Questões de Concurso
Comentadas sobre termos essenciais da oração: sujeito e predicado em português
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Concha Acústica
1 Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília - MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada4 por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre.
7 Foi o primeiro grande palco da cidade.
Acesso em: 21/3/2014, com adaptações.
O início das manifestações populares no Brasil, desde o meio de junho, deixou perplexas as autoridades da União, estados e municípios. De um protesto contra o aumento da passagem dos ônibus, a população incorporou temas pouco discutidos. Em que cenário surgiram os questionamentos por parte da população? São vários, mas alguns desses assuntos refletem diretamente na vida das pessoas.
O cenário econômico internacional revela que nossos problemas internos não são causados por fatores vindos de fora; o cenário interno revela aumento da inflação, baixo crescimento da economia sem perspectivas de melhora no curto e médio prazo, perda de poder aquisitivo face a reajustes automáticos de serviços públicos privatizados (pedágio, transporte coletivo, telecomunicações, energia) e serviços prestados ao povo sem o padrão Fifa; para a Copa de 2014, houve gastos questionáveis para construir estádios particulares sem a transparência adequada e necessária. A Fifa, uma entidade privada internacional, impõe (e o governo aceita) exigências que ignoram nossa soberania.
Além disso, há uma sensação de que os condenados pelo mensalão não irão ficar atrás das grades. Aumenta a corrupção porque a impunidade assegura meios de os políticos corruptos escaparem da prisão. A PEC 37, já derrubada, defendia que o Ministério Público não tivesse mais o poder investigativo (contra corrupção, desvio de recursos, obras superfaturadas etc.), e pergunta-se: quem se beneficiaria com a exclusão do MP das investigações?
Há um silêncio sepulcral por parte dos governantes (nas três esferas) quando a população questiona algum gasto público não esclarecido quanto ao seu objetivo ou necessidade. Nenhuma discussão sobre a adoção de medidas econômicas que podem afetar a política fiscal, em que mais gastos são autorizados sem contrapartida de receita. Não se propõe uma reforma tributária com menos impostos, gastos com maior retorno econômico e social, com um substancial corte de despesas da União, estados e municípios.
No dia 21, a presidente da República falou para a nação em cadeia nacional de rádio e televisão, buscando dar respostas aos anseios da população. Atitude louvável, mas o que o povo questiona já não deveria ser de conhecimento de todas as autoridades? A presidente pode dar as respostas junto com os demais poderes. Que cada poder assuma suas atribuições de fato, cortando os próprios privilégios. Hoje, o político cassado volta para sua casa legislativa, o condenado pelo Supremo não está na cadeia e à população cabe somente a tarefa de pagar impostos.
O Brasil precisa mudar, e muito. E que comece pelo poder político, que é a reforma mais urgente de que a nação precisa. A reforma política de verdade deve contemplar fidelidade partidária, voto distrital, mandato do partido e não do político, fim da reeleição para todos os níveis, vereador como trabalho voluntário e não remunerado, cargos comissionados representando no máximo 2% do total de servidores, e fim do aparelhamento do Estado com indicações políticas. O que é necessário para mudar o país de agora e do futuro não são medidas pontuais para baixar o preço da passagem, mas medidas profundas, estruturais, de curto, médio e longo prazo.
Moisés Farah Jr., economista, é professor do mestrado profissional de Planejamento e Governança Pública da
Cargo: SECRETÁRIO EXECUTIVO
UTFPR. Disponível
em:
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao
Na linha 8, o verbo ser está conjugado na terceira pessoa do singular — “É” — por compor oração sem sujeito.
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Marcelo Gleiser
Raramente, a relação entre a ciência e a população é tão direta quanto no caso de alimentos geneticamente modificados (AGMs). Pois uma coisa é ligar uma TV de plasma ou falar num celular; outra, é ingerir algo modificado no laboratório.
Não é à toa que as reações contra e a favor dos AGMs é polarizada e radical. De um lado, vemos grupos puristas querendo banir definitivamente qualquer tipo de alimento geneticamente modificado, alegando que fazem mal à saúde e ao meio ambiente; de outro, temos os defensores radicais dos AGMs, que confundem ciência com as estratégias de marketing dos grandes produtores, principalmente da gigantesca Monsanto.
Poucos debates na nossa era são tão importantes. Existem aqui ecos do que ocorre com o aquecimento global, o criacionismo e as vacinas, onde o racional e o irracional misturam-se de formas inusitadas.
Vemos uma grande desconfiança popular da aliança entre a ciência e as grandes empresas, dos cientistas “vendidos", comparados, infelizmente, com os que trabalham para a indústria do fumo. A realidade, como sempre, é bem mais sutil.
Existem centenas de estudos científicos publicados que visam determinar precisamente o impacto dos alimentos geneticamente modificados nas plantações e nos animais. O leitor encontra uma lista com mais de 600 artigos no portal http://www.biofortifed.org/genera/studies-for-genera/, que não é afiliado a qualquer empresa.
Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido, Owen Paterson, propôs que seu país deveria liderar o mundo no desenvolvimento e na implantação de AGMs: “Nosso governo deve assegurar à população que os AGMs são uma inovação tecnológica comprovadamente benéfica".
Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs vandalizaram plantações de beterraba da empresa suíça Syngenta no Estado de Oregon, nos EUA. As plantações foram geneticamente modificadas para resistir ao herbicida Glifosate (do inglês Glyphosate), algo que os fazendeiros desejam, pois ajuda no controle das ervas daninhas que interferem com a produtividade de suas plantações.
O Prêmio Mundial da Alimentação de 2013 foi dado a Marc van Montagu, Mary-Dell Chilton e Rob Fraley. Os três cientistas tiveram um papel essencial no desenvolvimento de métodos moleculares desenhados para modificar a estrutura genética de plantas. Chilton, aliás, trabalha para Syngenta. Mas, no YouTube, vemos vídeos mostrando os efeitos “catastróficos" de tal ciência, como relata Nina Fedoroff, professora da Universidade Estadual da Pensilvânia em um ensaio recente para a revista “Scientific American". Fedoroff antagoniza os exageros e radicalismo dos protestos contra os AGMs, que alega não terem qualquer fundamento científico, sendo comparáveis aos abusos pseudocientíficos que justificam posturas quase que religiosas.
Em termos dos testes até agora feitos, não parece que AGMs tenham qualquer efeito obviamente nocivo à saúde humana ou à dos animais que se alimentam deles. Já muitos dos inseticidas comumente usados em plantações são altamente cancerígenos.
Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental e médico dos AGMs deve continuar; mas a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias, é a antítese do que uma população bem informada deve fazer.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/07/1317544-alimentos-geneticamente-modificados-fato-e-ficcao.shtml
Uma supernova é uma explosão colossal de uma estrela que ocorre quando ela se desestabiliza. A descrição padrão desses fenômenos fala de astros imensos que, quando as reações nucleares de seu interior já consumiram todo o seu hidrogênio, deixando-os sem combustível, colapsam desencadeando todo o processo de explosão na forma de supernova. Mas, as do tipo Ia são diferentes: são estrelas anãs brancas, velhas e muito densas, tanto que nelas uma massa como a do Sol está comprimida em um tamanho equivalente ao da Terra; quando roubam matéria de um astro próximo ou se se fundem duas delas, podem superar um certo umbral de massa a partir do qual deixam de ser estáveis e se desencadeia uma colossal explosão.
O valor das Ia como marcação de medida de distâncias no universo se deve a que essas supernovas geram o mesmo brilho mais ou menos, o que permite estimar a distância a que está a galáxia na qual se produzem essas explosões. E foi precisamente com duas pesquisas independentes que usaram essas supernovas para medir distâncias no cosmos e medir a velocidade de recessão das respectivas galáxias que se descobriu a inesperada aceleração da expansão do universo.
Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/03/04/sociedad/1393959611_405560.html>
Acesso em 07/03/2014.
“A explosão de uma estrela descoberta, por pura casualidade, por uns estudantes britânicos há pouco mais de um mês se converteu em tema de interesse de astrônomos de todo o mundo, que inclusive apontaram o telescópio espacial Hubble para vê-la”.
1. O vocábulo “por”, nas duas ocorrências sublinhadas, tem o mesmo sentido que na construção “lutou por uma vaga”. 2. O uso de vírgulas isolando “por pura causalidade” se justifica por esta construção estar empregada como adjunto adverbial intercalado no período. 3. O sujeito de “converteu” é indeterminado, o que se evidencia pelo uso da partícula “se”. 4. A construção “de todo o mundo” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “do mundo inteiro”. 5. Em “vê-la”, o pronome sublinhado é objeto do verbo “ver” e faz referência a “a explosão de uma estrela”.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Robson Sávio Reis Souza
[...]
Enquanto apontamos os dedos para adolescentes infratores, milícias e esquadrões da morte formados, inclusive, por agentes públicos, continuam impunes.
A redução da maioridade penal pode ser defensável sob o ponto de vista da racionalidade instrumental pós-moderna, do minimalismo midiático, das emoções pessoais e mesmo do sentimento coletivo de vingança e punição. Porém, não se sustenta sob o ponto de vista de uma ética da alteridade, da generosidade e da responsabilidade de todos nós, adultos, que devemos reconhecer que o segmento mais vulnerável da nossa população, os adolescentes - tratados como "futuro do país" -, não tem seus direitos garantidos no presente.
A querela acerca da redução da maioridade penal em boa medida é fruto do sensacionalismo e do desconhecimento em relação à ampliação descomunal do Estado penal. Lastreado na exploração da emoção e na desinformação da maioria dos brasileiros sobre a baixa eficiência das políticas públicas protetivas - que deveriam preceder qualquer medida punitiva -, esse debate sustenta, lamentavelmente, o discurso oportunista e eleitoreiro de políticos que descumprem impunemente aquilo que tanto atacam o ECA.
A relação entre a violência e a imputabilidade penal é um sofisma. O debate sobre o tempo da pena ou da idade do infrator é secundário. Serve para lançar uma nuvem de fumaça a encobrir a questão fulcral: quais são condições objetivas que favorecem a criminalidade em nosso país?
Nossas crianças e adolescentes demandam por mais Estado constitucional e menos Estado penal.
(Excerto do Artigo publicado no Jornal Estado de Minas, de 25/05/2013,Caderno "Pensar e Agir").
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Em relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens seguintes.
Napoleão Mendes de Almeida, Dicionário de Questões Vernáculas (adaptado)
1. A força da redação vem do poder de persuasão do autor do texto.
2. Um dos temas do texto é a necessidade do respeito ao idioma pátrio.
3. De acordo com a norma culta, estão corretamente grafadas as palavras: “ajudicasão, lesivo, sucetível, acórdão, fungível”.
4. A expressão sublinhada no texto pode ter o valor semântico de “não se harmonizam”.
5. Na frase “Sem a virtude gramatical não existe fascínio ideológico”, a palavra sublinha é verbo impessoal e pode ser trocada por “há” sem prejuízo de sentido ao texto e sem desvio de concordância verbal.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Giulianna Louise Christofoli
Assim que nascemos, já temos o nosso primeiro contato com a língua portuguesa. Entramos na escola e o Português nos acompanha desde o primeiro dia de aula até a formatura. Alguns se apaixonam por ele; muitos, não querem nem sua amizade. Ocorre que, aqueles que no passado não deixaram o Português entrar nas suas vidas, hoje se arrependem e perdem muito por isso. Sabemos que a língua portuguesa é meio fundamental de comunicação. Necessitamos dela o tempo inteiro. Falar, todos nós sabemos. Agora, falar corretamente…
Sem perceber, as pessoas que não têm intimidade com o Português perdem muitas oportunidades na vida. Não só na vida profssional, mas na vida social e pessoal. Até quando vamos querer esconder a ideia de que saber falar corretamente é e sempre será essencial? Se aceitássemos essa ideia e buscássemos uma amizade com a língua portuguesa, veríamos que as nossas chances na vida seriam bem maiores. Hoje, a pessoa que sabe falar bem destaca-se. E se passa como diferente, num país em que falar e escrever bem deveria ser comum. Pois bem, agora que sabemos o quão fundamental é se comunicar bem, imaginemos a sua importância na esfera jurídica.
Primeiramente, vamos tratar dos concursos públicos, febre que vem aumentando nos dias atuais. Os examinadores já se deram conta do papel do Português na esfera pública e não existe um concurso sequer que não caia a matéria mais temida pelos concursados. A exigência da língua portuguesa é obrigação que deveria vir presente em todas as provas profissionalizantes, para seleção de pessoal. Posso inclusive dizer que a Língua Portuguesa talvez seja a única matéria essencial para todas as áreas profssionais, tanto humanas como exatas, podendo ser considerada como a única que utilizamos a vida inteira, o tempo inteiro. Vai dizer que não é importante?
Agora refitam sobre a carreira do advogado. Os advogados, profissionais que deveriam merecer extremo respeito, por buscarem fazer “jus à justiça”, sofrem grandes preconceitos. Digo-lhes o motivo: o bendito Português. O advogado que não tiver o conhecimento da sua própria língua fca prejudicado na carreira e dá maiores chances para os concorrentes. É muito claro que se não combinarmos advocacia com a língua portuguesa, o advogado não saberá se comunicar oralmente, não saberá interpretar a lei da melhor forma e, principalmente, não saberá elaborar peças, atividade fundamental da advocacia. Quantas vezes nos deparamos com peças mal elaboradas, sustentações orais incoerentes e interpretações sem sentido? Até mesmo a comunicação com outros profissionais do Direito deve observar as formalidades do Português. Esses pequenos detalhes resultam em pontos negativos e a culpa é inteirinha do nosso amigo tão falado.
(…)
Devemos dar mais importância ao Português, um camarada que está do nosso lado desde o momento em que nascemos e que vai nos acompanhar ao longo da nossa trajetória. Reflitam. Parem de fugir do Português e comecem a correr atrás dele antes que seja tarde.
Fonte:
Assinale a alternativa que contém a análise correta.
O referente do sujeito da oração “e garante o seu valor” (l.21) é “marca” (l.20).
A forma verbal “Existiam” (l.14) poderia ser corretamente substituída por Haviam.
(Adaptado de Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 207)
O segmento grifado exerce na frase acima a função de
Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014.
Pavio do destino
Sérgio Sampaio
01 O bandido e o mocinho
São os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos
04 Lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto
São filhos do primo pobre
07 A parcela do silêncio
Que encobre todos os gritos
E vão caminhando juntos
10 O mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo
Porque ainda são meninos
13 Quem viu o pavio aceso do destino?
Com um pouco mais de idade
E já não são como antes
16 Depois que uma autoridade
Inventou-lhes um flagrante
Quanto mais escapa o tempo
19 Dos falsos educandários
Mais a dor é o documento
Que os agride e os separa
22 Não são mais dois inocentes
Não se falam cara a cara
Quem pode escapar ileso
25 Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso do destino?
O tempo é pai de tudo
28 E surpresa não tem dia
Pode ser que haja no mundo
Outra maior ironia
31 O bandido veste a farda
Da suprema segurança
O mocinho agora amarga
34 Um bando, uma quadrilha
São os dois da mesma safra
Os dois são da mesma ilha
37 Dois meninos pelo avesso
Dois perdidos Valentinos
Quem viu o pavio aceso do destino?
O sujeito da forma verbal “viu”, nos versos 13, 26 e 39, é indeterminado, pois não se revela, no texto, quem pratica a ação de ver.
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Internet:
Na linha 1, a substituição da forma verbal “Existem” por haverão manteria a correção gramatical do período e não prejudicaria a coerência textual dado o emprego do subjuntivo “pratiquem”.
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Tecnologias de controle criam novas situações de dano moral.
Internet:
Identificam-se como referentes do sujeito elíptico da oração iniciada pela forma verbal “São” (l.4): “O monitoramento por imagens” (l.1), “o controle de emails” (l.3) e “as escutas e gravações de ligações telefônicas dos empregados” (l.3-4).
Os sujeitos das formas verbais “recebe” (l.9), “paga” (l.9), “desconta” (l.10) e “antecipa” (l.10) têm um mesmo referente: “um banco comercial” (l.9).