Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q829669 Português

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Considerando aspectos da gramática normativa, é correto afirmar a respeito do período do texto: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles”:
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Q827216 Português

TEXTO 03 

A objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de troçar são sinais de saúde: tudo o que é absoluto pertence à patologia.

                                                                                (Friedrich Nietzsche)

Em relação aos Sinais de Pontuação, assinale a alternativa CORRETA.

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Q826508 Português

      O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

      E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.

      A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

      Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

      O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

      O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

      De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

       Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.

      Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água.

      E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

      Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.

      Ele a havia beijado.

    Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

             (Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Redigida com base em passagem do texto, a frase que apresenta emprego da vírgula de acordo com a norma-padrão é:
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Ano: 2017 Banca: IDIB Órgão: CRO-BA Prova: IDIB - 2017 - CRO-BA - Técnico Administrativo |
Q826459 Português

Muitas vezes temos mais de uma forma de utilizar a pontuação em um texto, sem que cometamos nenhuma incorreção quanto à gramática normativa. Sabendo disso, assinale a única alteração da pontuação do período abaixo que permanece sem erros.

“Minha mãe é idosa, mora no interior, e a última vez que falei com ela, ao telefone, foi no Ano Novo.”

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Q826209 Português

               Garota é encontrada vivendo entre macacos na Índia

Uma garota de aproximadamente oito anos foi encontrada entre macacos na floresta do santuário selvagem Katarniaghat, na Índia. As autoridades ainda não conseguiram identificar a família da menina, nem mesmo como ela foi parar ali, (1) mas ela já está sendo tratada em um hospital próximo. Apesar de possuir alguns ferimentos pelo corpo e estar subnutrida, (2) ela tem apresentado conduta agressiva, guinchando como um macaco quando se sente irritada.

A criança foi achada na companhia de três macacos enquanto a polícia fazia uma patrulha pela região. Os policiais contam que, no momento em que a encontraram, ela emitiu um grito parecido com o dos animais. "Ela estava com muito medo de nós, não conseguia falar, nem nos ouvir direito", explica um dos inspetores, Ram Avtar Singh.

A polícia, porém, não acredita que ela tenha passado anos ali, já que a floresta faz parte de um santuário local. A teoria levantada é que os pais a tenham abandonado na região devido aos problemas mentais da criança e algum tempo depois ela tenha sido encontrada.

Segundo eles, (3) a menina estava com alguns machucados nas pernas e no cotovelo, porém suas roupas não pareciam muito sujas. Ela foi encaminhada para o hospital local, onde vem sendo tratada nos últimos dois meses. Quando ela se recuperar totalmente, (4) a garota será enviada para o departamento de proteção à criança do governo.

"Quando chegou aqui, ela estava com muito medo de nós, esquivando-se como um animal, como um macaco", explicou o médico Dinesh Singh. "Nós cuidamos dela, demos banho, alimentamo-la e a limpamos. Ela estava desnutrida e pode ter comido o que os animais comiam. Às vezes, ela se irrita e precisamos acalmá-la; tem sido difícil lidar com ela."

A menina já come sozinha, apesar de não pegar os alimentos de um prato — é necessário colocá-los na cama para que ela se sinta à vontade para recolhê-los. De acordo com os médicos, ela também já consegue andar "como uma pessoa normal", sobre as duas pernas, mas já fez algumas tentativas de fuga. A polícia, agora, procura saber quem é a família da menina.

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/04/garota-e-encontrada-vivendo-entre-macacos-na-india.html> . Acesso em: 24/04/2017, às 19h21min (adaptado). 

A seguir, você encontra quatro motivos para o emprego da vírgula e as quatro ocorrências da vírgula numeradas no texto, de (1) a (4). Relacione o motivo a cada uma delas e selecione a alternativa que completa os parênteses CORRETAMENTE, de cima para baixo.

A. Isolamento de adjunto adverbial.

B. Separação de oração coordenada.

C. Isolamento de oração subordinada adverbial.

D. Separação de oração reduzida.


( ) Vírgula em (1).

( ) Vírgula em (2).

( ) Vírgula em (3).

( ) Vírgula em (4).

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Q826110 Português

                   Falso dentista é preso1 e confessa atuar há mais de 16 anos, diz polícia

Ele foi preso em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Homem de 57 anos foi flagrado2 após fazer extração dental em paciente.

      Um homem de 57 anos foi detido3 , em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na manhã de quarta-feira (18), após ser flagrado atuando ilegalmente como cirurgião-dentista, segundo informações da Polícia Militar. Ele confessou à polícia que trabalhava sem formação há mais de 16 anos.

      A polícia recebeu denúncia do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA). Uma guarnição do 1º Pelotão da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar foi até o local e encontraram o suspeito, que tinha acabado de realizar uma extração dental em um paciente. No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.

      Os policiais encontraram condições precárias de higiene no imóvel onde ele atuava, na Rua da Barragem, no bairro Guarani. Segundo a PM, o falso dentista foi autuado pelo crime de exercício ilegal da profissão e, se condenado, pode ficar preso de seis meses a dois anos.

                                                             (g1.globo.com. Acesso em Junho/2016.) 

A respeito da pontuação no trecho “No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.”, assinale a alternativa correta.
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Ano: 2012 Banca: FAPEMS Órgão: UEMS Prova: FAPEMS - 2012 - UEMS - Técnico Administrativo |
Q824602 Português

                               ESTE É O MEU CORPO

      Caro leitor: você está contente com o seu corpo? Pense bem. Olhe-se bem. Os ingleses não estão. Informa* a BBC Brasil que um grupo de deputados auscultou a população nativa a respeito.

      As conclusões do estudo, intitulado "Reflections on Body Image" ("reflexões sobre a imagem do corpo”), são dramáticas: ninguém gosta da respectiva carcaça.

      Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador: um em cada cinco meninos de 10 anos despreza a própria figura; uma em cada três meninas também.

      A situação é tão extrema que os deputados sugerem aulas de imagem e expressão corporal para combater a insatisfação com o corpo. É preciso mais "autoestima", dizem os especialistas. A saúde psíquica de uma nação depende disso.

      Boa sorte, rapazes. Mas posso explicar por que motivo o projeto educacional está destinado ao fracasso? Deixo ficar a teoria para mais tarde. Prefiro a prática por agora.

      Moro em frente a uma academia de ginástica. E todos os dias, manhã cedo, contemplo através do vidro exércitos de infelizes que marcham lá para dentro em busca das formas perfeitas.

      O cortejo é deprimente, concedo: a angústia plasmada no rosto de cada um dos peregrinos faria as delícias de Hieronymus Bosch. Mas o essencial da experiência está na propaganda da academia - duas frases escritas em inglês e com cores berrantes, logo na entrada: "One life. Live it well."

      Nem mais. Durante séculos, a civilização ocidental - corrijo: a civilização judaico-cristã que forjou o Ocidente - tinha uma singular visão do corpo que se alterou com a modernidade.

      Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina. Mas só a alma era eterna; só a alma viajava para o outro lado, o que concedia ao corpo um estatuto perecível e secundário.

      Quando existe um horizonte de eternidade pela frente, e quando a eternidade se assume como prolongamento da existência terrena e compensação de suas misérias, é normal que o olhar humano não atribua ao corpo e às suas imperfeições o lugar histérico de hoje.

      Esse horizonte de eternidade perdeu-se. Para usar as palavras de Thomas Hardy em poema célebre sobre o "funeral de Deus”, a divindade podia ser uma projeção que os homens modernos não conseguiram mais manter viva. 

      Mas existem consequências desse enterro. Se não existe nenhuma continuidade pós-terrena, se tudo que resta é esta passagem breve e incompleta que termina entre quatro tábuas, o olhar humano recentra-se sobre a matéria.

      Pior: coloca a matéria no altar das antigas divindades e troca as orações e as penitências do passado pelo calvário tangível da malhação matinal.

      Só existe uma vida. Só existe uma oportunidade para vivê-la bem. As frases promocionais da academia podem ser lidas como grito festivo e obviamente narcísico.

      Mas também são a expressão de uma angústia e terror bem profundos: a angústia e o terror de quem sabe que não terá uma segunda oportunidade.

      Todas as fichas do jogo estão cá embaixo, não íá em cima. Aliás, não existe mais "lá em cima”.

      Os deputados ingleses, sem originalidade, acreditam que a insatisfação com o corpo tem origem nas imagens de perfeição irreal que a moda ou o cinema cultivam. O clichê de um clichê. 

      Erro crasso. Essas imagens de perfeição irreal são apenas a consequência, e não a causa, de uma cultura que concedeu ao corpo uma fatídica importância.

      E "fatídica" pela razão evidente de que condena os homens a adorar um deus falível por definição. Um deus caprichoso e inconstante, sujeito às inclemências da velhice, da doença e da morte. Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas. Alimentar causas perdidas é um sintoma de demência.

      É por isso que a nossa obsessão com a carcaça não se corrige com as tais aulas de imagem e expressão corporal. Não se corrige com mais "autoestima".

       Ironicamente, corrige-se com menos "autoestima". Somos pó e ao pó retornaremos. Aulas de teologia fariam mais pelas crianças inglesas do que renovadas sessões com o corpo no papel principal.

                                João Pereira Coutinho, Folha de Sao Paulo, 05/06/2012

Observe o uso da vírgula e as respectivas justificativas:

I- "Simplificando, o corpo tinha a sua importância como guardião da alma divina" A vírgula está separando uma oração reduzida de particípio.

II- "Nas escolas, o cenário é particularmente aterrador A vírgula está marcando a inversão de um adjunto adverbial.

III- "Se existem causas perdidas, o corpo é a primeira delas". A vírgula está separando um aposto.

IV- "Boa sorte, rapazes" A vírgula está separando um vocativo.

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Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2017 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q824091 Português

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”. Em 1892, um senador-almirante e políticos sediciosos __________ . Ele avisara: “Vão discutindo, que eu vou mandando prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui Barbosa bateu às portas do Supremo Tribunal Federal para _________ . Floriano avisou: “Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei quem amanhã ________ o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão”.

                                  (Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado)

A regra de pontuação que determina o emprego da vírgula em “Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o ‘Marechal de Ferro’.” também se aplica ao trecho adaptado do editorial “Nem tão livres” (Folha de S.Paulo, 04.04.2017):
Alternativas
Q823791 Português

A regra de pontuação que determina o emprego da vírgula em “Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o ‘Marechal de Ferro’.” também se aplica ao trecho adaptado do editorial “Nem tão livres” (Folha de S.Paulo, 04.04.2017):

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Q823289 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

             COMO A ABSTENÇÃO PODE MUDAR O RESULTADO

                               DAS ELEIÇÕES NA FRANÇA

Por Julia Braun. 07 maio 2017. Disponível em: http://veja.abril.com.br/mundo/como-a-abstencao-pode-mudar-o-resultado-das-eleicoes-na-franca/ Acesso em 07 mai 2017

      Os franceses vão às urnas neste domingo, 7, para decidir sobre o futuro político de sua nação. As estações de voto começaram a receber os quase 47 milhões de eleitores inscritos às 8 horas da manhã do horário local e devem ficar abertas até as 19h nas cidades menores e até as 20h nos grandes centros urbanos, como Paris. Após quatro meses de campanha, o mundo todo aguarda ansioso pelo resultado destas presidenciais.

      Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Odoxa na última sexta-feira apontou que um quarto do eleitorado da França deve se abster neste segundo turno. Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação.

      Baixas taxas de comparecimento normalmente significam resultados mais distantes daquilo que era previsto pelas pesquisas de boca de urna. E, neste caso, a abstenção tem tudo para beneficiar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. “Altas taxas de abstenção sempre beneficiam os partidos e os candidatos menores”, diz o especialista inglês em política francesa da Universidade de Warwick, David Lee.

      Os eleitores de Le Pen são mais fiéis, tem menos chances de mudar seu voto na última hora, e não devem deixar de comparecer às urnas. São os eleitores de centro, que costumavam votar nos grandes partidos e que estão descrentes na política francesa, que tem mais chances de desistir de votar. Nesta equação, o independente Emmanuel Macron tem tudo a perder, já que os cidadãos mais moderados são essenciais para sua vitória. “É muito mais provável que os eleitores de Le Pen saiam de casa para dar seu voto para ela do que os de Macron”, diz o americano David A. Bell, historiador especialista em França e professor da Universidade de Princeton.

Avalie as propostas de adequação contidas nas assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as mesmas.

I. No trecho: “As estações de voto [...] devem ficar abertas até as 19h nas cidades menores e até as 20h nos grandes centros”, deveria haver crase nas duas ocorrências de “até as” para que a correção estivesse assegurada.

II. Em: “Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação”, deveria haver vírgulas isolando a oração “se forem provados verdadeiros”, pois se trata de uma subordinada antecipada à oração principal, que assume posição intercalada.

III. “Os eleitores de Le Pen são mais fiéis, tem menos chances de mudar seu voto na última hora”. Nesse trecho, o verbo ter deveria ser acentuado para que a correção do período fosse assegurada.

IV. “Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação”. Nesse trecho, a simples substituição de “os números são extremamente altos”, por “a quantidade de eleitores é extremamente alta”, NÃO prejudicaria a correção do período.

A análise correta é:

Alternativas
Q822877 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.

MULHER ENGRAVIDA USANDO DIU E POSTA FOTO INUSITADA DO BEBÊ

Adaptado de: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/mulher-engravidausando-diu-e-posta-foto-inusitada-do-bebe/ Por Marina Rappa. Atualizado em 5 maio 2017, 15h30 acesso em 06 mai 2017

    [...] o bebê, Dexter Tyler, aparece segurando o DIU (dispositivo intrauterino) utilizado por sua mãe – um método usado justamente para impedir uma gravidez. A mãe, a americana Lucy Hellein, publicou a imagem no Facebook e rapidamente pessoas do mundo todo compartilharam a foto de Dexter. De acordo com Lucy, o dispositivo foi encontrado atrás da placenta, o que significa que Dexter não nasceu com o DIU na mão, como muitos pensaram. Na publicação, Lucy fala que o dispositivo que usava (e que falhou) era o Mirena, um tipo de DIU que libera hormônio – diferente do de cobre, por exemplo, que funciona como uma barreira física.

    Mas engravidar usando o DIU é comum? “Não. O Mirena é ainda mais potente que a pílula em termos de contracepção – e também é mais confiável que o DIU de cobre, pois o hormônio liberado transforma o muco e impede que o espermatozoide chegue no útero. Mas, claro, nenhum método está isento de falhas”, afirma [...] a ginecologista Rita Dardes, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp.

    De acordo com Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, os números referentes à falha destes métodos contraceptivos são muito baixos. “Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas. O de progesterona, como o Mirena, falha para 0,1 de cada 100 mulheres – próximo à laqueadura”.

    Segundo Marianne Pinotti, ginecologista, obstetra e mastologista da Clínica Pinotti, é possível que o DIU tenha se deslocado. “O DIU precisa estar bem posicionado: encostado dentro do fundo do útero, ocupando toda a cavidade endometrial, pois o efeito dele se dá a partir disso. Se ele está deslocado, falha”.

    Outro fator imprescindível para a eficácia do DIU é o monitoramento. “Imediatamente após a colocação do DIU, fazemos um controle por ultrassom. Isso vai nos mostrar a posição do dispositivo. No caso do de cobre, repetimos esse controle após a primeira menstruação depois da colocação. Mesmo que raro, o deslocamento ocorre geralmente nos primeiros meses após a colocação. Então, se a gente controla um mês depois e ele continua bem posicionado, a chance de se deslocar depois é muito remota”, diz Pinotti.

    Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal – e algumas informações podem auxiliar na escolha do melhor método.

    “Hoje tem uma parcela de mulheres que não quer colocar hormônio nenhum no corpo. Elas podem optar pelo cobre, que funciona como método de barreira (quando o dispositivo funciona como um bloqueio entre o espermatozoide e o útero), mas pode aumentar a incidência de cólicas e do fluxo menstrual. O Mirena, além de funcionar como contraceptivo, também auxilia no controle de ciclo, pois é hormonal. A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este método”, afirma Dardes.

    Em casos como os do fofíssimo Dexter, em que a mãe engravida usando o DIU, não é preciso ter pânico – mas a mãe deve ficar alerta. “A gravidez com o DIU Mirena não apresenta quase nenhum problema. O material não vai causar interferência. O de cobre, como é muito duro, pode causar a ruptura da bolsa de líquido do bebê. O maior risco é o de aborto, principalmente para o caso do DIU de cobre”, diz Pinotti. “Passado o primeiro trimestre da gravidez, se nada acontecer, a mulher não deve ter mais problemas”, complementa Dardes.

     Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo. Mesmo assim, a mulher que engravidar com o DIU deverá realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu. “No início, se o DIU estiver perto do colo do útero, existem protocolos que recomendam sua retirada, o que pode causar sangramento. Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar, e ele ficará junto à placenta”, afirma.

Há alguns pontos em que o texto não obedece rigorosamente à norma padrão. A seguir foram elencadas algumas possibilidades de ajustes para que a correção seja assegurada. Avalie-as e, em seguida, assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as mesmas.


I. No trecho: “Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas”, deveria haver crase em “próximo à de pílulas”, pois o substantivo “falha” está subentendido.


II. Há uma vírgula sobrando em: “’A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este método’, afirma Dardes”, pois NÃO se separa sujeito de predicado.


III. “Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo”. Nesse trecho, há uma transgressão ortográfica, pois o correto seria má- formação.


IV. “Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê decorrente do uso do dispositivo”. Nesse trecho, o verbo existir é impessoal, portanto, NÃO deveria estar no plural.


A análise correta é: 

Alternativas
Q822631 Português

Sabe aquele seu amigo "vergonha alheia" que tenta, de todos os jeitos, contar uma piada hilária e parece não se ligar de que os outros não estão achando graça? Imagine se ele estivesse fadado a fazer isso o tempo todo, sem interrupções. É por essa situação que passam pessoas que sofrem com Witzelsucht, um distúrbio que faz com que o paciente não pare de fazer comentários achando que são engraçados.

Essa doença, normalmente, não aparece do nada. Ela pode ser resultante de um derrame ou de alguma lesão na região frontal do lado direito do cérebro, a área responsável por sua personalidade. Qualquer mudança sofrida por lá pode alterar seu gosto e o seu humor, normalmente o deixando mais eufórico (a título de curiosidade, alterações no lado esquerdo deixam a pessoa irritada e depressiva).

Mas antes que você pense que fazer umas piadas a mais e ser sorridente o tempo todo não é ruim, é bom conhecer casos de pessoas que sofrem com Witzelsucht. Um homem de 56 anos, por exemplo, sofreu um derrame e, além de desenvolver o distúrbio, passou a ser viciado em sexo. Ele fazia piadas de cunho sexual o tempo todo, afastando qualquer mulher ao seu redor – e ele era casado. E o pior: ele não conseguia parar, mesmo quando médicos estavam conduzindo exames nele.

Já uma mulher que teve um pequeno derrame aos 57 anos de idade e ao ter Witzelsuch parou de cuidar da higiene, só se interessava por suas próprias piadas. Afinal, vale lembrar também que pessoas com o distúrbio podem adorar suas próprias anedotas, mas são insensíveis às dos outros. Ou seja: não adianta tentar fazê-los rir, eles só entendem o próprio humor.

Não existem muitas formas de tratar a doença. Os médicos apelam para incansáveis sessões de terapia, nas quais devem explicar o tempo todo para os pacientes que suas piadas não são engraçadas. Outro método é a administração de remédios para estabilizar a condição emocional.

(Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2017/05/conheca-doenca-que-faz-com-que-pacientes-nao-parem-de-contar-piadas.html. Adaptado)

Sobre o texto SÓ NÃO se pode considerar que
Alternativas
Ano: 2011 Banca: UFES Órgão: UFES Prova: UFES - 2011 - UFES - Assistente de Laboratório |
Q822500 Português
Uma das alternativas contém frase com erro de uso da vírgula. Marque-a.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UFES Órgão: UFES Prova: UFES - 2014 - UFES - Auxiliar em Administração |
Q822140 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.


                                        As influências do cinema na saúde 

                                                                                                                                                                                              Elisa Ferreira
Cinema é local de lazer, entretanto, alguns filmes podem ser considerados danosos à saúde. Médicos australianos, após casos de desmaios e enjoos, advertiram os cidadãos do país de que o filme 127 Horas não é indicado para algumas pessoas devido ao realismo da cena de uma mutilação. Além dele, alguns filmes como Babel e Tropa de Elite causaram reações em alguns telespectadores, devido ao nível de realidade em cena. 

Segundo Marisa Palacios, vice-diretora e professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc-UFRJ), é possível que o sistema nervoso dos espectadores, ao se deparar com a realidade forçadamente, cause reações indesejáveis. Ela destaca, no entanto, que, para saber mais sobre o assunto, é preciso um estudo aprofundado sobre os filmes e cada pessoa, avaliando faixa etária, sexo e histórico médico.

Do ponto de vista psicológico, Marisa acredita que a reação que o filme provoca não é diferente da sensação diante de uma situação semelhante na vida cotidiana. Para ela, a censura seria algo negativo, já que não há censura para a realidade. “Poderíamos dizer que essas coisas sem dúvida fazem mal à saúde. Mas não é possível simplesmente não exibi-las, elas não deixam de acontecer”, expõe a vice diretora do Iesc.

Marisa ainda acredita que, apesar de algumas situações serem extremas e desconfortáveis, mesmo na vida real, apresentá-las no cinema é uma forma interessante de reflexão.

(Fonte: FERREIRA, Elisa. As influências do cinema na saúde. De olho na mídia, Rio de Janeiro: UFRJ, ed. 329, 15 mar. 2011. Disponível em: Acesso em: 24/fev/2014.).

Leia o excerto abaixo.

Segundo Marisa Palacios, vice-diretora e professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc-UFRJ), é possível que o sistema nervoso dos espectadores, ao se deparar com a realidade forçadamente, cause reações indesejáveis.


Considerando o uso do termo destacado no texto acima, é INCORRETO afirmar que esse termo
Alternativas
Q820478 Português

Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.


Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula após o vocábulo “brasileiros” (linha 4), de modo a isolar termo adverbial antecipado. 

Alternativas
Q818823 Português

TEXTO:

                                    A crise que estamos esquecendo

      O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.

      Pais não sabem resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como será esse convívio na intimidade? Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica, isso é normal: crescer é também contestar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas. Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.

      Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Um adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de “vadia”, em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos – e produzimos –, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda a parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.

      Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente dos escândalos e da impunidade reinante. Um Senado que não tem lugar para seus milhares de funcionários usarem computador ao mesmo tempo, e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta? Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao ódio de classes? Governos bons são caluniados, os piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário nem o bem que ele faz: que importa o bem, se queremos o poder? Guerra civil nas ruas, escolas e hospitais precários, instituições moralmente falidas, famílias desorientadas, moradias sub-humanas, prisões onde não criaríamos porcos. Que profunda e triste impressão, sobretudo nos mais simples e desinformados e naqueles que ainda estão em formação. Jovens e adultos reagem a isso com agressividade ou alienação em todos os níveis de relacionamento. O tema “violência em casa e na escola” começa a ser tratado em congressos, seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi ainda ações eficazes.

      Sem moralismo (diferente de moralidade) nem discursos pomposos ou populistas, pode-se mudar uma situação que se alastra – ou vamos adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países foram responsáveis pela gravíssima crise financeira mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher entre ignorar e transformar. Melhor promover a sério e urgentemente uma nova moralidade, ou fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo na pocilga.

                 (Luft, Lya. Revista Veja. Edição 2107 – ano 42- nº 14. Ed. Abril. 08 de abril de 2009)

No trecho “Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra”, as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Q816491 Português

Nas prisões, o comércio de drogas não é coibido. Ao contrário, ele surge como atividade principal de poderosas facções criminosas que lá encontram mão de obra disponível. Apesar de o chamado "tráfico privilegiado", em que não existem relações com organizações criminosas, não ser mais considerado crime hediondo, detidos continuam sendo colocados nas mesmas celas de autores de estupros e homicídios.

A respeito do uso da vírgula, segundo as normas da escrita padrão, analise as afirmativas a seguir.

I - Em Nas prisões, o comércio de drogas não é coibido., a vírgula separa a expressão adverbial que, se estivesse no final da frase, não haveria necessidade do uso desse sinal de pontuação.

II - No trecho Ao contrário, ele surge como atividade principal de poderosas facções, a vírgula se deve à presença da locução adverbial no início da frase como modificador da direção do discurso.

III - Em Apesar de o chamado "tráfico privilegiado" [...] não ser mais considerado crime hediondo, detidos continuam, a vírgula foi usada para separar a oração subordinada da principal.

IV - No trecho Apesar de o chamado "tráfico privilegiado", em que não existem relações, a vírgula deve-se à presença do pronome relativo.

Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Q813979 Português

                                       A crueldade dos jovens

      Conheci uma mulher cujo filho de 14 anos queria um par de tênis de marca. Separada, ganhava pouquíssimo como vendedora. Dia e noite o garoto a atormentava com a exigência. Acrescentou mais horas à sua carga horária para comprar os tênis. Exausta, ela presenteou o filho. Ganhou um beijo e outro pedido: agora ele queria uma camiseta “da hora”. E dali a alguns dias a mãe estava abrindo um crediário! Já conheci um número incrível de adolescentes que estabelecem um verdadeiro cerco em torno dos pais para conquistar algum objeto de consumo. Uma garota quase enlouqueceu a mãe por causa de um celular cor-de-rosa. Um rapaz queria um MP3. Novidades são lançadas a cada dia e os pedidos renascem com a mesma velocidade. Pais e mães com frequência não conseguem resistir. Em parte, por desejarem contemplar o sorriso no rosto dos filhos.

      Uma Senhora sempre diz:

   – Quero que minha menina tenha o que eu não tive. Pode ser. Mas isso não significa satisfazer todas as vontades! Muita gente é praticamente chantageada pelos filhos. A crueldade de um adolescente pode ser tremenda quando se trata de conseguir alguma coisa. Uma vez ouvi uma jovem gritar para o pai:

   – Você é um fracassado!

      Já conheci uma garota cujo pai se endividou porque ela insistiu em ir à Disney. Os juros rolaram e, dois anos depois, ele vendeu a casa para comprar outra menor e quitar o empréstimo. Outro economizou centavos porque a menina quis fazer plástica. Conselhos não adiantaram:

    – Você é muito nova para colocar implante de silicone.

Ficava uma fúria. Queria ser atriz e, segundo afirmava, não teria chance alguma sem a intervenção. (Não conseguiu. Hoje trabalha como vendedora em uma loja.)

      Procedimentos estéticos, como clareamento de dentes, spas e, claro, plásticas, são muito pedidos, ao lado de roupas de grife, excursões, joias, celulares e todo tipo de eletrônico. É óbvio que o jovem tem o direito de pedir. O que me assusta é a absoluta falta de freio, a insistência e a total incompreensão diante das dificuldades financeiras da família. Recentemente, assisti a uma situação muito difícil. Mãe solteira, uma doméstica conseguiu juntar, ao longo dos anos, o suficiente para comprar uma quitinete no centro de São Paulo.

   – Vou sair do aluguel! – Comemorou.

A filha, 16 anos, no 2º grau, recusou-se:

- Quero um quarto só para mim!

Não houve quem a convencesse. A mãe não conseguiu enfrentar a situação. Continuam no aluguel. O valor dos apartamentos subiu e agora o que ela tem não é o suficiente para comprar mais nada. Muitas vezes, os filhos da classe média estudam em colégio particular ao lado de herdeiros de grandes fortunas. Passam a desejar os relógios, as roupas, o modo de vida dos amigos milionários.

- De repente a minha filha quer tudo o que os coleguinhas têm! Até bolsa de grife.

Uma coisa é certa: algumas equiparações são impossíveis. A única solução é a sinceridade. E deixar claro que ninguém é melhor por ter mais grana, o celular de último tipo, o último lançamento no mundo da informática. Pode ser doloroso no início. Também é importante não criar uma pessoa invejosa, que sofre por não ter o que os outros têm. Mas uma família pode se desestabilizar quando os pais se tornam reféns do pequeno tirano. A única saída para certas situações é o afeto. E, quando o adolescente está se transformando em uma fera, talvez seja a hora de mostrar que nenhum objeto de consumo substitui uma conversa olho no olho e um abraço amoroso.

(Walcyr Carrasco. Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/material/a-crueldade-dos-jovens. Acesso em: 08/04/2017.)

Em “uma doméstica conseguiu juntar, ao longo dos anos, o suficiente para comprar uma quitinete no centro de São Paulo.”, as vírgulas foram empregadas para:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Web Designer |
Q813225 Português
MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de mergulhos nos anéis do planeta

Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em: http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016. 

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão. 
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua Enceladus. 
Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda vai realizar diversos rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os campos gravitacional e magnético. 
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida. 
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão. 
Das alternativas a seguir, assinale a que apresente correção na análise apresentada.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Administrador |
Q813160 Português
LÍNGUA ANCESTRAL DO PORTUGUÊS SE ORIGINOU NA TURQUIA
Pesquisa mostra que todas as línguas da família indoeuropeia, incluindo as latinas, tiveram origem na mesma região 
Por Guilherme Rosa 23 ago 2012, 19h44 - Atualizado em 6 maio 2016, 16h28 Adaptado de: http://veja.abril.com.br/ciencia/lingua-ancestral-do-portugues-se-originouna-turquia/ Acesso em 02 dez 2016. 
[...] Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística têm uma origem comum. Por isso, acabam herdando algumas características dessa língua original, como palavras cognatas e construções linguísticas. A família com mais línguas é a Niger-Congolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase três bilhões de pessoas. [...] 
A família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões de pessoas em todo o mundo. A segunda maior família de línguas é a sinotibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas.
Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família indo-europeia. Uma delas propunha que ela era descendente de um idioma falado por um povo seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura.
Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e montar uma árvore genealógica com seus ancestrais. 
Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas indoeuropeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos. 
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma original.
Como resultado, confirmaram que a família indoeuropeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa “língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia. 
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas subfamílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje – o céltico, germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 6.000 anos atrás. 
Analise as proposições a seguir. Em seguida, assinale a alternativa que contenha a análise correta sobre as mesmas. I. Em: “Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase 3 bilhões de pessoas”, a simples substituição do termo “a família indo-europeia” por “o grupo indo-europeu, não alteraria a correção do período. II. Em: “A família com mais línguas é a NigerCongolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes”, a vírgula antes de “e” é opcional. III. As palavras “elas” e “ela”, destacadas no terceiro parágrafo, referem-se, respectivamente, aos ternos: “teorias” e “origem”. IV. As palavras “Cáspio” e “Rússia”, presentes no terceiro parágrafo, são acentuadas pela mesma razão.
Alternativas
Respostas
3141: E
3142: A
3143: A
3144: A
3145: B
3146: B
3147: D
3148: A
3149: E
3150: D
3151: A
3152: B
3153: C
3154: C
3155: E
3156: B
3157: A
3158: A
3159: A
3160: D