Questões de Concurso Público Banco da Amazônia 2006 para Técnico Científico - Área: Psicologia Clínica
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Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
As categorias psicopatológicas, quando abordadas sob a
ótica da psicopatologia fundamental, não se resumem aos
quadros típicos objetiváveis, mas sim visam criar, por meio
de um ato de nominação, um campo de emergência de
teorias e textos, ou seja, um lugar vazio, onde os distintos
discursos, metáforas e modelos em torno do pathos se
colocam em relação, no sentido da produção de um saber
novo e também de um saber sobre as fronteiras e os limites
de cada campo.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
Os termos de que fala a psicanálise (histeria, melancolia,
paranóia) já não são mais recortados segundo a tradição
médica. Os empregos desses mesmos termos — e de outros
— na psicanálise ou na psiquiatria remetem a concepções e
a referenciais psicopatológicos radicalmente diferentes em
cada uma dessas disciplinas.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
O reducionismo metodológico exigido na aplicação estrita de
um sistema diagnóstico operacional não deixa de incluir a
sensibilidade, ou o essencial da experiência psicopatológica,
ou seja, as vicissitudes do clínico com sua própria
humanidade, as dimensões eminentemente subjetivas da
experiência do sofrimento psíquico.
Acerca dos instrumentos de avaliação diagnóstica e de classificação das psicopatologias, julgue o seguinte item.
A perspectiva comportamental focaliza os fenômenos
psicopatológicos sob a ótica da subjetividade, da dimensão
simbólico-linguística da experiência humana e da hipótese
do inconsciente, introduzindo uma visada incontornável para
a abordagem desses fatos e, neste sentido, destaca as
diferenças que separam a semiologia médica da psicológica.
Acerca do quadro clínico hipotético acima, julgue o item a seguir, relativo a intervenção psicológica.
No caso de B, em uma consideração psicanalítica, o álcool
não entraria para preencher uma carência afetiva, ou para
anestesiar sentimentos, mas a ingestão dessa substância forja
um aquecimento que cria uma forma interna ilusória de
consistência. É uma impressão alucinatória de integridade
psíquica. A adição — o alcoolismo — ganha contornos de
uma privação inicial, que faz pensar no território do autismo,
nessa capacidade exacerbada de criação de formas de
sensação para garantir uma sobrevivência psíquica. A
possibilidade para B é uma trajetória analítica de construção
de um eu, não por intermédio de uma ressignificação de
experiências já vividas, mas como uma nova experiência,
inaugural.