Questões de Pedagogia - Teorias e Práticas para o Ensino de Língua Portuguesa para Concurso
Foram encontradas 931 questões
Ser Nordestino (Bráulio Bessa)
Sou o gibão do vaqueiro, sou cuscuz, sou rapadura Sou vida difícil e dura Sou nordeste brasileiro Sou cantador violeiro, sou alegria ao chover Sou doutor sem saber ler, sou rico sem ser granfino Quanto mais sou nordestino, mais tenho orgulho de ser Da minha cabeça chata, do meu sotaque arrastado Do nosso solo rachado, dessa gente maltratada Quase sempre injustiçada, acostumada a sofrer Mas, mesmo com padecer sou feliz desde menino Quanto mais sou nordestino mais orgulho tenho de ser [...] (In: culturagenial.com.cordel.nordestino/poemas/).
“Uma evidência nem sempre tida em conta na didática da escrita é que, anterior ao 'como dizer' ou 'em que ordem dizer', está 'o que dizer', ponto onde começa, inclusive, a relevância do texto” (ANTUNES, Irandé. Língua, Texto e Ensino: Outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009. p. 168). Neste sentido, é preciso refletir que:
( ) A produção de gêneros escritos na escola e suas deficiências mais significativas se devem ao foco em paradigmas gramaticais, que são legítimos, mas não devem ser prioritários. ( ) O insucesso da escrita escolar tem raízes em espaços e momentos anteriores àqueles da elaboração de um trabalho escrito, insubstituíveis e necessários. ( ) A escrita produzida na escola deve ser pontual, no sentido de ser construída no momento imediato de sua materialização gráfica.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa
“Texto de prazer: aquele que contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável da leitura”. (BARTES, Roland. O prazer do Texto. São Paulo: Perspectiva, 2002. p. 20).
A assertiva acima nos faz refletir sobre
Leia a piada a seguir e, em seguida, responda o que se pede.
Assim que Joãozinho chegou em casa, sua mãe perguntou: - Oi, meu filho, como foi a aula hoje? E o menino respondeu sem muito entusiasmo: - Foi bem! -Que bom! Tem certeza de que aprendeu tudo? - Acho que não, Mãe! Amanhã vou ter que ir de novo. (Fonte: CEREJA, William e COCHAR, Thereza. Português/Linguagens. São Paulo: Saraiva. 2015, p. 160).
Do gênero textual acima, pode-se depreender:
I- A ideia central da piada retrata a mesmice da sala de aula, evidenciando, sob a forma de humor, a ineficiência do processo de ensino e aprendizagem. II- O gênero lúdico incentiva o riso em sala de aula, cria um ambiente propício ao ensino e à aprendizagem, ajudando o professor a conquistar a atenção do aluno e a reter o conhecimento. III- A transposição do gênero piada ao discurso didático se configura e reflete as múltiplas possibilidades de uso da linguagem, provocando o riso, que nega o discurso autoritário.
É CORRETO o que se afirma em:
I- Gramática deva ser “o ponto de chegada” da prática pedagógica, e não, “seu ponto de partida”. II- Língua Portuguesa deixe de ser visto como transmissão de conteúdos prontos e passe a ser uma atividade de construção de conhecimentos. III- Gramática tenha como princípio a memorização mecânica de regras para cumprimento do programa determinado.
É VERDADE o que se afirma apenas em:
( ) Em todas as configurações histórico-sociais de vida, trabalho e cultura, a língua revela-se produto e condição das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais. ( ) O binômio saber/sabor é indispensável e contribui para realizar a proeza do professor de língua ser bem sucedido na sala de aula. ( ) Nas aulas de Língua Portuguesa é suficiente que o professor esteja bem embasado pelo conhecimento específico para conseguir êxito no processo de ensino e aprendizagem.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa.
I- a língua é um modo de vida social, essencialmente, diálogico e intersubjetivo. II- o fenômeno da variação linguística "incorpora" os diversos usos que se pode fazer da língua como prática social. III- os usos concretos da língua dispensam um alto grau de variabilidade discursiva.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
I- os professores utilizem espaços de aprendizagem e instituam um conjunto de ações pedagógicas a favor de uma formação linguística ampla que valorize as experiências sociais e culturais dos aprendizes. II- o ambiente de aprendizagem presencial ou virtual favoreça situações de uso da língua e da linguagem, de modo que contemplem reflexão sobre as práticas e as condições em que estão inseridas. III- o cenário educativo priorize metodologias de leitura, escrita e escuta em que o diálogo se instaure e abra espaço para a integração social e cultural, ao mesmo tempo, em que se aprendam práticas de análise e reflexão linguísticas.
Está CORRETO o que se afirma em:
( ) trabalho com a língua escrita e oral em contextos e situações sociais diversas, incorporado ao cotidiano da ambiência de aprendizagem, visa à formação de um aprendiz crítico com domínio linguístico e discursivo. ( ) uso de uma língua/linguagem nas diferentes situações e práticas sociais se evidencia em prol de uma formação linguística que fortalece a inclusão social e a cidadania. ( ) ensino de aspectos normativos da Língua Portuguesa (LP) sob o enfoque voltado para a reflexão do fenômeno linguístico contribui para que os estudantes se apropriem de determinadas regras em atividades de usos da língua e da linguagem.
Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.
I- as perspectivas para o ensino de Língua Portuguesa se voltam essencialmente para um trabalho articulado, que toma a língua/linguagem, sob os parâmetros da dimensão textual e discursiva. II- a mudança de postura em relação à língua possibilita ao professor a promoção de situações concretas de interação discursiva, que garantam a participação efetiva dos aprendizes nos processos e nas práticas de elaboração social do conhecimento. III- o trabalho de análise linguística deve evidenciar o uso e a funcionalidade da língua em práticas de reflexão, constituídas na e pela multiplicidade de linguagens, contempladas em diversos contextos e situações.
Está CORRETO o que se afirma em:
I- aprendizado da língua/linguagem propicia que o ser humano reflita, interaja, acesse e produza conhecimentos, enuncie, defenda e argumente pontos de vista, concorde e discorde de opiniões, bem como compartilhe visões de mundo. II- trabalho com a Língua Portuguesa deve garantir que os estudantes aprendam a ler e a escrever e usar a linguagem oral, de modo que produzam sentidos coerentes para a diversidade de textos orais e escritos em múltiplas linguagens. III- domínio metalinguístico de definições e classificação das unidades da língua constitui conhecimento linguístico prioritário na formação ampla e crítica do sujeito discursivo em várias práticas sociais.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
I- objetivos que norteiem um trabalho pedagógico com a linguagem em que os princípios de cidadania sejam requisitos para uma formação ética, crítica e de inclusão social e cultural. II- diretrizes e sistematização de conceitos básicos em um currículo de modelo único, que considere a diversidade linguística e cultural para todo o sistema de ensino brasileiro. III- princípios educativos que estabeleçam a contextualização do conhecimento curricular à realidade local, social e individual de seus aprendizes, tendo em vista as singularidades que devem ser valorizadas.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
Segundo Taglieber (1998), a habilidade da leitura é uma das mais importantes a ser desenvolvida nas aulas de LE, uma vez que é fundamental para o aperfeiçoamento das outras habilidades da língua, assim como para a expansão do conhecimento. De tal modo, é possível notar a íntima ligação entre as habilidades de leitura e escrita, uma vez que a prática de uma reforça a outra.
Faz-se necessário tornar a leitura um meio para que os alunos exerçam sua cidadania. Cabe ao professor encontrar meios, como o ensino de estratégias, para que se efetive a leitura em LE na sala de aula e fora dela. As horas na sala de aula precisam ser usadas de forma a despertar no aprendiz o desejo de ultrapassar os limites de tempo e espaço da sala, em busca de novas experiências com a língua. Ou seja, o professor precisa dispor de estratégias de ensino que também despertem no aluno a curiosidade e o desejo de descobrir, fora da escola, possibilidades de utilizar a LE, tornando-o mais autônomo frente às situações de aprendizagem, uma vez que a prática de leitura - tanto em Língua Materna (LM) quanto na LE -, deve ser constante.
As estratégias de leitura são imprescindíveis para a leitura textual crítica. Sobre elas, é incorreta a afirmativa: