Questões de Concurso Público HUB 2010 para Residência Multiprofissional - Odontologia
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As mulheres negras, com cerca de 40 anos de idade, são mais afetadas por esse tipo de displasia, predominantemente na região periapical posterior.
No início desse processo, há imagem radiotransparente periapical que apresenta continuidade com o espaço do ligamento periodontal, em um padrão similar aos granulomas ou cistos periapicais.
A respeito de displasia cemento óssea periapical, julgue o item a seguir.
O tratamento endodôntico deve ser priorizado antes da
realização da biópsia incisional com trefina.
A displasia cemento óssea florida ou osteomielite esclerosante difusa é uma variação exuberante da displasia cemento óssea periapical, predominantemente na mandíbula de adultos.
A radioterapia afeta os tecidos bucais, imediata ou mediatamente, fazendo que o osso se torne hipocelular, hipovascular e hipóxico. O tecido ósseo perde sua habilidade de remodelação, podendo haver perda tecidual e colonização microbiana. Outros tecidos também são afetados, como as glândulas salivares e a mucosa bucal.
As exodontias realizadas antes de 14 dias do início da radioterapia evitam a osteorradionecrose, ao permitir o reparo tecidual.
A mucosite, uma das sequelas da radioterapia, possui cinco fases: início da lesão pela geração de radicais livres, geração de mensageiros secundários, amplificação de citocinas inflamatórias, ulceração e inflamação com participação dos subprodutos da microbiota e, finalmente, cicatrização.
A xerostomia é uma sequela permanente da radioterapia e é caracterizada por significativa diminuição no fluxo salivar, causada pela destruição linfocítica das células acinares.
A cárie de radiação é uma sequela da radioterapia e pode causar a amputação das coroas, pois a sua forma clínica mais frequente é a lesão cervical ao longo de todas as superfícies do dente. Apresenta progressão rápida, alto poder destrutivo e é associada a dor intensa.
De acordo com evidências recentes, a doença periodontal está relacionada com o fato de o bebê nascer abaixo do peso ou de parto prematuro e com a ocorrência de pneumonia nosocomial. É uma doença infecciosa, mas o meio ambiente, as condições físicas e sociais e a resposta do hospedeiro podem modificar sua expressão.
Evidências científicas recentes sugerem que a suscetibilidade individual ao desenvolvimento da periodontite crônica pode estar relacionada a polimorfismos nos genes que codificam alguns dos mediadores da inflamação.
A doença periodontal associada ao HIV apresenta-se, em geral, em três padrões: gengivite ulcerativa necrosante, periodontite ulcerativa necrosante e doença da IgA linear.
Quanto às condições bucais e possíveis repercussões sistêmicas, julgue o item a seguir.
A manifestação bucal da síndrome de Papillon-Lefèvre
caracteriza-se por doença periodontal agressiva, que parece ser
causada por defeito na função macrofágica e múltiplos
mecanismos mediados imunologicamente. Nessa síndrome, há
mutação do gene da catepsina C, resultando em uma resposta
imune alterada à infecção.
O eritema multiforme é uma doença autoimune, bolhosa, que pode se manifestar clinicamente como gengivite descamativa.
A interleucina 1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF) são citocinas que regulam a quimiotaxia dos neutrófilos, sendo predominantemente secretados pelos queratinócitos do epitélio juncional.
A hiperplasia gengival medicamentosa refere-se a um crescimento anormal dos tecidos gengivais causado pelo uso de medicamentos anticonvulsivantes como a fenitoína e carbamazepina e bloqueadores dos canais de cálcio, como a nicardipina e verapamil, entre outros. A terminologia é correta porque há hiperplasia celular e não produção exagerada de matriz extracelular.
As manifestações maxilofaciais mais comuns na infecção pelo HIV são a linfoadenopatia persistente, a candidose, a doença periodontal, o herpes simples e zoster e o sarcoma de Kaposi, que é relacionado ao herpes vírus 5.
Os indicadores do câncer de boca, a despeito de inúmeros avanços, não se alteraram nos últimos anos. Os homens são mais afetados e os pacientes são diagnosticados tardiamente, em geral pelo médico e não pelo dentista. A taxa de sobrevida é de 50% em cinco anos e o tratamento é mutilador.
Proto-oncogenes, genes supressores de tumor, genes relacionados à apoptose e ao reparo do DNA podem sofrer mutações sob a ação de agentes químicos, físicos ou biológicos no processo de oncogênese.
Carcinoma de células escamosas na boca pode se apresentar como uma lesão exofítica ou invasiva crateriforme, ulcerada, que persiste sem regressão e sem causar sintomatologia dolorosa.