Questões de Concurso Sobre tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre em português

Foram encontradas 568 questões

Q989041 Português

De acordo com o texto, julgue o item a seguir.


O emprego do sinal de dois pontos à linha 21 justifica‐se por introduzir discurso direto.
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Q986065 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção INCORRETA
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Q981097 Português

                   É ético fazer a cabeça de nossos alunos?

Alguns dos livros de história mais usados nas escolas brasileiras carregam na ideologia, que divide o mundo entre os capitalistas malvados e os heróis da resistência
 
       As aulas voltaram, por estas semanas, e decidi tirar a limpo uma velha questão: há ou não doutrinação ideológica em nossos livros didáticos? Para responder à pergunta, analisei alguns dos livros de história e sociologia mais adotados no país. Entre os dez livros que analisei, não encontrei, infelizmente, nenhum “pluralista” ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica. 

      O viés político surge no recorte dos fatos, na seleção das imagens, nas indicações de leituras, de filmes e de links culturais. A coisa toda opera à moda Star wars : o lado negro da força é a “globalização neoliberal”. O lado bom é a “resistência” do Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, e dos “movimentos sociais”. No Brasil contemporâneo, Fernando Henrique Cardoso é Darth Vader, Lula é Luke Skywalker. 

      No livro Estudos de história , da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos aprenderão que Fernando Henrique era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; e que os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Em sua época, havia “denúncias de subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouco se investigou”. 

      Nossos adolescentes saberão que “as privatizações produziram desemprego” e que o país assistia ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”. 

      Na página seguinte, a luz. Ilustrado com o decalque vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” no país, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, “graças à política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo fez a economia crescer e “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”. 

      Na leitura seguinte, do livro História geral e do Brasil, da Editora Scipione, o quadro era o mesmo. O PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique são o cão da peste. Foram tempos de desemprego crescente, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em poder paralelo nas favelas”.

      Com o governo Lula, tudo muda, ainda que com alguns senões. Numa curiosa aula de economia, os autores tentam explicar por que a “expansão econômica” foi “limitada”: pela adoção de uma “política amigável aos interesses estrangeiros, simbolizada pela liberdade ao capital especulativo”; pela “manutenção, até 2005, dos acordos com o FMI” e dos “pagamentos da dívida externa”. 

      O livro História conecte , da Editora Saraiva, segue o mesmo roteiro. O governo Fernando Henrique é “neoliberal”. Privatizou “a maioria das empresas estatais” e os US$ 30 bilhões arrecadados “não foram investidos em saúde e educação, mas em lucros aos investidores e especuladores, com altas taxas de juros”. A frase mais curiosa vem no final: em seu segundo mandato, Fernando Henrique não fez “nenhuma reforma” nem tomou “nenhuma medida importante”. Imaginei o presidente deitado em uma rede, enquanto o país aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal (2000), o fator previdenciário (1999) ou o Bolsa Escola (2001). 

    No livro História para o ensino médio , da Atual Editora, é curioso o tratamento dado ao “mensalão”. Nossos alunos saberão apenas que houve “denúncias de corrupção” contra o governo Lula, incluindo-se um caso conhecido como mensalão, “amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo”. 

      Sobre a América Latina, nossos alunos aprenderão que o Paraguai foi excluído do Mercosul em 2012, por causa do “golpe de Estado”, que tirou do poder Fernando Hugo. Saberão que, com a eleição de Hugo Chávez, a Venezuela torna-se o “centro de contestação à política de globalização da economia liderada pelos Estados Unidos”. Que “a classe média e as elites conservadoras” não aceitaram as transformações produzidas pelo chavismo, mas que o comandante “conseguiu se consolidar”. Sobre a situação econômica da Venezuela, alguma informação?  Algum dado crítico para dar uma equilibrada e permitir aos alunos que formem uma opinião? Nada. 

      Curioso é o tratamento dado às ditaduras da América Latina. Para os casos da Argentina, Uruguai e Chile, um capítulo (merecido) mostrando os horrores do autoritarismo e seus heróis: extratos de As veias abertas d a América Latina , de Eduardo Galeano; as mães da Praça de Maio, na Argentina; o músico Víctor Jara, executado pelo regime de Pinochet. Tudo perfeito. 

      Quando, porém, se trata de Cuba, a conversa é inteiramente diferente. A única ditadura que aparece é a de Fulgêncio Batista. Em vez de filmes como
Antes do anoitecer , sobre a repressão ao escritor homossexual Reynaldo Arenas, nossos estudantes são orientados a assistir a Diários de Motocicleta , Che e Personal Che.
        As restrições do castrismo à “liberdade de pensamento” surgem como “contradições” da revolução. Alguma palavra sobre os balseiros cubanos? Alguma fotografia, sugestão de filme ou link cultural? Alguma coisa sobre o paredón cubano? Alguma coisa sobre Yoane Sánchez ou as Damas de Branco? Zero. Nossos estudantes não terão essas informações para produzir seu próprio juízo. É precisamente isso que se chama ideologização. 

      A doutrinação torna-se ainda mais aguda quando passamos para os manuais de sociologia. Em plena era das sociedades de rede, da revolução maker, da explosão dos coworkings e da economia colaborativa, nossos jovens aprendem uma rudimentar visão binária de mundo, feita de capitalistas malvados versus heróis da “resistência”. Em vez de encarar o século XXI e suas incríveis perspectivas, são conduzidos de volta à Manchester do século XIX. 

      Superar esse problema não é uma tarefa trivial.  Há um “mercado” de produtores de livros didáticos bem estabelecido no país, agindo sob a inércia de nossas editoras e a passividade de pais, professores e autoridades de educação. Sob o argumento malandro de que “tudo é ideologia”, essas pessoas prejudicam o desenvolvimento do espírito crítico de nossos alunos. E com isso fazem muito mal à educação brasileira.
 
Artigo escrito pelo filósofo Fernando L. Schüler. Revista Época . Edição de 07 de março de 2016. Número 925 

Qual é o foco narrativo do texto?
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Q977971 Português
Considerando-se a organização do texto, a autora utiliza
Alternativas
Q976149 Português
O Texto 1, a seguir, é referência para as questões 01 a 03 e 05. 

   O dia 1º de outubro foi dedicado ao idoso e o próximo dia 12 é a data das crianças. A proximidade das duas comemorações não foi planejada: o Dia da Criança é comemorado há quase 50 anos e lembra uma promoção de duas empresas que fabricam mercadorias para o público infantil e que criaram, dessa maneira, uma boa circunstância para o aumento de seu lucro. Aliás, é bom dizer que o índice de vendas para esse dia só é menor que o de outras duas datas exploradas comercialmente: o Natal e o Dia das Mães. 
  O Dia do Idoso, por sua vez, é comemorado no dia 1º há pouco tempo, e a data foi escolhida porque lembra a criação do Estatuto do Idoso. Ainda não há exploração, tampouco efeito comercial, mas creio que não demorará para que isso ocorra. 
  Esse fato não planejado, entretanto, nos dá a oportunidade de pensarmos a respeito das duas fases da vida que são extremidades de um percurso. O que há em comum entre elas? 
  Em primeiro lugar, a negação de ambas. A infância, tanto quanto a velhice, tem perdido seu lugar neste mundo. Já nascemos jovens e continuamos assim até o fim de nossa vida. É interessante perceber que adaptamos até a linguagem coloquial de modo a esconder essas condições da vida. Em relação às crianças, passamos a nos referir a elas como “baixinhos”, “pequenos” e seus correlatos, inclusive em textos jornalísticos, que usam e abusam de tais substitutos. Por certo você já ouviu a frase que afirma que a criança não é a miniatura de um adulto, não é? Mas essas palavras, que são usadas para suprimir a outra criança, apenas confirmam a tese negada na frase. 
  Para o velho, reservamos a palavra idoso para situações formais – avisos de atendimento preferencial, por exemplo –, mas elegemos expressões como terceira idade ou melhor idade para ocultar a velhice. Aliás, li um texto escrito por um advogado recentemente que afirmou que ser chamado de velho hoje permite até processo por reparação de dano moral. Isso quer dizer que a palavra velho transformou-se em xingamento grave, veja só! [...] 
  Temos orgulho de crianças que se comportam como jovens e de velhos com “espírito jovem”. Deveríamos é ter empatia e respeito com nossa infância e nossa velhice, isso sim. Por tudo isso, e por tudo aquilo que não coube neste texto dizer, poderíamos transformar as duas datas em uma, apenas: o dia dos excluídos. 

(Rosely Sayão, Extremidades da vida, FSP, 08/10/09) 


O Texto 2, a seguir, é referência para a questão 05. 

   O conceito de idoso está velho, de acordo com Ana Amélia Camarano, especialista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em envelhecimento populacional. “Hoje quem tem 70 anos é como quem tinha 50 anos tempos atrás. Uma pessoa de 60 anos, mesmo na classe mais baixa, não é idosa como foram nossos avós”.
   Segundo a pesquisadora, mais do que estabelecer um novo corte, é necessário igualar as idades exigidas nas diversas políticas públicas para os idosos. Ela aponta, ainda, que o Brasil está fora do caminho no que se refere à garantia de boas condições para o envelhecimento. 

(Trecho extraído da matéria “Conceito de idoso ficou velho, diz pesquisadora do Ipea”, FSP, 26/06/18)  

Embora os textos 1 e 2 abordem o tema da velhice e de seu julgamento social, pertencem a gêneros distintos. Em relação às suas características, considere as seguintes afirmativas:
1. O texto 1 é um texto de opinião e traz marcas verbais de 1.ª pessoa. 2. O texto 2 apresenta o tema de forma impessoal. 3. A opinião da especialista citada no texto 2 é apresentada em suas próprias palavras, motivo pelo qual está entre aspas.
Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q976064 Português
O sinal de aspas, utilizado no texto do terceiro quadrinho, serve para indicar
Alternativas
Q969962 Português

Considerando os textos 3 e 4, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. O texto 3 produz intertextualidade com o texto 4.

II. O texto 4 produz intratextualidade com o texto 3.

III. Os textos 3 e 4 são ambos construídos fazendo uso de linguagem verbal e não verbal.

IV. Os textos 3 e 4 são exemplares do mesmo gênero e da mesma tipologia.

Alternativas
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: BANRISUL Prova: FCC - 2019 - BANRISUL - Escriturário |
Q969560 Português

Imigrações no Rio Grande do Sul

        Em 1740 chegou à região do atual Rio Grande do Sul o primeiro grupo organizado de povoadores. Portugueses oriundos da ilha dos Açores, contavam com o apoio oficial do governo, que pretendia que se instalassem na vasta área onde anteriormente estavam situadas as Missões.

        A partir da década de vinte do século XIX, o governo brasileiro resolveu estimular a vinda de imigrantes europeus, para formar uma camada social de homens livres que tivessem habilitação profissional e pudessem oferecer ao país os produtos que até então tinham que ser importados, ou que eram produzidos em escala mínima. Os primeiros imigrantes que chegaram foram os alemães, em 1824. Eles foram assentados em glebas de terra situadas nas proximidades da capital gaúcha. E, em pouco tempo, começaram a mudar o perfil da economia do atual estado. 

        Primeiramente, introduziram o artesanato em uma escala que, até então, nunca fora praticada. Depois, estabeleceram laços comerciais com seus países de origem, que terminaram por beneficiar o Rio Grande. Pela primeira vez havia, no país, uma região em que predominavam os homens livres, que viviam de seu trabalho, e não da exploração do trabalho alheio. 

        As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande. Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato. Através dessas atividades, consolidaram um mercado interno e desenvolveram a camada média da população. E, embora o poder político ainda fosse detido pelos grandes senhores das estâncias e charqueadas, o poder econômico dos imigrantes foi, aos poucos, se consolidando.


(Adaptado de: projetoriograndetche.weebly.com/imigraccedMatMdeo-no-rs.html)

Atente para a seguinte construção em discurso direto:

Perguntou-me ele: - Não terá sido essencial a contribuição dos meus antepassados?

Transpondo-a para o discurso indireto, iniciando-se por Ele me perguntou, deve seguir-se, como complementação adequada,

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Q964934 Português


A questão  refere-se ao parágrafo a seguir:

Mais de 37% dos adultos pesquisados afirmaram que regularmente dormiam menos que sete horas por noite e consumiam elevadas quantias de bebidas alcoólicas. Somente um terço dos voluntários tinha peso adequado. 


Os discursos alheios introduzidos no parágrafo são apresentados sob a forma de
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Q964576 Português

Nick Vujicic: australiano sem braços e pernas passará em 5 cidades do Brasil em Outubro de 2016

 

      Histórias de superação são sempre fascinantes, porque nos mostram que vencer as dificuldades, por piores que elas sejam, é possível. A incrível e emocionante vida do australiano Nick Vujicic já tinha sido transformada em livros, e agora ele chega com uma turnê ao vivo entre 3 e 8 de outubro no Brasil. Já estão confirmadas as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

      Nick Vujicic nasceu sem pernas e sem braços devido a uma síndrome rara, denominada tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária. Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, a digitar, nadar, mergulhar, surfar, jogar futebol, andar de skate, jogar golfe... Formou-se em Economia e Contabilidade, casou-se e é pai. Não satisfeito, tornou-se palestrante motivacional e escritor best-seller. Já falou para mais de seis milhões de pessoas, em 50 países, sendo sempre ovacionado pelo público.

      “Sabe por que consigo fazer tudo isso? Porque não tenho medo de dificuldades e me esforço bastante!”, conta Nick, no seu livro Me Dá Um Abraço, lançado pela editora Mundo Cristão. Em oito capítulos ricamente ilustrados, o autor narra alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que influenciaram positivamente sua trajetória. Logo no primeiro capítulo ele traz o emocionante relato sobre um encontro com uma garotinha de três anos de idade, que o olhava espantada, mas que, para a surpresa dele, aproximou-se para abraçá-lo com os braços para trás. “Que jeito mais especial de abraçar! Esticou o pescoço, apoiou a cabeça em meu ombro e pressionou seu pescoço de leve contra o meu. Nós nos abraçamos como duas girafas”, escreveu.

(Disponível em: https://noticias.terra.com.br/dino/nick-vujicic-australiano-sem-bracos-e-pernas-passara-em-5-cidades-do-brasil-em-outubro-de-2016,980ba27b0a6dc406c5664e4e45e0a12ad1jp4dqy.html.)

É possível identificar elementos que constituem um discurso subjetivo em:
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Ano: 2018 Banca: UERR Órgão: IPERON - RO Prova: UERR - 2018 - IPERON - RO - Administrador |
Q961802 Português

      O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.

      Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:

      - E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?

      - Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.

      - E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?

      - Macabéa. 

      - Maca - o quê?

      - Béa, foi ela obrigada a completar.

      - Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.

      - Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...

      - Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.

      Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:

       - Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?

      Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.

      Da terceira vez que se encontraram - pois não é que estava chovendo? - o rapaz, irritado e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:

      - Você também só sabe é mesmo chover!

      - Desculpe. Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor.

      Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.

      - Olímpico de Jesus Moreira Chaves - mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.

      - Eu não entendo o seu nome - disse ela. - Olímpico?

      Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido:

      - Eu sei mas não quero dizer!

      - Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.

      [...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava “operário" e sim “metalúrgico”. Macabéa ficava contente com a posição social dele porque tinha orgulho de ser datilografa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. “Metalúrgico e datilografa” formavam um casal de classe.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30jan. p. 43-45. (Fragmento)

O desenvolvimento do tema da narrativa, no fragmento apresentado, de Clarice Lispector, é marcado pela presença de um narrador:
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Ano: 2018 Banca: UFSM Órgão: UFSM Prova: UFSM - 2018 - UFSM - Técnico em Eletricidade |
Q945943 Português

Para responder à questão, leia o texto a seguir.


Futuro: pacientes serão 'médicos deles mesmos', aponta neurologista

Entenda como a medicina está evoluindo em tecnologia e tratamentos


Com avanços das tecnologias voltadas à medicina,

expectativa de vida pode chegar a mais de 150 anos





Fonte: Jornal Zero Hora, Informe Comercial, edição de 07/04/18, p.7. (Adaptado)
Para aumentar a credibilidade do que se declara, foi incorporada a voz de especialistas ao longo do texto, o que implicou o emprego de verbos introdutores do discurso citado. Assinale a alternativa em que os dois verbos em destaque desempenham a função de introduzir o discurso indireto.
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Q941414 Português

    1. Sinto inveja dos contistas. Para mim, é mais fácil escrever um romance de 200 páginas que um conto de duas.

   2. Já se tentou explicar em fórmulas narrativas a diferença entre um conto, uma novela e um romance, mas o leitor, que não precisa de teoria, sabe exatamente o que é uma coisa ou outra assim que começa a ler; quando termina logo, é um conto. O critério do tamanho prossegue invencível.

    3. Para entender o gênero, criei arbitrariamente um ponto mínimo de partida, que considero o menor conto do mundo, uma síntese mortal de Dalton Trevisan: "Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia".

   4. Temos aí dois personagens, um diálogo implícito e uma intriga tensa que parece vir de longe e não acabar com o conto. Bem, por ser um gênero curto, o conto é também, por parecer fácil, uma perigosa porta aberta em que cabe tudo de cambulhada.

   5. Desde Machado de Assis, que colocou o gênero entre nós num patamar muito alto já no seu primeiro instante, a aparente facilidade do conto vem destroçando vocações.

  6. Além disso, há a maldição dos editores, refletindo uma suposta indiferença dos leitores: "conto não vende". Essa é uma questão comercial, não literária. Porque acabo de ler dois ótimos livros de contos que quebram qualquer preconceito eventual que se tenha contra o gênero.

  7. Os contos de A Cidade Dorme, de Luiz Ruffato, que já havia demonstrado ser um mestre da história curta no excelente Flores Artificiais, formam uma espécie de painel do "Brasil profundo", a gigantesca classe média pobre que luta para sobreviver, espremida em todo canto do país entre os sonhos e a violência.

  8. Em toda frase, sente-se o ouvido afinado da linguagem coloquial que transborda nossa cultura pelo arcaísmo de signos singelos: "Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido da minha professora, dona Aurora".

   9. O atávico país rural, com o seu inesgotável atraso, explode em todos os poros da cidade moderna.

  10. Já nos dez contos de Reserva Natural, de Rodrigo Lacerda, que se estruturam classicamente como "intrigas", na melhor herança machadiana, o mesmo Brasil se desdobra em planos individuais; e o signo forte de "reserva natural" perde seu limite geográfico para ganhar a tensão da condição humana.

11. Como diz o narrador do conto "Sempre assim", "é tudo uma engrenagem muito maior".


(Adaptado de: TEZZA, Cristovão Disponível em: www1.folha.uol.com.br

Ao se transpor a frase Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia (3o parágrafo) para o discurso indireto, o trecho sublinhado assumirá a seguinte forma: 
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Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2018 - UEG - Professor de Nível Superior |
Q936760 Português
No trecho “O sapo disse que o escorpião estava certo e concordou em levá-lo até a outra margem”, tem-se um exemplo de discurso
Alternativas
Q933539 Português

Atenção: Leia abaixo o Capítulo I do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão. 

      Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

      – Continue, disse eu acordando.

      – Já acabei, murmurou ele.

      – São muito bonitos.

      Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.

      Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.

(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 79-80.) 

Ao se transpor o trecho – Já acabei, murmurou ele. (3° parágrafo) para o discurso indireto, o verbo “acabei” assume a seguinte forma:
Alternativas
Q932680 Português

      Durante o século XIX, as moças viviam reclusas sob o poder dos pais até o momento de passar, ainda adolescentes, às mãos do marido. Aos olhos dos estrangeiros, elas se interessavam prematuramente pelo sexo oposto: “antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890. Não havia liberdade para escolher de acordo com o coração, e os arranjos promovidos pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu futuro esposo”, sublinhava o missionário norte-americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”, não só porque envolvia duas pessoas, mas porque se tratava de um mecanismo presidido pelos pais.

(Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 44-45) 

antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890.


Essa passagem está corretamente reescrita com o emprego do discurso indireto em:

Alternativas
Q926364 Português


Antônio Vieira. Sermão vigésimo sétimo do rosário. In: Essencial padre Antônio Vieira. Organização e introdução de Alfredo Bosi. São Paulo: Penguin Classics, Companhia das Letras, 2011, p. 532-3 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que segue.
Apesar de conter marcas de primeira pessoa do plural ⸻ como “nós” (ℓ.2), “admiramos” (ℓ.2) e “olharmos” (ℓ.18) —, o texto caracteriza-se como uma descrição objetiva do tráfico de escravos da África para o Brasil.
Alternativas
Q925613 Português
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

    Permita-me uma pergunta um tanto primária para começar: você defende o silêncio como forma de resistência, mas de onde nasce o ruído? − Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico, especialmente em seu caráter mais portátil: sempre carregamos sobre nós dispositivos que nos recordam que estamos conectados, que nos avisam quando recebemos uma mensagem, que organizam os nossos horários com base no ruído. Esta circunstância veio incorporar-se às que já haviam tomado forma no século XX como hábitos contrários ao silêncio, especialmente nas grandes cidades, governadas pelo tráfego de veículos e por numerosas variedades de contaminação acústica. Neste contexto, o silêncio implica uma forma de resistência, uma maneira para manter a salvo uma dimensão interior frente às agressões externas. O silêncio permite-nos ser conscientes da conexão que mantemos com esse espaço interior, o silêncio a visibiliza, enquanto o ruído a esconde. Outra maneira de nos conectarmos com o nosso interior é o caminhar, que transcorre no mesmo silêncio. O maior problema, provavelmente, é que a comunicação eliminou os mecanismos próprios da conversação e se tornou altamente utilitarista com base nos dispositivos portáteis.
    O que você responderia a quem sustentasse que o silêncio é uma confissão de ignorância? − O silêncio é a expressão mais verdadeira e efetiva das coisas inomináveis. E a tomada de consciência de que há determinadas experiências para as quais a linguagem não serve, ou que a linguagem não alcança, é um traço decisivo do conhecimento. Nesse sentido, tradições como a cristã, em que o silêncio é muito importante, tornam-se reveladoras: a sabedoria dirige-se a compreender o que não se pode dizer, o que transcende a linguagem. Nessa mesma tradição, o silêncio é uma via de aproximação de Deus, o que também se pode interpretar como um conhecimento. Podemos utilizar o silêncio para nos conhecermos melhor, para nos distanciarmos do ruído. E este é um valor a reivindicar no presente.
    É por essa qualidade de resistência que se tacha de louco quem caminha sem rumo? Sim, é o que acontece. E por isso o caminhar, como o silêncio, é uma forma de resistência política. No momento de sair de casa, de movimentar-se, você de imediato se vê diante da interferência de critérios utilitaristas que evidenciam perfeitamente para onde você deve ir, por qual caminho e por qual meio. Caminhar porque sim, eliminando da prática qualquer tipo de apreciação útil, com uma intenção decidida de contemplação, implica uma resistência contra esse utilitarismo e, ocasionalmente, também contra o racionalismo, que é o seu principal benfeitor. A marcha permite advertir como é bonita a Catedral, como é brincalhão o gato que se esconde por ali, as cores do pôr do sol, sem qualquer finalidade, porque toda sua finalidade é esta: a contemplação do mundo. Frente a um utilitarismo que concebe o mundo como um meio para a produção, o caminhante assimila o mundo que as cidades contêm como um fim em si mesmo. E isso, claro, é contrário à lógica imperante. Daí a vinculação com a loucura.

(Entrevista de Pablo B. Málaga com David le Breton. Trad. de Sílvio Diogo. Disponível em: https://www.pensarcontemporaneo.com
..de onde nasce o ruído? – Boa parte da nossa relação com o ruído procede do desenvolvimento tecnológico... (1o parágrafo)
A correta alteração do discurso direto para o indireto das frases acima, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido, encontra-se em:
Alternativas
Q922082 Português
Está na ordem direta a oração que se encontra no item:
Alternativas
Q921476 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.




Adaptado de: ESSENFELDER, Renato. O que as histórias nos ensinam. Estado de São Paulo, São Paulo, 09 de maio de 2018. Disponível em http://emais.estadao.com.br/blogs /renato-essenfelder/o-que-as-historias-nos-ensinam/.
Acesso em 12/05/2018.
Considere os seguintes recursos textuais.
I - Discurso direto. II - Intertextualidade. III- Figuras de linguagem.
Quais destas estratégias textuais foram mobilizadas para os fins retóricos do texto?
Alternativas
Respostas
381: E
382: A
383: B
384: B
385: E
386: B
387: D
388: B
389: B
390: C
391: D
392: B
393: C
394: C
395: A
396: C
397: E
398: B
399: B
400: E