Questões de Concurso Público Prefeitura de Maricá - RJ 2024 para Docente I – Geografia
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Texto I
A importância da escola na sociedade moderna, assim como a importância da educação amplo senso em qualquer sociedade, é visível. Ela instrui novas gerações [...], adaptando-as ou assimilando-as às instituições, hábitos e valores da sociedade. O exemplo mais banal que se pode dar é que imaginemos se seria possível a continuidade ou a reprodução da sociedade capitalista, em qualquer de suas variantes [...] sem que as pessoas soubessem contar ou mesmo ler e escrever. Poderíamos ainda questionar se seria possível o desenvolvimento do capitalismo em sua fase atual, quando vivemos a revolução técnico-científica, sem uma força de trabalho cada vez mais escolarizada, sem a inovação tecnológica que pressupõe pesquisadores e universidades...
VESENTINI, William. Educação e ensino de geografia: instrumentos de dominação e/ou libertação. In. Carlos, A. (Org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999, p. 16.
Texto II
Na construção dos currículos, através do mecanismo do domínio simbólico, tudo o que não estiver ligado à cultura dominante é desprestigiado, indigno de ser reproduzido, especialmente em locais considerados “formadores” de cidadãos, como por exemplo, a escola. [...] A escola possui aquele “modelo” de estudante idealizado, que corresponde, com perfeição, ao que se espera dele. Não sabendo lidar com os estudantes que não correspondem a esse modelo, a escola acaba por contribuir para introjetar em todos, cada vez mais, o pensamento discriminatório. Os preconceitos estão de tal forma arraigados no pensamento social que, muitas vezes, os professores reproduzem os discursos de discriminação sem perceber.
FACCO, Lucia. A escola como questionadora de um currículo homofóbico. in: Silva, J.; Silva, A. (Org.). Espaço, Gênero e Poder: conectando fronteiras. Ponta Grossa: Todapalavra, 2011, p. 26 e 27. Adaptado.
Nos textos acima, abordam-se as persistentes desigualdades sociais no espaço escolar da Educação Básica. Na abordagem, essa persistência decorre diretamente da reprodução curricular do seguinte tipo de capital:
Em 2050, 76% dos países do mundo devem ficar abaixo da taxa de fecundidade recomendada para repor suas populações e, até o final deste século, esse número deve subir para 97% das nações. A projeção é de um estudo mundial divulgado pelo instituto Global Burden Disease. De acordo com o relatório, as quedas nas taxas ao longo dos próximos anos serão drásticas e devem transformar os padrões populacionais globais. [...] Os autores alertam que os governos precisam fazer um planejamento para esse cenário. O desafio econômico será viver em um mundo onde a maior parte dos países terá dificuldade em fazer crescer a força de trabalho ao mesmo tempo em que suas populações envelhecem e precisam de mais de cuidados.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ equilibrioesaude/2024/03/queda-nas-taxas-de-fecundidadeglobais-deve-transformar-padroes-populacionais-ate2100.shtml. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado
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https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/conceitosdemografia-para-enem.htm. Acesso em: 10 abr. 2024
Na análise do período no gráfico, o/a professor/a deve concluir que a evolução da população brasileira apresenta a seguinte situação:
O espaço escolar é compreendido como parte integrante da realidade socioespacial da cidade, que compõe relações e é por elas simultaneamente instituído. Se, por definição, a escola é o local da inclusão, da convivência das diferenças, do acesso democrático ao conhecimento, para as travestis ela é, ao invés, local de sofrimento, de violência e ataque cotidiano à sua autoestima, abortando suas possibilidades de conquistas materiais e sociais futuras. O espaço escolar reproduz o texto hegemônico da heteronormatividade já vivenciada na cidade. Contudo, segundo elas, outros espaços da cidade em que são discriminadas elas podem se privar de frequentar. A escola não; é uma obrigação a ser cumprida, imposta pela família e pela sociedade como necessária, tornando-se seu maior calvário. Ainda que ocultas, as travestis vivenciam esses espaços, e a geografia pode dar voz a esses sujeitos silenciados e subverter a ordem instituída, que tanto tem naturalizado as injustiças cotidianas perpetradas pela ordem econômica compulsória da heteronormatividade.
SILVA, Joseli. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. In: Silva, J. (Org.). Geografias Subversivas. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009, p. 137.
O texto acima se insere na tendência dos estudos de geografia feminista e geografia das sexualidades que contêm o seguinte argumento:
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Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/10/faixa-de-gazaem-mapas-como-e-a-vida-no-territorio-palestino.shtml. Acesso em: 10 abr. 2024.
Israel alega ter destruído 18 dos 24 batalhões do Hamas em Gaza – e concluído o desmantelamento da estrutura militar do Hamas no norte do território palestino. As Forças de Defesa de Israel afirmam que o Hamas tinha cerca de 30 mil combatentes quando o grupo lançou seu ataque a Israel em outubro de 2023, matando cerca de 1,2 mil pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. [...] O Hamas é visto como um grupo terrorista por alguns países do Ocidente que prega a destruição de Israel, mas como um movimento de resistência em partes do mundo árabe. [...] “Não é apenas um movimento militar nem apenas um movimento político – é uma ideologia”, afirma o pesquisador Hugh Lovatt, especialista em Oriente Médio no Conselho Europeu de Relações Exteriores.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6p4975xz9no. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado.
Nesse conflito geopolítico, o/a professor/a deve identificar que, segundo as autoridades israelenses, um dos objetivos dos ataques militares conduzidos por Israel é:
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Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/mato-grosso-brasile--400961173065518466/. Acesso em: 04 abr. 2024.
No cartograma, a distância aproximada calculada pelo/a professor/a, em linha reta e na superfície terrestre, entre as cidades de Aripuanã e Alta Floresta, encontra-se no seguinte intervalo: