Questões de Concurso
Sobre vocativo e termos acessórios da oração: adjunto adnominal, diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, adjunto adverbial e aposto em português
Foram encontradas 1.981 questões
Leia o poema a seguir.
MADRIGAL
Tu és a matéria plástica de meus versos, querida...
Porque, afinal,
Eu nunca fiz meus versos propriamente a ti:
Eu sempre faço versos de ti!
A função sintática dos termos grifados no poema é, RESPECTIVAMENTE:
Em relação ao trecho: “cidade paraibana na divisa com o Ceará”, ele sintaticamente é:
A beleza está nos olhos da dona Maria Francisca. Há alguns dias, ela não estava tão bela. Deitada na maca, com suplemento de oxigênio em suas narinas, sua fala ainda cansada e intercortada, buscava me deixar feliz dizendo que estava melhorando. Mesmo no seu pior dia, olhava-me com seus marejados e dizia: só um pouco de falta de ar. Em alguns dias, por preceitos que ultrapassam qualquer lógica natural da vida, ela melhorou.
Respirava agora por conta própria. Enchia o peito e agora dizia com fôlego: estou ótima, graças ao senhor e a Deus! Mais belas que sua face agora corada estavam naquele momento as lágrimas que desciam de seus olhos. Mais belas estavam sua fé e força de vontade. Minha função foi cumprida, mas meu esforço foi recompensado. Não há beleza maior que a gratidão mais sincera.
Texto adaptado. Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/19626867/ exercicio-de-comu-e-expressao-questoes-objetivas-de-g1
Assinale a alternativa correta quanto às afirmações que se encontram entre parênteses
A perfeição (adaptado)
O susto de reencontrar alguém que não vemos há anos é o impacto do tempo. O desmanche alheio incomoda? Claro que não, apenas o nosso refletido na hipótese de estarmos também daquele jeito. Há momentos nos quais o salto para o abismo do fim parece mais dramático: especialmente entre 35 e 55. (...)
Agatha Christie deu um lindo argumento para todos nós que envelhecemos. Na sua Autobiografia, narra que a solução de um casamento feliz está em imitar o segundo casamento da autora: contrair núpcias com um arqueólogo (no caso, Max Mallowan), pois, quanto mais velha ela ficava, mais o marido se apaixonava. Talvez o mesmo indicativo para homens e mulheres estivesse na busca de geriatras, restauradores, historiadores, egiptólogos ou, no limite, tanatologistas.
Envelhecer é complexo, a opção é mais desafiadora. O célebre historiador israelense Yuval Harari prevê que a geração alpha (nascidos no século em curso) chegará, no mínimo, a 120 anos se obtiver cuidados básicos. O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo. Dizem que Nelson Rodrigues aconselhava aos jovens que envelhecessem, como o melhor indicador do caminho a seguir. Não precisamos do conselho pois o tempo é ceifador inevitável. (...)
Como em toda peça teatral, o descer das cortinas pode ser a deixa para um aplauso caloroso ou um silêncio constrangedor, quando não vaia estrondosa. É sabedoria que o tempo ensina, ao retirar nossa certeza com o processo de aprendizado. Hoje começa mais um dia e mais uma etapa possível. Hoje é um dia diferente de todos. Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã e terá um dia a menos de vida. Hoje é o dia. Jovens, velhos e adjacentes: é preciso ter esperança.
Leia com atenção o trecho “O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo” e, de acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do excerto abaixo.
De acordo com a sintaxe a palavra “demograficamente” é classificada como _____, esse termo modifica o verbo “envelhece” que é um verbo _____.
Enquanto te enterravam no cemitério judeu do Caju (e o clarão de teu olhar soterrado resistindo ainda) O taxi corria comigo à borda da Lagoa na direção de Botafogo As pedras e as nuvens e as árvores no vento mostravam alegremente Que não dependem de nós
Das afirmações seguintes:
I- O eu lírico do poema dirige-se a uma pessoa, representada pelos pronomes TE, TEU e NÓS. II- No primeiro verso, a função sintática desempenhada pelo pronome TE é de objeto indireto. III- A palavra ALEGREMENTE se classifica sintaticamente como adjunto adverbial de modo.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou em Três de Maio (a 468 km de Porto Alegre), mais uma etapa da Operação Leite Compen$ado para desarticular um esquema de adulteração de leite. Segundo as investigações, um transportador de 31 anos, preso em flagrante por posse ilegal de arma, chefia uma quadrilha composta por esposa e dois sobrinhos, que são os motoristas do grupo.
De acordo com o Ministério Público, o grupo adicionava produtos químicos ao leite in natura para mascarara água adicionada para aumentar o volume do produto final, o que causa redução do valor nutritivo do leite e riscos à saúde dos consumidores. Além disso, os fraudadores também colocavam peróxido de hidrogênio (égua oxigenada) para elevar a durabilidade do leite, já que o produto é bactericida.
A investigação mostrou que o grupo comprava leite prestes a vencer por preço até 50% inferior ao do mercado e, após a manipulação com o peróxido de hidrogênio, repassava para a indústria. O produto elimina as vitaminas A e E. Além disso, em altas concentrações, prejudica a flora intestinal.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro locais, o que resultou na apreensão de 50 litros de peróxido de hidrogênio, 100 litros de soda cáustica, 12 quilos de bicarbonato de sódio e 50 litros de um ácido ainda não identificado. Três caminhões de transporte de leite foram apreendidos e o material será encaminhado para análise. O Ministério Público ainda não tem como informar se o produto adulterado foi consumido pela população.
De acordo com o MP-RS, a fraude foi detectada a partir de denúncia do Grupo LBR (Laticínios Bom Gosto). Três relatórios de um Laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontaram presença de água oxigenada, o que é proibido pelas normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo com os laudos, duas cargas de leite transportadas pela empresa do homem preso foram rejeitadas devido à presença de peróxido de hidrogênio.
Segundo o Ministério Público, a Comércio de Laticínios Mallmann Ltda também rejeitou uma carga. No laudo, o laboratório afirma: "Lembramos que análise positiva para peróxido de hidrogênio é fraude, Por meio da adição de peróxido de hidrogênio, uma ação fraudulenta ao leite, busca conservar suas propriedades físico-químicas, inibindo o desenvolvimento de microrganismos contaminantes. Esse tipo de fraude mascara deficiências da higiene nas etapas de ordenha, acondicionamento e transporte”.
(ivanfolhauolcombe/cotdiana/2013/11/1368440ministeriopublico. Identificanovocoso-deadulterocao-delete-no-s.shem)
O termo “em Três de Maio”, que aparece em destaque no parágrafo inicial do texto, exerce a função sintática de:
O homem é um ser social, isto é, um ser que vive em comunidade, em conjunto com outros homens. Ele tem, assim, necessidade natural de se comunicar.
A troca de informações, de notícias e de opiniões entre componentes de um grupo social ou entre grupos fortalece as relações humanas e possibilita ao homem maior domínio e maior conhecimento sobre sua própria vida e sobre o mundo.
Sem dúvida, a comunicação, isto é, a troca de mensagens entre duas ou mais pessoas ou grupos, tem sido, desde a origem do homem, a principal responsável pela evolução e aprimoramento da sociedade humana.
Dentre as várias formas de comunicação, a correspondência empresarial é, atualmente, não só um meio de comunicação. Ela é um instrumento de marketing, pois se insere na realidade de um mercado competitivo em que todas as nuanças de comportamento adquirem sentido: a comunicação empresarial/oficial, é a responsável pela imagem da organização perante seu público interno ou externo.
Mauro Ferreira. In Redação Comercial e Administrativa. Texto adaptado.
Considere as seguintes frases extraídas do texto.
i. Ele tem, assim, necessidade natural de se comunicar. ii. Sem dúvida, a comunicação, isto é, a troca de mensagens entre duas ou mais pessoas ou grupos, tem sido, desde a origem do homem, a principal responsável… iii. O homem é um ser social, isto é, um ser que vive em comunidade, em conjunto com outros homens. iv. Dentre as várias formas de comunicação, a correspondência empresarial é, atualmente, não só um meio de comunicação…
Sobre essas frases, é correto afirmar:
1. Se na frase i o sujeito estivesse no plural, o verbo deveria ter a seguinte grafia: “têm”. 2. Na frase ii, o uso das vírgulas tem as seguintes justificativas, respectivamente: marcar adjunto adverbial deslocado, separar aposto, separar vocativo e intercalar adjunto adverbial. 3. O termo destacado na oração iii, se classificado do ponto de vista sintático, é um adjunto adverbial. 4. O termo destacado na oração iv é sujeito simples do verbo ser que o acompanha. 5. Colocada no plural a expressão destacada na frase ii, teríamos a seguinte redação: “têem sido”.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Signo: etimologia
Pelo menos hipoteticamente, a palavra signo do latim signum, vem do étimo grego secnom, raiz do verbo “cortar”, “extrair uma parte de” (naquele idioma), e que deu em português, por exemplo, secção, seccionar, sectário, seita e, possivelmente, século (em espanhol siglo) e sigla. Do derivado latino são numerosas, e expressivas, as palavras que se compuseram em nossa língua: sinal, sina, senha, sineta, insígnia, insigne, desígnio, desenho, aceno, significar etc.
A raiz primitiva parece indicar que um signo seria algo que se referisse a uma coisa maior do qual foi extraído: uma folha em relação a uma árvore, um dente em relação a um bicho etc. Nessa acepção, signo apresentaria um estreito vínculo com duas das mais usuais dentro das chamadas figuras de retórica: a metonímia (pela qual se designa um objeto por uma palavra designativa de outro: “Dez velas singravam a baía”) e a sinédoque (pela qual se emprega a parte pelo todo, o todo pela parte: “Vi passarem por mim dois olhos maravilhosos”). Claro que as figuras de retórica são aplicáveis também às linguagens não verbais: na publicidade, na dança, na decoração, no cinema, na televisão etc.
Mas o que me parecem tentadoras são as relações que podem se estabelecer entre desenho, desígnio (tão patentes na palavra inglesa design) e significado, pois essas relações parecem confluir para o entendimento do signo como “projeto significante”, como “projeto que visa a um fim significante”. (…)
De qualquer forma, convém reter a ideia de signo enquanto alguma coisa que substitui outra. Assim procede Charles Morris, um dos estudiosos da linguagem ao nível do comportamento, baseado nas experiências de Pavlov sobre os reflexos condicionados. Assim como o toque de uma sineta, paulatinamente, vai provocando, num cachorro, uma sequência de reações semelhantes à que antes lhe provocara a visão do alimento (ao qual o toque fora condicionado), assim um signo pode ser definido como toda coisa que substitui outra, de modo a desencadear (em relação a um terceiro) um complexo análogo de reações. Ou ainda, para adotar a definição do fundador da Semiótica, Charles Sanders Pierce (1839 – 1914): signo, ou “representante”, é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida.
Décio Pignatari. Informação, Linguagem e Comunicação. São Paulo, Cultrix, 1993
Considere a frase extraída do texto.
Mas o que me parecem tentadoras são as relações que podem se estabelecer entre desenho, desígnio (tão patentes na palavra inglesa design) e significado, pois essas relações parecem confluir para o entendimento do signo como “projeto significante”, como “projeto que visa a um fim significante”.
Sob o aspecto sintático e morfológico, é correto afirmar:
1. As palavras sublinhadas são pronomes relativos.
2. Se omitirmos o “a” depois do verbo visar, a frase mantém sua correção gramatical.
3. A vírgula antes de “pois” é obrigatória, usada para separar oração coordenada sindética.
4. A palavra “significante”, nas duas vezes em que aparece, é um adjetivo e tem a função de adjunto adnominal no contexto em que está inserida.
5. A expressão “a um fim significante” é um objeto indireto.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
“O consumo consciente é fundamental para que as pessoas entendam que a presença dos seres humanos no planeta não é neutra, e que os recursos naturais são finitos.”
Com base no enunciado acima, assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta quanto à justificativa do uso da vírgula no trecho “Nos dias de hoje, a integração com os bichinhos de estimação está cada vez maior...”:
Não trate alunos de EJA como crianças Pessoas com mais de 15 anos - mesmo na condição de alunos - não são crianças crescidas. Da mesma forma que, no trabalho, um senhor de 50 anos não ouve do chefe “Vamos fazer um relatório bem bonitinho”, ele não deve vivenciar situações como essa na escola. O trato infantilizado é um dos motivos da evasão nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e nasce com a ideia equivocada de que se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa disso, é preciso também mudar a abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. Trabalhar com material didático infantil sem levar em conta as expectativas de aprendizagem e os conhecimentos prévios é um equívoco com a mesma raiz. A EJA tem de ser encarada como um atendimento específico, que pede um currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender e tomar consciência do que está fazendo. Se o educador quiser abordar a origem do ser humano, deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa - sem se desviar das propostas curriculares - e aprofundar a discussão científica, mais do que faria numa turma de crianças.
E, embora a necessidade de respeito à vivência prévia valha para todos os alunos, seja lá qual for a idade deles, no caso de jovens e adultos, essa é mais uma premissa fundamental. Cantigas e parlendas - usadas na alfabetização dos pequenos - podem ser substituídas por poesias, mais apropriadas para os leitores mais velhos.
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/ infantilizar-estudantes-eja-432129.shtml
Avalie o acerto das afirmativas feitas sobre o texto.
1. O trato infantilizado na EJA tem origem na ideia enganada de que o professor precisa suprir, em classes de jovem ou adulto, as carências de infância desses alunos. 2. O aprendizado de uma turma de EJA acontece a partir do momento em que recebe atendimento específico com um currículo próprio.
3. Determinados gêneros textuais são mais ou são menos adequados para o ensino na EJA.
4. Na expressão: “com respeito à diversidade religiosa”, a crase foi usada para marcar a contração de preposição e pronome.
5. A expressão sublinhada no texto é um aposto e, por isso, está isolada por vírgulas.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Leia o texto.
Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí cansou de andar, sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:
— Meu filho, não sente nesta cadeira, não. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
— Não tem problema. Quando ele chegar, eu me levanto.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao texto.
( ) No diálogo presente no texto, há três intenções comunicativas diferentes: ordem, possibilidade e certeza, respectivamente.
( ) A primeira frase do texto pode ser desdobrada em duas orações: 1: Juquinha foi ao Museu Histórico. 2: Juquinha visitou o Museu Histórico.
( ) A expressão sublinhada no texto tem a função de interpelar o ouvinte. É denominada “vocativo”.
( ) A palavra “aí” infere uma noção de tempo e pode ser classificada sintaticamente como um adjunto adnominal.
( ) O advérbio “esta” está perto da pessoa que fala, assim seu emprego está adequado.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
( ) O texto possui características do gênero Carta; ( ) A tipologia que predomina em todo texto é a injuntiva; ( ) Os termos “com os dias” e “primeiros dias” são usados no texto como marcadores temporais, indicando a passagem do tempo na narrativa; ( ) “Venha para casa, Senhora, por favor”. As vírgulas foram usadas para isolar o vocativo.
A sequência correta de cima para baixo é:
Acerca das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.
O trecho “assado, grelhado, ensopado, na brasa ou em
forma de bolinhos” (l. 2 e 3) funciona como aposto de
“bacalhau” (l.1).
Texto 1
Turma da Mônica – Laços
A partir de 6 anos
Floquinho, o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto), desapareceu. O menino desenvolve então um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fiéis amigos Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira). Juntos, eles irão enfrentar grandes desafios e viver grandes aventuras para levar o cão de volta para casa.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248374/.
Texto 2
Escolha do Elenco
As seletivas para o filme foram abertas em meados de 2016. De lá para cá, foram avaliadas mais de 7.000 crianças de todo o Brasil. Laura Rauseo foi escolhida para ser Magali em seu primeiro teste, porém nada foi dito à atriz. No dia 29 de setembro de 2016, foi liberado um vídeo no canal de Mauricio de Souza onde ele, juntamente com o diretor do longa Daniel Rezende, anunciam o elenco principal. Giulia Benite foi escolhida para viver Mônica, Kevin Vechiatto foi escolhido para viver Cebolinha, Gabriel Moreira foi escolhido para viver Cascão e Laura Rauseo foi escolhida para viver Magali. As gravações do longa aconteceram entre junho e julho de 2018, em Limeira, Paulínia e Poços de Caldas, Minas Gerais. Mais tarde, foi anunciado que Rodrigo Santoro, Monica Iozzi e Paulo Vilhena fariam parte do elenco adulto do longa.
Fonte: https://www.wikizero.com/pt/Turma_da_M%C3%B4nica:_La%C3%A7os_(filme).
Com relação ao texto 1, analise as proposições a seguir e atribua V para as verdadeiras e Fpara as falsas.
( ) A frase “A partir de 6 anos”, colocada logo abaixo do título “Turma da Mônica - Laços”, é indicativa da faixa etária mínima recomendada para assistir ao filme.
( ) Enquanto um vocativo, “o cachorro de Cebolinha”, exerce a função explicativa sobre “Floquinho”.
( ) O uso de nomes próprios entre parênteses, logo após os nomes dos personagens Cebolinha, Mônica, Magali e Cascão, indica os nomes dos atores que interpretam os personagens no filme.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.
Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! E uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor", professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos".
Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.
O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando. Pede um filet e recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que esta assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.
Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnifica solidão.
(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria". Rio de Janeiro: Editora Paz Terra, 1964, p. 262.)
“Por último o prato, a única peça que não é de prata.” (§ 2)
A virgula empregada no período acima se justifica pela mesma regra da que se emprega no seguinte fragmento do texto:
Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. São Paulo, Ática, 2001, p. 29-30.
No trecho: “Nessa época, o voto era um privilégio: só podia votar quem tivesse dinheiro.” A relação de sentido estabelecida pelo termo em destaque é:
Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho.
É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica.
A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação.
Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira: —
Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.
(Autor desconhecido. Disponível em: http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/.
Acesso em: 27/12/2016.)
É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.” (3º§) Quanto ao trecho sublinhado é correto afirmar que se trata de um aposto