Questões de Concurso Público Prefeitura de Gravatá - PE 2020 para Guarda Municipal
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O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos
A pandemia reacendeu a discussão sobre pobreza e desigualdade de renda no Brasil. O isolamento social secou a fonte de renda de milhões de brasileiros informais, autônomos e donos de pequenos negócios. Em geral, os mais ricos – executivos ou funcionários de empresas sólidas, servidores públicos, investidores – conseguiram se sustentar melhor, ainda que com perda de renda, em alguns casos.
Nesse ambiente, o governo, o legislativo e a sociedade parecem convictos da necessidade de reforçar programas de transferências de renda.
A busca pela melhor distribuição de renda não é nova nem monopólio de uma linha política. Em 1973, o economista Carlos Langoni, egresso da Universidade de Chicago, apontou o caminho no clássico ensaio “Distribuição de Renda e Desenvolvimento Econômico no Brasil”: o capital humano é a chave para unir crescimento e distribuição.
De lá para cá, avançamos na universalização do ensino, mas com pouco resultado em melhorar a qualificação.
Ainda que começássemos uma revolução na educação no país, o efeito não seria imediato. É preciso completar com programas sociais que produzam resultado de curto prazo.
O Bolsa Família cumpre esse papel. É uma transferência financeira direta, desvinculada (pode ser gasta com qualquer coisa), com contrapartidas em educação e focada nos mais pobres. E sua extensão é determinada pela dotação orçamentária disponível. Ou seja, é sustentável ao longo do tempo.
Pouco adianta um novo programa que gaste muito por um ou dois anos, mas provoque um desarranjo econômico à frente, levando a uma incerteza fiscal que pressiona os juros e a inflação, afastando o investimento. Nesse cenário, a economia cresce menos e o desemprego aumenta. Em momentos de crise como esses, os ricos têm acesso a instrumentos financeiros para se proteger, mas os pobres veem sua renda corroída, ou perdem o trabalho. O resultado é mais concentração de renda, não menos.
O debate entre aumentar o Bolsa Família (ou criar o Renda Cidadã) versus manter o teto de gastos é, portanto, um falso dilema.
Por Caio Megale, em 2 de outubro de 2020. Disponível em:
https://bit.ly/3eDTrio. Com adaptações.
Leia o texto 'O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. Seria necessário iniciar uma revolução na educação no Brasil para que os programas sociais possam produzir algum resultado de curto prazo, defende o texto. Assim, esses programas devem compreender, sempre, uma contrapartida em termos de educação e ensino, de acordo com as informações do texto.
II. Nas últimas décadas, o Brasil avançou na universalização do ensino, com amplos e evidentes resultados na melhora da qualificação dos profissionais e com um forte crescimento nos setores de pesquisa e novas tecnologias, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto.
III. O debate entre aumentar o Bolsa Família (ou criar o Renda Cidadã) versus manter o teto de gastos é, na perspectiva do texto, um dilema evidente, pois as implicações de longo prazo decorrentes de um desajuste fiscal tornam essa decisão estratégica para o Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos
A pandemia reacendeu a discussão sobre pobreza e desigualdade de renda no Brasil. O isolamento social secou a fonte de renda de milhões de brasileiros informais, autônomos e donos de pequenos negócios. Em geral, os mais ricos – executivos ou funcionários de empresas sólidas, servidores públicos, investidores – conseguiram se sustentar melhor, ainda que com perda de renda, em alguns casos.
Nesse ambiente, o governo, o legislativo e a sociedade parecem convictos da necessidade de reforçar programas de transferências de renda.
A busca pela melhor distribuição de renda não é nova nem monopólio de uma linha política. Em 1973, o economista Carlos Langoni, egresso da Universidade de Chicago, apontou o caminho no clássico ensaio “Distribuição de Renda e Desenvolvimento Econômico no Brasil”: o capital humano é a chave para unir crescimento e distribuição.
De lá para cá, avançamos na universalização do ensino, mas com pouco resultado em melhorar a qualificação.
Ainda que começássemos uma revolução na educação no país, o efeito não seria imediato. É preciso completar com programas sociais que produzam resultado de curto prazo.
O Bolsa Família cumpre esse papel. É uma transferência financeira direta, desvinculada (pode ser gasta com qualquer coisa), com contrapartidas em educação e focada nos mais pobres. E sua extensão é determinada pela dotação orçamentária disponível. Ou seja, é sustentável ao longo do tempo.
Pouco adianta um novo programa que gaste muito por um ou dois anos, mas provoque um desarranjo econômico à frente, levando a uma incerteza fiscal que pressiona os juros e a inflação, afastando o investimento. Nesse cenário, a economia cresce menos e o desemprego aumenta. Em momentos de crise como esses, os ricos têm acesso a instrumentos financeiros para se proteger, mas os pobres veem sua renda corroída, ou perdem o trabalho. O resultado é mais concentração de renda, não menos.
O debate entre aumentar o Bolsa Família (ou criar o Renda Cidadã) versus manter o teto de gastos é, portanto, um falso dilema.
Por Caio Megale, em 2 de outubro de 2020. Disponível em:
https://bit.ly/3eDTrio. Com adaptações.
Leia o texto 'O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto defende a ideia de que, no Brasil, o resultado de um novo programa que gaste muito por um ou dois anos, mas provoque um desarranjo econômico à frente, é mais concentração de renda, não menos.
II. O Bolsa Família constitui um programa de transferência financeira direta e que pode ser gasta com qualquer coisa, com contrapartidas em educação e focada nos mais pobres, afirma o texto. Por ter a sua extensão determinada pela dotação orçamentária disponível, esse programa é sustentável ao longo do tempo, como se pode concluir a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.
III. O texto defende a ideia de que um novo programa que gaste muito por um ou dois anos e provoque um desarranjo econômico à frente está relacionado a problemas como a incerteza fiscal, a inflação, o afastamento do investimento, um menor crescimento da economia e o aumento do desemprego.
Marque a alternativa CORRETA:
O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos
A pandemia reacendeu a discussão sobre pobreza e desigualdade de renda no Brasil. O isolamento social secou a fonte de renda de milhões de brasileiros informais, autônomos e donos de pequenos negócios. Em geral, os mais ricos – executivos ou funcionários de empresas sólidas, servidores públicos, investidores – conseguiram se sustentar melhor, ainda que com perda de renda, em alguns casos.
Nesse ambiente, o governo, o legislativo e a sociedade parecem convictos da necessidade de reforçar programas de transferências de renda.
A busca pela melhor distribuição de renda não é nova nem monopólio de uma linha política. Em 1973, o economista Carlos Langoni, egresso da Universidade de Chicago, apontou o caminho no clássico ensaio “Distribuição de Renda e Desenvolvimento Econômico no Brasil”: o capital humano é a chave para unir crescimento e distribuição.
De lá para cá, avançamos na universalização do ensino, mas com pouco resultado em melhorar a qualificação.
Ainda que começássemos uma revolução na educação no país, o efeito não seria imediato. É preciso completar com programas sociais que produzam resultado de curto prazo.
O Bolsa Família cumpre esse papel. É uma transferência financeira direta, desvinculada (pode ser gasta com qualquer coisa), com contrapartidas em educação e focada nos mais pobres. E sua extensão é determinada pela dotação orçamentária disponível. Ou seja, é sustentável ao longo do tempo.
Pouco adianta um novo programa que gaste muito por um ou dois anos, mas provoque um desarranjo econômico à frente, levando a uma incerteza fiscal que pressiona os juros e a inflação, afastando o investimento. Nesse cenário, a economia cresce menos e o desemprego aumenta. Em momentos de crise como esses, os ricos têm acesso a instrumentos financeiros para se proteger, mas os pobres veem sua renda corroída, ou perdem o trabalho. O resultado é mais concentração de renda, não menos.
O debate entre aumentar o Bolsa Família (ou criar o Renda Cidadã) versus manter o teto de gastos é, portanto, um falso dilema.
Por Caio Megale, em 2 de outubro de 2020. Disponível em:
https://bit.ly/3eDTrio. Com adaptações.
Leia o texto 'O falso dilema entre o Renda Cidadã e o Teto dos Gastos' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto afirma que a busca pela melhor distribuição de renda não é nova e nem é um monopólio de uma linha política. Para defender essa ideia, o texto cita o economista Carlos Langoni que, de acordo com o texto, afirmou que o capital humano é a chave para unir crescimento e distribuição de renda.
II. Na pandemia, o isolamento social secou a fonte de renda de milhões de brasileiros informais, de autônomos e de donos de pequenos negócios, afirma o texto. Nesse cenário de adversidades, em geral, os mais ricos conseguiram se sustentar melhor, ainda que com perda de renda em alguns casos, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto.
III. No atual momento de amplo crescimento econômico pelo qual o Brasil passa, o governo, o legislativo e a sociedade parecem convictos dos prejuízos causados pelos programas de distribuição de renda e do risco que eles trazem para a estabilidade econômica futura, conforme pode ser percebido a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Acolhimento psicológico
Por E. F. Lima e S. A. Cunha, em 2020.
O saber psicológico se expandiu ao longo dos anos e passou a ocupar muitos espaços, fazendo com que os psicólogos realizassem seu trabalho de variadas formas e atendendo a um múltiplo campo de necessidades ao qual são submetidos.
Apesar de ser uma área que já existe há algum tempo, ainda existem atribuições do profissional de psicologia que são pouco esclarecidas perante a sociedade atual. O exemplo disso concerne à prática nas instituições hospitalares, onde o psicólogo desempenha um papel indispensável e imprescindível quando se pensa no bem-estar do indivíduo como um todo.
O serviço oferecido pelos psicólogos nos hospitais tem como objetivo principal a minimização do sofrimento que o paciente apresenta no processo de hospitalização.
Adoecer interrompe um processo visto como natural e traz uma confusão de sentimentos negativos frente ao desconhecido. O paciente é surpreendido por uma crise por vezes acidental e agora é forçado a lidar com as mudanças que ocorrem, com o medo e as angústias que o adoecer e a nova vivência dentro de um ambiente hospitalar trazem consigo.
Viver uma experiência de internação não é algo que faz parte do cotidiano dos indivíduos, quando isso acontece, e principalmente quando é algo que chega de surpresa, há uma ruptura, uma quebra da realidade de rotinas e uma inserção em um ambiente novo, desconhecido e, muitas vezes, hostil. Por essa razão, não existe um preparo para estar submetido a isso, o que pode acarretar, além do problema físico que levou o paciente à internação, uma desestruturação emocional diante das novas vivências que lhe são apresentadas.
É neste momento que a intervenção psicológica surge como um aparato para esse paciente que se sente confuso diante de sua nova realidade e precisa compreender e desenvolver mecanismos que o auxiliem no enfrentamento desse processo de doença. O psicólogo surge como facilitador que irá promover uma estada menos dolorosa nessa internação, seja com intervenções com esse indivíduo, com familiares e até mesmo com a equipe que, por vezes, também necessita desse aparato psicológico.
Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/3fy2MIj.
Leia o texto 'Acolhimento psicológico' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. Não existe um preparo para estar submetido à internação hospitalar, o que pode acarretar, além do problema físico que o levou à internação, uma desestruturação emocional diante das novas vivências que são apresentadas ao paciente, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto.
II. Quando a internação hospitalar acontece e, principalmente, quando é algo que chega de surpresa, há uma ruptura e uma quebra da realidade de rotinas e uma inserção em um ambiente novo, o ambiente da instituição hospitalar, o qual é desconhecido e, muitas vezes, hostil, conforme se pode inferir, a partir dos dados do texto.
III. Nas instituições hospitalares, os psicólogos buscam avultar o sofrimento do paciente ao mesmo tempo em que contribuem para a compreensão do momento de mudança que o indivíduo internado está vivenciando, conforme pode ser percebido a partir da leitura cuidadosa das informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Acolhimento psicológico
Por E. F. Lima e S. A. Cunha, em 2020.
O saber psicológico se expandiu ao longo dos anos e passou a ocupar muitos espaços, fazendo com que os psicólogos realizassem seu trabalho de variadas formas e atendendo a um múltiplo campo de necessidades ao qual são submetidos.
Apesar de ser uma área que já existe há algum tempo, ainda existem atribuições do profissional de psicologia que são pouco esclarecidas perante a sociedade atual. O exemplo disso concerne à prática nas instituições hospitalares, onde o psicólogo desempenha um papel indispensável e imprescindível quando se pensa no bem-estar do indivíduo como um todo.
O serviço oferecido pelos psicólogos nos hospitais tem como objetivo principal a minimização do sofrimento que o paciente apresenta no processo de hospitalização.
Adoecer interrompe um processo visto como natural e traz uma confusão de sentimentos negativos frente ao desconhecido. O paciente é surpreendido por uma crise por vezes acidental e agora é forçado a lidar com as mudanças que ocorrem, com o medo e as angústias que o adoecer e a nova vivência dentro de um ambiente hospitalar trazem consigo.
Viver uma experiência de internação não é algo que faz parte do cotidiano dos indivíduos, quando isso acontece, e principalmente quando é algo que chega de surpresa, há uma ruptura, uma quebra da realidade de rotinas e uma inserção em um ambiente novo, desconhecido e, muitas vezes, hostil. Por essa razão, não existe um preparo para estar submetido a isso, o que pode acarretar, além do problema físico que levou o paciente à internação, uma desestruturação emocional diante das novas vivências que lhe são apresentadas.
É neste momento que a intervenção psicológica surge como um aparato para esse paciente que se sente confuso diante de sua nova realidade e precisa compreender e desenvolver mecanismos que o auxiliem no enfrentamento desse processo de doença. O psicólogo surge como facilitador que irá promover uma estada menos dolorosa nessa internação, seja com intervenções com esse indivíduo, com familiares e até mesmo com a equipe que, por vezes, também necessita desse aparato psicológico.
Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/3fy2MIj.
Leia o texto 'Acolhimento psicológico' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto defende a ideia de que a internação hospitalar é um processo simples, livre de desafios.
II. Adoecer é um fenômeno que não afeta a rotina das pessoas, de acordo com o texto.
III. Nas instituições hospitalares, o psicólogo não possui um papel relevante, afirma o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Acolhimento psicológico
Por E. F. Lima e S. A. Cunha, em 2020.
O saber psicológico se expandiu ao longo dos anos e passou a ocupar muitos espaços, fazendo com que os psicólogos realizassem seu trabalho de variadas formas e atendendo a um múltiplo campo de necessidades ao qual são submetidos.
Apesar de ser uma área que já existe há algum tempo, ainda existem atribuições do profissional de psicologia que são pouco esclarecidas perante a sociedade atual. O exemplo disso concerne à prática nas instituições hospitalares, onde o psicólogo desempenha um papel indispensável e imprescindível quando se pensa no bem-estar do indivíduo como um todo.
O serviço oferecido pelos psicólogos nos hospitais tem como objetivo principal a minimização do sofrimento que o paciente apresenta no processo de hospitalização.
Adoecer interrompe um processo visto como natural e traz uma confusão de sentimentos negativos frente ao desconhecido. O paciente é surpreendido por uma crise por vezes acidental e agora é forçado a lidar com as mudanças que ocorrem, com o medo e as angústias que o adoecer e a nova vivência dentro de um ambiente hospitalar trazem consigo.
Viver uma experiência de internação não é algo que faz parte do cotidiano dos indivíduos, quando isso acontece, e principalmente quando é algo que chega de surpresa, há uma ruptura, uma quebra da realidade de rotinas e uma inserção em um ambiente novo, desconhecido e, muitas vezes, hostil. Por essa razão, não existe um preparo para estar submetido a isso, o que pode acarretar, além do problema físico que levou o paciente à internação, uma desestruturação emocional diante das novas vivências que lhe são apresentadas.
É neste momento que a intervenção psicológica surge como um aparato para esse paciente que se sente confuso diante de sua nova realidade e precisa compreender e desenvolver mecanismos que o auxiliem no enfrentamento desse processo de doença. O psicólogo surge como facilitador que irá promover uma estada menos dolorosa nessa internação, seja com intervenções com esse indivíduo, com familiares e até mesmo com a equipe que, por vezes, também necessita desse aparato psicológico.
Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/3fy2MIj.
Leia o texto 'Acolhimento psicológico' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O texto relata que a psicologia é a mais antiga das ciências humanas.
II. O psicólogo sempre determina o tratamento medicamentoso para os pacientes de câncer, afirma o texto.
III. Cabe aos profissionais de psicologia realizar o diagnóstico das enfermidades físicas dos seus pacientes, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Acolhimento psicológico
Por E. F. Lima e S. A. Cunha, em 2020.
O saber psicológico se expandiu ao longo dos anos e passou a ocupar muitos espaços, fazendo com que os psicólogos realizassem seu trabalho de variadas formas e atendendo a um múltiplo campo de necessidades ao qual são submetidos.
Apesar de ser uma área que já existe há algum tempo, ainda existem atribuições do profissional de psicologia que são pouco esclarecidas perante a sociedade atual. O exemplo disso concerne à prática nas instituições hospitalares, onde o psicólogo desempenha um papel indispensável e imprescindível quando se pensa no bem-estar do indivíduo como um todo.
O serviço oferecido pelos psicólogos nos hospitais tem como objetivo principal a minimização do sofrimento que o paciente apresenta no processo de hospitalização.
Adoecer interrompe um processo visto como natural e traz uma confusão de sentimentos negativos frente ao desconhecido. O paciente é surpreendido por uma crise por vezes acidental e agora é forçado a lidar com as mudanças que ocorrem, com o medo e as angústias que o adoecer e a nova vivência dentro de um ambiente hospitalar trazem consigo.
Viver uma experiência de internação não é algo que faz parte do cotidiano dos indivíduos, quando isso acontece, e principalmente quando é algo que chega de surpresa, há uma ruptura, uma quebra da realidade de rotinas e uma inserção em um ambiente novo, desconhecido e, muitas vezes, hostil. Por essa razão, não existe um preparo para estar submetido a isso, o que pode acarretar, além do problema físico que levou o paciente à internação, uma desestruturação emocional diante das novas vivências que lhe são apresentadas.
É neste momento que a intervenção psicológica surge como um aparato para esse paciente que se sente confuso diante de sua nova realidade e precisa compreender e desenvolver mecanismos que o auxiliem no enfrentamento desse processo de doença. O psicólogo surge como facilitador que irá promover uma estada menos dolorosa nessa internação, seja com intervenções com esse indivíduo, com familiares e até mesmo com a equipe que, por vezes, também necessita desse aparato psicológico.
Adaptado. Disponível em: https://bit.ly/3fy2MIj.
Leia o texto 'Acolhimento psicológico' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. O psicólogo busca promover uma estada menos dolorosa na internação de um paciente no ambiente hospitalar, afirma o texto.
II. O saber psicológico se expandiu ao longo dos anos e passou a ocupar muitos espaços, de acordo com o texto.
III. O texto afirma que, ao adoecer, o paciente se vê forçado a lidar com as mudanças que ocorrem em decorrência da sua enfermidade.
Marque a alternativa CORRETA:
“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia
Por Carlos E. Deoclecio.
A intuição linguística não é um recurso valioso somente para aqueles que lidam cientificamente com os fatos da língua, os linguistas, como também para os usuários em geral. Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira. No português, impera a tendência geral de que palavras terminadas em -o são masculinas, e as terminadas em -a são femininas.
Voltando à questão da intuição, na região de onde sou, no norte do estado do Espírito Santo, e acredito que em muitas outras partes do Brasil também, é muito comum ouvir “o alface de hoje tá murcho”, ou “o couve ficou muito bom”, quando nos dicionários, nas gramáticas e na escola aprendemos que essas palavras terminadas em -e são femininas. Depois dessa informação, muitos de nós adotamos o gênero dado como oficial, ou passamos a variar entre uma forma e outra, ou, ainda, podemos manter o uso anterior ao da escolarização.
Fiz essa breve introdução porque, dado o contexto de pandemia em que estamos vivendo, tem me deixado curioso o gênero gramatical atribuído à Covid-19, principalmente nos usos feitos por órgãos oficiais e imprensa, falada e escrita. No momento, estou na Espanha e, naturalmente, tenho ouvido e lido as notícias sobre o novo vírus e suas “peripécias” em galego e em espanhol, as duas línguas oficiais da Comunidade galega. Por isso, se tornaram comuns aos meus ouvidos e olhos as formas o Covid-19 (galego) e el Covid-19 (espanhol), ambas tratadas como masculinas, portanto.
Por outro lado, comecei a perceber nos usos vindos do Brasil, principalmente da imprensa, a forma sendo posta no feminino: a Covid-19. Antes mesmo de investigar o significado de Covid-19, minha intuição, com um quê de conhecimento especializado, me direcionou para um possível uso metonímico no Brasil, pois até então eu estava entendendo Covid-19 como o nome do vírus, não da doença que ele causa (percebo que muita gente ainda entende dessa forma).
Fato é que aqui na Espanha, a Real Academia de la Lengua (RAE), por tradição e poder, costuma se manifestar quando surgem novidades na língua como a que estou comentando. Num primeiro momento, a manifestação da instituição foi a de indicar que o emprego no feminino seria o correto. Entretanto, chegaram muitos comentários em discordância desse posicionamento. Em função disso, outra resposta veio: “O acrônimo Covid-19 que dá nome à doença causada pelo vírus Sars-CoV-2 é usado normalmente no masculino por influência do gênero de coronavírus e de outras doenças virais, que pegam por metonímia o nome do vírus que as causa”.
Interessante observar que nem a Real Academia Galega (RAG) nem a Academia Brasileira de Letras (ABL) se manifestaram a esse respeito — o que não é bom nem ruim, penso, mas apenas uma constatação. Acredito, inclusive, que no caso da ABL não há nenhuma expectativa sobre isso, tendo em vista seu histórico de pouca ou nenhuma ingerência na normatização linguística do português brasileiro. Notável, no entanto, é que numa visita à página da ABL, podemos encontrar o emprego no masculino: “ABL lança ações culturais de enfrentamento ao isolamento social provocado pelo COVID-19”.
Retorno, pois, à intuição linguística. Algo além do metonímico parece estar em jogo nesses usos. Parece haver uma tendência geral nas três línguas¹ para o masculino que pode estar atrelada à forma em si: a finalização em consoante (d) e, em seguida, a presença de um numeral (19). A pronúncia do português brasileiro, de forma geral, acrescenta a vogal [i] após o “d”. Mesmo assim, sua presença não pode ser considerada decisiva, já que não faz parte do grupo da tendência geral de -o para masculino e -a para feminino. Seria então a força do numeral que indica tal tendência? A isso só um aprofundamento na questão poderia responder.
(Disponível em: https://bit.ly/2JO4quy. Com adaptações.)
Observação 1: o autor refere-se às línguas Portuguesa (do
Brasil), ao Galego e ao Espanhol.
Leia o texto '“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. No trecho “Fiz essa breve introdução porque, dado o contexto de pandemia em que estamos vivendo, tem me deixado curioso o gênero gramatical atribuído à Covid-19...”, fica evidente, pela ausência do artigo “a”, que o autor opta pelo uso no masculino em “a Covid-19” e não pelo uso metonímico no feminino, segundo ele, feito no Brasil (feminino).
II. No trecho “no caso da ABL não há nenhuma expectativa sobre isso”, a forma verbal “há” foi usada com o sentido de “existir”. Em “minha mãe, com apenas quatro anos de escolarização, mas dotada de intuição e sentimentos linguísticos como qualquer um de nós”, a palavra “mas” poderia ser substituída por “porém”, sem causar prejuízos ao sentido do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia
Por Carlos E. Deoclecio.
A intuição linguística não é um recurso valioso somente para aqueles que lidam cientificamente com os fatos da língua, os linguistas, como também para os usuários em geral. Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira. No português, impera a tendência geral de que palavras terminadas em -o são masculinas, e as terminadas em -a são femininas.
Voltando à questão da intuição, na região de onde sou, no norte do estado do Espírito Santo, e acredito que em muitas outras partes do Brasil também, é muito comum ouvir “o alface de hoje tá murcho”, ou “o couve ficou muito bom”, quando nos dicionários, nas gramáticas e na escola aprendemos que essas palavras terminadas em -e são femininas. Depois dessa informação, muitos de nós adotamos o gênero dado como oficial, ou passamos a variar entre uma forma e outra, ou, ainda, podemos manter o uso anterior ao da escolarização.
Fiz essa breve introdução porque, dado o contexto de pandemia em que estamos vivendo, tem me deixado curioso o gênero gramatical atribuído à Covid-19, principalmente nos usos feitos por órgãos oficiais e imprensa, falada e escrita. No momento, estou na Espanha e, naturalmente, tenho ouvido e lido as notícias sobre o novo vírus e suas “peripécias” em galego e em espanhol, as duas línguas oficiais da Comunidade galega. Por isso, se tornaram comuns aos meus ouvidos e olhos as formas o Covid-19 (galego) e el Covid-19 (espanhol), ambas tratadas como masculinas, portanto.
Por outro lado, comecei a perceber nos usos vindos do Brasil, principalmente da imprensa, a forma sendo posta no feminino: a Covid-19. Antes mesmo de investigar o significado de Covid-19, minha intuição, com um quê de conhecimento especializado, me direcionou para um possível uso metonímico no Brasil, pois até então eu estava entendendo Covid-19 como o nome do vírus, não da doença que ele causa (percebo que muita gente ainda entende dessa forma).
Fato é que aqui na Espanha, a Real Academia de la Lengua (RAE), por tradição e poder, costuma se manifestar quando surgem novidades na língua como a que estou comentando. Num primeiro momento, a manifestação da instituição foi a de indicar que o emprego no feminino seria o correto. Entretanto, chegaram muitos comentários em discordância desse posicionamento. Em função disso, outra resposta veio: “O acrônimo Covid-19 que dá nome à doença causada pelo vírus Sars-CoV-2 é usado normalmente no masculino por influência do gênero de coronavírus e de outras doenças virais, que pegam por metonímia o nome do vírus que as causa”.
Interessante observar que nem a Real Academia Galega (RAG) nem a Academia Brasileira de Letras (ABL) se manifestaram a esse respeito — o que não é bom nem ruim, penso, mas apenas uma constatação. Acredito, inclusive, que no caso da ABL não há nenhuma expectativa sobre isso, tendo em vista seu histórico de pouca ou nenhuma ingerência na normatização linguística do português brasileiro. Notável, no entanto, é que numa visita à página da ABL, podemos encontrar o emprego no masculino: “ABL lança ações culturais de enfrentamento ao isolamento social provocado pelo COVID-19”.
Retorno, pois, à intuição linguística. Algo além do metonímico parece estar em jogo nesses usos. Parece haver uma tendência geral nas três línguas¹ para o masculino que pode estar atrelada à forma em si: a finalização em consoante (d) e, em seguida, a presença de um numeral (19). A pronúncia do português brasileiro, de forma geral, acrescenta a vogal [i] após o “d”. Mesmo assim, sua presença não pode ser considerada decisiva, já que não faz parte do grupo da tendência geral de -o para masculino e -a para feminino. Seria então a força do numeral que indica tal tendência? A isso só um aprofundamento na questão poderia responder.
(Disponível em: https://bit.ly/2JO4quy. Com adaptações.)
Observação 1: o autor refere-se às línguas Portuguesa (do
Brasil), ao Galego e ao Espanhol.
Leia o texto '“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. No fragmento “... quando surgem novidades na língua, como a que estou comentando”, o artigo “a” assume função de pronome (como esta que estou comentando), assim como acontece no trecho “A isso só um aprofundamento na questão poderia responder”.
II. O autor supõe que a presença de um numeral (19), assim como a pronúncia do português brasileiro, de forma geral, que acrescenta a vogal [i], após a consoante “d”, faz com que haja uma tendência para o uso de “Covid-19” no “masculino”. Parte dessa hipótese pode estar baseada na análise de palavras como boi, croqui, abacaxi e herói (as quais não foram retiradas do texto).
Marque a alternativa CORRETA:
“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia
Por Carlos E. Deoclecio.
A intuição linguística não é um recurso valioso somente para aqueles que lidam cientificamente com os fatos da língua, os linguistas, como também para os usuários em geral. Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira. No português, impera a tendência geral de que palavras terminadas em -o são masculinas, e as terminadas em -a são femininas.
Voltando à questão da intuição, na região de onde sou, no norte do estado do Espírito Santo, e acredito que em muitas outras partes do Brasil também, é muito comum ouvir “o alface de hoje tá murcho”, ou “o couve ficou muito bom”, quando nos dicionários, nas gramáticas e na escola aprendemos que essas palavras terminadas em -e são femininas. Depois dessa informação, muitos de nós adotamos o gênero dado como oficial, ou passamos a variar entre uma forma e outra, ou, ainda, podemos manter o uso anterior ao da escolarização.
Fiz essa breve introdução porque, dado o contexto de pandemia em que estamos vivendo, tem me deixado curioso o gênero gramatical atribuído à Covid-19, principalmente nos usos feitos por órgãos oficiais e imprensa, falada e escrita. No momento, estou na Espanha e, naturalmente, tenho ouvido e lido as notícias sobre o novo vírus e suas “peripécias” em galego e em espanhol, as duas línguas oficiais da Comunidade galega. Por isso, se tornaram comuns aos meus ouvidos e olhos as formas o Covid-19 (galego) e el Covid-19 (espanhol), ambas tratadas como masculinas, portanto.
Por outro lado, comecei a perceber nos usos vindos do Brasil, principalmente da imprensa, a forma sendo posta no feminino: a Covid-19. Antes mesmo de investigar o significado de Covid-19, minha intuição, com um quê de conhecimento especializado, me direcionou para um possível uso metonímico no Brasil, pois até então eu estava entendendo Covid-19 como o nome do vírus, não da doença que ele causa (percebo que muita gente ainda entende dessa forma).
Fato é que aqui na Espanha, a Real Academia de la Lengua (RAE), por tradição e poder, costuma se manifestar quando surgem novidades na língua como a que estou comentando. Num primeiro momento, a manifestação da instituição foi a de indicar que o emprego no feminino seria o correto. Entretanto, chegaram muitos comentários em discordância desse posicionamento. Em função disso, outra resposta veio: “O acrônimo Covid-19 que dá nome à doença causada pelo vírus Sars-CoV-2 é usado normalmente no masculino por influência do gênero de coronavírus e de outras doenças virais, que pegam por metonímia o nome do vírus que as causa”.
Interessante observar que nem a Real Academia Galega (RAG) nem a Academia Brasileira de Letras (ABL) se manifestaram a esse respeito — o que não é bom nem ruim, penso, mas apenas uma constatação. Acredito, inclusive, que no caso da ABL não há nenhuma expectativa sobre isso, tendo em vista seu histórico de pouca ou nenhuma ingerência na normatização linguística do português brasileiro. Notável, no entanto, é que numa visita à página da ABL, podemos encontrar o emprego no masculino: “ABL lança ações culturais de enfrentamento ao isolamento social provocado pelo COVID-19”.
Retorno, pois, à intuição linguística. Algo além do metonímico parece estar em jogo nesses usos. Parece haver uma tendência geral nas três línguas¹ para o masculino que pode estar atrelada à forma em si: a finalização em consoante (d) e, em seguida, a presença de um numeral (19). A pronúncia do português brasileiro, de forma geral, acrescenta a vogal [i] após o “d”. Mesmo assim, sua presença não pode ser considerada decisiva, já que não faz parte do grupo da tendência geral de -o para masculino e -a para feminino. Seria então a força do numeral que indica tal tendência? A isso só um aprofundamento na questão poderia responder.
(Disponível em: https://bit.ly/2JO4quy. Com adaptações.)
Observação 1: o autor refere-se às línguas Portuguesa (do
Brasil), ao Galego e ao Espanhol.
Leia o texto '“O” Covid-19 ou “A” Covid-19? Fatos linguísticos em tempos de pandemia' e, em seguida, analise as afirmativas a seguir:
I. No trecho “Exemplo disso é o tratamento que damos, especialistas ou não, ao gênero gramatical dos substantivos da língua que crescemos falando ou mesmo de uma língua estrangeira”, os pronomes realizam função anafórica a fim de evitar repetições e garantir progressão das ideias do texto.
II. O uso metonímico do vocábulo “Covid-19”, no Brasil, e a recomendação da Real Academia de la Lengua (RAE), na verdade, revelam, por convenção, tratar-se, a palavra, de um substantivo sobrecomum. Neste caso, em um exemplo como “o Covid-19 é terrível” (o qual não foi retirado do texto), o adjetivo estabelece relação de gênero com o artigo.
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