Questões de Concurso Comentadas sobre termos essenciais da oração: sujeito e predicado em português

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Q2217429 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

A última conferida
Paulo Pestana
Crônica

         “Para o cemitério, só vou se for levado – e na horizontal”, me diz um amigo, pragmático, depois de ter sido constrangido por outro camarada com o pior tipo de pergunta que se pode fazer, aquela que traz, antes da interrogação, uma afirmação. É de perder o rebolado. “Não te vi no cemitério, a que horas você esteve lá?”.
       Ele não se deu o trabalho de usar a frase anterior porque sentiu que seria pior, teria que se estender. Teria que dizer que não é superstição, mas porque não vê sentido nessas cerimônias de despedida; mas era muita explicação, exigiria alguma filosofia e muita paciência e ele preferiu se escorar em mim para mudar o rumo da prosa. Falamos de futebol.
         A tradição manda que a gente vá dar uma conferida final naquele parente, amigo ou camarada que se foi, mas eu também evito. Gosto de lembrar das pessoas vivas e não me sinto à vontade naquele quase convescote em que as pessoas falam de amenidades em torno de um corpo inerte, cercado por flores à espera de ser carregado para a cova.
        Lembro sempre a história de Ulysses Guimarães, o Senhor Diretas, que nunca ia a enterros e acabou não indo nem ao próprio, já que o corpo dele nunca foi encontrado e, há 30 anos, continua mergulhado no Oceano Atlântico.
          Um outro amigo é tão supersticioso que sequer fala a palavra cemitério. Como se fosse adiantar alguma coisa, prefere usar campo santo, necrópole ou, mais frequentemente, até porque é descendente de libaneses, almocábar, que obviamente é uma palavra de origem árabe. Não sei se a semântica resolve alguma coisa, mas para ele ameniza. E ficamos assim.
           Saber que não se vai mais encontrar um amigo ou mesmo um conhecido já é dor suficiente. Não é preciso dividi-la com parentes e outros presentes. Há quem alegue que só uma cerimônia fúnebre é capaz de encerrar uma história de convivência e que seria a última oportunidade de dar um adeus a um querido. Só que o querido não está mais ali, só há um corpo.
           O homem enterra seus semelhantes desde 60 mil anos antes de Cristo, pelo menos. Inicialmente era um modo de esconder os corpos de animais predadores. Mais tarde, egípcios mantinham conservados os corpos da gente importante e os romanos começaram a cremar, mas só gente de bem; os bandidos eram enterrados mesmo.
          Até recentemente – 1964 – a Igreja Católica proibia a cremação de fiéis, mas os vikings faziam cerimônias em que misturavam fogo e água para carbonizar guerreiros e nobres num barco, a caminho de Valhala.  
            Os velórios só foram instituídos na idade média para resolver o problema de enterrar gente viva – como as pessoas bebiam vinho e outros espíritos em taças de estanho, muitas vezes chegavam a um estado de narcolepsia que era confundido com morte. E decidiu-se esperar um pouco mais antes de botar terra em cima.
          Hoje, os velórios são solenidades para os vivos; um outro amigo, mais vivido, tem uma explicação mais direta sobre o fato de evitar cemitérios: “Quem não é visto não é lembrado”.

PESTANA, Paulo. A última conferida. Correio Braziliense, 31 de maio de 2023. Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/a-ultimaconferida/. Acesso em: 17 jun. 2023.
Como se classifica o sujeito gramatical da oração “Falamos de futebol.” (2º parágrafo)?
Alternativas
Q2216746 Português




(Disponível em: https://exame.com/esg/brasil-amplia-uso-de-energias-eolica-e-solar-e-reduz-indice-decombustiveis-fosseis-afirma-estudo/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 


Tendo em vista a frase adaptada “Os Estados Unidos querem limitar o alcance jurídico”, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2215205 Português
Texto 8A2-I

       Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja, que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez, aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
     Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares. Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que acompanham a leitura das crianças.
        Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
        Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da vida.

Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações). 

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto 8A2-I, julgue o item subsequente. 


Em “permanece em silêncio ou se oculta” (último período do terceiro parágrafo), a flexão dos verbos no singular decorre da concordância dessas formas verbais com “um mediador” (terceiro período do terceiro parágrafo), termo que exerce a função de sujeito.

Alternativas
Q2215201 Português
Texto 8A2-I

       Os mediadores de leitura são aquelas pessoas que estendem pontes entre os livros e os leitores, ou seja, que criam as condições para fazer com que seja possível que um livro e um leitor se encontrem. A experiência de encontrar os livros certos nos momentos certos da vida, esses livros que nos fascinam e que nos vão transformando em leitores paulatinamente, não tem uma rota única nem uma metodologia específica; por isso, os mediadores de leitura não são fáceis de definir. No entanto, basta lembrar como descobrimos, nos primeiros anos da vida, esses livros que deixaram rastros em nossa infância e, talvez, aparecerão nítidas algumas figuras que foram nossos mediadores de leitura: esses adultos íntimos que deram vida às páginas de um livro, essas vozes que liam para nós, essas mãos e esses rostos que nos apresentavam os mundos possíveis e as emoções dos livros.
     Os mediadores de leitura, consequentemente, não estão somente na escola, mas no lar, nas bibliotecas e nos espaços não convencionais, como os parques, os hospitais e as ludotecas, entre outros lugares. Durante a primeira infância, quando a criança não lê sozinha, a leitura é um trabalho em parceria e o adulto é quem vai dando sentido a essas páginas que, para o bebê, não seriam nada, sem sua presença e sua voz. Então, os primeiros mediadores de leitura são os pais, as mães, os avós e os educadores da primeira infância e, aos poucos, à medida que as crianças se aproximam da língua escrita, vão se somando outros professores, a exemplo dos bibliotecários, dos livreiros e dos diversos adultos que acompanham a leitura das crianças.
        Não é fácil reduzir o trabalho do mediador de leitura a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler de muitas formas possíveis: em primeiro lugar, para si mesmo, porque um mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz, que se deixa tocar pelos livros, que desfruta e que sonha em compartilhá-los com outras pessoas. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para facilitar os encontros entre livros e leitores. Às vezes, pode fazer a hora do conto e ler em voz alta uma ou várias histórias a um grupo, mas, outras vezes, propicia leituras íntimas e solitárias ou encontros em pequenos grupos. Assim, em certas ocasiões, conversa ou recomenda algum livro; em outras, permanece em silêncio ou se oculta para deixar que livro e leitor conversem.
        Por isso, além de livros, um mediador de leitura lê seus leitores: quem são, o que sonham e o que temem, e quais são esses livros que podem criar pontes com suas perguntas, com seus momentos vitais e com essa necessidade de construir sentido que nos impulsiona a ler, desde o começo e ao longo da vida.

Internet:<https://www.ceale.fae.ufmg.br/> (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, referentes às estruturas linguísticas do texto 8A2-I. 


O vocábulo “conversa” (último período do terceiro parágrafo) pertence à classe gramatical dos substantivos e está exercendo a função de sujeito da oração. 

Alternativas
Q2215185 Português
Texto 8A1-I

     O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
      Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são 10% e, em países desenvolvidos, 8%.
      Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
         Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou licenciatura.
       “Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma que isso não é bom para a educação.
        “A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países latinos.

Internet:<noticias.uol.com.br>  (com adaptações). 
Julgue o item seguinte, relativos à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de concordância e regência no texto 8A1-I.
O emprego de vírgula logo após ‘médio’ (primeiro período do quinto parágrafo) prejudicaria a correção gramatical do texto, visto que, em regra, sujeito e predicado não devem ser separados por vírgula.

Alternativas
Q2215181 Português
Texto 8A1-I

     O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
      Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são 10% e, em países desenvolvidos, 8%.
      Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
         Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou licenciatura.
       “Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma que isso não é bom para a educação.
        “A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países latinos.

Internet:<noticias.uol.com.br>  (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, no que diz respeito à sintaxe de orações e períodos no texto 8A1-I.


Classifica-se como oração sem sujeito o segmento “há muita concorrência e maior seleção” (primeiro período do quarto parágrafo).

Alternativas
Q2213991 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Pesquisadores desenvolvem tecido feito de fungos capaz de se regenerar

Um estudo, publicado no Advanced Functional Materials no mês passado, destaca como os micélios, que fazem parte da estrutura dos fungos que fica escondida sob o solo, compostos por redes que lembram a raiz de uma planta, desenvolvem a propriedade da autorregeneração.

No experimento conduzido durante o estudo, a partir da mistura de diferentes componentes, como carboidratos e proteínas, graças à ação dos micélios, pesquisadores obtiveram a formação de uma camada fina, comparável à de um tecido comum. Micélio é a parte vegetativa de um fungo que consiste de uma massa de ramificação formada por um conjunto de fios emaranhados.

Em seguida, ao realizar um teste perfurando a superfície desse material, após mantê-lo em condição semelhante à que foi produzido, ele se regenerava em até dois dias. E, apesar de ainda apresentar algumas marcas, essa propriedade se apresentou de forma bastante significativa, preservando a integridade dessa espécie de tecido.

Essa característica é útil tanto para lidar com defeitos menores quanto para danos mais profundos, de modo que ela seja o caminho para a substituição do couro. Ou seja, esse material composto por células fúngicas pode ser utilizado para a confecção de itens variados, como roupas, bolsas e acessórios. Se pensarmos um pouco além da indústria de vestuário, esse uso estende-se na composição de outros tipos de produtos, como estofados, itens para o lar e materiais veiculares.

A verdade é que tecidos que partiram dessa mesma ideia já vinham sendo elaborados. Mas há uma diferença que pode ser destacada nesse método de produção, em comparação com outros tecidos feitos a partir de fungos já desenvolvidos. Nele, os micélios não são expostos a agentes que os inativem, de modo que eles possam ser reativados para regenerar o tecido da mesma maneira que o produziram, uma vez que os fungos permanecem vivos. Além disso, o micélio substitui o uso de partículas plásticas, algo comum na composição de tecidos substitutos para o couro.

Afinal, já que os micélios dominaram a natureza e estão em todos os lugares, nada melhor que recorrer ao seu uso.

Pesquisadores desenvolvem tecido feito de fungos capaz de se regenerar - Mega Curioso. Adaptado
Mas há uma diferença que pode ser destacada nesse método de produção.
Assinale a opção CORRETA quanto à análise sintática dos termos. 
Alternativas
Q2210505 Português
Os pesquisadores afirmam que a taurina pode ser um elixir da vida; 'no entanto a reposição dos seus níveis ainda não foi testada em seres humanos'.
O termo destacado, sintaticamente, TRATA-SE DE:
Alternativas
Q2209950 Português
Em qual das sentenças abaixo a concordância do verbo sublinhado se apresenta no singular pelo fato de não haver sujeito na oração?
Alternativas
Q2207542 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

As armadilhas dos games para fazer crianças gastarem dinheiro sem parar

Leif pedia dinheiro à família para conseguir comprar moedas em um jogo, com as quais poderia incrementar seu personagem e comprar itens virtuais. Então, no Natal, os avós deram a ele mil reais em crédito em uma loja de aplicativos.

"Para minha surpresa, ele gastou tudo em questão de dias", recorda Nara Ward. "Depois disso, não dei a ele mais do que cinquenta reais em moedas do jogo por mês. Ele rapidamente ficou frustrado e entediado com o jogo.

" Leif passou a usar outro jogo, que também exige que os jogadores atualizem seu armamento usando créditos. "No entanto, este jogo tem a opção de assistir a anúncios para ganhar crédito", explica a mãe. "Ele fazia isso por desespero quando esgotava sua mesada para jogos." Ward diz que seu filho mais novo ainda não dominou o autocontrole nem o uso de dinheiro. "É algo que tenho que policiar constantemente."

Em vez de apenas lucrar com a compra de um jogo de videogame, como antigamente, hoje, muitas empresas do segmento dependem da receita gerada por compras efetuadas durante o jogo e das chamadas microtransações. Esse conteúdo adquirido pode ser puramente estético, como passos de dança e novas roupas para um personagem.

Mas as compras podem trazer também uma vantagem tática, como vidas extras, melhorias no personagem e novas armas - ganhos em relação aos jogadores que não compram esses recursos adicionais. É previsto que o mercado global de microtransações online cresça cerca de R$ 330 bilhões em 2022 para R$ 370 bilhões em 2023.

No entanto, alguns especialistas e consumidores reagem a essa tendência. Algumas empresas prometem novos lançamentos que não trazem compras durante o jogo.

As empresas de jogos, diz a professora Sarah Mills, usam a psicologia comportamental para levar os usuários a gastar. A fronteira entre jogos e apostas, diz ela, torna-se cada vez mais confusa. Sua pesquisa indica que técnicas de jogos de azar são incorporadas nos games, fazendo os usuários jogarem por mais tempo e gastarem mais dinheiro, além de fazerem pequenas compras em sequência. 

Ao gastar, os jogadores impedem a rotina: fazer uma compra evita ter que passar horas em um jogo monótono para que se possa subir de nível.

A estratégia por trás disso chama-se 'fun pain', algo como diversão dolorosa: você pode perder algo importante ou mais divertido se não fizer uma compra.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/clw9xep49zgo. Adaptado.
Depois disso, não dei a ele mais do que cinquenta reais.
Sintaticamente, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2207083 Português

Texto CG1A1-I


    Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade foram mortos de forma violenta no Brasil - uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência sexual uma média de 45 mil por ano. É o que revela o documento Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 


     Segundo o documento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica, perpetrada por um agressor conhecido. O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os adolescentes morrem, majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e o racismo. 

    
    Conforme os dados constantes no referido documento, a maioria das vítimas de mortes violentas é adolescente Das 35 mil mortes violentas de pessoas com idade até 19 anos identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham idade entre 15 e 19 anos. A violência letal, nos estados com dados disponíveis para a série histórica, teve um pico entre 2016 e 2017, e vem caindo, voltando aos patamares dos anos anteriores. Ao mesmo tempo, o número de crianças de até 4 anos de idade vítimas de violência letal aumenta, o que traz um sinal de alerta. foco em 


     "A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa) A violência contra adolescentes acontece na rua, com meninos negros. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos. crucial entendê-los também em suas diferenças para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e resposta às violências", afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil. 

  
        Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à Informação. Foram solicitados, a cada estado brasileiro ((os dados de boletins de ocorrência dos últimos cinco anos, referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e violência sexual (estupros e estupros de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas informações não são sistematicamente reunidas e padronizadas, tratando-se, portanto, de uma análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à violência contra meninas e meninos.

 Internet <www unicef org >(com adaptações)

A respeito de aspectos gramaticais e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsequente.


No último período do texto, o termo "Essas informações" exerce a função de sujeito das orações expressas pelas formas verbais "são" e "tratando-se".

Alternativas
Q2205854 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

As armadilhas dos games para fazer crianças gastarem dinheiro sem parar

Leif pedia dinheiro à família para conseguir comprar moedas em um jogo, com as quais poderia incrementar seu personagem e comprar itens virtuais. Então, no Natal, os avós deram a ele mil reais em crédito em uma loja de aplicativos.

"Para minha surpresa, ele gastou tudo em questão de dias", recorda Nara Ward. "Depois disso, não dei a ele mais do que cinquenta reais em moedas do jogo por mês. Ele rapidamente ficou frustrado e entediado com o jogo."

Leif passou a usar outro jogo, que também exige que os jogadores atualizem seu armamento usando créditos. "No entanto, este jogo tem a opção de assistir a anúncios para ganhar crédito", explica a mãe. "Ele fazia isso por desespero quando esgotava sua mesada para jogos." Ward diz que seu filho mais novo ainda não dominou o autocontrole nem o uso de dinheiro. "É algo que tenho que policiar constantemente."

Em vez de apenas lucrar com a compra de um jogo de videogame, como antigamente, hoje, muitas empresas do segmento dependem da receita gerada por compras efetuadas durante o jogo e das chamadas microtransações. Esse conteúdo adquirido pode ser puramente estético, como passos de dança e novas roupas para um personagem.

Mas as compras podem trazer também uma vantagem tática, como vidas extras, melhorias no personagem e novas armas - ganhos em relação aos jogadores que não compram esses recursos adicionais. É previsto que o mercado global de microtransações online cresça cerca de R$ 330 bilhões em 2022 para R$ 370 bilhões em 2023.

No entanto, alguns especialistas e consumidores reagem a essa tendência. Algumas empresas prometem novos lançamentos que não trazem compras durante o jogo.

As empresas de jogos, diz a professora Sarah Mills, usam a psicologia comportamental para levar os usuários a gastar. A fronteira entre jogos e apostas, diz ela, torna-se cada vez mais confusa. Sua pesquisa indica que técnicas de jogos de azar são incorporadas nos games, fazendo os usuários jogarem por mais tempo e gastarem mais dinheiro, além de fazerem pequenas compras em sequência.

Ao gastar, os jogadores impedem a rotina: fazer uma compra evita ter que passar horas em um jogo monótono para que se possa subir de nível.

A estratégia por trás disso chama-se 'fun pain', algo como diversão dolorosa: você pode perder algo importante ou mais divertido se não fizer uma compra.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/clw9xep49zgo. Adaptado.
Leif passou a usar outro jogo, 'que' também exige que os jogadores atualizem seu armamento usando créditos.
O termo destacado na frase em questão trata-se de:
Alternativas
Q2205071 Português

Texto para o item.



Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do conteúdo do texto, julgue o item.


A palavra “estilo” (linha 21) consiste em um núcleo do sujeito.


Alternativas
Q2205068 Português

Texto para o item.



Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).

Acerca da estrutura linguística e do conteúdo do texto, julgue o item.


A omissão do sujeito da locução “Foi mantida” (linha 8) é exemplo de uma figura de linguagem conhecida como catacrese.


Alternativas
Q2204364 Português
O plano chinês para monitorar – e premiar – o comportamento de seus cidadãos

         Imagine que todas as suas atividades e comportamentos são monitorados e pontuados em uma grande base de dados nacional: desde sua informação fiscal, até o tempo que você passa jogando videogame.
        O cenário acima poderia ter saído do romance clássico de George Orwell, 1984, em que os cidadãos estão sempre sob vigilância de uma entidade chamada de "o grande irmão". Lembra também um episódio da série de TV Black Mirror, no qual cada atividade dos personagens rende "pontos" em um futuro distópico. Mas não é ficção. Esta é uma política de Estado em planejamento na China.
        O governo chinês está construindo um onipresente "sistema de crédito social", através do qual o comportamento de cada um dos seus 1,3 bilhão de cidadãos será pontuado em uma espécie de ranking de confiança.
         Por enquanto, trata-se de um projeto piloto do qual participam oito companhias chinesas. Com a autorização do estado, elas emitem suas próprias pontuações de "crédito social".
       Mas até o ano de 2020, todos os chineses estarão obrigatoriamente inclusos nesta enorme base de dados, e receberão pontuação de acordo com sua conduta.
         Por enquanto, o projeto existe em formato piloto mas a ideia do governo é tê-lo em breve como ferramenta aplicável a todos os cidadãos.
        Em um longo documento de 2014, o Conselho de Estado chinês explica que o plano do crédito social visa "forjar um ambiente na opinião pública em que a confiança será valorizada", acrescentando que "o sistema recompensará aqueles que reportarem atos de abuso de confiança".        A base de dados nacional concentrará uma ampla variedade de informações sobre cada cidadão. Será possível saber se uma pessoa paga seus impostos e multas em dia, se seus títulos acadêmicos são legítimos, etc.
       Haverá também um grande grupo de pessoas que passará por um escrutínio ainda mais pesado, dependendo da profissão que exercem. A lista inclui professores, contadores, jornalistas, médicos e guias turísticos.
       Críticos do projeto classificam o sistema de crédito social como "um pesadelo" e "orwelliano". Mas há quem acredite que um sistema como este é necessário na China.
     Os sistemas de crédito constroem confiança entre os cidadãos, defende Wen Quan, uma blogueira que escreve sobre temas de tecnologia e finanças.
        "Sem um sistema, um estelionatário pode cometer um crime em um lugar e logo depois fazer o mesmo em outra região do país. Os sistemas de crédito tornam público o histórico de uma pessoa. (O sistema) construirá uma sociedade melhor e mais justa", diz ela.
        Uma das empresas que participa do projeto piloto é a Sesame Credit, a ala financeira do site de vendas online Alibaba, o maior do mundo hoje.
       A empresa usa sua gigantesca base de dados de consumidores para criar rankings de "crédito social". A escala é alimentada pelas transações financeiras feitas com o sistema de pagamentos do Alibaba.
       A companhia não divulga exatamente como calcula a pontuação de cada cliente, dizendo que se trata de um "algoritmo complexo".
      As autoridades chinesas monitoram o andamento do projeto piloto de forma muito cuidadosa. O sistema do governo não funcionará exatamente como o das empresas privadas, mas adotará características dos algoritmos desenvolvidos pelas empresas privadas.
    Por enquanto, a participação no projeto é voluntária, mas a Sesame divulga o cadastro enfatizando os benefícios de obter um bom "crédito social". A empresa incentiva seus clientes a compartilhar a boa pontuação com os amigos e inclusive com potenciais pares românticos. Pontuar bem no programa dá acesso a uma série de benefícios, desde descontos em hotéis ou aluguel de carros até acesso a apólices de seguro ou a obtenção mais célere de vistos.
       Mas o que acontece quando a pontuação é ruim? Esta é a parte "preocupante", segundo Rachel Botsman, autora do livro "Who Can You Trust" (algo como "Em quem você pode confiar", em uma tradução livre). A obra trata do sistema de crédito social da China.
      "Se a sua pontuação de confiança cai abaixo de certo nível, toda a sua vida pode ser impactada. Desde a escola que seus filhos poderão frequentar até os empregos que você poderá escolher e o tipo de empréstimo bancário que você poderá obter", disse Botsman em um programa televisivo co-produzido pela BBC.
     "As transgressões podem ter ocorrido na sua vida, mas o seu comportamento poderia ter impacto em seus filhos ou netos durante décadas", diz Botsman.

(BBC mundo. Adaptado. https://www.bbc.com. Acesso em 16/05/2023)
Assinale a única alternativa em que se observa um substantivo como núcleo do sujeito.
Alternativas
Q2204019 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'


Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.

Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.

Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.

Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.

A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.

Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.

E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.

Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.

O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.

Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.

E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.

Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.

Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.

Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sintaticamente, é CORRETO afirmar que o:
Alternativas
Q2203783 Português
A taurina, 'um nutriente encontrado em carne, peixe e suplemento', melhora a saúde em uma variedade de espécies animais.
(Disponível em: https://curtlink.com/hEimFnF. Adaptado)

O termo destacado na ORAÇÃO trata-se de:
Alternativas
Q2203131 Português
Infecção do trato urinário (ITU) afeta 50% das mulheres e é tratada de forma pouco eficaz

Os sintomas de uma ITU - infecção do trato urinário - incluem dor ou queimação ao urinar, além de vontade frequente ou repentina, urina turva, com sangue ou com cheiro fétido, dor nas costas ou na parte inferior do abdômen e febre ou calafrios.

Geralmente, isso é causado pela bactéria Escherichia coli, ou simplesmente E. coli. Muitos outros micro-organismos também podem ser culpados pelo quadro, mas há poucas pesquisas sobre eles, segundo a pesquisadora Jennifer Rohn, diretora do Centro de Biologia Urológica da University College London, no Reino Unido.

Uma ITU pode causar cistite, uma inflamação da bexiga, explica Chris Harding, urologista do Hospital Freeman e da Universidade de Newcastle, também no Reino Unido. Existem outros tipos de ITUs, mas a cistite é a mais comum.

As ITUs são extremamente comuns e afetam metade do público feminino em algum momento da vida. Elas são especialmente prevalentes entre mulheres jovens e sexualmente ativas e aquelas na pós-menopausa, contextualiza Rohn.

Genética, hormônios e anatomia são fatores que entram em jogo. Mulheres são especialmente afetadas porque têm uretras mais curtas do que os homens. Isso facilita a chegada das bactérias à bexiga.

Embora as ITUs sejam classificadas como doenças infecciosas, elas não são contagiosas. No entanto, a bactéria responsável pode ser transmitida de pessoa para pessoa durante a relação sexual.

Vale destacar que os homens também podem ter uma ITU, especialmente quando são mais velhos. Em lares de idosos, as infecções urinárias são o tipo mais comum de condição provocada por micro-organismos.

No mundo, as ITUs afetam cerca de 150 milhões de pessoas a cada ano, mas esse problema já generalizado certamente se tornará ainda mais comum à medida que o mundo envelhece. "E essa é uma razão muito importante pela qual os idosos acabam no hospital", explica Rohn. Como as ITUs são comuns e geralmente pouco complicadas, muitos médicos as encaram como uma parte normal de ser mulher.

Essa atitude, porém, aumenta o risco de banalizar os casos mais graves, que são inúmeros. Além das ITUs recorrentes, há uma conscientização cada vez maior sobre a forma crônica dessa doença, às vezes chamada de ITU de longa duração. Essencialmente, algumas pessoas vivem com sintomas ao longo de vários dias, sem nenhum alívio. No entanto, quase não há reconhecimento oficial dessa condição, que se arrasta por mais tempo.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3 g49llg8qwo. Adaptado. 
No mundo, as ITUs afetam cerca de 150 milhões de pessoas a cada ano.
Assinale a opção que contenha o predicado da oração.
Alternativas
Q2202367 Português
Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália

De potinhos de coleta de urina a itens pessoais de pacientes, a descoberta revela detalhes sobre os hábitos de higiene da época. Confira.

Em abril, arqueólogos anunciaram a descoberta de uma série de equipamentos médicos do Ospedale dei Fornari, um hospital fundado em 1564, em Roma.

O achado se deu no que um dia funcionou o Fórum de César, feito por Júlio César em 50 a.C. O Ospedale dei Fornari , construído nas redondezas do antigo fórum, teria usado o local como depósito de lixo potencialmente infeccioso - uma tentativa de reduzir a propagação de doenças.

As escavações aconteceram em 2021. Os arqueólogos encontraram uma câmara de 2,8 metros de profundidade, revestida de tijolos e com uma camada de argila compacta cobrindo tudo. Os pesquisadores acreditam que o buraco tenha sido usado apenas uma única vez - o lixo foi jogado e depois o poço foi selado.

O que os arqueólogos encontraram?

O interior do poço guardava pequenos vasos intactos, cacos de cerâmicas, potes de vidro e itens pessoais, como estatuetas e medalhas. Mais da metade dos vasos de vidro (inteiros ou em pedaços) recuperados do lixão são provavelmente o que os médicos antigos chamavam de matula - um potinho de coleta de urina.

Durante a Idade Média e o Renascimento, a prática da uroscopia era uma ferramenta diagnóstica central para os médicos. Era um exame 100% visual: o médico analisava alterações na cor, a presença de sedimentos, o cheiro e até o gosto do xixi. Com isso, era possível saber se o paciente tinha condições como icterícia, doença renal e diabetes.

Havia também vários grampos de chumbo comumente usados em ferragens de móveis, além de madeira queimada. Isso pode ser evidência de uma medida higiênica historicamente conhecida: a queima (e descarte) de móveis e outros itens que entraram em contato com pacientes com doenças infecciosas, como a peste bubônica.

O estudo também identificou itens de cerâmica usados para cozinhar e comer. Ao entrar no hospital, cada paciente recebia seus próprios pertences (jarra, copo, tigela e prato), como medida de higiene.

Antes da pesquisa, o descarte moderno de resíduos hospitalares e médicos para prevenir a propagação de doenças não recebia a devida atenção arqueológica. "[Essas descobertas] aumentam significativamente nossa compreensão das práticas de descarte de resíduos no Renascimento, ao mesmo tempo em que destacam a necessidade de uma visão mais completa dos regimes de higiene e controle de doenças do início da Europa moderna", escrevem os autores do artigo, publicado pela Cambridge University Press.

Retirado e adaptado de: CAPARROZ, Leo. Lixo hospitalar do século 16
 é encontrado em poço na Itália. Superinteressante. Disponível em: add
o-emmmpocoo-na-itaaa
.br/historia/lixo-hospitalar-do-seculo-16-e-encontrado-em-poco-na-italia/
Acesso em: 16 maio, 2023.
Analise o seguinte trecho, retirado do texto "Lixo hospitalar do século 16 é encontrado em poço na Itália":
Os arqueólogos encontraram uma câmara de 2,8 metros de profundidade, revestida de tijolos e com uma camada de argila compacta cobrindo tudo.
Agora, analise as afirmações a seguir:

I. O trecho se trata de um período simples.
II. A expressão "uma câmara de 2,8 metros de profundidade" funciona como objeto direto.
III. "Os arqueólogos" é o sujeito do verbo "encontraram".

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
341: C
342: B
343: C
344: E
345: C
346: C
347: A
348: E
349: B
350: B
351: E
352: D
353: B
354: C
355: E
356: A
357: C
358: E
359: C
360: D