Questões de Português - Uso da Vírgula para Concurso

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Ano: 2023 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2023 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q2339442 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.






Adaptado de: NUNES, Claudio Pedrosa. Teoria Crítica da Inquisição em Tomás de Aquino. In: AZEVEDO NETO, Joachin Melo (Org.). Guarujá-SP: Científica Digital, 2023.

Considere as três propostas de alteração no emprego de vírgulas elencadas na coluna da esquerda; e, na da direita, as respectivas justificativas em relação a essas propostas. 

PROPOSTA

1. Inserir uma vírgula antes do segmento e a pessoa (l. 16).
2. Substituir as vírgulas que isolam o segmento ao contrário do que se possa imaginar (l. 21) por travessões.
3. Suprimir as vírgulas que isolam pois (l. 43). 

JUSTIFICATIVA
Trata-se de orações coordenadas unidas pela conjunção e com sujeitos e predicados diferentes, o que faculta o emprego da vírgula no contexto. 

Trata-se de segmento intercalado com valor explicativo, de esclarecimento, de observação suplementar; neste caso, as vírgulas podem ser substituídas por travessões.

Trata-se de conjunção conclusiva que exerce no contexto função de marcador discursivo; neste caso, o uso das vírgulas é opcional. 



Quais propostas e respectivas justificativas estão corretas?
Alternativas
Q2339202 Português
TEXTO I



Tema de redação do Enem evoca invisibilidade do trabalho de cuidado das mulheres no Brasil

Para o presidente do TST, o tema é atual e relevante e está na pauta da Justiça do Trabalho

06/11/2023 - O tema da redação do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, realizado neste domingo (5), trouxe à tona uma importante reflexão: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Lelio Bentes Corrêa, o tema é “atual e relevante para nossa sociedade”. Segundo o ministro, a exclusão social abrange fenômenos culturais como a invisibilização social e o não reconhecimento. “Ao repetirmos padrões culturais impregnados de preconceito, de misoginia e de desvalorização do trabalho e da figura do outro, somos levados a invisibilizar”, afirma.


Problema estrutural

A invisibilidade desse tipo de trabalho está na pauta da Justiça do Trabalho. Em outubro deste ano, o TST promoveu o evento “Ver o Invisível - Seminário de Trabalho Doméstico e de Cuidado”, em parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) e apoio da Embaixada da França no Brasil. A iniciativa buscou dar visibilidade e valorizar a importância individual e coletiva do trabalho doméstico e de cuidados, realizados predominantemente por mulheres, em especial mulheres negras.


Mulheres

O tema também foi tratado em artigo publicado na revista Carta Capital, assinado pelo ministro Lelio Bentes e por Helena Martins de Carvalho, mestra em Direito, Estado e Constituição pela UnB e assessora no TST. Eles analisam os dados do estudo “Gênero é o que importa: determinantes do trabalho doméstico não remunerado no Brasil”, publicado em outubro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o Ipea, as mulheres seguem sendo as protagonistas do trabalho doméstico não remunerado no país, com jornadas de trabalho não pago duas vezes mais longas que as dos homens. Também são as mulheres as principais cuidadoras de idosos nos contextos familiares.


Equidade

Em outubro, o CSJT aprovou a resolução que institui o programa de Equidade, Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho, que integra a Política Judiciária Nacional de Trabalho Decente da Justiça do Trabalho. A iniciativa amplia o escopo de atuação institucional da Justiça do Trabalho para além dos limites dos processos judiciais, alcançando também a qualificação e a formação para lidar com esses fenômenos. A ministra do TST Kátia Arruda é a coordenadora nacional do programa.

Fonte: https://www.tst.jus.br/
Considerando o Texto I em sua integralidade, assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE uma característica tipológica relacionada ao emprego dos sinais de pontuação.
Alternativas
Q2338178 Português

Leia o texto abaixo para responder o que se pede.



Imagem associada para resolução da questão


Disponível em: https://www.caldeiraogrande.ba.gov.br/ver_noticias.php?note=194. Acesso em: 23 out. 2023. (adaptado)



O uso da vírgula na propaganda se justifica pela ocorrência de:

Alternativas
Q2337234 Português

Leia o poema a seguir, de Manuel Bandeira.



A Onda


a onda anda

aonde anda?

a onda?

a onda ainda

ainda onda

ainda anda

aonde?

aonde?

a onda a onda




A partir do contexto, analise as afirmações abaixo:


I- A função da linguagem predominante no texto é a poética.


II- A repetição do substantivo “onda”, seguido dos advérbios “ainda” e “aonde”, geram um efeito de sentido que alude ao som das vagas na areia.


III- A ausência da vírgula no último verso permite que o leitor atente para a continuidade das ondas.


IV- A leitura do poema procura reproduzir o som do mar através do funcionamento discursivo das classes de palavras substantivo e advérbio, protagonistas na matéria linguística do poema.


V- A repetição de palavras no poema não é redundante. Ela tem a função de ênfase.



É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q2336466 Português
A arte de envelhecer


     Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.

     Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos 90 em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.

     O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção: o feto de seis meses é muito mais velho do que o embrião de cinco dias.

     Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.

     Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.

     A adolescência é um fenômeno moderno. Nossos ancestrais passavam da infância à vida adulta sem estágios intermediários. Nas comunidades agrárias, o menino de sete anos trabalhava na roça e as meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.

     A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos, sem abrir mão do direito de reclamar da comida à mesa e da camisa mal passada, surgiu nas sociedades industrializadas depois da Segunda Guerra Mundial. Bem mais cedo, nossos avós tinham filhos para criar.

     Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de 10.

     A exaltação da juventude como o período áureo da existência humana é um mito das sociedades ocidentais. Confinar aos jovens a publicidade dos bens de consumo, exaltar a estética, os costumes e os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária, tem o efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase se aproxima do fim.

     A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.

     A mortalidade infantil era altíssima, epidemias de peste negra, varíola, malária, febre amarela, gripe e tuberculose dizimavam populações inteiras. Nossos ancestrais viveram num mundo devastado por guerras, enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia e a onipresença da mais temível das criaturas. Que sentido haveria em pensar na velhice, quando a probabilidade de morrer jovem era tão alta? Seria como hoje preocupar-nos com a vida aos cem anos de idade, que pouquíssimos conhecerão.

     Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos 80. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.

     Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.

     Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.


(Dráuzio Varella. Acesso em: 01/10/2023.)

Analise o uso da vírgula em: “Nas comunidades agrárias, o menino de sete anos trabalhava na roça e as meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.” (6º§) A vírgula foi usada para
Alternativas
Respostas
611: D
612: A
613: C
614: C
615: C