Questões de Concurso
Sobre psiquiatria infantil em psiquiatria
Foram encontradas 346 questões
I. Escutar a criança e a família sobre o comportamento apresentado, contextualizando-o;
II. Procurar ver todas as manifestações como decorrentes da hereditariedade ou da carga biológica;
III. Procurar resolver as dificuldades no próprio ambiente da criança (antes de recorrer a programas de atenção secundária ou hospitais).
Estão CORRETOS os itens:
I. Além de saber reconhecer os sinais que a criança fornece no decorrer de sua entrevista e seu exame, o psiquiatra infantil é obrigado a conhecer o seu universo, não somente familiar e afetivo mas também cultural.
II. Destaca-se a necessidade de verificação de transtornos psiquiátricos na família, uma vez que eles representam não somente a possibilidade de quadros recorrentes, como também alterações na própria dinâmica familiar, decorrentes de patologia parental.
III. A criança é avaliada psiquiatricamente a partir das formas como se comunica e interage com o mundo, isto é, a partir da linguagem e das condutas expressas (essas últimas devem ser vistas dentro de um modelo desenvolvimentista).
IV. A avaliação psiquiátrica deve valorizar primordialmente as alterações psicopatológicas, sem a necessidade de se realizar exame físico.
V. O exame neurológico é de fundamental importância, uma vez que muitas das síndromes psiquiátricas ocorrem concomitantemente a alterações neurológicas, sobretudo se pensarmos o paradigma de que, quanto menor a idade cronológica, mais a expressão do transtorno psiquiátrico será sensório-motora.
Assinale a alternativa CORRETA.
I. As crianças e os adolescentes portadores de patologias do desenvolvimento, de caráter leve e moderado, que respondem facilmente a intervenções psicoterápicas ou farmacológicas, podem ser tratadas em ambulatório.
II. Quando a criança ou o adolescente são portadores de um transtorno grave, que os expõe a risco de morte ou agressões a si mesmos ou a outros, necessitam de um tratamento intensivo, protetor e seguro, como internação psiquiátrica.
III. Na definição do Ministério da Saúde, o CAPSi é “um lugar de referência e tratamento para crianças e adolescentes que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, com severidade e/ou persistência que justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor da vida”.
IV. No CAPSi, a assistência é oferecida em caráter individual e grupal, compondo-se de grupos psicoterápicos, operativos, oficinas terapêuticas, além de ser realizado também atendimento às famílias de crianças e adolescentes, incluindo visitas domiciliares e atividades comunitárias que visam a inclusão da criança e jovens pacientes na rede de apoio.
Assinale a alternativa CORRETA.
I. Dentre os sintomas de mania, podemos citar: autoestima inflada ou grandiosidade, menor necessidade de sono, mais falador(a) que o habitual ou pressão por continuar falando, distraibilidade e aumento da atividade direcionada a objetivos
II. Em contraste com a irritabilidade episódica, a presença crônica desse sintoma foi reconhecida como a característica principal de uma nova condição: “transtorno disruptivo da desregulação do humor”
III. Diferente dos adultos, os episódios depressivos são a manifestação mais comum de TB em crianças e adolescentes - tanto em frequência quanto em duração.
IV. O lítio tem uma janela terapêutica estreita (níveis sanguíneos entre 0.6 e 1.2 mEq/L) e sua toxicidade grave pode causar danos renais e neurológicos permanentes ou até morte.
V. Uma das opções medicamentosas no tratamento é o Valproato, o qual está associado à síndrome de ovários policísticos.
Assinale a alternativa CORRETA.
Qual dos seguintes fatores NÃO tem sido associado ao desenvolvimento do TAS em crianças?
Leia o caso clínico a seguir.
Paciente K. 11 anos, sexo masculino, em tratamento prévio para TDAH desde os 8 anos, com uso de metilfenidato, na dose de 20mg/dia, com estabilização do quadro clínico tanto com melhora da capacidade atentiva, quanto redução do comportamento hipercinético. Há cerca de 3 semanas, os pais notaram maior reatividade emocional da criança, com comportamentos explosivos quando contrariada. Na escola, começou a agredir verbalmente colegas, dizendo que eles não eram tão inteligentes quanto ele e não conseguiam acompanhar seu raciocínio. Chegou a entrar na sala de aula e dizer que o professor não sabia dar aula, e ele iria assumir a turma. Na última semana o quadro piorou, com hipersexualização, importunado as colegas com toques invasivos. Os períodos de explosões pioraram, culminando com episódios de agressividade física com os pais. Já estava há 2 dias sem dormir. Foi expulso da escola um dia antes, por se masturbar no recreio. Ao exame, diz que estava feliz, e não sabia por que estava consultando com um médico que “não sabe de nada”. A mãe faz tratamento para depressão há 6 anos, sem uma boa resposta terapêutica.
A conduta médica para o caso é