Questões de Concurso
Comentadas sobre semiologia psiquiátrica e critérios de normalidade em psicologia
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I. Os transtornos da personalidade se caracterizam pelo comprometimento de características normais que podem prejudicar a adaptação do indivíduo às situações. II. As modificações de personalidade podem ser duradouras e ocorrer após uma experiência catastrófica. III. O estudo de comportamentos patológicos e estados psíquicos anormais não podem auxiliar a entender a conduta das partes e das testemunhas.
Estão corretas as afirmativas:
Em seu prefácio à segunda edição do livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, o psiquiatra Paulo Dalgalarrondo deseja “que a psicopatologia geral continue a se desenvolver como ciência e instrumento privilegiado da clínica. Que ela permaneça e progrida como a principal disciplina de fundamentação da psiquiatria e da psicologia clínica”. Sobre a psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, analise as afirmativas.
I- O diagnóstico baseado em psicopatologia é o elemento fundamental da clínica psiquiátrica.
II- A entrevista e a observação do indivíduo são os instrumentos de conhecimento dos fenômenos psíquicos.
III- A entrevista psiquiátrica é objetiva, estruturada e não varia conforme a personalidade do entrevistador.
IV- O indivíduo não exibe funções psíquicas isoladas, é a pessoa como um todo que adoece.
Estão corretas as afirmativas

De acordo com a obra O Normal e o Patológico, de Georges Canguilhem, é CORRETO afirmar que:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão 03.
O transtorno da personalidade foi, ao longo dos últimos dois séculos, nomeado de diversas formas: insanidade moral (“moral insanity”, de Prichard), monomania moral, transtorno ou neurose de caráter etc. Entretanto, o termo que mais se tornou popular entre os profissionais de saúde mental foi psicopatia. Tal vocábulo, infelizmente, foi utilizado de modo muito impreciso, ora se identificando psicopatia com personalidade sociopática, ora com transtornos da personalidade em geral.
Fonte: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Segundo a classificação de transtornos mentais da Organização Mundial da Saúde (OMS, 1993), a CID-10, os transtornos da personalidade são definidos pelas seguintes características:
I. O padrão normal de comportamento inclui poucos aspectos do psiquismo e da vida social do indivíduo, restrito a uma área.
II. Os transtornos da personalidade, geralmente, surgem na infância ou adolescência e tendem a permanecer relativamente estáveis ao longo da vida do indivíduo.
III. O padrão comportamental é mal-adaptativo, pois produz uma série de dificuldades para o indivíduo e/ou para as pessoas que com ele convivem.
IV. São condições não relacionadas diretamente à lesão cerebral evidente ou a outro transtorno psiquiátrico.
Está CORRETO o que se apresenta em:
Critérios de saúde:
( ) Normalidade funcional: este critério procura ser objetivo. Algo é considerado patológico a partir do momento em que se torna disfuncional, isto é, quando começa a gerar sofrimento para o indivíduo e/ou para seu grupo social;
( ) Normalidade operacional: usando este critério, o avaliador dá maior ênfase à percepção do próprio indivíduo em relação ao seu estado de saúde. A principal crítica a este critério é que, alguns sujeitos em fase maníaca, sentem-se ‘saudáveis e felizes’, apesar de apresentarem um transtorno mental grave;
( ) Normalidade como liberdade: para alguns autores de orientação fenomenológica, a doença mental seria a perda da liberdade existencial. Desta maneira, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. Aqui a saúde mental pode ser vista como a possibilidade de dispor de senso de realidade, senso de humor e um sentido poético perante a vida;
( ) Normalidade relativa: este é um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. É definido, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos.
Levando-se em consideração que V significa Verdadeiro e F significa Falso, a sequência das proposições acima é:
Com base no caso clínico anterior, considerando-se o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) bem como as contribuições da psicopatologia, o transtorno apresentado por Paulo é denominado
[1] A psicopatologia é o estudo sistemático do comportamento, da cognição e da experiência anormais; o estudo dos produtos de uma mente com um transtorno mental. Isto inclui as psicopatologias explicativas, nas quais existem supostas explicações, de acordo com conceitos teóricos (p. ex., a partir de uma base psicodinâmica, comportamental ou existencial, e assim por diante), e a psicopatologia descritiva, que consiste da descrição e da categorização precisas de experiências anormais , como informadas pelo paciente e observadas em seu comportamento, psicopatologia descritiva consiste, portanto de duas partes distintas: a observação do comportamento e a avaliação empática da experiência subjetiva. [2] Na psicopatologia descritiva a observação acurada é extremamente importante e um exercício muito mais útil do que simplesmente contar os sintomas; às vezes o uso servil de listas de sintomas, para a verificação de sua presença ou ausência, tem impedido a observação clinica genuína. A objetividade é crucial, mas existe também a necessidade de observar-se mais do que apenas o comportamento.
Assinale a alternativa CORRETA.
A respeito dos mais variados transtornos psicopatológicos, julgue o item a seguir.
Comportamentos de automutilação, gastos constantes e
excessivos, mudanças fortes na autoimagem, alimentação
compulsiva e uso de substâncias ilícitas são comportamentos
compatíveis com transtorno de personalidade esquizoide.
Esta é uma forma especial de norma social, definida por uma categoria especial de pessoas. Como as normas sociais, também estas estão sujeitas a certa dose de arbitrariedade. Os atuais sistemas de classificação (DSM-V e CID-10) são formas especiais desta norma que têm por fim reduzir os perigos de arbitrariedade.
A descrição acima corresponde a:
Analise o que se enuncia a seguir:
"Investiga a natureza de irregularidades ou inconsistências no quadro sintomático ou em resultados de testes, para estabelecer distinções entre níveis de funcionamento, quadros psicopatológicos (especialmente, patologias subjacentes), tipo de emergência, etc. A tendência clínica atual é a colocar uma ênfase especial neste tipo de diagnóstico ".
(CUNHA, Jurema Alcides et al. Psicodiagnóstico. Artes Médicas. 1989.2ª ed. Porto Alegre. P.9-11.).
O enunciado apresenta elementos que identificam o "Diagnóstico":
Denis não apresenta delirium.