Questões de Concurso
Sobre variação linguística em português
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Entre as 10 competências citadas na questão 18, a que mais diretamente é exigida para a interpretação da tirinha acima é:
Disponível em: https://ocp.news/colunista/anabrustolin/variacao-linguistica-o-que-e Acesso jan, 2024.
As variedades linguísticas são formas de expressão que levam em consideração diversos fatores como a história, a geografia e os grupos sociais. Assinale a alternativa que apresenta a variação linguística retratada no cartum.
Manual de Procedimentos para Assessorias em Santa
Catarina (com adaptações).
Com base no texto e em seus aspectos linguísticos, julgue o item.
Os autores do texto afirmam que há pouco interesse por textos de pesquisa científica devido à linguagem ser muito técnica e a terminologia ser pouco conhecida.
Assinale a opção em que essa retomada foi feita de forma semanticamente adequada.
TEXTO I
A NOVA JUVENTUDE
O que não falta é frase satirizando a primeira etapa da vida. Exemplo: A juventude é um defeito facilmente superável com a idade. Outro: A juventude é uma coisa maravilhosa, pena desperdiçá-la em jovens. Quem ultrapassou essa fase dourada hoje olha para ela com certo desprezo - Não de todo equivocado: a maturidade, de fato, se não é nosso período mais fértil, certamente é o mais sabido. Algum benefício tinha que haver nessa tal passagem do tempo.
No entanto, em vez de fazer coro com a soberba habitual dos maduros, vale dar uma espiada mais generosa para a garotada. Afora os neorretardados que proliferam nas redes esbanjando pobreza de espírito, a geração atual tem uma postura mais humanizada em relação a questões importantes da vida. Vale a pena escutá-los.
O tema da homossexualidade, ainda debatido à exaustão na mídia, já saiu de pauta entre os adolescentes. Nada mais natural do que meninos e meninas namorarem parceiros do mesmo sexo. Ser favorável ou desfavorável à causa gay? Concordo com eles: chega a ser constrangedor a gente se declarar a favor ou contra o que não nos diz respeito. É muita arrogância.
Quanto à busca por uma profissão, mudanças visíveis também. O dinheiro continua sendo uma preocupação, mas já não ocupa o topo das paradas. O que se deseja é fazer diferença para a sociedade, trabalhar no que se gosta, personalizar sua atuação, deixar marcada uma ideia, uma consciência, um caminho diferente, um novo olhar. Nem que para isso se invente uma profissão que nunca existiu, que se formalizem atividades que antes não eram consideradas. O estudar segue fundamental, mas a sequência colégio-vestibular-faculdade vem ganhando bifurcações. Se a felicidade não estiver na vida sólida e estável que os pais sonharam, paciência. Os sonhos dos velhos terão que se adaptar a uma realidade menos regrada.
Sim, ainda existem os adolescentes convencionais, que sonham com casamentos convencionais e empregos convencionais e que querem enriquecer, consumir e ser “alguém”. A diferença é que esse “alguém” padrão, que se amparava em hierarquias para estabelecer juízos de valor, não representa o jovem moderno que quer construir uma sociedade mais horizontalizada. A noção de riqueza está mudando de foco: ir para o trabalho de bicicleta pode dar mais status a um profissional do que conquistar uma vaga no estacionamento reservado aos patrões.
Outro dia falava sobre tatuagens com duas garotas e me peguei aplicando o velho discurso a respeito do cuidado que elas deveriam ter antes de tomar decisões definitivas. Foi quando me dei conta de que até o definitivo mudou de configuração. Elas não veneram o “pra sempre” – o que acho ótimo, mas então por que fazer uma tatuagem? Simplesmente para homenagear uma etapa da vida. Não haverá arrependimento se o assunto não for levado com tanto drama. Tatuagem deixou de ser uma condecoração vitalícia. Nada mais é vitalício.
Basta que seja sustentável.
(O GLOBO, Marta Medeiros, 2013)
Texto 1
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), por meio da Operação Lei Seca notificou 57 motoristas por dirigir sob efeito de álcool, durante o Carnaval de 2020. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (dia 26) pela Coordenação de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do órgão.
Durante o período, foram realizados 798 testes de bafômetro, o que resultou na apreensão de 52 carteiras de habilitação (CNHs) e na remoção de 13 veículos aos pátios do órgão. A operação ainda autuou 80 condutores em flagrante, pela prática de outras infrações ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
As ações da Operação Lei Seca foram intensificadas desde a segunda quinzena de dezembro até fevereiro de 2020, quando ocorre a estação mais quente do ano, o verão. A época coincidiu com as férias escolares e o carnaval, quando é registrado um aumento significativo de veículos circulando em todo o Estado, sobretudo nos municípios litorâneos.
Efetivo - Quarenta e cinco homens foram responsáveis pelas ações. Esse efetivo foi composto por 3 equipes, cada uma com 12 agentes de trânsito e 3 policiais militares, que atuaram nas fiscalizações de trânsito com o auxílio dos seguintes equipamentos: 14 etilômetros (bafômetros), 50 talonários eletrônicos, 2 redutores de velocidade móveis, 2 camas de faquir, 20 cones de sinalização e 2 barreiras de sinalização retrátil. Nas ações foram empregadas 9 viaturas, entre elas 2 reboques.
Segundo o major Edmilson Castro, coordenador da Lei Seca no Estado, as fiscalizações tiveram o objetivo de coibir os abusos praticados por muitos condutores que ainda insistem em desobedecer às leis de trânsito, principalmente ao que se refere às infrações relacionadas à embriaguez ao volante. “Com as ações da Operação Lei Seca durante o Carnaval, certamente muitos acidentes foram evitados e muitas vidas foram preservadas no trânsito do nosso Estado”, afirmou major Castro.
Fonte:http://detran.pb.gov.br
AS LETRAS
Na tênue casca de verde arbusto
Gravei teu nome, depois parti;
Foram-se os anos, foram-se os meses,
Foram-se os dias, acho-me aqui.
Mas ai! O arbusto se fez tão alto,
Teu nome erguendo que não mais vi!
E nessas letras que aos céus subiam Meus belos sonhos de amor perdi!
(Fagundes Varella. Disponível em: www.grude.ufmg.br)
Disponível em:<http://abre.ai/akbq>. Acesso em: 3 out. 2019.
A partir da leitura desse texto, é possível afirmar, nesse
caso, que a variante linguística presente na charge
Assinale as alternativas que apresentam palavras com dupla grafia já aceitas pela maioria dos dicionários de língua portuguesa.
I. Abóbada e abóboda.
II. Bebedouro e bebedor.
III. Cotidiano e quotidiano.
IV. Quatorze e catorze.
V. Simplesmente e simplismente.
Estão corretas:
Julgue o item quanto ao texto e a seus aspectos linguísticos.
De acordo com o padrão de norma culta da língua, os
termos “laptop”, “smarthphone” e “pen‐drive”
deveriam vir grafados em itálico, pois caracterizam
estrangeirismo.
As mariposas
Adoniran Barbosa
As mariposa quando chega o frio
Fica dando volta em volta da lâmpida pra se esquentar
Elas roda, roda, roda e dispois se senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansar
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando volta em volta de mim
Toda noite só pra me beijar
Disponível em:<http;//www.vagalume.com.br/adoniran-barbosa/as-mariposas.html>
“São muitas as pessoas que, dominando magnificamente a língua, sentem-se logo desamparadas em certas esferas de comunicação verbal, precisamente pelo fato de não dominarem, na prática, as formas do gênero de uma dada esfera. Não é raro o homem que domina perfeitamente a fala numa esfera de comunicação cultural, saber fazer uma explanação, travar uma discussão científica, intervir a respeito de problemas sociais, calar-se ou então intervir de uma maneira muito adequada numa conversa social. Não é por causa de uma pobreza de vocabulário ou de estilo (numa acepção abstrata), mas de uma inexperiência em dominar o repertório dos gênero da conversa social e de uma falta de conhecimento a respeito do que é o todo do enunciado, que o indivíduo fica inapto para moldar com facilidade e prontidão sua fala e determinadas formas estilísticas e composicionais; é por causa de uma inexperiência em tomar uma palavra no momento certo, em começar e terminar no tempo correto (nesses gêneros, a composição é muito simples).
(BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003)
Considerando a concepção de Bakhtin sobre a importância
do domínio dos gêneros textuais, assinale
a alternativa que melhor contemple a relação entre
o ensino de língua e a função da escola quanto
ao domínio dessas esferas de comunicação verbal:
“O que se entende por norma-padrão, nos estudos mais recentes sobre variação linguística e ensino, é o modelo de língua descrito-prescrito pela tradição gramatical, uma língua extremamente idealizada, construída com base nos usos de um grupo não muito amplo de escritores e, mesmo assim, não de todos esses usos, mas só daqueles que o próprio gramático considera exemplares ou recomendáveis.”
(BAGNO, Marcos. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2011 p 31)
Com base na visão de Bagno sobre a norma-padrão,
é correto afirmar que:
Disponível em: < http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com.br/2014_03_01_archive.html >.Acesso em: 17 de fev. 2016. Texto adaptado.
De acordo com a tirinha é CORRETO afirmar:
A ÁGUA QUE VEM DO AR
Na falta de chuvas, ninguém precisa passar sede. E nem depender da dessalinização do mar, um processo caro e de logística complexa. Conheça a região no meio do deserto chileno que tira água do ar, sem gastar um pingo de energia.
Por: Fellipe Abreu; Luiz Felipe Silva. Editado por: Karin Hueck. Adaptado de:
http://super.abril.com.br/ideias/a-agua-que-vem-do-ar Acesso em 18 jul. 2015.
Entre a longa Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, no país mais esticado do mundo, está o maior deserto latino-americano, o chileno Atacama. A aridez domina a região e os municípios próximos - são quase 1.500 km de extensão onde a média de chuvas é de 0,1 mm ao ano, com áreas onde a água fica sem cair por séculos. Nesse mar de sequidão, fica a região de Coquimbo, no município de Chungungo, que é banhado pelo mar, e onde choveu apenas cinco vezes em todo o ano de 2013. Na área, a média histórica de chuvas é de apenas 100 mm ao ano - contra 1.500 mm em São Paulo, por exemplo. Mas, ao contrário da capital paulista, aqui não falta água - é possível tirá-la do ar.
O que acontece em Coquimbo é que faltam chuvas, mas sobram nuvens hiperúmidas. São as "nieblas costeras", que se formam sobre a orla, movem-se em direção ao continente e acabam aprisionadas por uma serra, num fenômeno chamado de camanchaca, as "chuvas horizontais". A camanchaca acontece em condições muito específicas de geografia, clima e correntes marítimas, e é bem comum ao longo do litoral peruano e chileno. Essa neblina é composta por minúsculas gotas de água, que, de tão leves, se mantêm suspensas no ar. Se a nuvem encontrar algum tipo de obstáculo, as partículas de água se chocam umas com as outras e começam a se concentrar. Alcançam, então, peso suficiente para cair, virar gotas de água, e deixar um rastro de umidade por onde passam. Nas regiões em que o fenômeno acontece, é comum encontrar árvores eternamente encharcadas e animais com os pelos molhados o tempo todo. A umidade é visível por aqui. Nas altitudes entre 600 e 1.200 metros, onde o fato é mais intenso, a vegetação é abundante e frondosa - ao contrário das zonas em que as neblinas costeiras não acontecem, e que têm solo seco e pouca flora. Foi observando esse contraste que, há 50 anos, pesquisadores da Universidad de Chile tiveram uma ideia: se a água não cai das nuvens, será que daria para pegá-la de dentro delas? Assim nasceu a ideia dos atrapanieblas (em português, algo como "capta-nuvem") - artefatos criados para tirar, literalmente, água do ar.
As engenhocas são simples: basta esticar malhas de polietileno de alta densidade (parecidas com as que são usadas para proteger plantações do sol), de até 150 metros de largura, entre dois postes de madeira ou aço. A neblina passa pela malha, mas os fios de plástico retêm parte da umidade, que condensa, vira água e escorre até uma canaleta que leva a um reservatório. O negócio é barato e eficiente: cada metro quadrado da malha capta, em média, 4 litros de água por dia, e um atrapaniebla de 40 m2 custa entre US$ 1.000 e 1.500. Para melhorar, o modelo é 100% sustentável. Não atrapalha a flora e a fauna, e funciona durante quase o ano todo, o que torna possível planejar a produção de água. Mas não para por aí: a verdadeira vantagem é que os atrapanieblas não utilizam luz elétrica. Diferentemente de outros métodos caros de obtenção de água em regiões secas, como a dessalinização do mar, eles não precisam de energia para funcionar. O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de carregar a água até os baldes. Perfeito.
Infelizmente, o projeto não é replicável no mundo todo
por causa das condições necessárias de clima e
temperatura. Mas países como México e Peru também
utilizam a técnica. No árido Estado de Querétaro, na região
central do México, e nas secas áreas costeiras do Peru -
que inclui a capital Lima, onde a média anual de
pluviosidade é de menos de 10 mm, mas cuja umidade
relativa do ar chega a 98% -, o projeto já funciona em larga
escala. O maior complexo de malha do mundo, contudo,
localiza-se em Tojquia, Guatemala: são 60 captadores que,
ao todo, compõem uma rede de 1.440 m2 e captam quase
4 mil litros de água diariamente, abastecendo cerca de 30
famílias. Sem gastar energia.