Questões de Concurso
Comentadas sobre representações sociais, atitudes, comportamento, estereótipos e preconceitos em psicologia
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Moscovici (1978) defende que a representação social deve ser encarada “tanto na medida em que ela possui uma contextura psicológica autônoma, como na medida em que é própria de nossa sociedade e de nossa cultura”. São características da Teoria das Representações Sociais, proposta por Moscovici:
I. A Teoria das Representações Sociais proposta pelo psicólogo social francês Serge Moscovici foi apresentada por ele na obra intitulada “A representação social da psicanálise.”
II. A Representação Social, para Moscovici, possui uma dupla dimensão, Sujeito e Sociedade, e situa-se no limiar de uma série de conceitos sociológicos e psicológicos.
III. Uma representação é, ao mesmo tempo, o produto e o processo de uma atividade mental pela qual um indivíduo ou um grupo reconstitui o real, confrontando e atribuindo uma significação específica.
IV. O processo de ancoragem envolve, para Moscovici, “a integração cognitiva do objeto representado no sistema de pensamento preexistente”, ou seja, “sua inserção orgânica em um repertório de crenças já constituído”.
V. A Representação Social é uma construção que o sujeito faz para entender o mundo e para se comunicar - é uma Teoria.
Assinale a alternativa correta:
As políticas públicas dirigidas a diferentes segmentos populacionais, tais como LGBT, pessoas com deficiência e negros, fundamentam-se em conceitos operativos que embasam planos de ações específicas. A esse respeito, considere:
I. Identidade de gênero é definida como a junção do sexo biológico com o sexo social.
II. Equidade no contexto da saúde da população está relacionada a práticas que contemplem as diferentes necessidades de cuidado.
III. Discriminação social tem como base a desigualdade entre pessoas ou grupos, onde um se considera superior ao outro.
IV. Reintegração e inclusão social são conceitos semelhantes que focam no trabalho de reinserção social de alguém após seu retorno à sociedade.
Está correto o que se afirma APENAS em
De acordo com Tassara e Damergian (2007) em Para um novo humanismo: contribuições da Psicologia Social, “o quadro mundial contemporâneo vem se caracterizando, de um lado, pela disseminação de informações chamada pós-moderna e pela pretensa descentralização democratizadora; de outro, pelo crescimento das formas mais concentradas de acumulação de poder e centralização transnacional da cultura, que a humanidade conheceu”.
Nessa perspectiva, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
(_) A Psicologia Social traduz o desejo das minorias, que, manipuladas pelos que “detêm o poder”, buscam formas de participação e inserção social por meio de consciência de grupo, impedindo o processo de lavagem cerebral que a mídia promove.
(_) Dentro do quadro recessivo mundial e, particularmente, dentro do quadro brasileiro, o que se produz é uma concentração cada vez maior de grandes segmentos da população em pequenas áreas, postos na periferia do sistema, uma vez que poucos conseguem usufruir dos benefícios que o sistema alardeia a muitos.
(_) A Psicologia Social é inscrita no debate filosófico contemporâneo, apresentando-se como elemento heurístico na geração de ideias para uma crítica de relações entre “ética, política e simbolismo”.
(_) A disseminação de informações tem favorecido a criação de um novo modelo de humanização, por propiciar a inclusão social de grupos que até então não tinham acesso e se viam alijados do processo de democratização.
Assinale a sequência CORRETA.
Assinale a alternativa em que os itens estão corretos:
Em contribuição ao Ministério do Trabalho, o Conselho Federal de Psicologia determinou as atribuições do psicólogo clínico para integrar o catálogo brasileiro de ocupações. Nesse sentido, considere as atribuições listadas nos itens a seguir:
I Colaborar, em equipe multiprofissional, no planejamento das políticas de saúde, em nível de macro e microssistemas.
II Promover estudos sobre características psicossociais de grupos étnicos, religiosos, classes e segmentos sociais nacionais, culturais, intra e interculturais.
III Participar da elaboração e da execução de programas socioeducativos destinados a crianças de rua, abandonadas ou infratoras.
IV Participar da elaboração de programas de pesquisa sobre a saúde mental da população, bem como sobre a adequação das estratégias diagnósticas e terapêuticas à realidade psicossocial da clientela.
V Atuar junto a equipes multiprofissionais no sentido de levá-las a identificar e compreender os fatores emocionais que intervêm na saúde geral do indivíduo, em unidades básicas, ambulatórios de especialidades, hospitais gerais, prontos-socorros e demais instituições.
Os itens que apresentam corretamente atribuições do Psicólogo Clínico são
Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.
Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira”, as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [...]
Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.
O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.
O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar”. Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!”. Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa. [...]
O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade” nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: “A hidrauniverso torce seu corpo cravejado de estrelas...”.
[...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.
O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.
O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie” do capitalismo enganador.
Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.
Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.
JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14 out. 2016. (Fragmento)
Em “Acabará a ilusão de clubbers e playboys, QUE TERÃO MEDO DOS 'MANOS' EM CRUZAMENTOS NEGROS, e talvez o amor fique mais recolhido”, a oração em destaque possui valor:
Um trabalho que abarque esse processo conjunto com a família deve estar diretamente associado às necessidades apresentadas por ela, mas, via de regra, é importante que se realizem, além de sua inclusão em políticas de proteção social, diferentes modalidades de atendimento, algumas de caráter individualizado e outras de caráter coletivo. Esse cuidado é necessário porque um indivíduo, ou uma família, pode melhor se expressar em uma determinada modalidade do que em outra e, assim, ampliam-se as possibilidades de identificação de suas questões e de suas potencialidades (Gueiros, 2010).
A argumentação central contida no trecho acima diz respeito à:
As representações sociais são definidas como uma “rede” de ideias, metáforas e imagens sociais mais fluidas, são processos cognitivos e afetivos inacabados de apreensão do mundo, sendo constituídas pela comunicação com outros. Portanto, a criação das representações sociais se dá por:
I. Influência de outros ao tomarmos uma decisão no cotidiano.
II. Distorções de pensamento pautado no discurso de outros.
III. Processos científicos de pesquisa qualitativa da realidade.
IV. Comportamentos e emoções ancorados no cotidiano.
V. Processos de ancoragem e objetivação que circulam no cotidiano.
Está correto o que se afirma APENAS em
“Embora o autoconceito, ou seja, a imagem que fazemos de nós mesmos, seja objeto de estudo de outros setores da psicologia, a psicologia social tem dedicado crescente importância à ideia de autoconceito, considerando ainda que existem relevantes fatores que levaram os psicólogos sociais a se interessarem mais e mais por este construto.”
(Rodrigues, Aroldo 1999 p. 68.)
Em relação ao autoconceito, analise as afirmativas.
I. Nosso autoconceito é formado, em grande parte, através de comparação com outras pessoas; neste sentido, nosso autoconceito é de extrema relevância em uma variedade de situações sociais.
II. É através da percepção de nós mesmos e da percepção de como nos relacionamos com outros e de como nos comparamos com outras pessoas que nosso autoconceito se forma. Por isso, consequentemente, podemos dizer que formamos uma imagem de nós mesmos basicamente da mesma maneira que formamos uma impressão a cerca de outras pessoas.
III.O autoconceito está estritamente ligado com os processos de introspecção e autoconsciência, entendendo que a introspecção refere-se ao processo de “auto-observação” e tentar discriminar nossos pensamentos, emoções e motivações. Trata-se de uma atividade rotineira no nosso cotidiano, porém são pensamentos sujeitos a muitas interferências inconscientes.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
Sobre o conceito de grupo, em aspectos básicos e gerais, é incorreto afirmar:
Observe a tirinha:
Considerando os componentes das atitudes
e o diálogo da tirinha, assinale a alternativa
correta.
I. A teoria das representações sociais estuda o conhecimento do senso comum (consensual) com o propósito de descrever, explicar e interpretar os fenômenos sociais que ocorrem na vida cotidiana. II. A objetivação como processo formador das representações sociais possibilita a criação de uma imagem como representação de uma ou mais ideias. III. Ancorar é classificar um fenômeno desconhecido a fim de dar-lhe um significado e torná-lo familiar. IV. A teoria tem sido utilizada nas pesquisas interessadas em compreender como se dá a construção do conhecimento científico (reificado).
Está correto o que se afirma APENAS em