Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2012 para Diplomata - 1ª Etapa
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Infere-se do texto que Clarice Lispector postergou a leitura da obra de Virginia Woolf devido à sua dificuldade em desculpar suicidas, que, segundo ela, são pessoas que manifestam fraqueza ao interromper um dever existencial, ainda que um “horrível dever”.
No terceiro período do texto, a oração iniciada pelo conector “quando” (L.4) e a iniciada pelo conector “porque” (L.4) indicam, respectivamente, as circunstâncias de tempo e causa relacionadas ao fato expresso na oração “que não conhecia Joyce nem Virginia Woolf nem Proust” (L.3-4).
A organização sintática do trecho “Não gosto quando dizem que tenho afinidades com Virginia Woolf (só li, aliás, depois de escrever o meu primeiro livro)” (L.6-7), em que são desprezadas prescrições de regência verbal, caracteriza registro linguístico adequado à escrita de uma carta informal, como é o caso do texto apresentado.
A inadequação no emprego do pronome de tratamento em “Emeretíssimo, dá licença de eu fumar?” (L.4) é sanada pela escritora no período “Obrigada, Vossa Eminência.” (L.5), o que evidencia o deliberado desrespeito a padrões normativos da língua portuguesa.
Na frase “Dou, sim senhora, eu mesmo fumo cachimbo.” (L.4-5), a escolha vocabular e o emprego do advérbio de afirmação seguido, sem pausa, do vocativo “senhora” caracterizam a fala formal de um juiz, a qual contrasta com o conteúdo intimista e o coloquialismo, predominantes no texto.
No período “Mas é assim mesmo que se vive: perdida no tempo e no espaço.” (L.1-2), o particípio do verbo perder, empregado em estrutura de indeterminação do sujeito da oração, poderia, conforme regra de concordância nominal, estar na forma masculina, regra da qual, no entanto, a obra literária prescinde, dada a liberdade que preside a criação artística.
Da combinação inusitada do verbo morrer, flexionado no pretérito perfeito do indicativo, com a expressão adverbial “desde pequena” (L.8) infere-se uma compreensão da morte diferente da que estaria implícita caso tivesse sido empregada a locução verbal Venho morrendo.
Com relação ao fragmento de texto acima, assinale a opção correta.
O cronista ironiza tanto a causa dos estudantes quanto a decisão das autoridades, como comprovam os trechos “O paletó e a gravata eram agora ‘O inimigo’” (L.14) e “O rádio e a TV pediam paletós e gravatas, assim como quem pede remédios salvadores” (L.16).
O trecho “a pequena causa, ou o motivo irrelevante, pode produzir um grande efeito” (L.3-4) poderia ser reescrito, sem prejuízo para a correção gramatical ou para os sentidos do texto, da seguinte forma: a causa pouco significativa, ou o pequeno motivo, pode provocar um resultado de extensa repercussão.
No segundo e no quarto parágrafos do texto, emprega-se o presente do indicativo com a mesma finalidade: a de realçar fatos ocorridos no passado.
A letra inicial maiúscula e as aspas na palavra “Resistência” (L.22) são recursos estilísticos empregados para destacar a atitude insurgente dos estudantes, comparada, no texto, à dos franceses na Segunda Guerra.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do poema acima, assinale a opção correta.
O Parlamento do MERCOSUL permite a formação de grupos políticos integrados por, pelo menos, 10% dos parlamentares se todos se originarem de um mesmo Estado-membro, ou compostos por, pelo menos, cinco parlamentares, caso seus membros sejam oriundos de mais de um Estado-membro.
A Ata de Buenos Aires, assinada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai em 1990, fixou, para 1994, a formação de um mercado comum entre os quatro países.
São de responsabilidade do Grupo Mercado Comum, órgão superior do MERCOSUL, a direção do processo de integração dos Estados-membros e a tomada de decisões políticas.
O Programa MERCOSUL Social e Participativo, instituído, em 2008, por decreto do presidente Lula, assegura a livre circulação de trabalhadores e o exercício de suas atividades laborais nos Estados-membros, sem necessidade de vistos de trabalho.
Um dos primeiros passos para a formação da CPLP foi dado com a criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa.