Questões de Concurso Público SEED-PR 2021 para Professor - História

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Q1704857 História e Geografia de Estados e Municípios
A importância dada aos tropeiros que interligavam o Sul do Brasil a Sorocaba e aos centros mineradores tem apagado o comércio de tropas realizado a curta distância que envolvia colônias de imigração e a própria movimentação de mercadorias em locais que se encontravam fora dessas rotas. Ignora-se o fato de que muitos armazéns do interior foram abastecidos por tropeiros e carroceiros a curta distância. Do mesmo modo, desconhece-se a importância dos carroceiros para o desenvolvimento do mercado interno. Esses sujeitos introduziram a carroça no Brasil e se constituíram em peçaschave para o desenvolvimento do comércio paranaense. Com suas carroças e muares, esses agentes do comércio penetravam mata adentro e interligavam as esparsas colônias de imigração a centros consumidores maiores, tais como Curitiba e Ponta Grossa. O comércio de tropas a curta distância foi tão importante para o desenvolvimento do mercado interno quanto os tropeiros que ligaram o Brasil de Norte a Sul.
Lucimara Koss. Carroceiros tropeiros e a moeda ambulante: trajetórias de imigrantes e suas contribuições para o desenvolvimento do comércio paranaense. In: Hilton Costa, Jonas W. Pegoraro e Milton Stanczyk Filho. O Paraná pelo Caminho: histórias, trajetórias e perspectivas. v. 3. Curitiba: Máquina de Escrever, 2017 (com adaptações).
Imagem associada para resolução da questão
                                      Jayme A. Cardoso e Cecília M. Westphalen. Atlas Histórico do Paraná. 2.ª edição (revista e ampliada). Curitiba: Livraria do Chain, 1986.
Considerando o texto anterior e os mapas do estado do Paraná apresentados, julgue os itens a seguir, a respeito do processo imigratório oitocentista e do comércio no Paraná.
I Não houve nenhum incentivo econômico ou de acesso a compra de terras pelo Império brasileiro e pela Província do Paraná com o objetivo de estimular a imigração de europeus para a região Sul do Brasil. II Parte do desenvolvimento do mercado interno paranaense, em meados do século XIX e no início do século XX, deu-se por meio do comércio de curta distância, que ligava as colônias de imigrantes aos centros urbanos. III Os mapas mostram a grande influência da imigração para o desenvolvimento de cidades no interior do Paraná no século XIX. IV A imigração de japoneses para a região paranaense, em fins do século XIX, foi numericamente mais expressiva que a imigração europeia para essa mesma região.
Estão certos apenas os itens
Alternativas
Q1704858 História e Geografia de Estados e Municípios
Durante o período regencial no Brasil, surgiram rebeliões em várias partes do Império. Uma das revoltas mais intensas aconteceu no Rio Grande Sul, conhecida como Revolta Farroupilha, desencadeada pelo descaso das autoridades imperiais em relação à economia de criação de gado e de produção de charque na região Sul. Temendo que as forças revolucionárias encontrassem adesão no Paraná, a província de São Paulo buscou apoio em Curitiba, prometendo, em troca, a emancipação dessa comarca. Com essa promessa, Curitiba passou a cooperar com o Governo Central, lutando contra os revolucionários. O apoio eficaz de Curitiba agradou o presidente da província de São Paulo, Barão de Monte Alegre, que solicitou ao governo imperial, em 1842, a emancipação da comarca, indicando Curitiba para capital da nova Província, por sua localização geográfica. Essa situação incomodou a Câmara de Paranaguá, que requeria para si o papel de capital, justamente por sua importância histórica. Essa disputa entre Paranaguá e Curitiba adiou a emancipação.                                                                  Angelo Priori et al. História do Paraná: séculos XIX e XX. Maringá: Eduem, 2012 (com adaptações).
Acerca da emancipação política da Província do Paraná, é correto afirmar que
Alternativas
Q1704859 História e Geografia de Estados e Municípios
Na metade do século passado, o contato dos brancos com os Xetá, grupo indígena de língua tupi-guarani, fragilizado demograficamente e violentado de diferentes maneiras, consolidou-se na Serra dos Dourados, no noroeste do estado do Paraná. Por meio de envenenamentos, remoção forçada, raptos de crianças e mortes, os brancos, a partir da frente cafeeira que adentrou o território do grupo, fizeram os Xetá sucumbirem nos primeiros anos de contato efetivo. Consolidava-se, assim, o pretendido “vazio demográfico” que permitiria a colonização do noroeste paranaense. Não tardou para que os Xetá acabassem declarados oficialmente extintos.  Edilene Coffaci de Lima. De documentos etnográficos a documentos históricos: a segunda vida dos registros sobre os Xetá (Paraná, Brasil). In: Sociologia e Antropologia, Rio de Janeiro, v. 8, n.º 2, ago./2018 (com adaptações).

Nas décadas de 20 e de 30 do século XX, a expansão cafeeira atingiu a região denominada de Norte Novo (longo território do norte do Paraná, localizado à margem esquerda do rio Tibagi). Nessa região, a colonização das terras e a divisão dos lotes contou com ampla participação da Companhia de Terras Norte do Paraná. A princípio, essa empresa, de origem britânica, ocuparia a região e estimularia a produção de algodão, para que essa matéria-prima se tornasse predominante na Inglaterra. Porém, isso não ocorreu, já que as primeiras plantações de algodão na região não obtiveram resultados satisfatórios. A empresa mudou o seu foco e começou a revender as suas terras em pequenas parcelas territoriais. Além dessa companhia, uma dezena de outras companhias de terras se instalou ao longo do norte do Paraná, atuando na colonização e fixação de famílias em pequenas propriedades. Essa política atraiu para a região milhares de imigrantes, que vinham com o sonho de conquistar o seu pedaço de terra e produzir café e outros produtos alimentícios. O imigrante passou a ser considerado o fator de estabilidade para o desenvolvimento das cidades e o aumento da produção. Nessa época, o Paraná tornou-se a principal fronteira agrária e agrícola do país, atraindo tanto imigrantes europeus quanto migrantes nacionais. 
                                                                         Angelo Priori et al. História do Paraná: séculos XIX e XX. Maringá: Eduem, 2012 (com adaptações). 
Considerando os textos precedentes, assinale a opção correta, acerca do avanço agrícola no Paraná. 
Alternativas
Q1704860 História e Geografia de Estados e Municípios
Falar em símbolos no Paraná é falar em pinheiro, principalmente em Curitiba, cujo nome é derivado de curii, que significa pinheiro, pinha, pinhão, acrescido do sufixo tiba, que indica abundância. Ou seja, a própria significação de Curitiba possui ligação com o pinheiro. O pinheiro foi o símbolo que melhor refletiu o ideal paranista: o paranaense do futuro seria pujante, de porte gigantesco, assim como o pinheiro; seria fruto das raças que ali se encontram e que se integram sob o comando harmônico dos pinheirais; teria uma identidade cultural própria que o tornaria especial, diferente dos demais, que o tornaria o rei da floresta, o que não o faria deixar de ser, de maneira alguma, bem brasileiro.
                                       Luis F. L Pereira. Paranismo: cultura e imaginário no Paraná da I República. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 1996 (com adaptações).
Considerando o assunto de que trata o texto apresentado, assinale a opção correta.
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Q1704861 História
O estudo das memórias dos sobreviventes dos redutos rebeldes e seus descendentes envolvidos no movimento do Contestado (1912-1916) leva à reflexão sobre alguns aspectos marcantes e dolorosos das experiências dessas pessoas. É evidente que, devido à envergadura do movimento, não há um só tipo predominante de memória das experiências da guerra. As pessoas foram atraídas aos redutos rebeldes, as chamadas cidades santas, por diferentes razões e dentro de distintos contextos regionais e de diferentes fases do conflito. Entre os que se dirigiram a Taquaruçu, Caraguatá, Bom Sossego, Santa Maria, Perdizes, Pedra Branca, São Pedro e outros redutos e vilas dos seguidores do monge José Maria, havia um grupo inicial de seus devotos. Eles reelaboraram sua trajetória anterior, de práticas de curas até o combate do Irani, quando uma importante expedição do Regimento de Segurança do Paraná entrou em confronto com os caboclos, o que resultou na derrota da força policial e, entre os sertanejos, na morte de José Maria. Um ano após esse combate, os seguidores de José Maria voltaram a reunir-se em Taquaruçu, em torno da menina Teodora, que relatava seus sonhos, afirmando que José Maria ordenava a seus seguidores que retornassem a Taquaruçu para seguir sua santa religião. O estudo das memórias dos sobreviventes dos redutos rebeldes e seus descendentes envolvidos no movimento do Contestado (1912-1916) leva à reflexão sobre alguns aspectos marcantes e dolorosos das experiências dessas pessoas. É evidente que, devido à envergadura do movimento, não há um só tipo predominante de memória das experiências da guerra. As pessoas foram atraídas aos redutos rebeldes, as chamadas cidades santas, por diferentes razões e dentro de distintos contextos regionais e de diferentes fases do conflito. Entre os que se dirigiram a Taquaruçu, Caraguatá, Bom Sossego, Santa Maria, Perdizes, Pedra Branca, São Pedro e outros redutos e vilas dos seguidores do monge José Maria, havia um grupo inicial de seus devotos. Eles reelaboraram sua trajetória anterior, de práticas de curas até o combate do Irani, quando uma importante expedição do Regimento de Segurança do Paraná entrou em confronto com os caboclos, o que resultou na derrota da força policial e, entre os sertanejos, na morte de José Maria. Um ano após esse combate, os seguidores de José Maria voltaram a reunir-se em Taquaruçu, em torno da menina Teodora, que relatava seus sonhos, afirmando que José Maria ordenava a seus seguidores que retornassem a Taquaruçu para seguir sua santa religião.  
                                  Paulo Pinheiro Machado. Guerra, cerco, fome e epidemias: memórias e experiências dos sertanejos do Contestado. Topoi, v. 12, n.º 22, jan.-jun./2011 (com adaptações).
Acerca da Guerra do Contestado, assinale a opção correta. 
Alternativas
Respostas
26: B
27: C
28: E
29: E
30: C