica. Quando os doutores se tornarem mais humildes, sua letra ficará mais legível.


Pode ser isso, mas acho que não é só isso. Há outros componentes: a urgência, por exemplo. Um doutor que atende dezenas de pacientes num movimentado ambulatório de hospital não pode mesmo caprichar na letra. Receita é uma coisa que ele precisa fornecer - nenhum paciente se considerará atendido se não levar uma receita. A receita satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio, e está envolta numa aura mística: é como se o doutor, através dela, acompanhasse o paciente. Mágica ou não, a receita é, muitas vezes, fornecida às pressas; daí a ilegibilidade.


Há um terceiro aspecto, mais obscuro e delicado. É a relação ambivalente do médico com aquilo que ele receita - a sua dúvida quanto à eficácia (para o paciente, indiscutível) dos medicamentos. Uma dúvida que cresce com o tempo, mas que é sinal de sabedoria. Os velhos doutores sabem que a luta contra a doença não se apoia em certezas, mas sim em tentativas: "dans la médicine comme dans l'amour, ni jamais, ni toujours", diziam os respeitados clínicos franceses: na medicina e no amor, "sempre" e "nunca" são palavras proibidas. Daí a dúvida, daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor se livra pela escrita rápida. E pouco legível.


[...]


SCLIAR, Moacyr. A face oculta ? inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001. [adaptado]

"[...] balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar o nome de um medicamento na receita médica."


As palavras destacadas no trecho anterior são classificadas, no seu contexto de uso, respectivamente como:

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Q1947870 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Aminoácido promete retardar envelhecimento e fortalecer imunidade de cães e gatos

Taurina é um aminoácido essencial para os cães e gatos. No organismo, ela é encontrada em diferentes tecidos e órgãos, auxiliando diretamente no fortalecimento do coração e dando suporte ao fluxo sanguíneo saudável, além de possuir efeito antioxidante nas membranas celulares e atrasar o envelhecimento. "Ao contrário dos cães, gatos não possuem a capacidade de sintetizar a taurina de forma suficiente para a demanda metabólica. Portanto, adicioná-la aos alimentos dos gatos é de suma importância", explica a médica veterinária Mayara Baller, da Nutrição e Saúde Animal.

Na natureza, a taurina está presente somente em alimentos de origem animal, como carne e aves, especialmente vísceras, como fígado, coração e rim, frutos do mar e ovos. No entanto, é difícil obter a quantidade diária recomendada apenas com a dieta. E, por se tratar de um nutriente essencial, principalmente para gatos, a suplementação desse aminoácido encontra sua forma sintética no mercado, geralmente bastante utilizado pela indústria na fabricação de rações.

"Observamos que a humanização de pets leva tutores a proporcionar experiências alimentares diversas para os seus animais. Essas dietas, geralmente, são produzidas pelos tutores em casa, sendo caseiras ou mix - alimento caseiro com ração - e dificilmente acompanhadas por um profissional, médico veterinário ou zootecnista. Aí, mora o grande perigo: será que essas dietas atendem às necessidades nutricionais de cada animal, em cada fase de vida? Sozinhas, na grande maioria das vezes, essas refeições não são suficientes, gerando deficiência de determinados nutrientes, como a taurina", alerta a especialista da Nutrição e Saúde Animal.

A deficiência de taurina no organismo causa uma série de problemas, entre eles: disfunção imunológica, perda de audição, degeneração da retina central, e também, cardiomiopatia dilatada, doença degenerativa do músculo cardíaco.

As dietas desbalanceadas estão entre as principais causas para essa carência. Segundo a especialista, é importante que o tutor, responsável pela alimentação do animal, ofereça refeições completas, além de providenciar suplementação adequada de acordo com as exigências nutricionais relacionadas à idade e à raça.

"Se você acredita que usa uma dieta com proporções entre fontes de origem animal e vegetal, sem levar em consideração as necessidades nutricionais dos animais, você comete um grande erro. Este erro prejudica a saúde do seu pet. Por isso, é importante sempre estar atento aos rótulos dos produtos oferecidos. Certifique-se de que ali estão os nutrientes necessários, além de sempre consultar um profissional da área", complementa.

(Disponível em: Aminoácido promete retardar envelhecimento e fortalecer imunidade de cães e gatos (msn.com). Adaptado.)
E, por se tratar de um nutriente essencial, principalmente para gatos, a suplementação desse aminoácido encontra sua forma sintética no mercado.

Assinale a opção que contenha um substantivo e um adjetivo respectivamente.
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Q1946864 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O sofrimento dos brasileiros com os planos de saúde

"Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são". Uma das frases mais famosas da literatura brasileira contida no livro Macunaíma, de Mário de Andrade, serve como ponto de reflexão sobre um dos temas problemáticos do país, a saúde de seus cidadãos. Desta vez, o que chama atenção e é motivo de preocupação de mais de oito milhões de pessoas é a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), alterando o rol de cobertura obrigatória das operadoras de saúde. A Corte resolveu que, a partir de agora, a lista que cobre financeiramente procedimentos cirúrgicos, terapias, medicamentos, entre outras atividades ao segurado enfermo é taxativa. Ou seja, os planos de saúde, que antes eram obrigados pela Justiça a pagar a conta em caso de haver a necessidade de o consumidor ter de passar por novos procedimentos, ficam respaldados a negar tratamentos e remédios. Segundo a deliberação, as empresas não precisam mais arcar com os custos de quaisquer tratamentos fora do rol oficial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mesmo que haja sentenças nesse sentido.

Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores, já que o próprio Poder Judiciário havia reconhecido, por meio de diversas decisões, que o rol se tratava de algo exemplificativo, que, dependendo da situação, deveria incluir outros procedimentos. Em resumo, os 3.300 procedimentos, que já constam na lista como despesas obrigatórias para os convênios, tornam-se uma camisa de força para quem precisa de alguma nova terapia com rapidez. Pessoas que estão em tratamento podem ter suas terapias sumariamente interrompidas. Dinâmica como é a área da medicina, inovações surgem de forma constante. "A decisão é ruim. Agora, as pessoas terão que pagar por fora por tratamentos inovadores", diz Renata Abalém, especialista em direito do consumidor e integrante da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-SP. Ela tem razão. "Atualmente, há adultos diagnosticados com autismo, e com isso, surgem necessidades diferentes", diz.

(Disponível em: O sofrimento dos brasileiros com os planos de saúde (msn.com). Adaptado.)

A Corte resolveu que, a partir de agora, a lista que cobre financeiramente procedimentos cirúrgicos, terapias, medicamentos, entre outras atividades ao segurado enfermo é taxativa.
Assinale a opção que contenha um adjetivo e um substantivo, respectivamente.
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Q1946721 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina

Duas ossadas da maior espécie de pterossauro já encontrada na América do Sul, intitulada 'Thanatosdrakon amaru' ou, em grego, "dragão da morte", foram descobertas na província de Mendoza, na Argentina. Os fósseis de dois pterossauros da família 'azhdarchids', que viveram no período Cretáceo, entre 46 milhões e 66 milhões de anos atrás, foram desenterrados durante as obras para realização de um projeto de construção civil na região da formação geológica de Plottier.

Os pterossauros eram répteis voadores do período Mesozoico, e as ossadas encontradas são de animais que mediam cerca de 7 e 9 metros de comprimento. De acordo com o estudo publicado na revista Cretaceous Research, os fósseis estavam em estados diferentes de conservação; um deles completo com ossos dos braços, pés e vértebras dorsais, e outro com apenas fragmentos dos dedos do pé, pelve, fêmur e antebraço.

"Os azhdarchids eram conhecidos por seus crânios muito grandes - às vezes, maiores que seus corpos - bem como seus pescoços hiperalongados e corpos curtos e robustos", contou Leonardo D. Ortiz David, principal autor do estudo. Os paleontólogos envolvidos na expedição concluíram que os dois dragões da morte morreram juntos há cerca de 86 milhões de anos, e um deles era mais jovem que o outro, mas não é possível concluir se pertenciam à mesma família.

"Desde o início, dois fatos nos chamaram a atenção: o primeiro foi o tamanho dos restos mortais e sua preservação em três dimensões, uma condição incomum nesse grupo de vertebrados; o segundo foi a quantidade de ossos encontrados no local, já que pterossauros gigantes são conhecidos apenas de restos fragmentários", comentou David. As ossadas foram enviadas para o Laboratório e Museu de Dinossauros da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, onde moldes dos ossos foram produzidos para serem colocados em exposição, preservando os fósseis descobertos.


(Disponível em: Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina (msn.com). Adaptado.)
Duas ossadas da maior espécie intitulada, em grego, dragão da morte, foram descobertas na Argentina.

Assinale a opção que contenha, apenas, substantivos e adjetivos respectivamente.
Alternativas
Q1946714 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina

Duas ossadas da maior espécie de pterossauro já encontrada na América do Sul, intitulada 'Thanatosdrakon amaru' ou, em grego, "dragão da morte", foram descobertas na província de Mendoza, na Argentina. Os fósseis de dois pterossauros da família 'azhdarchids', que viveram no período Cretáceo, entre 46 milhões e 66 milhões de anos atrás, foram desenterrados durante as obras para realização de um projeto de construção civil na região da formação geológica de Plottier.

Os pterossauros eram répteis voadores do período Mesozoico, e as ossadas encontradas são de animais que mediam cerca de 7 e 9 metros de comprimento. De acordo com o estudo publicado na revista Cretaceous Research, os fósseis estavam em estados diferentes de conservação; um deles completo com ossos dos braços, pés e vértebras dorsais, e outro com apenas fragmentos dos dedos do pé, pelve, fêmur e antebraço.

"Os azhdarchids eram conhecidos por seus crânios muito grandes - às vezes, maiores que seus corpos - bem como seus pescoços hiperalongados e corpos curtos e robustos", contou Leonardo D. Ortiz David, principal autor do estudo. Os paleontólogos envolvidos na expedição concluíram que os dois dragões da morte morreram juntos há cerca de 86 milhões de anos, e um deles era mais jovem que o outro, mas não é possível concluir se pertenciam à mesma família.

"Desde o início, dois fatos nos chamaram a atenção: o primeiro foi o tamanho dos restos mortais e sua preservação em três dimensões, uma condição incomum nesse grupo de vertebrados; o segundo foi a quantidade de ossos encontrados no local, já que pterossauros gigantes são conhecidos apenas de restos fragmentários", comentou David. As ossadas foram enviadas para o Laboratório e Museu de Dinossauros da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, onde moldes dos ossos foram produzidos para serem colocados em exposição, preservando os fósseis descobertos.


(Disponível em: Dragão da morte: fósseis foram descobertos durante escavação na Argentina (msn.com). Adaptado.)
Os azhdarchids eram conhecidos por seus crânios muito grandes - às vezes, maiores que seus corpos.
Explica-se o acento indicativo de crase na expressão 'às vezes' por ser uma:
Alternativas
Respostas
1621: C
1622: E
1623: C
1624: C
1625: D
1626: A
1627: B
1628: B
1629: E
1630: B
1631: B
1632: A
1633: E
1634: B
1635: D
1636: E
1637: D
1638: D
1639: D
1640: C