Questões de Concurso
Sobre uso da vírgula em português
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'
Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.
Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.
Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.
Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.
A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.
Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.
E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.
Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.
Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.
O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.
Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.
E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.
Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.
Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.
Assinale a opção CORRETA que contenha a nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
Assinale a opção que contenha a nova pontuação sem alteração do sentido original da frase.
Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.
Agora, analise as afirmações a seguir e registre V, para verdadeiro, e F, para falso:
(__)O período pode ser classificado como um período simples. (__)O período apresenta apenas duas orações, sendo que elas estão separadas por vírgula. (__)O período é iniciado por uma conjunção concessiva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Lançado em 2020, o Zhurong - batizado em homenagem a um deus do fogo na mitologia chinesa - chegou a Marte em 2021 e passou um ano vagando antes de entrar em hibernação, em maio do ano passado. O rover operou por mais tempo do que o pretendido, viajando quase dois mil metros.
Agora, analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiro, e F, para falso:
(__)Os travessões foram empregados para isolar um vocativo. (__)A primeira vírgula foi empregada para isolar um adjunto adverbial. (__)A segunda vírgula foi empregada para introduzir uma oração subordinada adverbial concessiva.
Assinale a alternativa com a sequência correta:
I. ausência de uma concordância verbal. II. dois problemas de concordância verbal e dois de nominal. III. dois problemas referentes à regência verbal. IV. ausência de um acento grave na expressão “a segunda instância”. V. necessidade de vírgulas na intercalação de expressões adverbiais.
Os problemas que precisam ser revisados estão indicados nos itens
I. A vírgula depois de “Hoje” foi empregada para isolar um adjunto adverbial deslocado. Por ser de curta extensão é de uso facultativo.
II. As vírgulas em “fomento à agricultura familiar, à agricultura regenerativa, à floresta em pé,” separam elementos de mesma função sintática.
III. As vírgulas depois de “fechado” e de “pé” poderiam ser substituídas por travessões e não causariam alteração de sentido.
Está(ão) CORRETO(S):
QUANDO OS MORTOS FALAM: A HISTÓRIA DA AUTÓPSIA
A indagação da causa da morte sempre esteve presente em nossos pensamentos, seja você médico ou não. A palavra autópsia significa "ver por si próprio" e vem do grego clássico αυτοψία, sendo composta por αυτος (autós, "si mesmo") e όψις (ópsis, "visão"). Outro termo grego equivalente e de uso mais recente é νεκροψία (necropsia), composta de νεκρός (nekrós, "morto") e όψις (ópsis, "visão"), isto é, a dissecação do cadáver para determinar, por meio da observação, a causa de morte ou a natureza da doença.
As origens da autópsia (ou necrópsia) se confundem com a da própria medicina. Seus primeiros registros na antiguidade são, das dissecações com Herófilo e Erasístrato, no século II a. C. Considerado uma das principais figuras da medicina, o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) já recorria a esse recurso, realizando dissecações em animais como porcos, macacos, cavalos e cães, apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécies diferentes.
No Século IX, o estudo do corpo humano após a morte voltou a crescer, principalmente graças à escola de medicina de Salermo, na Itália, e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois. Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia.
Passando pelo período do Renascimento, a anatomia humana teve uma grande contribuição com artistas que buscavam nesta ciência as bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres de todas as idades. Dentre seus diversos trabalhos, ele ainda é reconhecido por seus esboços e obras baseados na arte da dissecação.
Então chegamos ao momento em que a Patologia passa a despontas como especialidade em si, separada do restante da medicina. A principal figura dessa guinada é Antonio Benivieni (1443 - 1502), médico florentino que foi o primeiro a colher sistematicamente dados de autópsias realizadas em seus pacientes. Em seguida, em 1543, o médico Andreas Vesalius lançaria o primeiro livro de anatomia humana: " De Humani Corporis Fabrica". Resultado de seus trabalhos como professor da Universidade de Pádua, onde realizou dissecações de cadáveres, a obra instituiu categoricamente o método correto de dissecação anatômica. Entre todos os nomes, porém, um dos que mais se destaca é o de Rudolf Ludwig Karl Virchow (1804 - 1878). Considerado a maior figura na história da patologia, ele foi um dos primeiros a utilizar o microscópio, um dos principais avanços da óptica em seu tempo, para analisar tecidos.
Durante todo esse processo histórico, sistematizações e padronizações foram constantes e necessárias para tornar possível a evolução dos procedimentos da autópsia. De um princípio baseado na dissecação de órgãos, essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte de um paciente, permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu.
Adaptado de: https://www.sbp.org.br/quando-os-mortos-falam-a-historia-da -autopsia/. Acesso em: 15 mar.2023.
Aos poetas clássicos
Patativa do Assaré
Poetas niversitário,
Poetas de Cadenia,
De rico vocabulário
Cheio de mitologia,
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença.
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês
Disponível em <https//www.jornaldepoesia.jor.br/antonio3html> Acesso em 03 mai 2023
Na sequência "Poetas niversitário/Poetas de Cademia", o uso da vírgula separa dois elementos linguisticos de mesma natureza sintática, qual seja,
I - “Em Minas, são logo reconhecidos como estrangeiros; mas quando voltam a Fortaleza, são logo acusados de se terem 'amineirado'.”
II - “É que a gente aprende desde cedo, na escolinha, a pedir 'licença', não é mesmo?”
As vírgulas foram empregadas, correta e respectivamente, nas expressões em destaque para separar
Texto para a questão.
Internet: <www.telemedicinamorsch.com.br> (com adaptações).
Texto para a questão.
Internet: <www.telemedicinamorsch.com.br> (com adaptações).
I. “Nesta quarta-feira (26), Pelé foi eternizado também na língua portuguesa ...” II. “Exemplos: Ele é o Pelé do basquete, ela é a Pelé do tênis, ela é a Pelé da dramaturgia brasileira, ele é o Pelé da medicina. ” III. “O objetivo é eternizar Pelé como um adjetivo sinônimo de excepcional, incomparável, único.”
De acordo com a pontuação, coloque V para VERDADEIRO e F para FALSO:
( )No item I, a vírgula isola adjunto adverbial deslocado. ( )No item II, as vírgulas separam as orações coordenadas assindéticas. ( )No item III, as vírgulas separam orações coordenadas sindéticas. ( )No item II, os dois pontos são usados para introduzir um discurso indireto.
A sequência CORRETA é: