Questões de Concurso Público FUB 2023 para Músico
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Tocar cordas duplas é algo fácil para violinistas, mesmo para os iniciantes, por isso o pianista não precisa atentar para o ajuste da sincronia rítmica enquanto toca trechos que tenham notas duplas para os instrumentos de cordas friccionadas.
A flauta tem intensidade limitada na região grave, por essa razão o pianista deve ouvir com atenção o equilíbrio sonoro, tentando sempre estar num patamar de dinâmica inferior ao da flauta quando esta estiver nessa região.
Um aspecto muito saliente nos instrumentos de sopro em que se usa palheta, principalmente a palheta dupla, é a diferença temporal entre o ataque e a produção da nota, então o pianista colaborador deve estar muito atento auditivamente ao começo da emissão sonora, para que todos estejam sincronizados.
Para instrumentos de sopro e metais, a linguagem corporal é realmente a única forma de comunicação não verbal disponível, já que o mecanismo de produção sonora desses instrumentos não é tão visível quanto o dos instrumentos de cordas friccionadas, como, por exemplo, o arco.
A principal diferença entre os Lieder de Schubert e os de seus antecessores é que a parte do piano, que antes era um simples acompanhamento, passou a atuar, harmônica, timbrística e melodicamente, em conjunto com a voz na tarefa de apoiar, ilustrar e intensificar o sentido da poesia.
Os Lieder de Schumann são marcados por materiais melódicos que se inter-relacionam, em igual nível, com a linha vocal e pelo uso — muitas vezes de forma extensiva — de prelúdios, interlúdios e poslúdios.
No poema Erlkönig, de Goethe, musicalizado por Franz Schubert, as mudanças nos padrões de acompanhamento pianístico ajudam a transmitir a progressão dramática na narrativa do poema.
Liaison refere-se à pronúncia de uma consoante final que habitualmente não é pronunciada, para fazer sua ligação com uma palavra seguinte que começa com uma vogal.
Uma das principais características da língua italiana é a pronúncia das consoantes duplas, como, por exemplo, cc na palavra peccato e vv na palavra davvero, o que tem implicação na temporalidade de uma canção nessa língua, visto que tais fonemas demandam do(a) cantor(a) o uso de uma leve interrupção do ar.
Com relação a uma redução de orquestra ao piano, julgue o seguinte item.
Na abordagem de uma partitura de redução de orquestra para
piano, a página impressa perde seu status de documento
inalterável e assume o papel de uma das possibilidades de
transcrição — ou seja, reflete apenas as escolhas de uma
pessoa sobre como uma grade orquestral pode ser
representada —, sendo, então, passível de mudanças pelo
pianista.
Em uma partitura de redução de orquestra, as abreviações Br., Ww., Str. e Perc. significam, respectivamente, metais, madeiras, cordas e percussão.
A diferenciação na representação do timbre de instrumentos de cordas e madeiras ao piano é possível quando se definem ao piano diferentes intensidades sonoras para cada uma dessas seções orquestrais.
Tendo como referência as partituras anteriores, julgue o item a seguir.
Na partitura 4A3-I, no 4.º tempo do compasso 2, os
símbolos 7 e # indicam, respectivamente, que o pianista ou
cravista deve tocar um intervalo de sétima, a partir do baixo,
e um intervalo de 3.ª maior, também a partir do baixo.
Nas partituras 4A3-II e 4A3-III, o pianista pode decidir entre tirar ou colocar algumas notas da mão direita, visto que essas duas partituras são exemplos de diferentes resoluções do baixo cifrado dado.
Em uma peça como essa, a parte referente ao contínuo deve ser executada apenas pelo piano ou cravo, pois isso era a prática de performance no estilo histórico-estilístico barroco.
A sonata para violino e piano de César Franck possui versões para flauta e piano, para violoncelo e piano, e até mesmo para saxofone e piano.
Nos trios para piano e cordas de Haydn, o piano assume papel preponderante ante as cordas.
Durante o Romantismo, compositores como Johannes Brahms e Frédéric Chopin escreveram sonatas para cordas friccionadas com uma escrita rica e virtuosística na parte pianística, sem que tal tipo de escrita dificultasse o equilíbrio entre os dois instrumentos.
Na Segunda Guerra Mundial, enquanto estava preso pelo exército alemão, Olivier Messiaen escreveu Quarteto para o fim dos tempos, peça que possui uma instrumentação inusitada, com piano, violoncelo, clarineta e violino.
Os trios com piano de Béla Bartók, Maurice Ravel e Shostakovitch representam importantes obras desse gênero no século XX.