Questões de Concurso
Sobre tipologia textual em português
Foram encontradas 3.641 questões
As queimadas do Pantanal
Por Revista Piauí
(Disponível em: piaui.folha.uol.com.br/queimadas-pantanal-world-weather-attribution/ – texto adaptado
especialmente para esta prova).
I. As afirmações sobre as queimadas no Pantanal exemplificam uma situação comunicativa típica de textos jornalísticos de caráter informativo-científico. II. No que se refere à tipologia textual, predomina no texto a dissertação, marcada pela presença de argumentos baseados em pesquisas científicas para explicar as causas das queimadas. III. As variações linguísticas, por se tratar de um texto formal com finalidade informativa, são minimizadas em prol da objetividade e clareza da mensagem.
Quais estão corretas?
________________, o autor tem a intenção de convencer seus leitores a partir da própria opinião e juízo de valor fundamentados em pesquisas que realizaram, ou em conhecimentos que possuem sobre determinado tema.
O texto é classificado como sendo:
Assinale a alternativa CORRETA:
Considerando a tipologia de cada texto, o exemplo abaixo classifica-se como sendo do tipo:
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/68747113898/
Considerando a tipologia de cada texto, o exemplo abaixo classifica-se como sendo do tipo:
Assinale a alternativa correta sobre a tipologia textual.
Texto III
Poesia Pau-Brasília: Receita
Ingredientes
2 conflitos de gerações
4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
5 5 sonhos eróticos
2 canções dos Beatles
Modo de preparar
Dissolva os sonhos eróticos
Nos dois litros de sangue fervido
10 E deixe gelar seu coração.
Leve a mistura ao fogo
Adicionando dois conflitos de geração
Às esperanças perdidas
Corte tudo em pedacinhos
15 E repita com a canção dos Beatles
O mesmo processo usado com os sonhos eróticos
Mas dessa vez deixe ferver um pouco mais
E mexa até dissolver
Parte do sangue pode ser substituída
20 Por suco de groselha
Mas os resultados não serão os mesmos.
Sirva o poema simples
Ou com ilusões
BEHR, Nicolas, 7 fev. 2008. Disponível em: alldementedforever /
http://www.nicolas-behr.com.br (Acessado em abr. de 2009).
Na segunda parte da receita, os ingredientes mencionados na primeira estão precedidos de artigos definidos porque
Texto II
Grande sertão: veredas
Olhe: conto ao senhor. Se diz que, no bando de
Antônio Dó, tinha um grado jagunço, bem remediado
de posses – Davidão era o nome dele. Vai, um dia,
coisas dessas que às vezes acontecem, esse Davidão
5 pegou a ter medo de morrer. Safado, pensou, propôs
este trato a um outro, pobre dos mais pobres, chamado
Faustino: o Davidão dava a ele dez contos de réis, mas,
em lei de caborje – invisível no sobrenatural – chegasse
primeiro o destino de Davidão morrer em combate,
10 então era o Faustino quem morria, em vez dele.
E o Faustino aceitou, recebeu, fechou. Parece que,
com efeito, no poder de feitiço ele muito não acreditava.
Então, pelo seguinte, deram um grande fogo, contra os
soldados do Major Alcides do Amaral, sitiado forte em
15 São Francisco. Combate quando findou, todos os
dois estavam vivos, o Davidão e o Faustino. A de ver?
Para nenhum deles não tinha chegado a hora-e-dia.
Ah, e assim e assim foram, durante os meses, escapos,
alteração nenhuma não havendo; nem feridos eles não
20 saíam... Que tal, o que o senhor acha? Pois, mire e
veja: isto mesmo narrei a um rapaz de cidade grande,
muito inteligente, vindo com outros num caminhão,
para pescarem no Rio. Sabe o que o moço me disse?
Que era assunto de valor, para se compor uma estória
25 em livro. Mas que precisava de um final sustante,
caprichado. O final que ele daí imaginou foi um: que,
um dia, o Faustino pegava também a ter medo, queria
revogar o ajuste! Devolvia o dinheiro. Mas o Davidão
não aceitava, não queria, por forma nenhuma.
30 Do discutir, ferveram nisso, ferraram numa luta
corporal. A fino, o Faustino se provia na faca, investia,
os dois rolavam no chão, embolados. Mas, no confuso,
por sua própria mão dele, a faca cravava no coração do
Faustino, que falecia...
35 Apreciei demais essa continuação inventada.
A quanta coisa limpa verdadeira uma pessoa de alta
instrução não concebe! No real da vida as coisas
acabam com menos formato, nem acabam. Melhor
assim. Pelejar, por exato, dá erro contra a gente. Não
40 se queira. Viver é muito perigoso...
GUIMARÃES ROSA, João. Grande sertão: veredas. Edição comemorativa dos 50 anos de publicação da obra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 75-76. (Fragmento)
Guimarães Rosa costumava construir seus textos com personagens reais, como é o caso de Antônio Dó, e com histórias ouvidas no sertão mineiro, em que realidade e ficção se confundem.
O fragmento de Grande sertão: veredas, ora transcrito, é um exemplo disso, pois, na história dos jagunços, o narrador-personagem toma por base
CABRAL, Ivan. Rede social. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/- HXLdY3Dm3QY/TevKY3ZebeI/AAAAAAAAAh0/ EBk4O8lXgqY/s1600
/Charge2011-redesocial.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2013.
A charge sugere que
Texto III
(Luis Fernando Veríssimo. As Cobras)
Com base no texto III, sentir-se um zero não significa sentir-se:
Texto III
(Luis Fernando Veríssimo. As Cobras)
No último quadrinho da tirinha, a palavra dois deve ser classificada como:
Texto I
As Time Goes By
Conheci Rick Blaine em Paris, não faz muito. Ele tem uma
espelunca perto da Madeleine que pega todos os americanos
bêbados que o Harry’s Bar expulsa. Está com 70 anos, mas
não parece ter mais que 69. Os olhos empapuçados são os
5 mesmos mas o cabelo se foi e a barriga só parou de crescer
porque não havia mais lugar atrás do balcão. A princípio ele
negou que fosse Rick.
– Não conheço nenhum Rick.
– Está lá fora. Um letreiro enorme. Rick’s Café Americain.
10 – Está? Faz anos que não vou lá fora. O que você quer?
– Um bourbon. E alguma coisa para comer.
Escolhi um sanduíche de uma longa lista e Rick gritou o
pedido para um negrão na cozinha. Reconheci o negrão. Era o
pianista do café do Rick em Casablanca. Perguntei por que ele
15 não tocava mais piano.
– Sam? Porque só sabia uma música. A clientela não
agüentava mais. Ele também faz sempre o mesmo sanduíche.
Mas ninguém vem aqui pela comida.
Cantarolei um trecho de As Time Goes By. Perguntei:
20 – O que você faria se ela entrasse por aquela porta agora?
– Diria: "Um chazinho, vovó?" O passado não volta.
– Voltou uma vez. De todos os bares do mundo, ela tinha
que escolher logo o seu, em Casablanca, para entrar.
– Não volta mais.
25 Mas ele olhou, rápido, quando a porta se abriu de repente.
Era um americano que vinha pedir-lhe dinheiro para voltar aos
Estados Unidos. Estava fugindo de Mitterrand. Rick o ignorou.
Perguntou o que eu queria além do bourbon e do sanduíche
do Sam, que estava péssimo.
30 – Sempre quis saber o que aconteceu depois que ela
embarcou naquele avião com Victor Laszlo e você e o inspetor
Louis se afastaram, desaparecendo no nevoeiro.
– Passei quarenta anos no nevoeiro – respondeu ele.
Objetivamente, não estava disposto a contar muita coisa.
35 – Eu tenho uma tese.
Ele sorriu.
Mais uma...
– Você foi o primeiro a se desencantar com as grandes
causas. Você era o seu próprio território neutro. Victor Laszlo
40 era o cara engajado. Deve ter morrido cedo e levado alguns
outros idealistas como ele, pensando que estavam salvando o
mundo para a democracia e os bons sentimentos. Você nunca
teve ilusões sobre a humanidade. Era um cínico. Mas também
era um romântico. Podia ter-se livrado de Laszlo aos olhos
45 dela. Por quê?
– Você se lembra do rosto dela naquele instante?
Eu me lembrava. Mesmo através do nevoeiro, eu me
lembrava. Ele tinha razão. Por um rosto daqueles a gente
sacrifica até a falta de ideais.
50 A porta se abriu de novo e nós dois olhamos rápido. Mas
era apenas outro bêbado.
(Luis Fernando Veríssimo)
Quando o narrador diz "Mais uma..." (L.37), é possível depreender que essa frase:
Texto I
As Time Goes By
Conheci Rick Blaine em Paris, não faz muito. Ele tem uma
espelunca perto da Madeleine que pega todos os americanos
bêbados que o Harry’s Bar expulsa. Está com 70 anos, mas
não parece ter mais que 69. Os olhos empapuçados são os
5 mesmos mas o cabelo se foi e a barriga só parou de crescer
porque não havia mais lugar atrás do balcão. A princípio ele
negou que fosse Rick.
– Não conheço nenhum Rick.
– Está lá fora. Um letreiro enorme. Rick’s Café Americain.
10 – Está? Faz anos que não vou lá fora. O que você quer?
– Um bourbon. E alguma coisa para comer.
Escolhi um sanduíche de uma longa lista e Rick gritou o
pedido para um negrão na cozinha. Reconheci o negrão. Era o
pianista do café do Rick em Casablanca. Perguntei por que ele
15 não tocava mais piano.
– Sam? Porque só sabia uma música. A clientela não
agüentava mais. Ele também faz sempre o mesmo sanduíche.
Mas ninguém vem aqui pela comida.
Cantarolei um trecho de As Time Goes By. Perguntei:
20 – O que você faria se ela entrasse por aquela porta agora?
– Diria: "Um chazinho, vovó?" O passado não volta.
– Voltou uma vez. De todos os bares do mundo, ela tinha
que escolher logo o seu, em Casablanca, para entrar.
– Não volta mais.
25 Mas ele olhou, rápido, quando a porta se abriu de repente.
Era um americano que vinha pedir-lhe dinheiro para voltar aos
Estados Unidos. Estava fugindo de Mitterrand. Rick o ignorou.
Perguntou o que eu queria além do bourbon e do sanduíche
do Sam, que estava péssimo.
30 – Sempre quis saber o que aconteceu depois que ela
embarcou naquele avião com Victor Laszlo e você e o inspetor
Louis se afastaram, desaparecendo no nevoeiro.
– Passei quarenta anos no nevoeiro – respondeu ele.
Objetivamente, não estava disposto a contar muita coisa.
35 – Eu tenho uma tese.
Ele sorriu.
Mais uma...
– Você foi o primeiro a se desencantar com as grandes
causas. Você era o seu próprio território neutro. Victor Laszlo
40 era o cara engajado. Deve ter morrido cedo e levado alguns
outros idealistas como ele, pensando que estavam salvando o
mundo para a democracia e os bons sentimentos. Você nunca
teve ilusões sobre a humanidade. Era um cínico. Mas também
era um romântico. Podia ter-se livrado de Laszlo aos olhos
45 dela. Por quê?
– Você se lembra do rosto dela naquele instante?
Eu me lembrava. Mesmo através do nevoeiro, eu me
lembrava. Ele tinha razão. Por um rosto daqueles a gente
sacrifica até a falta de ideais.
50 A porta se abriu de novo e nós dois olhamos rápido. Mas
era apenas outro bêbado.
(Luis Fernando Veríssimo)
O texto I pode ser classificado como:
Leia com atenção o texto a seguir:
Acesso em 10.05.2010. http://pandjango.com/wpcontent/uploads/2009/02
A palavra “ hmmm” utilizada no primeiro balão de falas na charge acima pode ser classificada como:
Leia com atenção o texto a seguir:
Acesso em 10.05.2010. http://pandjango.com/wpcontent/uploads/2009/02
Sobre o uso das reticências, é CORRETO afirmar que:
Leia com atenção o texto a seguir:
Acesso em 10.05.2010. http://pandjango.com/wpcontent/uploads/2009/02
Sobre o nível da linguagem utilizada nos balões de falas das personagens componentes da charge acima é CORRETO afirmar que:
O texto abaixo serve de base para as questões 14 a 30.
HAMBÚRGUER
Márcio Bueno, A origem curiosa das palavras
Sanduíche de carne moída, temperada, ligada com ovo, amoldada em bife e frita na chapa. Em países de língua inglesa, há quem entenda que hamburger, se não é atualmente, pelo menos na sua origem foi um sanduíche de ham (presunto, em inglês) com burger (que deveria ser carne). A impressão foi reforçada quando surgiram variedades como o eggburger (ovo com carne) e o cheeseburger (queijo com carne). Mas a história é bem diferente – hambúrguer nunca teve qualquer relação com o presunto. Tudo começou com nômades da Europa Oriental e Ásia, que costumavam comer carne crua finamente cortada. Inspirados neste hábito, no início do século XVIII marinheiros alemães do porto de Hamburgo inovaram, passando a cozinhar a carne. Quem levou para os Estados Unidos a receita de carne moída temperada, amassada em bolinhos redondos e frita como um bife, foram imigrantes alemães. O alimento começou a ser chamado de Hamburg steak (bife de Hamburgo), nome que em pouco tempo foi encurtado para hamburger. Com certa freqüência divulga-se que o sanduíche foi inventado nos Estados Unidos, mas a participação dos norte-americanos foi apenas juntar ao bife o pão.
"Coma hambúrguer no McDonalds: é mais barato e mais americano!"; tratando-se de um texto argumentativo, só NÃO podemos dizer que:
As questões 04 a 06 são feitas com base no seguinte texto de Somerset Maugham:
Felipe lembrou-se da história do Rei do Oriente que, desejando conhecer a história da humanidade, recebeu de um sábio quinhentos volumes; ocupado com negócios de Estado, pediu-lhe que a condensasse. Ao cabo de vinte anos, o sábio voltou e a sua história ocupava agora apenas cinqüenta volumes; mas o rei, já velho demais para ler tantos livros volumosos, pediu-lhe que a fosse abreviar mais uma vez. Passaram-se de novo vinte anos, e o sábio, velho e encanecido, trouxe um único volume com os conhecimentos que o rei procurara; este, porém, estava deitado em seu leito de morte, nem tinha mais tempo de ler sequer aquilo. Aí o sábio deu-lhe a história da humanidade numa única linha: "nasceram, sofreram, morreram."
O texto é uma narrativa; a característica básica desse modo de organização discursiva é a: