Questões de Concurso
Comentadas sobre currículo: planejamento, seleção e organização dos conteúdos em pedagogia
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É tarde demais quando já não é possível pensar... Esse é o movimento que os tempos hipermodernos nos apresentam: lançar-nos tanto à opinião, afastar-nos tanto do conceito, como forma de fugir do caos, que de repente o pensamento já não é mais possível. É mais do que tempo, pois, de fazermos das escolas um espaço de resistência a isso. E se a escola não puder ser propriamente o lugar do exercício do conceito, que seja ao menos de uma propedêutica ao conceito.
Deleuze e Guattari afirmaram que é preciso investir em uma “pedagogia do conceito”, à qual os filósofos se dedicaram pouco ao longo da história. Ora, se os conceitos não estão dados, mas são criados, é possível se desvendarem as regras, os processos, os caminhos de criação dos conceitos; é possível — e é necessária — uma pedagogia do conceito, isto é, um aprendizado em torno do ato criativo de um conceito.
No que concerne ao trato com as aulas de filosofia na educação média, penso que a pedagogia do conceito poderia estar articulada em torno de quatro momentos didáticos: uma etapa de sensibilização, uma etapa de problematização, uma etapa de investigação e, finalmente, uma etapa de conceituação (isto é, de criação ou recriação do conceito).
Silvio Gallo. Metodologia do ensino de filosofia: uma didática para o ensino médio. Papirus, 2012, p. 95 (com adaptações).
Considerando as ideias do texto precedente e o assunto nele abordado, julgue o item seguinte.
Na perspectiva didático-metodológica apresentada no texto,
a construção de uma pedagogia do conceito requer que
a escola incite os jovens a defender sua própria opinião
como uma estratégia de fuga ao caos.
É tarde demais quando já não é possível pensar... Esse é o movimento que os tempos hipermodernos nos apresentam: lançar-nos tanto à opinião, afastar-nos tanto do conceito, como forma de fugir do caos, que de repente o pensamento já não é mais possível. É mais do que tempo, pois, de fazermos das escolas um espaço de resistência a isso. E se a escola não puder ser propriamente o lugar do exercício do conceito, que seja ao menos de uma propedêutica ao conceito.
Deleuze e Guattari afirmaram que é preciso investir em uma “pedagogia do conceito”, à qual os filósofos se dedicaram pouco ao longo da história. Ora, se os conceitos não estão dados, mas são criados, é possível se desvendarem as regras, os processos, os caminhos de criação dos conceitos; é possível — e é necessária — uma pedagogia do conceito, isto é, um aprendizado em torno do ato criativo de um conceito.
No que concerne ao trato com as aulas de filosofia na educação média, penso que a pedagogia do conceito poderia estar articulada em torno de quatro momentos didáticos: uma etapa de sensibilização, uma etapa de problematização, uma etapa de investigação e, finalmente, uma etapa de conceituação (isto é, de criação ou recriação do conceito).
Silvio Gallo. Metodologia do ensino de filosofia: uma didática para o ensino médio. Papirus, 2012, p. 95 (com adaptações).
Considerando as ideias do texto precedente e o assunto nele abordado, julgue o item seguinte.
A proposta de uma pedagogia do conceito converge para
uma atitude didática conteudista.
A centralidade na história da filosofia pode matizar um ponto que se afigura bastante controverso, qual seja, a assunção de uma perspectiva filosófica pelo professor. Certamente ninguém trabalha uma questão filosófica situando-se fora de suas próprias referências intelectuais, sendo inevitável que o professor dê seu assentimento a uma perspectiva. Essa adesão, entretanto, tem alguma medida de controle na referência à história da filosofia, sem a qual seu labor se tornaria mera doutrinação.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ciências humanas e suas tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, v. 3, 2006, p. 37 (com adaptações).
Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue o item subsequente, acerca do ensino de filosofia.
O ensino dos conteúdos de filosofia a partir de temas como
liberdade, subjetividade, ideologia e trabalho não impede que
o ensino de filosofia seja centralizado na história da disciplina.
A centralidade na história da filosofia pode matizar um ponto que se afigura bastante controverso, qual seja, a assunção de uma perspectiva filosófica pelo professor. Certamente ninguém trabalha uma questão filosófica situando-se fora de suas próprias referências intelectuais, sendo inevitável que o professor dê seu assentimento a uma perspectiva. Essa adesão, entretanto, tem alguma medida de controle na referência à história da filosofia, sem a qual seu labor se tornaria mera doutrinação.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ciências humanas e suas tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, v. 3, 2006, p. 37 (com adaptações).
Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue o item subsequente, acerca do ensino de filosofia.
O planejamento curricular é fruto de uma sucessão de etapas que vai desde as definições adotadas pelo Ministério da Educação até a realização do trabalho docente em sala de aula.
O planejamento curricular expressa as funções da escola em dado momento histórico e social.
No que se refere ao planejamento curricular, julgue o próximo item.
Planejamento do currículo é o mesmo que planejamento da instrução.
O planejamento diz respeito à função de formar progressivamente o currículo em diferentes etapas.
No que se refere ao planejamento curricular, julgue o próximo item.
O planejamento curricular é a seleção de conteúdos a serem ministrados em sala de aula.
A organização do currículo se tornou necessária porque, com o surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização do conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo fossem as mesmas. No entanto, o currículo não diz respeito apenas a uma relação de conteúdos , mas envolve também:
1. questões de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/professor , quanto em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora dela .
2. re l a ç õ e s de c la s s e s s o c ia is (c la s s e dominante/classe dominada) e questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de conteúdos .
3. a t r a n s m is s ã o d o s c o n h e c i m e n t o s historicamente produzidos e as formas de assimilá-los .
4. transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção individual do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.
Estão corretos apenas os itens:
A produção do conhecimento, no contexto da Sociedade em Rede, gera a necessidade de articulação do currículo escolar com a produção da ciência e tecnologia no contexto de cada nação. A velocidade do processo de globalização por meio das redes exige relações curriculares complexas viabilizadas pelas tecnologias digitais. São atributos das tecnologias que influenciam diretamente a cultura curricular:
I. interatividade;
II. mobilidade;
III. conectividade;
IV. velocidade.
Dos itens, verifica-se que estão corretos
Aponte a alternativa incorreta, sobre o processo de avaliação no Ensino Fundamental: