Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso

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Q1805153 Português
Texto l ( Texto para a questão)

Instintos e descivilização

Quão robusta é a ordem civilizada ocidental? A julgar pelo século XX, e mesmo sem levar em conta as duas guerras mundiais, talvez menos do que pareça. O padrão é conhecido: situações de conflito armado, cataclismos naturais e colapso econômico agudo – como, por exemplo, a hiperinflação alemã no início dos anos 1920; o blecaute que atingiu Nova York no outono de 1965; a guerra civil iugoslava da década de 1990; ou a passagem do furacão Katrina por New Orleans em meados de 2005 – revelam a fragilidade da fina superfície de civilidade e decoro sobre a qual assenta a nossa civilização. Sob impacto do abalo provocado por desastres como esses , o comportamento das pessoas sofre uma drástica mutação: enquanto alguns, em geral poucos, agem de forma solidária e até mesmo heroica, a maior parte da população atingida regride a um estado de violência e selvageria no qual a lógica do “salve-se quem puder” deságua na rápida escalada dos furtos, assaltos, saques, crimes, estupros e vandalismo. Quase que num piscar de olhos, o cordato cidadão civilizado – “casado, fútil, cotidiano e tributável” – se transforma em besta feroz, capaz das piores atrocidades. – Como entender o perturbador fenômeno? A interpretação usual propõe o modelo hobbesiano. O ser humano no fundo é um animal selvagem e terrível. Remova os sustentáculos elementares da ordem civilizada; dispa a camisa de força social; suspenda, ainda que brevemente, a vigilância e a ameaça de punição aos infratores do código legal, e, em pouco tempo, retrocedemos ao “estado natural hobbesiano” e à “guerra de todos contra todos”. O civilizado sem máscara da civilidade não é outro senão o animal humano em sua versão nativa, sem amarras nem recalques, como que de volta à selva e aos estágios da evolução em que as faculdades de inibição erguidas ao longo do processo civilizatório dormiam ainda no embrião da mente. Os episódios de regressão à barbárie seriam, em suma, o psiquismo arcaico do animal humano posto a nu. – O modelo hobbesiano poderia ter tomado como plausível, não fosse uma falha capital do argumento. Que a regressão à barbárie revele alguma coisa do nosso psiquismo arcaico não há por que duvidar. Mas o que vem à tona no caso não é o “estado de natureza” do mundo pré-civilizado ou o animal homem tal como a evolução o teria produzido – o que vem à tona é o bicho-homem descivilizado, ou seja, o civilizado que se vê repentinamente fora da jaula e apto a dar livre curso aos impulsos e instintos naturais tolhidos e asfixiados pela ordem civilizada. O descivilizado é o civilizado à solta: livres das amarras e restrições da vida comum mas portador de um psiquismo arcaico que foi pesadamente macerado e em larga medida deformado pela renúncia instintual imposta pelo processo civilizatório. A ferocidade que tomou conta dos conquistadores europeus no Novo Mundo e o surto de bestialidade fascista que varreu a Europa no século passado são exemplos extremos dessa realidade. O equívoco do modelo hobbesiano é confundir o homem descivilizado feito lobo do homem – ávido de desafogo e revide contra tudo e contra todos – com um suposto estado primitivo ou de pura natureza do animal. – “Você pode expelir a natureza com um varapau pontiagudo”, adverte Horácio, “mas ela sempre retornará.” A verdade do poeta, “nem o fogo, nem o ferro, nem o tempo devorador poderão abolir”. Mas à luz do exposto acima não seria talvez de todo impróprio emendar: a natureza expelida não sai ilesa – ela traz em seu retorno as marcas e as feridas da violenta expulsão.

Eduardo Giannetti
(Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise
civilizatória. São Paulo: Cia das Letras, 2016)
“O civilizado sem máscara de civilidade não é outro senão o animal humano em sua versão nativa”. Considerando o sentido global do trecho, a palavra “senão” é equivalente à seguinte expressão:
Alternativas
Q1805076 Português

A questão refere-se ao texto abaixo. 



Assinale a alternativa que indica a correta reescrita do período a seguir, mantendose o mesmo significado do trecho original: “Quando deixo minha filha em casa, a culpa vem.” (l. 12- 13).
Alternativas
Q1804948 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto III a seguir para responder à questão.

TEXTO III

Incêndios na Austrália: por que a temporada de
queimadas está tão forte neste ano?

AAustrália está vivendo uma de suas piores temporadas de incêndios florestais, alimentados por temperaturas recorde e meses de seca extrema. Segundo trabalhadores de emergência que combatem as chamas, o pior ainda está por vir.
Shane Fitzsimmons, do Serviço de Bombeiros Rurais de New South Wales, Estado na costa leste da Austrália, advertiu que condições “voláteis” poderiam intensificar os incêndios.
Nesta segunda-feira (6/1/20), a chuva trouxe alívio a partes da Austrália e as temperaturas caíram. Mas autoridades disseram que os incêndios podem se intensificar de novo.
No sábado, os incêndios arderam fora de controle na costa leste, impulsionados por altas temperaturas e ventos poderosos, deixando milhares de casas sem eletricidade.
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, advertiu que os incêndios podem continuar ardendo por meses.

Onde estão acontecendo os incêndios?
Os incêndios estão acontecendo em regiões das costas leste e sul, que é onde vive a maioria das pessoas na Austrália.
Essas regiões incluem áreas ao redor de Sydney e Adelaide.
Desde setembro do ano passado, os incêndios deixaram um saldo de ao menos 24 mortos e dezenas de desaparecidos.
Até o momento, 1 200 casas foram destruídas.
Só em New South Wales, mais de 4 milhões de hectares foram queimados (um hectare tem o tamanho de aproximadamente um campo de futebol).

Por que essa temporada de incêndios está tão mais forte?
A Austrália sempre teve incêndios florestais, mas no ano passado e neste estão piores que o normal.
A causa imediata é o clima, especificamente um fenômeno conhecido como Dipolo do Oceano Índico (ou, também, como El Niño Índico, que causa um período de mais calor e seca).
Em 2019, a Austrália registrou duas vezes novos recordes de temperatura máxima. O dia 17 de dezembro alcançou uma máxima de 40,9º C e, no dia seguinte, 41,9º C.
Isso se soma a um prolongado período de seca.
Além disso, alguns incêndios foram iniciados de propósito.

Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/
internacional-51011488>. Acesso em: 10 jan. 2020
(Adaptação)
Releia este trecho.
“A Austrália está vivendo uma de suas piores temporadas de incêndios florestais, alimentados por temperaturas recorde e meses de seca extrema. Segundo trabalhadores de emergência que combatem as chamas, o pior ainda está por vir.”
Assinale a alternativa em que o conectivo inserido entre as frases mantém o sentido original do trecho.
Alternativas
Q1804883 Português
TEXTO 07 - PARA A QUESTÃO

https://www.google.com/search?q=gosto+de%2C+ mas&tbm=isch&ved=2ahUKEwj3saX_i6HwAhXhBrk GHSf_CQ8Q2-cCegQIABAA&oq=gosto+de%2C+m as&gs_lcp=CgNpbWcQAzIGCAAQCBAeMgYIABAI EB4yBggAEAgQHjIGCAAQCBAeMgYIABAIEB4yBg gAEAgQHjIGCAAQCBAeMgYIABAIEB4yBggAEAg QHjIGCAAQCBAeOggIABCxAxCDAToFCAAQsQM 6AggAOgQIABAYOgQIABBDOgcIABCxAxBDOgYI ABAFEB5Q96qDAVip94QBYJT-hAFoJnAAeACAA agCiAHmcpIBBDItNjWYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6L WltZ7ABAMABAQ&sclient=img&ei=n2mJYLfmC-G N5OUPp_6neA&bih=597&biw=1242#imgrc=QgHpf D9HmuwP1M. Acesso em 28/4/2021. 
É exemplo de operador argumentativo a seguinte palavra usada nesse texto:
Alternativas
Q1804837 Português
Um Band‐Aid na alma

   Não gosto de escrever sobre datas marcadas, mas às vezes acontece. Em cada virada de ano somos sacudidos por sentimentos positivos e negativos quanto a essas festas que para muitos são tormento.
  Vale a história do copo meio cheio ou meio vazio. Para alguns é tempo de melancolia: choramos os que morreram, os que nos traíram, os que foram embora, os desejos frustrados, os sonhos perdidos, a fortuna dissipada, o emprego ruim, o salário pior ainda, a família pouco amorosa, a situação do país, do mundo, de tudo.    Se formos mais otimistas, encararemos o ano passado, a vida passada, o eu que já fomos, como transições naturais. Não é preciso encarar a juventude, os primeiros sucessos, o começo de uma relação que já foi encantada, como perda irremediável: tudo continua com a gente.
 Em lugar de detestar estes dias, podemos inventar e até curtir qualquer celebração que reúna amigos ou família. Não é essencial ser religioso: se os sentimentos, a família, as amizades, a relação amorosa forem áridos, invocar Deus não vai adiantar. Mas celebrar é vital – e nada como algumas datas marcadas para lembrar que a vida não é apenas luta; é também a possível alegria.
   Não precisa ser com champanhe caro nem presentes que vão nos endividar pelo ano inteiro: basta algum gesto afetuoso verdadeiro, um calor humano que abrande aquelas feridas da alma que sempre temos.
   Quanto aos projetos, é melhor evitar aquela lista de impossíveis. Importa cuidar mais da relação, ser mais gentil com os pais e menos crítico com os filhos, falar mais com os amigos, sair da redoma da amargura e abrir‐se para o outro.
   Ser fiel, ser sincero, ser bondoso: a primeira coisa num namorado ou namorada, eu dizia sempre a meus filhos e hoje digo aos netos, é que seja uma boa pessoa, leal, gentil. O grosseiro é inadmissível. O ignorante é uma tristeza. O falso, cínico ou infiel, é bom manter longe. Mas ainda que sem brilho, um bom amor, um bom amigo, um bom pai e mãe, um bom filho, fazem a festa.
   Que faça sorrir. Mesmo para os descrentes, nestes dias algo mágico circula por este mundo nem sempre bonito nem bom. Mas, se nosso projeto for o eterno perder 10 quilos, conseguir (isso não se consegue, acontece…) uma namorada gostosa ou um marido rico – ou, quem sabe, uma parceira carinhosa –, ganhar na loteria, vingar‐se dos desafetos e mostrar quem é o bom, é melhor esquecer: não valerão a pena a festa nem o novo ano, pois vai ser tudo mentira, oco e vazio.
  Vale mandar um pensamento, e, se for o caso, uma oração, aos que vivem privações emocionais ou materiais, que trabalham além do humanamente suportável, que perderam o amor de sua vida ou um filho amado, que foram esquecidos e decepcionados, que nesta data não vão escutar nem uma voz cálida ao telefone.
   Vamos nos permitir, sobretudo, a alegria perdida no cansaço de tanta correria. Ela ainda existe: sabendo procurar, a gente a encontra.

(Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo‐setti/tag/lya‐ luft/. Acesso em: 09/01/2019. Com adaptações.) 
No fragmento “Vale a história do copo meio cheio ou meio vazio.” (2º§), a expressão “ou” expressa ideia de:
Alternativas
Q1804836 Português
Um Band‐Aid na alma

   Não gosto de escrever sobre datas marcadas, mas às vezes acontece. Em cada virada de ano somos sacudidos por sentimentos positivos e negativos quanto a essas festas que para muitos são tormento.
  Vale a história do copo meio cheio ou meio vazio. Para alguns é tempo de melancolia: choramos os que morreram, os que nos traíram, os que foram embora, os desejos frustrados, os sonhos perdidos, a fortuna dissipada, o emprego ruim, o salário pior ainda, a família pouco amorosa, a situação do país, do mundo, de tudo.    Se formos mais otimistas, encararemos o ano passado, a vida passada, o eu que já fomos, como transições naturais. Não é preciso encarar a juventude, os primeiros sucessos, o começo de uma relação que já foi encantada, como perda irremediável: tudo continua com a gente.
 Em lugar de detestar estes dias, podemos inventar e até curtir qualquer celebração que reúna amigos ou família. Não é essencial ser religioso: se os sentimentos, a família, as amizades, a relação amorosa forem áridos, invocar Deus não vai adiantar. Mas celebrar é vital – e nada como algumas datas marcadas para lembrar que a vida não é apenas luta; é também a possível alegria.
   Não precisa ser com champanhe caro nem presentes que vão nos endividar pelo ano inteiro: basta algum gesto afetuoso verdadeiro, um calor humano que abrande aquelas feridas da alma que sempre temos.
   Quanto aos projetos, é melhor evitar aquela lista de impossíveis. Importa cuidar mais da relação, ser mais gentil com os pais e menos crítico com os filhos, falar mais com os amigos, sair da redoma da amargura e abrir‐se para o outro.
   Ser fiel, ser sincero, ser bondoso: a primeira coisa num namorado ou namorada, eu dizia sempre a meus filhos e hoje digo aos netos, é que seja uma boa pessoa, leal, gentil. O grosseiro é inadmissível. O ignorante é uma tristeza. O falso, cínico ou infiel, é bom manter longe. Mas ainda que sem brilho, um bom amor, um bom amigo, um bom pai e mãe, um bom filho, fazem a festa.
   Que faça sorrir. Mesmo para os descrentes, nestes dias algo mágico circula por este mundo nem sempre bonito nem bom. Mas, se nosso projeto for o eterno perder 10 quilos, conseguir (isso não se consegue, acontece…) uma namorada gostosa ou um marido rico – ou, quem sabe, uma parceira carinhosa –, ganhar na loteria, vingar‐se dos desafetos e mostrar quem é o bom, é melhor esquecer: não valerão a pena a festa nem o novo ano, pois vai ser tudo mentira, oco e vazio.
  Vale mandar um pensamento, e, se for o caso, uma oração, aos que vivem privações emocionais ou materiais, que trabalham além do humanamente suportável, que perderam o amor de sua vida ou um filho amado, que foram esquecidos e decepcionados, que nesta data não vão escutar nem uma voz cálida ao telefone.
   Vamos nos permitir, sobretudo, a alegria perdida no cansaço de tanta correria. Ela ainda existe: sabendo procurar, a gente a encontra.

(Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo‐setti/tag/lya‐ luft/. Acesso em: 09/01/2019. Com adaptações.) 
No excerto “Vamos nos permitir, sobretudo, a alegria perdida no cansaço de tanta correria.” (10º§), a expressão assinalada pode ser substituída, sem perda semântica, por:
Alternativas
Q1804463 Português

Clarice Lispector. A paixão segundo G. H. Rio

de Janeiro: Rocco, 2009 (com adaptações).


Julgue o item que se segue, relativo às ideia e ao aspecto linguístico do texto precedente.

A expressão “de tal modo” (l. 2 e 3) introduz uma informação com ideia de consequência.
Alternativas
Q1804456 Português

Clarice Lispector. A paixão segundo G. H. Rio

de Janeiro: Rocco, 2009 (com adaptações).


Julgue o item que se segue, relativo às ideia e ao aspecto linguístico do texto precedente.

A expressão “ao menos” (l.18) está empregada com o mesmo sentido de sequer.
Alternativas
Q1804309 Português

O célebre político e escritor italiano Maquiavel escreveu em sua obra O Príncipe: “Por conseguinte, um senhor prudente não pode nem deve cumprir a palavra dada, quando tal observância lhe for prejudicial e quando as razões que levaram à sua promessa deixarem de existir. E se os homens fossem todos bons, tal preceito não valeria: mas como são pérfidos e não cumprem a palavra contigo, tu também não és obrigado a cumprir a palavra com eles”.


O termo inicial desse segmento - Por conseguinte - mostra que tudo o que está nele expresso funciona como uma:

Alternativas
Q1804307 Português

“É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz...”


Nesse segmento do pensamento de Leopardi ocorre a repetição do vocábulo “arrependimento”; a reescritura adequada desse segmento a fim de evitar-se a repetição é:

Alternativas
Q1804301 Português

O poeta italiano Leopardi escreveu: “O sentimento de vingança é tão agradável, que muitas vezes o homem deseja ser ofendido para poder se vingar, e não falo apenas de um inimigo habitual, mas de uma pessoa indiferente, ou até mesmo, sobretudo em alguns momentos de humor negro, de um amigo”.


Esse pensamento mostra uma série de distintos conectivos; a opção em que se indica o valor correto do conectivo sublinhado é:

Alternativas
Q1803791 Português
A questão a seguir refere-se ao texto:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sextafeira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho.[...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]
Analisando o excerto do texto: “... se constatada a necessidade de aparelhos...”, a palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas
Q1803608 Português

Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho. São

Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


O termo “ainda” (l.38) está empregado no texto com o mesmo sentido de embora.

Alternativas
Q1803517 Português
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Medidas do Ministério do Meio Ambiente geram críticas internacionais Liberação de agrotóxicos e aumento do desmatamento provocaram repercussões negativas e boicote a produtos.
Laura Alegre 

Disponível em https://jornal.usp.br/atualidades/medidas-do-ministerio-do-meio-ambiente-geram-criticas-internacionais/ Acessado em 12/06/2019 Texto adaptado 
Sem alterar a relação de sentido que expressa, o trecho mesmo gerando tantos receios e discordâncias, o governo continua negligenciando a importância do Ministério do Meio Ambiente (linhas 30 e 31) poderia ser escrito da seguinte maneira:
Alternativas
Q1803338 Português

Considere as seguintes propostas de inserção de conetivos no texto (com as devidas alterações entre maiúsculas e minúsculas):


I. Inserção de Assim seguido de vírgula imediatamente antes de Com a ajuda (l.5).

Il. Inserção de Por isso seguido de vírgula imediatamente antes de Muitos ainda acreditam (l.19).

III. Inserção de pois imediatamente antes de O financiamento (l.25), e substituição do ponto final depois de Nova York (l.25) porvírgula.


Quais são corretas?

Alternativas
Q1803127 Português

    Você “trabalha em equipe” e é “workaholic”? Pare de usar palavras batidas.

    Um termo desgastado dito na entrevista de emprego ou em uma reunião pode revelar dados sobre uma pessoa. Alguns, dizem os especialistas, produzem o efeito contrário ao que se deseja e denotam, no mínimo, imaturidade. "Você pode ser percebido como alguém sem conteúdo que, assim como um adolescente, está preocupado em pertencer a um grupo e ser aceito por ele, em vez de contribuir com o sucesso da empresa", afirmou o consultor Silvio Celestino, sócio fundador da Alliance Coaching.

    Sem perceber, até o profissional mais preparado pode escorregar em um clichê. Por isso, antes de ir a campo, conheça as principais frases e termos e entenda por que você deve fugir deles.

    1 - Sou perfeccionista

    A expressão não diz nada. "O entrevistador quer conhecer o candidato. E, ao responder dessa maneira, perde-se a grande chance de falar sobre si", disse Marcelo de Lucca, sócio da consultoria KPMG. Em vez de reduzir a possibilidade a uma palavra, por que não falar que se aprimora continuamente citando, por exemplo, quantos e quais livros lê por ano ou cursos que faz por conta própria? "A pessoa que se descreve uma perfeccionista geralmente não tem uma visão mais clara de si mesma. E não reconhecer os erros é também não reconhecer as virtudes", afirmou Marco Zanini, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (Ebape/FGV).

    2 - Quero muito trabalhar aqui

    A empresa não precisa de pessoas que queiram trabalhar nela, mas que queiram que ela ganhe, disse Silvio Celestino. Ou seja, além de querer trabalhar, o mais importante é demonstrar interesse em contribuir com o sucesso da companhia.

    3 - Gosto de trabalhar em equipe 

    Isso não prova que os demais gostam de trabalhar com você, segundo Celestino. Seja mais claro e afirme que você é capaz de liderar pessoas ou sabe lidar com conflitos e busca soluções harmoniosas.

    4 - Sou workaholic e faço tudo bem-feito

    Para Celestino, afirmar que é workaholic pode demonstrar falta de equilíbrio. Melhor especificar que, sempre que necessário ou demandado pelo gestor, você tem responsabilidade para entregar as tarefas no prazo e nas especificações. "Oriento os meus alunos a serem mais humildes, a não se vangloriar - sendo jovens, principalmente, porque eles ainda não têm experiência para apresentar. É preferível ser verdadeiro, colocar o que quer fazer, valorizar as aptidões e como deseja contribuir no desenvolvimento da empresa", disse o professor Zanini.

    5 - Eu me dou bem com todo mundo

    Com que tipo e com quantas pessoas você já trabalhou? Diga que, independentemente das características de cada indivíduo, você busca respeitar as diferenças e focar na competência do indivíduo, relevando características problemáticas, afirmou Celestino.

    Em reuniões 

    6 - Com certeza

    Evite esse termo para afirmar algo que é considerado óbvio e evidente, mas que nem sempre é assim. "Afirme que tem a mesma opinião ou que observou as mesmas evidências que o interlocutor", disse Celestino.

    7 - Tenho limitação de budget

    Para Lucca, o profissional que justifica uma situação com esse argumento se coloca como vítima, quando deveria ser o protagonista. É preferível dizer que, apesar da limitação, verá o que consegue fazer para que a ação aconteça. "É uma maneira de se mostrar disposto a realizar", disse Lucca.

    8 - Tal área não fez o que deveri

    Essa é a típica frase em que o sujeito joga a responsabilidade no outro e não diz o que pode fazer para mudar a situação. E isso é péssimo para a imagem do profissional, segundo Lucca.

    9 - Cada um tem a sua verdade

    Essa é uma expressão perigosa. O que existem são fatos e documentos. “Diferentes são as opiniões, não a verdade”BGTT, disse Celestino.

    10 - Accountability, empowerment e outros

    Evite o uso de expressões estrangeiras quando há uma em português perfeitamente compreensível. Não use o inglês para demonstrar sofisticação ou esnobar pessoas. Saiba adequar sua linguagem ao público. "Muitas vezes, o termo é usual dentro da cultura da empresa. Mas quem é de fora não é obrigado a saber", afirmou Lucca.

    11 - Sairei porque tenho novos desafios Eis uma frase desgastada e vazia. Todo mundo se despede da empresa ou do mercado dessa forma, segundo Lucca. Mencione uma razão mais concreta ou algo que traga mais valor.

    (PEREIRA, Inês. Portal UOL Economia. 23/08/2018.)

Assinale a alternativa em que a substituição do termo em realce não mantém as características semânticas empregadas em “Sem perceber, até o profissional mais preparado pode escorregar em um clichê.”
Alternativas
Q1803075 Português
Texto para responder à questão.

Crise da Venezuela é teste para instituições da América Latina

    A crise na Venezuela, talvez o maior colapso econômico não provocado por uma guerra nas últimas quatro décadas, deu início a um dos maiores fluxos migratórios do mundo. De acordo com as Nações Unidas, até junho de 2019 mais de 4 milhões de pessoas haviam fugido do país, com uma média de 5 mil pessoas saindo por dia em 2018. Mais de 80% dos imigrantes venezuelanos ficaram em nações da América Latina ou do Caribe, muitas das quais nunca haviam lidado com migrações desse porte anteriormente.
    Com o intenso impacto sentido na região, é de se pensar que a reação seria hostil nesta era em que o nativismo aumenta mundialmente e que o crescimento econômico na região é anêmico. Em um primeiro momento, porém, ela foi positiva, embora a tensão venha aumentando. Com um grupo de estudantes, conduzimos uma pesquisa em sete países da região e encontramos exemplos de boas e más reações, incluindo sinais de piora.
    Boa parte do debate gira em torno da oferta de serviços essenciais, como comida, saúde, moradia, apoio jurídico e inserção no mercado de trabalho. A maioria dos imigrantes venezuelanos é pobre e tem pouca formação acadêmica, precisando, portanto, de diversos tipos de apoio social, algo que tem custos incrivelmente altos para os governos que já não possuem muitos fundos.
    Ainda que a maioria dos países ofereça pelo menos o mínimo desses serviços e que muitos colaborem internacionalmente para assegurar mais apoio estrangeiro, pesquisas mostram que boa parte dos imigrantes não está recebendo apoio suficiente. Em países em que imigrantes venezuelanos representam mais de 1,5% da população (Equador, Chile, Colômbia, Trinidad e Tobago e o estado de Roraima, no Brasil), o esgotamento já é visível. Alguns governos precisaram contar demasiadamente com apoio de organizações estrangeiras (especialmente o Equador), ou até mobilizar as Forças Armadas para auxiliar com operações logísticas e humanitárias, como no caso do Brasil. As duas coisas são sinais de desespero.
    Acolher imigrantes envolve, também, oferecer opções jurídicas para sua chegada e residência. Para os venezuelanos, um passaporte válido pode ser custoso, quando não impossível. O governo venezuelano sempre atrasou consideravelmente a emissão de passaportes — e com taxas desnecessariamente altas — e desde 2017 suspendeu indefinidamente agendamentos e renovações por falta de material. É ainda mais difícil para os venezuelanos conseguir outros documentos, como certidões de bons antecedentes criminais, requisito para a entrada em países mais restritos, como o Equador. [...]
    As instituições e a opinião pública na América Latina têm sido testadas pela crise da Venezuela. O assunto já se tornou motivo de discussão na eleição chilena de 2017, com um dos principais candidatos assumindo um discurso claramente anti-imigração. Felizmente, a região é protegida por normas internacionais pró-imigração, organizações civis robustas e políticos simpáticos à causa. Mas essas defesas podem não ser suficientes para conter o aumento do nativismo causado pela pior onda migratória em décadas.

(Javier Corrales, da Americas Quarterly, traduzido por Daniel Salgado, 14/07/2019. Disponível em: https://epoca.globo.com/crise-davenezuela-teste-para-instituicoes-da-america-latina-23802888. Com adaptações.)
Assinale a alternativa em que a substituição para o termo destacado preserva a correção gramatical e semântica do trecho em seu contexto.
Alternativas
Q1802857 Português
A questão se refere ao texto a seguir:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]
No trecho "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais.”, a expressão destacada expressa:
Alternativas
Q1802510 Português

Considere as seguintes propostas de inserção de conetivos no texto (com as devidas alterações de maiúsculas para minúsculas):


I. Inserção de Por isso seguido de vírgula antes de O homem (I.04).

II. Inserção de Por isso seguido de vírgula antes de Reitero (l.14).

III. Inserção de Mas antes de Não sei (I.22).


Quais estão corretas?

Alternativas
Q1801596 Português
Texto para responder à questão.

A produção de si como mercadoria nas redes sociais

    Estudar a história do trabalho, das indústrias e das corporações nos ajudaria a entender a história do poder econômico e, por conseguinte, a história de nossas vidas submetidas àqueles que controlam a possibilidade de nossa sobrevivência.
    As formas de organização da produção industrial a que se deu o nome de fordismo, taylorismo e toyotismo, definiram não apenas o modo de fazer, mas o modo de ser da vida em geral submetida ao controle pela produção. Aqueles modos de organização sempre visaram baixar custos enquanto promoviam altos índices de produtividade. Todos, certamente, sempre se preocuparam pouco com as pessoas que trabalhavam nas fábricas ou nas empresas. Eram sistemas bastante frustrantes para pessoas que não queriam ser tratadas como robôs.
    No taylorismo e no fordismo, as pessoas faziam uma única atividade no processo produtivo, eram remuneradas por produtividade e individualmente. A superprodução levava a estoques gigantes e lucros enormes. Foi Ford que acrescentou a esteira rolante que economizava tempo dentro da fábrica para incrementar o processo de produção em grande escala. Tempos modernos de Chaplin fez a sátira disso tudo.
    O toyotismo, que surgiu na fábrica do carro japonês, tem algumas diferenças: o trabalho antes individual, agora é em equipe. Uma pessoa não tem mais uma única atividade repetitiva, ela deve saber fazer tudo. Deve-se evitar todo tipo de desperdício. Retira-se o estoque e se entrega às demandas. Em épocas de crise se produz conforme o consumo.
    Em qualquer desses casos, as pessoas sempre são bens bastante descartáveis. Um produtor vale tanto quanto sua produtividade. Ou menos do que ela, já que pode ser substituído. Não há nenhuma novidade nisso. Só não se submete a isso quem, em vez de ser operário comandado por meios de produção, é o dono dos meios de produção. Essa lógica das fábricas é espelho da lógica da vida e atinge todas as instituições.
    A produção de coisas, sejam carros ou telefones celulares, panelas ou cosméticos, depende de operadores de produção, ora humanos, ora robôs.
    Do mesmo modo quando se trata de “meios de produção da linguagem”. Pensemos no conteúdo da internet, lotada de produção de material comunicacional ou anticomunicacional por pessoas que participam do meio apenas porque desejam. Mas será que é desejo mesmo o que nos faz participar de redes sociais?
    Coloco essas questões porque gostaria de pensar no tipo de trabalho que temos nasredes sociais. É inegável que as redes sociais oferecem algum tipo de diversão às pessoas, então, parece que não estamos trabalhando. Trata-se, nesse caso, de uma indústria do entretenimento. 
E é evidente que elas também se oferecem como meios de comunicação.
    Mas é a dimensão do trabalho que me interessa entender. Quanto tempo gastamos diariamente nesses meios? O que somos obrigados a fazer para sobreviver neles? Somos submetidos aos parâmetros taylor-fordistas nas redes sociais? Ou aos toyotistas? Que esforços, que tensões enfrentamos quando deles queremos participar? Podemos viver fora deles sem culpa? Há espertos que se aproveitam dele para jogos de poder? Há pessoas neles capazes de cometer violência? Para que são usadas as redes? Qual o papel da comunicação violenta nas redes?
Há pessoas que trabalham para as redes e são remuneradas por seu trabalho. Há mercado negro nas redes, há trabalho ilegal e dinheiro sujo, há milícias midiáticas ocupadas em enganar, mentir, destruir reputações, há pessoas cometendo crimes, aliciando pessoas mentalmente precárias, roubando e assaltando virtualmente. Não estou mencionando esses aspectos para dizer que as redes são más, não é isso. Temos que entender que as redes são “medialidades”, são meios sobre os quais fazemos escolhas. Meios que nós movimentamos? Ou eles nos movimentam? Dançamos conforme a música nas redes? [...]
    O tempo, a privacidade, a vida íntima, familiar, o que estiver a mão, é transformado em mercadoria. É o triunfo da lógica da mercadoria. 
    Há ainda o aspecto da produção da subjetividade por meio da transformação da subjetividade em mercadoria. Um dos pontos altos dessa produção passa pela imagem de si nas redes, imagens como selfies, imagens como paisagens, imagens como frases feitas e formulações instantâneas com alto teor de impacto ou “lacrações”.
    Em termos simples, cada um está produzindo e vendendo a si mesmo. Ao mesmo tempo, em não sendo dono dos meios de produção de si, cada um se produz a partir de uma fórmula pronta dada pelo funcionamento do aparelho. Cada um é uma espécie de “consumidor consumido”, para lembrar Vilém Flusser.

(Marcia Tiburi. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/producao-de-si-mercadoriaredes-sociais/. Acesso em: 08/05/2019. Adaptado.)
Considerando ainda o período destacado na questão anterior, pode-se afirmar que a expressão “por conseguinte” expressa uma relação, no contexto, EXCETO:
Alternativas
Respostas
1021: C
1022: D
1023: C
1024: D
1025: A
1026: C
1027: E
1028: C
1029: D
1030: C
1031: A
1032: B
1033: E
1034: C
1035: D
1036: C
1037: B
1038: D
1039: E
1040: C