Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso
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ENXERGUE SEU VALOR E CONSTRUA A AUTOESTIMA
Acreditar em si mesmo: uma necessidade vital para a vida equilibrada.
Com dedicação, dizem os especialistas, todos podem chegar lá.
A falta de amor-próprio é um problema histórico do brasileiro, dono de uma autoimagem derrotista. Estudo da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) aponta que 59% das pessoas no país têm pouca confiança em si. Quem tem baixa autoestima acaba atropelado pelo dinamismo do mundo, ou reage com violência ___ frustrações, ou mascara a insegurança com símbolos de status. O resultado vai de um simples incômodo ___ distúrbios mentais graves. Por isso, estimar-se é uma necessidade vital, que não tem nada ___ ver com arrogância, como se acreditava até 15 anos atrás.
Olhar-se no espelho disposto ___ fazer uma autoanálise é o primeiro passo para resgatar a autoestima. "Observar-se e perguntar 'o que ___ de melhor em mim' é um caminho para mudar o ponto de vista sobre quem você é, iniciando o processo de conhecimento interior", diz o consultor Sérgio Savian, diretor da Escola de Relacionamento Mudança de Hábito, em São Paulo. Hoje, aprender a dizer "eu me amo" é compreendido como uma atitude saudável e indispensável para se sentir pleno.
Por causa desta crença, estima-se que tenha aumentado em até 20% ___ procura por cursos e terapias com a finalidade de trabalhar a autoestima desde meados da década passada. Enaltecer em excesso a humildade e tachar pessoas seguras de metidas está em desuso. Uma série de pesquisas indicando as evidências positivas da autoconfiança reforça essa tese. A mais recente é da Universidade da Califórnia, publicada no no "Journal of Personality and Social Psychology", na qual os pesquisadores comprovam que pessoas com baixa autoestima estão mais sujeitas ___ depressão.
A confiança em si não excluirá tristezas e erros. Ajuda, porém, ___ lidar melhor com as adversidades, analisar os problemas, aprender com eles e seguir em frente. Sem drama, sabendo ouvir e sem culpar os demais – atitudes inerentes a quem tem baixa autoestima.
Disponível em:<www.terra.com.br/istoetemp/edicoes/2078>
A relação de sentido estabelecida pelo termo destacado em “POR ISSO, estimar-se é uma necessidade vital...” é de:
I. Orações reduzidas são aquelas que se apresentam sem conectivo e com o verbo numa forma nominal.
II. “Os quais são fornecidos a alunos” poderia ser usada em lugar da oração reduzida.
III. Em geral, é possível desenvolver orações reduzidas e, para tanto, substitui-se o tempo do verbo original por outro do modo indicativo, utilizando-se, além disso, um pronome adjetivo como conector.
IV. A oração reduzida que compõe o fragmento tem o verbo expresso na forma nominal denominada particípio.
Quais estão corretas?
Texto para a questão.
José Luiz Fiorin (org.). Introdução à Linguística. v. 1 e 2.
São Paulo: Contexto, 2006 (com adaptações).
Texto para a questão.
Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma
breve história do amanhã. São Paulo: Companhia
das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).
Texto para a questão.
Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma
breve história do amanhã. São Paulo: Companhia
das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).
Como o casamento reduz a pobreza
Tiago Cordeiro, especial para a Gazeta do Povo
De todas as famílias brasileiras, 62,2% são formadas por casais, com ou sem filhos. Esse é o dado mais recente, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015. Dez anos antes, o percentual era maior: 65,3%. A queda é preocupante por um motivo simples: famílias compostas por casais são estratégicas para reduzir a pobreza.
Ainda de acordo com o IBGE, entre os grupos familiares que estavam abaixo da linha de pobreza em 2017, 57% eram compostos por mulheres sem cônjuge e com filhos. Casais, com e sem filhos, formam uma fatia menor das famílias pobres brasileiras: 42%.
A ideia de que o casamento é importante para aumentar a renda e garantir a estabilidade financeira também está bem arraigada nos Estados Unidos, onde há décadas estudos comparam a situação socioeconômica de casais, na comparação com solteiros ou viúvos. “Viver em uma família formada por um casal reduz a probabilidade de uma criança viver na pobreza em 82%”, afirma, por exemplo, Robert Rector, especialista em estudos de políticas domésticas, em artigo para a Fundação Heritage.
Utilizando dados do censo americano, ele aponta que 36,5% das casas em que mães ou pais solteiros vivem com os filhos estão abaixo da linha de pobreza, enquanto que apenas 6,4% das residências compostas por casais com filhos são caracterizadas como pobres. “Não surpreende o fato de a esmagadora maioria das crianças pobres dos Estados Unidos viver em famílias formadas só pelo pai ou pela mãe. O casamento é uma arma poderosa na luta contra a pobreza”, conclui Robert Rector. “Ser casado tem o mesmo efeito, para a redução da pobreza, de adicionar cinco anos ao nível de formação escolar dos pais”.
[...]
Disponível em https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/casamento-reduz-a-pobreza/
Analise as seguintes assertivas sobre expressões do texto e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A expressão “Em seguida”, na linha 05, traz uma ideia de tempo.
( ) Na linha 11, “Ou seja” apresenta um sentido de explicação.
( ) O “Mas” da linha 19 introduz uma oração adversativa.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Analise a tira da cartunista Laerte para responder à questão.
Considere as seguintes afirmações sobre a tira:
I - A polissemia do verbo aspirar e a contraposição entre o aspirador de pó e o diploma nas mãos do personagem da esquerda dão tom de humor à tira.
II - Em “Eu aspirava a um cargo melhor”, o verbo indica uma ação que se repetia com frequência no passado.
III - O uso do imperativo (“capriche”) evidencia que o personagem da direita ocupa um cargo hierarquicamente superior ao outro.
IV - “Então” poderia ser substituído por “Para isso” sem prejuízo de sentido na fala do personagem da direita.
Estão corretas apenas as afirmações:
Leia a coluna do psicanalista Contardo Calligaris,
publicada no jornal Folha de S. Paulo em 13/02/2020, e
responda à questão.
CARRO: O CIGARRO DO SÉCULO 21?
Por Reinaldo Canto
Muita gente talvez não concorde. Pode ser também que exista uma dose de exagero na afirmação. Ou será que não? O certo é que temos observado um inédito questionamento ao império do automóvel.
Soberano ao longo de muitos anos e cercado de toda admiração. Assim foi a trajetória do carro. Agora muitas vozes se levantam contra ele como um grande problema, a perturbar a vida de todos. Aliás, não parece estar ocorrendo um fenômeno semelhante ao ocorrido com o cigarro no século passado? Portanto, guardadas as devidas proporções, será realmente loucura pensar que não assistiremos no século 21 com os veículos de transporte individual ao mesmo que ocorreu no passado com o cigarro?
No passado, fumar representava um símbolo de status, charme e elegância. Durante um bom período, o consumo de cigarros foi objeto do desejo de inúmeras gerações. Os muitos jovens até arriscavam levar surras paternas se fossem pegos no ato. Celebrizado, entre outros, por Clark Gable, Cary Grant, Rita Hayworth, James Dean e Clint Eastwood, os ícones do cinema entre os anos 40 e 60. Todo mundo que se prezava, naquela época, fumava. E o que aconteceu com o passar do tempo e os mais do que comprovados problemas causados pelo cigarro? Quase a demonização do ato de fumar!
Para as novas gerações, fica até difícil explicar que, na maior parte do século 20, fumar em qualquer lugar era a coisa mais comum do mundo. Em bares, restaurantes e até mesmo dentro de claustrofóbicos aviões, os fumantes viviam o auge de seu vício com toda a liberdade. Hoje, todos nós sabemos sobre os males causados pelo fumo, inclusive para aqueles expostos à fumaça de cigarros alheios, o chamado fumante involuntário. Cigarro mata e ponto final!
A publicidade ainda tinha o desplante de vincular o fumo à virilidade e à prática de atividades esportivas. Uma barbaridade digna de criminosos!! Não foi por outra razão que, posteriormente, a propaganda de cigarros foi banida dos meios de comunicação.
Bem, não dá para afirmar o mesmo em relação aos carros, ou será que é possível fazer essa relação? Dados divulgados pela ONG Saúde e Sustentabilidade em parceria com vários estudiosos, entre eles, o médico e pesquisador da USP Paulo Saldiva, mostram que a poluição no estado de São Paulo foi responsável pela morte de quase 100 mil pessoas em seis anos. Só em 2011, a pesquisa revelou que o ar contaminado, boa parte dele vindo de escapamentos de veículos, contribuiu para a morte de mais de 17 mil e 400 pessoas. Esse trabalho é o primeiro de abrangência estadual que fez uma relação direta entre índices de poluição e número de mortes. Portanto, temos aí uma relação carro e saúde semelhante como no passado foi feito entre cigarro e saúde.
Outro interessante ponto de convergência das trajetórias do cigarro e do automóvel está localizado no exercício de sua prática. Como disse antes, fumar era algo exercido com total liberdade até começarem a surgir diversas leis obrigando a exercer o hábito a lugares pré-determinados e o veto total a outros. Hoje em dia, o pobre fumante se vê quase num ato clandestino e de banimento social para poder dar algumas boas tragadas. Isso em prol da saúde coletiva.
Em relação aos carros, algo parecido está em processo acelerado de implantação. Recentemente, a prefeitura de São Paulo definiu que a velocidade máxima na cidade passou de 60 para 40 quilômetros por hora. A ação visa reduzir as mortes de pedestres e ciclistas vitimados, entre outras razões, pelo excesso de velocidade. Se somarmos essa a outras medidas em vigor, como o rodízio de veículos, a proibição de circular em faixas de ônibus e as restrições para locais de estacionamento, teremos aí mais exemplos de coerção ao livre uso do carro, até pouco tempo praticamente “dono” das ruas e avenidas das cidades contra qualquer planejamento minimamente civilizado de mobilidade urbana que buscasse uma convivência pacífica com outros usuários de transporte público, pedestres e ciclistas.
Sonho da juventude. Quem, como eu, já entrou na casa dos 50 anos de idade sabe bem o que um garoto ou garota de minha época sonhava em ter os 18 anos. Até outras gerações posteriores enxergavam e ainda enxergam no fato de ter um carro o alcance definitivo do mundo adulto e da independência. Isso, claro, ainda não mudou, mas parece ir por um caminho bem diferente.
Uma tendência observada em pesquisas realizadas na Inglaterra e nos Estados Unidos é que os jovens desses países já não possuem o mesmo desejo por veículos particulares. Eles acham mais interessante utilizar transporte público, como ônibus e metrô, e até mesmo andar de bicicleta. As pesquisas mostram que eles não estão dispostos a gastar boa parte de seus recursos na manutenção de um automóvel. E, além de mais barato, também consideram mais saudável o uso cotidiano de outras modalidades de transporte. Isso significa que a posse do carro próprio está perdendo o encanto? Com o cigarro não se passou algo bastante parecido?
FONTE: https://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/carro-o-cigarro-do-seculo21-4760.html
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O imperativo da inclusão
Grandes avanços foram feitos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) desde que eles foram definidos em 2000. Mas, infelizmente, muitos países ainda estão muito longe de atingi- -los. Mesmo as nações que fizeram um progresso substancial, alguns grupos – incluindo povos indígenas, moradores de favelas e áreas remotas, minorias religiosas e sexuais e pessoas com deficiência – ainda são constantemente excluídos. Como apontou um relatório recente do Banco Mundial, entender o porquê é essencial para garantir que esforços futuros para o desenvolvimento sejam mais eficientes e inclusivos.
Essas falhas refletem as consequências de longo alcance da exclusão. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Banco Mundial descobriram que crianças com deficiência têm menos chances de ingressar em escolas do que os seus pares não deficientes – e que entre elas há um índice maior de evasão escolar. Na Indonésia, há uma discrepância de 60% entre crianças com e sem deficiências que frequentam o ensino fundamental e uma diferença de 58% no ensino médio. O sentimento resultante da exclusão e da alienação pode enfraquecer a integração social e até mesmo levar à agitação e conflitos.
(Adaptado de: <http://veja.abril.com.br/economia/o-imperativo-da-inclusão>
I. Em “Mas, infelizmente, muitos países ainda estão muito longe de atingi-los”, o conectivo “mas” indica relação de oposição com a ideia expressa anteriormente. II. Em “O sentimento resultante da exclusão e da alienação pode enfraquecer a integração social e até mesmo levar à agitação e conflitos”, a expressão “até mesmo” pode ser substituída por “inclusive”, sem prejuízos de significação. III. Em “Mesmo as nações que fizeram um progresso substancial” e “descobriram que crianças com deficiência têm menos chances”, a partícula “que” recebe a mesma classificação gramatical nas duas ocorrências. IV. Em “inclusivos” e “exclusão” os prefixos “in-” e “ex-” indicam, respectivamente, anterioridade e posteridade.
Assinale a alternativa correta.
O período acima poderia ser reescrito da seguinte maneira:
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Todo dia é dia de falar sobre George Orwell
(Henrique Balbi – Revista Época – 11/09/2019 – Disponível em: https://epoca.globo.com/ - disponível)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Leia o poema abaixo para responder a questão.
Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a inconstância dos bens do mundo
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
In: MATOS, Gregório de. Obra poética. Org. James
Amado. Prep. e notas Emanuel Araújo. Apres. Jorge
Amado. 3.ed. Rio de Janeiro: Record, 1992