Questões de Psicologia - Processo Saúde-Doença para Concurso
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Acerca da relação dos fatores psicológicos com o processo saúde-doença, julgue o item subsequente.
A psicologia tem papel importante na cardiologia, tanto na
predição e mudanças de fatores comportamentais de risco (por
exemplo, hábitos alimentares, tabagismo, exercícios físicos),
quanto na reabilitação de pacientes e suporte para o
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento da doença.
Acerca da relação dos fatores psicológicos com o processo saúde-doença, julgue o item subsequente.
Os fatores psicológicos desempenham papel no aparecimento
da doença (por exemplo, crenças em saúde, comportamentos
de saúde, personalidade, mecanismos de enfretamento), na
evolução da doença (por exemplo, consequências psicológicas,
adaptação, comportamentos de saúde) e longevidade
(mecanismos de enfretamento, comportamentos de saúde,
qualidade de vida).
Monitorar a adesão é simples e existem vários procedimentos desenvolvidos para esse fim, tais como o autorrelato, a contagem de comprimidos e o controle da farmácia e da recepção. Todos esses são eficazes e apresentam acurácia, e cabe ao psicólogo escolher um dos procedimentos para ser adotado em sua rotina de acompanhamento do paciente.
Garantir o seguimento do paciente é mais importante para a adesão do que a preparação para o tratamento, por isso o psicólogo deve envolver-se no acompanhamento a longo prazo dos pacientes, em especial aqueles que são portadores de doenças crônicas.
O TDO refere-se à observação da ingestão de medicamentos pelo paciente, realizada por profissionais de saúde ou outra pessoa, na residência do usuário ou no serviço de saúde. É intervenção amplamente utilizada no tratamento da tuberculose e pode ser aplicada tanto com crianças quanto com adultos.
Quanto ao trabalho do psicólogo com adesão, julgue o seguinte item.
O psicólogo pode desenvolver várias intervenções para apoiar
a adesão, entre elas: consulta ou atendimento individual com
foco em adesão, interconsulta e consulta conjunta, tratamento
diretamente observado (TDO), grupos, grupos informativos e
de discussão, atividades de sala de espera, utilização de
dispositivos e técnicas para a adesão (porta-pílulas, diários,
alarmes, tabela de medicamentos) e a realização de grupos
voltados para a equipe multiprofissional.
A adesão é um dos maiores desafios do trabalho em saúde. O papel do psicólogo é convencer o paciente a seguir as recomendações médicas, a fim de obter bom resultado com o tratamento.
Embora os níveis de estresse estejam relacionados com a capacidade de recuperação de um paciente submetido à cirurgia, pesquisas sobre os efeitos da informação prévia sobre cirurgia não apontaram resultados significativos em relação ao tempo de recuperação pós-cirúrgica, mas apenas à satisfação do paciente com os serviços prestados pela equipe multiprofissional.
Segundo o modelo biopsicossocial, a concessão de poder igualitário aos profissionais de saúde das diferentes áreas pode aumentar os desafios dos serviços de saúde e desorganizar a rotina de trabalho.
A interdisciplinaridade é uma estratégia legítima de trabalho no campo da saúde de classificação epistemológica, em que se admite o esforço conjugado de vários profissionais para alcançar os significados do processo saúde-doença.
O modelo de hipótese cognitiva da adesão defende que é possível prever a adesão pela combinação da satisfação do paciente em relação à consulta com a compreensão das informações comunicadas pelo profissional de saúde e a capacidade do paciente de recordar essas informações.
O modelo de crenças em saúde é composto, basicamente, pelas seguintes dimensões: suscetibilidade percebida, severidade percebida, benefícios percebidos e barreiras percebidas.
A teoria da ação planejada é um modelo derivado da psicologia social que analisa processos de decisão comportamental. Esse modelo foi aperfeiçoado na psicologia da saúde, e não é aplicado em outras áreas da psicologia.
A adoção da recomendação de não reencapar agulhas é um comportamento preventivo de acidentes com agulhas. De acordo com o modelo de crenças em saúde, a adoção de um comportamento preventivo como esse depende, entre outros aspectos, de o indivíduo se considerar suscetível ao problema, associar o problema de saúde à gravidade de suas consequências, e acreditar que o problema de saúde pode ser prevenido por uma ação.
Na teoria da ação planejada, as atitudes compreendem uma avaliação da probabilidade de terceiros importantes desejarem que o indivíduo pratique, ou não, o comportamento considerado e a motivação para cumprir tal expectativa. As normas sociais também compreendem dois elementos: as crenças relativas ao comportamentos em questão e as valências ligadas a essas crenças.
A respeito de modelos teóricos de comportamento e saúde, julgue o item a seguir
De acordo com o modelo transteórico, as alterações no
comportamento relacionado à saúde ocorrem por meio de
cinco estágios distintos: pré-contemplação, contemplação,
decisão, ação e manutenção, sendo que cada estágio representa
a dimensão temporal da mudança do comportamento, ou seja,
mostra quando a mudança ocorre e qual é o grau de motivação
para realizá-la.
A respeito de modelos teóricos de comportamento e saúde, julgue o item a seguir
A teoria da ação planejada considera que o fator determinante
primário do comportamento consiste na intenção de adotá-lo.
As intenções comportamentais, por sua vez, derivam de dois
processos cognitivos paralelos, as atitudes do indivíduo em
relação ao comportamento considerado e as normas sociais
relevantes.
O modelo biomédico inclui teorias comportamentais e cognitivistas que examinam fatores individuais preditivos de doença, como os genéticos e os emocionais, incluindo-se a percepção de sintomas físicos e as crenças de paciente e profissionais de saúde.
O processo saúde-doença é entendido como um complexo intercâmbio de fatores biológicos capaz de influenciar a unidade mente-corpo, incluindo variáveis orgânicas e biológicas, tais como nível de insulina no sangue e má-formação celular. A interação entre as variáveis orgânicas e biológicas integra o aspecto multidimensional e dinâmico do processo saúde-doença.
A base puramente biológica dos sintomas da doença física foi claramente contestada a partir das publicações de Freud sobre a conversão histérica, e das de Dunbar e Alexander sobre a medicina psicossomática, que apontaram evidências do impacto exercido pelo estilo de vida e por variáveis pessoais e sociais sobre a saúde física do homem, impulsionando a concepção biopsicossocial de saúde.