Questões de Português - Variação Linguística para Concurso

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Q1157528 Português
Assinale a frase que não inclui uma marca da linguagem coloquial.
Alternativas
Q1156806 Português
“O último baobá”, conheça a lenda africana
sobre o renascimento da esperança



          Ninguém acreditava mais nas antigas lendas. Os narradores que se sentavam embaixo do baobá a desemaranhar longas histórias, protegidos pelas estrelas, já tinham partido quando a areia chegou.
             As palavras estavam caladas.
           Ninguém mais acreditava em um céu protetor. África era um enorme lençol amarelo. A areia, grão a grão, tinha construído um grande deserto. Interminável. Ninguém percebeu, ou ninguém quis se dar conta.
        A desolação chegou em silêncio. Aconteceu quando os glaciais se esvaneceram em uma queixa interminável, quando os ursos e as baleias se converteram em recordação, quando as águias perderam o rumo.
        O céu, cansado da torpeza da humanidade, se refugiou em outro céu, mais distante. Fugiu. Não podia mais proteger a terra.
         O velho tinha visto as pessoas partirem, os mais jovens em direção ao norte, os mais fracos em direção à escuridão.
        Sentiu uma nostalgia distante o invadir lentamente. O velho narrador, embaixo do último baobá, contou uma lenda antiga.
       Nela, falava do nascimento das estrelas, da luz, do mundo… Mas não havia ninguém mais disposto a escutar um velho prosador. Olhou em torno, procurando algum ouvido. África, rio amarelo, estava rodeada de silêncio. Buscou uma estrela perdida, no céu só havia escuridão.
       O velho apoiou as costas cansadas no tronco dolorido do baobá. Casca com casca. Pele rachada, alma dolorida.
        A árvore da vida estremeceu. O vento dava rajadas contra a areia carbonizada. Tinha que partir. Sabia que tudo se acabava. O último baobá e a última voz da África iriam embora juntos. Abriu o punho. Trêmulo, contemplou a semente diminuta que havia guardado tanto tempo. A semente da esperança.
         Olhou a árvore. Era o momento. Não se pode atrasar a retirada.
      Separou a areia até chegar à terra. Virou a mão e, pela linha da vida, girou a semente até encontrar um sulco.
       O baobá havia aberto a casca e do oculto coração brotou a água milagrosa. A árvore era a vida. 
      O velho voltou a fazer crescer baobás grandiosos como gigantes que beijavam as nuvens. Agora, sobre os escritórios, nos telhados, sobre as avenidas e os trens; nos beirais, sobre comércios, bancos e ministérios crescem trepadeiras coloridas. Embaixo delas, está escondida a destruição como uma lembrança dolorosa.


Adaptado de https://www.revistapazes.com/o-ultimo-baobaconheca-a-lenda-africana-sobre-o-renascimento-da-esperanca/
Em relação à linguagem empregada no texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q1155788 Português

Em língua portuguesa, assim como em praticamente todos os outros idiomas do planeta, a linguagem oral (falada pelas pessoas no cotidiano) é diferente da linguagem escrita. Isso ocorre porque, quando falamos, procuramos simplificar a linguagem.


Com base nessa explicação, a expressão “que que cê”, apresentada no primeiro balão do primeiro quadro da tirinha, significa  

Alternativas
Q1155424 Português
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “A mulher que comeu o amante”, de Bernardo Élis. A questão refere-se a ele.

“De tarde, o velho estava agachado, santamente despreocupado, cochilando na porta do rancho, quando o primo deu um pulo em cima dele, e numa mão de aloite desigual, sojigou o bruto, amarrou-lhe as mãos e peou-o. O velho abriu os olhos inocentes e perguntou que brinquedo de cavalo que era aquele.
─ Que nenhum brinquedo, que nada, seu cachorro! Ocê qué me matá, mas in antes de ocê me jantá eu te armoço, porqueira. Vou te tacá ocê pras piranhas comê, viu!”
No trecho apresentado, as frases “Ocê qué me matá, mas in antes de ocê me jantá eu te armoço, porqueira.” e “Vou te tacá ocê pras piranhas comê, viu!” são exemplos de variação linguística. No caso, essa variação é própria de falantes que
Alternativas
Q1154364 Português

A fundadora da Cia de Talentos escreveu esta

carta às novas gerações

Sofia Esteves, fundadora da Cia. de Talentos

e consultora de carreira há 30 anos , tem algo

a dizer para os jovens


      Por Sofia Esteves, presidente do Conselho do Grupo Cia.

de Talentos - Publicado em 23 set 2019, 12h00



     São Paulo – Eu sou apaixonada por talentos e pela força que os jovens têm em desbravar novos caminhos, trazendo mudanças e inovação ao mercado de trabalho.

     Todos os anos a Cia de Talentos se empenha em coletar dados na ‘Pesquisa Carreira dos Sonhos’, em que conversamos com milhares de jovens da América Latina para compreender suas necessidades e então levar essas questões às empresas para que se organizem novamente. A pesquisa desse ano, com a participação de mais de 75 mil jovens profissionais do Brasil, constatou o que há algum tempo vem sendo anunciado.

      As novas gerações desejam um ambiente de trabalho flexível, em que podem confiar em seus gestores, jornadas de trabalho remotas, transparência da alta liderança sobre o financeiro e sobre as ações das empresas, além de mais oportunidades de desenvolvimento e, principalmente, de mais tempo para viverem suas vidas pessoais. Esses não são desejos apenas dos jovens. Profissionais de todas as idades estão em busca de uma vida mais saudável, não é mesmo?

     O mercado está começando a investir em construir times diversos nas empresas, aproveitando o que cada geração, gênero e vivência social têm de diferente, construindo visões estratégicas mais amplas, e dentro desse olhar, estão também os jovens talentos. Sendo assim, suas necessidades deixaram de ser regalias e estão se transformando em visões estratégicas das empresas, que buscam reter esses talentos em seus times.

       As revoluções que os jovens trazem vão afetar o mercado de trabalho. Vocês têm muito a contribuir, mas é necessário fazer uma revolução gentil. Tudo o que hoje vocês criticam foi construído com muito empenho pelos profissionais das gerações anteriores. Tragam inovação, boas ideias, questões construtivas para que o novo mostre que o antigo precisa mudar, mas não se apeguem à ideia de que são os únicos que conhecem o caminho e que precisam derrubar tudo que foi construído.

        Paciência. Esse valor não representa submissão e nem conformismo, muito menos comodismo. Paciência é inteligência emocional. Construam novos caminhos com humildade. Se permitam aprender com os profissionais mais experientes e não se percam em julgamentos.

       Pois é, o segredo está em diferentes gerações colaborarem para construírem o novo em parceria, oferecendo o que cada uma tem de melhor e dessa forma agilizarem as mudanças necessárias para que a experiência e a inovação caminhem juntas, resultando em progresso. Dessa forma, todos ganham.


 Disponível em:https://exame.abril.com.br/carreira/fundadora-da-cia-de-talentos-escreve-esta-carta-as-novas-geracoes/ . Acesso em: 22 out. 2019

Sobre variação linguística, relacione as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.


1. Variação geográfica.

2. Variação histórica.

3. Variação social.


(  ) É percebida segundo os grupos (ou classes) envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua.

(  ) São exemplos: Vossa Mercê – você; Em boa hora – embora, expressões que foram mudando ao longo do tempo.

(  ) Pode ser chamada também de regionalismo. 

Alternativas
Respostas
846: B
847: E
848: B
849: A
850: B