Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso
Foram encontradas 4.595 questões
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Texto adaptado. Acesso ao original: https://super.abril.com.br/saude/tarefas-domesticas-ajudam-a-
manter-seu-cerebro-saudavel-diz-estudo/
( ) A expressão “Por outro lado” (l. 16) indica outra perspectiva do que foi dito anteriormente e poderia ser substituída por “em contrapartida”, sem causar nenhuma alteração. ( ) A conjunção “Mas” (l. 20) é classificada como conclusiva e poderia ser substituída, mantendo o mesmo sentido, por “portanto”. ( ) “Segundo” (l. 04) é uma conjunção conformativa e poderia ser substituída, sem prejuízo ao sentido empregado na frase, por “conforme”.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A expressão destacada no trecho acima expressa o sentido de
Começar a se exercitar depois dos 40 anos não é tarde demais, diz estudo
Pesquisadores compararam a função cardíaca de homens
que iniciaram a prática de exercícios antes dos 30 e depois dos 40 anos
— e constataram resultados praticamente idênticos
Um estudo apresentado nesta sexta-feira no Congresso EuroPRevent 2014, na Holanda, apontou que começar a fazer exercícios intensos antes dos 30 ou depois dos 40 anos oferece os mesmos efeitos positivos ao coração. Com isso, os pesquisadores concluíram que iniciar a prática de atividade física após os 40 anos não é tarde demais para beneficiar a saúde cardíaca.
Segundo cientistas, começar a realizar exercícios intensos aos 30 ou 40 anos oferece os mesmos benefícios ao coração.
O estudo contou com a participação de 40 homens saudáveis, que não apresentavam riscos cardiovasculares, com idades entre 55 e 70 anos. Os participantes foram divididos de acordo com a quantidade de exercício que realizavam e a idade em que deixaram o sedentarismo. Dez voluntários nunca tinham se exercitado por mais de duas horas por semana em toda a vida e trinta se exercitavam por pelo menos 7 horas semanais por cinco anos seguidos. Dos participantes fisicamente ativos, dezesseis iniciaram na atividade física antes dos 30 anos e catorze depois dos 40. As modalidades escolhidas eram, sobretudo, ciclismo ou corrida. Cada um dos homens foi avaliado por teste ergométrico e ecocardiograma. Os exames constataram que a frequência cardíaca em repouso foi similar entre os dois grupos que faziam atividade física. No caso dos sedentários, a frequência era 10 batidas por minuto (bpm) mais rápida — ou seja, o coração deles precisa de mais batimentos para bombear sangue. O consumo máximo de oxigênio — medida de condicionamento físico — também foi parecido entre os que se exercitavam, mas foi significantemente menor nos sedentários.
Os cientistas constataram que a função diastólica (a capacidade do ventrículo esquerdo de se encher de sangue quando o coração está relaxado) foi melhor nos praticantes de atividades físicas, independentemente da idade em que tenham começado a se exercitar, do que entre sedentários. “Nunca é tarde demais para mudar o estilo de vida e começar a se exercitar. A atividade física sempre será benéfica para o coração e o bem-estar. Trocar o elevador pelas escadas já é um ótimo começo”, diz o coautor da pesquisa David Matelot, da Universidade de Rennes, na França.
Novatos na corrida
Existem regras básicas que valem para todos os iniciantes na corrida – independentemente de idade, condicionamento físico e histórico de saúde. A primeira das regras: embora a corrida seja um esporte prático que não exige equipamentos, é preciso ter um bom tênis. Não precisa ser o modelo mais caro ou mais novo da loja – basta que ele tenha bom amortecimento e seja confortável. Além disso, é indicado que pessoas que praticam corrida sigam uma planilha para controlar a evolução dos treinos. “O ideal é ter uma planilha feita por um professor. Mas, se não for possível, seguir treinos prontos publicados em revistas, por exemplo, é sempre melhor do que não seguir nenhum”, diz o educador físico Renato Dutra. Conhecer o seu próprio condicionamento físico é essencial para saber o ponto de partida da corrida – se mais moderado ou intenso. Por fim, alimentação e hidratação são essenciais antes, durante e depois da prática. “O ideal é beber 200 mililitros de água ou isotônico a cada 15 minutos de corrida”, diz o nutrólogo Celso Cukier.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecar-a-se-exerciar-depois-dos-40-anos-nao-e-tarde-demais-diz-estudo
“O consumo máximo de oxigênio — medida de condicionamento físico — também foi parecido entre os que se exercitavam, mas foi significantemente menor nos sedentários.”
No período acima, a oração destacada estabelece uma relação de
Gastei uma hora pensando um verso
Que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
Inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
E não quer sair.
Mas a poesia deste momento
Inunda minha vida inteira.
Carlos Drummond de Andrade. “Poesia”, In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.
Costuma-se dizer que o português é uma língua difícil. Logo de início, é preciso esclarecer que não existe língua fácil: até mesmo um idioma artificial como o esperanto, criado para ser simples, tem lá as suas artimanhas. Todas as línguas apresentam dificuldades, sejam gramaticais, fonéticas ou mesmo ortográficas, e isso tanto para o estrangeiro quanto para o falante nativo.
No entanto, estudos comparativos entre línguas permitem quantificar de forma objetiva o grau de complexidade de um idioma. Por exemplo, a comparação entre as conjugações verbais de várias línguas possibilita identificar qual delas possui mais paradigmas de flexão distintos, qual apresenta mais formas irregulares, e assim por diante.
Se compararmos o português às demais línguas da Europa Ocidental (não vou tratar aqui do grego ou das línguas eslavas, cuja fama de complicadas já se tornou proverbial), observaremos que ela é mais simples em alguns aspectos e mais complexa em outros.
Aldo Bizzocchi. “O domínio pelo pronome”. In: Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento. Ano II, número19, maio 2007. Adaptado.
Costuma-se dizer que o português é uma língua difícil. Logo de início, é preciso esclarecer que não existe língua fácil: até mesmo um idioma artificial como o esperanto, criado para ser simples, tem lá as suas artimanhas. Todas as línguas apresentam dificuldades, sejam gramaticais, fonéticas ou mesmo ortográficas, e isso tanto para o estrangeiro quanto para o falante nativo.
No entanto, estudos comparativos entre línguas permitem quantificar de forma objetiva o grau de complexidade de um idioma. Por exemplo, a comparação entre as conjugações verbais de várias línguas possibilita identificar qual delas possui mais paradigmas de flexão distintos, qual apresenta mais formas irregulares, e assim por diante.
Se compararmos o português às demais línguas da Europa Ocidental (não vou tratar aqui do grego ou das línguas eslavas, cuja fama de complicadas já se tornou proverbial), observaremos que ela é mais simples em alguns aspectos e mais complexa em outros.
Aldo Bizzocchi. “O domínio pelo pronome”. In: Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento. Ano II, número19, maio 2007. Adaptado.
Leia o TEXTO 1 para responder a questão.
TEXTO 1
COMO DESENVOLVER UMA CULTURA DE COOPERAÇÃO E AFASTAR O BULLYING
(1) O desenvolvimento de uma cultura de cooperação está diretamente relacionado ao combate ao bullying. Isso porque entender o processo educacional como uma prática que conduza à cooperação e ao respeito mútuo ataca a raiz dessa violência. Mas quais métodos podem ser adotados para se posicionar contra o bullying? Qual o papel da escola na consolidação dos valores entre seus alunos?
(2) O desenvolvimento de uma cultura de cooperação, nas instituições de ensino, relaciona-se com o entendimento do espaço escolar não apenas como um local de ensino formal, mas, também, de formação do jovem como cidadão. Em outras palavras, a escola tem papel fundamental no desenvolvimento dos valores dos jovens, estabelecendo conceitos relacionados aos seus direitos e deveres, à cooperação, ao respeito e à solidariedade. Nesse contexto, o bullying vem sendo tratado com cada vez mais seriedade pela comunidade escolar e pelo governo de diversos países. No Brasil, inclusive, já existe uma lei antibullying.
(3) Apesar de não haver uma fórmula pronta para garantir a não ocorrência dessa prática, algumas medidas para o desenvolvimento de uma cultura de cooperação podem contribuir para evitar esse tipo de violência.
(4) Nessa perspectiva, é importante que a escola ofereça oportunidades para que os jovens entendam os benefícios do trabalho em equipe e a contribuição de cada um para o sucesso de atividades assim. Os jogos cooperativos são uma excelente ferramenta. Consistem em atividades nas quais é necessário um esforço conjunto para se atingir um objetivo comum, contrariando a estrutura competitiva e incentivando a participação total dos alunos. Desenvolver projetos e trabalhos em conjunto também é uma boa alternativa. Em um projeto anual ou semestral, é possível delegar funções e permitir que os alunos tomem responsabilidades diferentes.
(5) O mais importante desses processos é o desenvolvimento da comunicação, das trocas de ideias e das bagagens de conhecimento. É nessas trocas do trabalho coletivo que os alunos começam a perceber o impacto de suas diferenças na constituição de um objeto maior.
(6) Há, ainda, a importância do relacionamento com os alunos, em que professores e gestores podem oferecer oportunidades de diálogo que estimulem a abertura de um relacionamento de confiança e de cooperação. Nesse sentido, é imprescindível que a escola trabalhe temas como bullying e respeito às diferenças em campanhas com apoio da coordenação pedagógica. Aulas expositivas, debates, palestras e outras atividades podem compor a ação.
(7) Além disso, a comunicação deve ser estendida aos pais, fundamentais para a resolução dos problemas relacionados à educação, cuja participação é imprescindível para o sucesso das práticas adotadas. Os pais devem se envolver ativamente, aproximando-se das ações da escola, entendendo a importância e a necessidade de atuarem junto aos seus filhos no processo educacional.
Disponível em:<https://blog.wpensar.com.br/gestao-escolar/cultura-de-cooperacao-como-acabar-com-o-bullying/>
Releia o seguinte trecho, transcrito do 3° parágrafo do TEXTO 1:
“Apesar de não haver uma fórmula pronta para garantir a não ocorrência dessa prática, algumas medidas para o desenvolvimento de uma cultura de cooperação podem contribuir para evitar esse tipo de violência.” (3° parágrafo)
Nele, os elementos destacados estabelecem, entre as orações do período, uma relação sintático-semântica de
“A diversidade nas salas favorece o aprendizado”
Rachel A. Lotan, da Universidade de Stanford, defende a existência de classes mais heterogêneas e os trabalhos em grupo como estratégia para a equidade no ensino
THAIS PAIVA
24 de março de 2017
[1] Há quase vinte anos dirigindo o Programa de Formação de Professores da Universidade de Stanford, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, e com forte trabalho direcionado à diversidade e equidade na educação, Rachel A. Lotan chama a atenção para o desafio duplo que é ser um aluno imigrante. “Eles precisam aprender o conteúdo curricular e a língua ao mesmo tempo”.
[2] A professora diz, no entanto, que uma solução para essa e outras questões de disparidade na escola é tão simples quanto eficaz: a aprendizagem cooperativa, isto é, trabalhos em grupo. Na medida em que interagem com seus colegas, aprendem de forma horizontal sobre diversas habilidades e assuntos escolares.
[3] Em São Paulo, onde esteve para o lançamento da primeira versão em português do seu livro Planejando o Trabalho em Grupo – Estratégias para Salas de Aula Heterogêneas (Instituto Sidarta), que escreveu em coautoria com Elizabeth Cohen (1932-2005), a professora falou sobre a importância do ensino para a equidade, as razões pelas quais deveríamos buscar salas heterogêneas e como a estratégia dos trabalhos em grupo pode favorecer uma educação mais democrática.
[4] Carta Educação: A senhora possui um amplo trabalho sobre o desafio de incluir estudantes com ascendência latina em escolas americanas. Em São Paulo, vemos uma situação semelhante com crianças imigrantes da Bolívia, Haiti e países africanos – dificuldade que é agravada pela barreira da língua. O que pode ser feito para mudar esse quadro?
[5] Rachel Lotan: O meu livro surgiu justamente dessa preocupação: como assegurar que esses alunos – imigrantes ou filhos de imigrantes – que estão aprendendo a língua usada na instrução, no nosso caso, o inglês, tenham oportunidades iguais de aprendizagem? Como esses alunos que se veem mal preparados comparados aos outros alunos que possuem o inglês como língua nativa podem melhorar seu desempenho? Qual o tipo de pedagogia que precisamos adotar para que isso aconteça? As crianças das quais você pergunta têm dois desafios: precisam aprender o conteúdo curricular e a língua ao mesmo tempo. Por isso, em alguns casos, a educação bilíngue pode ser uma resposta, mas nem sempre. Isso porque há classes onde cinco alunos são falantes do espanhol, sete falam suaíli, três falam chinês e todo o resto português. Nesses casos, que língua usar para o bilinguismo? Não funciona. Então, a resposta está em facilitar a interação e assegurar que as crianças se envolvam e tenham iniciativa. Segundo minha experiência, dar para elas livros e ensiná-las pontualmente palavras como “isso é uma mesa”, “isso é um livro” não é muito útil. No entanto, se você juntá-las e propor que elas façam algo em conjunto, elas vão ter que se comunicar e é nesse momento que a aprendizagem acontece. Por exemplo, precisamos fazer um experimento para descobrir em qual temperatura a água evapora. Eu não falo português, mas estou em um grupo com você que fala e te pergunto “como se diz isso?”, você me diz. Ao fim do dia, já aprendi 20 novas palavras, cheguei a algum lugar.
[6] CE: O que é uma sala de aula heterogênea e quão importante é ter diversidade nas escolas? Quais são os ganhos para alunos, professores e famílias?
[7] RL: Um dos aspectos da heterogeneidade nós acabamos de falar, a língua. E mesmo quando, por exemplo, nos Estados Unidos, você tem em uma sala apenas falantes de inglês, é sabido que crianças vindas de diferentes contextos sociais também se expressam diferentemente. Crianças da classe média têm um 4 repertório linguístico diferente das crianças que nasceram em lugares mais pobres, por uma série de razões como acesso à leitura, conversações, etc. Há também diferenças culturais, técnicas, raciais, na forma como as pessoas interagem, entre muitas outras. Então isso é uma classe heterogênea. Hoje, nos Estados Unidos, o cenário é de segregação, isto é, as classes estão menos heterogêneas etnicamente e em outros aspectos, inclusive, nas escolas públicas por conta da segregação residencial. É lamentável, porque a diversidade deveria ser uma meta, um valor, é um tesouro por uma série de razões. Há muitas pesquisas de relevância que mostram que a diversidade nas salas favorece o aprendizado. Alunos universitários, por exemplo, quando estão cercados por diversidade possuem um desenvolvimento intelectual muito maior. Isso porque quando você interage com pessoas que possuem perspectivas distintas da sua, você precisa explicar o seu ponto de vista e ouvir o do outro. E fazendo isso você aprende! Certamente, a diversidade também nos enriquece do ponto de vista cultural e humanístico, porque nos torna muito mais compreensíveis e tolerantes. Resumindo, nos torna pessoas melhores.
[8] CE: A senhora dirige o Programa de Formação de Professores de Stanford. Quais habilidades apontaria como essenciais para que o professor seja capaz de promover a equidade?
[9] RL: Antes de tudo, os professores precisam ter em mente os interesses de seus alunos, ou seja, lembrar constantemente que o seu trabalho é fazer o melhor que podem pelas crianças. Para que isso aconteça, meu conselho é: abra oportunidades, tente conhecer ao máximo seus alunos, se importe com eles e assegure que você espere o melhor deles. O professor está no comando da classe, então tem que saber orquestrar com competência o que acontece naquele ambiente.
[10] CE: Seu livro fala do trabalho em grupo como uma ferramenta eficiente para construir salas de aula mais equitativas. Por que a senhora acha que esse tipo de trabalho ainda é mal interpretado e visto com suspeita por pais, alunos e até mesmo professores. Como convencê-los de que trabalhar em grupo é uma boa estratégia de ensino e aprendizagem?
[11] RL: Acho que a maior parte das reclamações relacionadas ao trabalho em grupo vem de uma preocupação legítima que é quando a criança chega em casa e diz “odeio trabalho em grupo, fiz tudo sozinho, ninguém mais fez nada e todos tiraram a mesma nota”. Na outra ponta, temos a reclamação dos pais que dizem “você é o professor, é seu trabalho ensinar os alunos, então por que pede para meu filho ensinar os colegas? O que está fazendo em sala, tomando café?”. De fato, trabalhos em grupo mal feitos são um desastre. Então, se o professor optar por esse tipo de metodologia e todos os benefícios que ela traz para alunos e professores, precisa saber fazer direito. Isto é, precisa garantir que todo mundo participe igualmente, que os alunos tenham o tipo adequado de tarefa para desempenhar em grupo e que saibam como fazê-lo, porque ninguém nasce sabendo. Outro ponto importante é como avaliar. Não dê nota por grupo sem saber exatamente como o trabalho foi distribuído. Na verdade, eu iria além e diria não dê nota. O professor pode dar um retorno, um feedback para o grupo e seu processo, mas não uma nota. Outro fator importante é: como você reconhece que todo mundo ali tem algo para contribuir? Acho que é aí que nós, professores, pecamos. Muitas vezes só olhamos com atenção para as crianças que sabem ler, escrever e fazer tudo certo e rapidamente, mas não deveria ser assim.
[12] CE: Trabalhar em grupo incentiva uma aprendizagem mais democrática?
[13] RL: Sim. Ser democrático significa, por princípio, ouvir mais atentamente aquilo que os outros têm a dizer e, na outra parte, que os outros também te escutem com respeito. Praticar a democracia em sala é saber que todos têm um objetivo comum, que é o bem-estar da sociedade na qual você está inserido. E esse exercício acontece, principalmente, em grupos. Não acontece entre você e o computador, mas entre você e outras pessoas. Logo, trabalhar em grupo é literalmente começar a democracia desde o jardim de infância.
Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/a-diversidade-nas-salas-favorece-o-aprendizado/. Acesso em: 29/03/2017. [adaptado].
TEXTO 2
Disponível em: http://sharllesguedes.blogspot.com.br/2015/03/charge-sobre-educacao.html. Acesso em: 04/04/2017.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Ligações perigosas
A distração dos motoristas aumentou muito com a popularização dos smartphones. Infelizmente, esse comportamento coloca a vida das pessoas em perigo, contra o bom senso que deveria haver no trânsito. Segundo o Detran, em 2016 foram registradas 8.330 infrações de motoristas dirigindo e usando o celular em Londrina. É como se a cada dia, em seis meses, 39 motoristas no trânsito londrinense saíssem deliberadamente na rua com o objetivo de ferir alguém. Deliberadamente porque o artigo 252 descreve o uso de celular no trânsito como infração gravíssima. Dessas infrações, 4.763 foram registadas pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), ou seja, na área urbana – excetuando as rodovias federais.
O taxista Mário Proença relata que já viu muita gente fazendo uso do celular enquanto dirige e algumas dessas situações quase resultaram em acidente. “O celular distrai a pessoa completamente. O carro faz ziguezague, o motorista não tem atenção”. Ele afirma que a pessoa que age assim é como se estivesse com uma arma na mão. “Todo motorista deveria saber que não pode, mas muitos não estão nem aí”, reclama.
A conduta de todos deve ser impecável no trânsito, mas é cobrada sobretudo de quem trabalha profissionalmente. O motorista de uma empresa de ônibus rodoviário, Adriano Conduta, informa que a empresa realiza cursos mensais. E do alto da cabine do veículo ele observa muitos motoristas utilizando telefone enquanto dirigem. “O povo só se conscientiza quando mexem no bolso dele, mas eu acho que essas pessoas deveriam perder o direito de dirigir”, reivindica.
(Adaptado de OGAWA, V. Ligações perigosas. Folha de Londrina. Londrina, 23 de ago. 2017, Caderno Cidades, p. 1.)
Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. As aspas utilizadas ao longo do texto indicam a presença do discurso direto.
II. Em “Todo motorista deveria saber que não pode, mas muitos não estão nem aí”, o conectivo “mas” é utilizado com o sentido de oposição.
III. Em “Ele afirma que a pessoa que age assim”, as partículas grifadas exercem a mesma função.
IV. Em “saíssem deliberadamente na rua com o objetivo de ferir alguém”, o termo sublinhado pode ser substituído por “repentinamente”.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto e o infográfico a seguir e responda à questão.
Desocupação cai graças à informalidade
A taxa de desemprego no país ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados são parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), pesquisa oficial cuja abrangência é nacional e engloba postos de trabalho formais e informais.
A taxa de desemprego, que bateu recordes em função da crise, vem em trajetória de queda em razão do aumento de vagas informais de trabalho. Muitos desempregados estão conseguindo empregos informais e com salários mais baixos. O trimestre fechou com 13,3 milhões de desocupados no país - pessoas sem emprego que estão em busca de oportunidade. Houve queda de 5,1% de indivíduos na fila - 721 mil pessoas deixaram a condição no período.
Na divulgação anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, houve aumento do emprego informal enquanto havia queda na geração de vagas de trabalho com carteira assinada. Vale destacar, porém, que a comparação é feita com o trimestre imediatamente anterior para evitar distorções nos dados. Desta vez, contudo, os postos com carteira pararam de cair. O indicador teve estabilidade no trimestre encerrado em julho (0,2%), com 54 mil novos postos formais no período.
No trimestre encerrado em 2016, a taxa de desemprego era de 11,6%, percentual que é 1,2 ponto percentual menor que o verificado em período equivalente deste ano. Na ocasião, 11,8 milhões de pessoas estavam desempregadas - 1,5 milhão de pessoas a menos do que o registrado nos dados mais recentes.
(Adaptado de: VETTORAZZO, L. Desocupação cai graças à informalidade. Folha de Londrina. Londrina, 1 de set 2017, Folha
Economia e Negócios, p. 3.)
I. Substituição de ‘Mas’ (l.12) por ‘Porquanto’. II. Supressão de ‘dois’ (l.15). III. Supressão de ‘Eu’ (l.27).
Quais NÃO provocam mudanças no sentido do período em que se inserem?
Leia o texto a seguir, para responder à questão.
Se acrescentássemos ao texto “Abre-te, sésamo” o seguinte trecho:
“O projeto da casa inteligente mostra que o avanço tecnológico vem prejudicando a vida humana, pois o computador tornou-se um terrível adversário, substituindo o homem em quase todas as funções. Com isso, o desemprego passou a representar um dos grandes dramas da sociedade moderna”.
I - As ideias desse parágrafo funcionariam como uma conclusão, já que, no texto, não há conclusão.
II- Essas colocações não teriam sentido ou coerência em relação ao tema desenvolvido inicialmente.
III- Essas ideias só funcionariam como conclusão para o texto “Abre-te Sésamo”, se substituíssemos o conectivo “pois” por “assim”.
Concluímos que está(ão) CORRETA(s):
Leia o texto a seguir, para responder à questão.
( ) A locução “por exemplo” (linha 5) inicia um esclarecimento em relação ao que foi dito anteriormente, dando continuidade à ideia inicial do texto. ( ) A preposição “para” (linha 6) expressa a finalidade do uso das câmeras, na casa do futuro. ( ) O primeiro período do texto é composto e suas orações aparecem ligadas pelo conectivo “que”. ( ) O texto é coerente no que diz respeito às ideias expostas, porém a falta de elementos coesivos prejudica o seu sentido.
A sequência CORRETA é:
Leia o texto a seguir, para responder à questão.
“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão...”
(Marina Colasanti - Eu sei, mas não
devia.)
A fantástica arte de ignorar os brinquedos
dos filhos espalhados pela casa
Se você é daqueles pais que conseguem fazer com que seus filhos guardem todos os brinquedos depois de usar e que não espalhem bonecas, playmobils, spiners e afins pela casa, pode parar de ler este texto agora. Você, ser evoluído, não precisa presenciar essa discussão mundana. Agora, se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados do que vendo eles organizarem de fato alguma coisa, dê cá um abraço!
Já pisou em pecinha de lego? Sonhou que estava dando a coleção de Hot Wheels para o carroceiro? Se deparou com uma legião de bonecas no box do banheiro? Tenho um segredo pra dividir com vocês. Se chama a arte de ignorar brinquedos. É preciso um tanto de meditação, bom humor, muita cabeça erguida — pra ver só o que está a mais de um metro do chão — e, às vezes, um drink. Mas superfunciona!
No começo é difícil, a gente perde a cabeça e acaba guardando tudo num ato desesperado. Respire e volte a contar, na mesma filosofia do AA, há quantos dias você está sem tocar em brinquedos. Repare que, depois de um tempo, você só verá as paradas quando não estiver muito bem (aqueles dias em que a comida fica ruim, ninguém responde suas mensagens e nenhuma roupa fica boa, sabe?). O que recomendo nestes momentos é: não coloque as mãos nos brinquedos. Afaste o que dá delicadamente com os pés, junte tudo num canto, mas não organize. E, de preferência, arrume um programa fora de casa para mudar o visual.
Em pouco tempo você não vai mais ter esse problema, porque não enxergará nem o Hulk gigante ou o pogobol trambolhosamente nostálgico. Quando esse dia chegar, estabeleça trilhas por onde você anda e avise as crianças que, como você não enxerga brinquedos, o que estiver no caminho corre sérios riscos de colisão. Eles têm medo disso. E assim, deixam a passagem livre para que a circulação aconteça sem grandes traumas.
Agora, cá entre nós: é no primeiro “creck” que a mágica acontece. Quando, totalmente sem querer, você quebra o espelhinho da penteadeira da Barbie (não por maldade, mas porque você não vê Barbies) que as crianças começam a guardar os brinquedos. Algumas lágrimas vão rolar e você vai ser chamado de pior mãe ou pai do mundo, mas quem nunca teve que lidar com agressão gratuita que atire o primeiro blog. A vida segue. Os brinquedos (e blogs) também.
BOCK, Lia. A fantástica arte de ignorar os brinquedos dos
filhos espalhados pela casa. Blogsfera. UOL.
Disponível em:<https://goo.gl/NMrkan>
Releia o trecho a seguir.
“[...] você vai ser chamado de pior mãe ou pai do mundo, mas quem nunca teve que lidar com agressão gratuita que atire o primeiro blog.”
Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho altera seu sentido original.
As alternativas abaixo apresentam na coluna 2 uma opção mais enxuta para a expressão da coluna 1. Apenas uma delas é uma proposta INADEQUADA; indique-a.