Claudia, de sessenta e dois anos de idade, devidamente
habilitada no conselho regional de serviço social (CRESS), trabalha
25 horas semanais como assistente social, em um núcleo de saúde
dentro de uma unidade de internação para adolescentes e jovens em
cumprimento de medida socioeducativa. Na unidade, ela é
responsável pelo acompanhamento de Heitor, um jovem transexual
de dezoito anos de idade. Juntamente com Claudia trabalham
Caroline, psicóloga, e Paula, pedagoga e recém-graduada em
serviço social, mas ainda sem o registro profissional no CRESS.
Além de exercer a profissão de assistente social na unidade de
internação, Claudia é supervisora de campo para um centro
universitário que oferta a graduação em serviço social.
Recentemente, esse centro universitário encaminhou quatro
estagiários matriculados na disciplina de estágio curricular
obrigatório, para avaliação e seleção por Claudia. Na ocasião de um
estudo de caso multidisciplinar em que debatiam sobre fatores de
risco e proteção de Heitor, Claudia ouviu de Caroline que ele
deveria “voltar a ser normal”, que a sua identidade como transexual
estava deixando-o em maior vulnerabilidade social.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item,
considerando as resoluções do CFESS e a Lei de Regulamentação
da Profissão de Assistente Social.