Questões de Concurso Público Prefeitura de São José de Piranhas - PB 2016 para Agente Municipal de Trânsito

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Q2042826 Português
O senhor é favorável à redução da diferença do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres para três anos? Defendo a ideia de que no caso da mulher haja uma pequena diferença. Agora, há algo interessante. A Constituição prevê o somatório de duas condições: idade e tempo de contribuição. Está escrito lá: na Previdência, você só pode se aposentar se reunir duas condições. A primeira: 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher. A segunda: 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher. Agora, não sei o que aconteceu que, com o tempo, se entendeu que isso era uma alternativa e não um somatório das duas condições.

Para articular as ideias do texto, utilizamos diferentes mecanismos de combinação oracional. Assim, podemos afirmar sobre as estruturas sintáticas que formam esse texto que:
I - A estrutura “de que no caso da mulher haja uma pequena diferença”, (linha 2) por complementar o termo “ideia”, é denominada oração substantiva completiva nominal. II - A relação de sentido expressa entre a oração adverbial introduzida pelo conector SE e a oração principal, na estrutura “você só pode se aposentar se reunir duas condições” (linhas 3 e 4) é de explicação. III - Na estrutura “com o tempo, se entendeu que isso era uma alternativa e não um somatório das duas condições”, (linhas 5 e 6) o SE funciona como partícula de indeterminação do sujeito.
É(são)CORRETA(S)apenas a(s) afirmação(ões) presente(s) em:
Alternativas
Q2042827 Português
Analise, no fragmento de texto abaixo transcrito, extraído da parte introdutória da entrevista com o presidente interino Michel Temer (Veja, 06/07/16), todas as situações de emprego da crase:
“De segunda à sexta, o peemedebista continua morando no Jaburu, o belo palácio que Oscar Niemeyer projetou para parecer “uma casa de fazenda”, e que lembra mesmo uma, mais ainda quando as galinhas que ciscam à beira do lago comparecem de surpresa às reuniões que o presidente em exercício faz na sala envidraçada voltada para o jardim. Lá, em entrevista a Veja, ele defendeu as privatizações de tudo “o que for possível”, revelou ser contrário à criação de normas para “disciplinar” as delações premiadas, mas [...]”. Ao comentar a possibilidade de o deputado Eduardo Cunha renunciar à presidência da Câmara, contou que o aconselhou a “meditar a respeito”.
Assinale a alternativa em que o uso da crase ocorre pelo mesmo motivo do uso feito na pergunta presente no Texto 1: O senhor é favorável à redução do tempo de aposentadoria entre homens e mulheres? 
Alternativas
Q2042828 Português
Na sequência, listamos novas versões para o informe da Constituição, presente no texto. Assinale a única estrutura que apresenta uma inadequação quanto ao aspecto da concordância. 
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Q2042829 Português
É O DE SEMPRE

Os traficantes que atuam na região carioca do Porto Maravilha, cartão-postal olímpico, agora achacam empresários da área para não incomodá-los. LESLIE LEITÃO

          DEPOIS DE DÉCADAS de abandono, a região portuária carioca ressurgiu como um belo cartão-postal debruçado sobre as águas da Baía de Guanabara. Ganhou inclusive nome novo, Porto Maravilha, uma área concebida para ombrear com outras do gênero, como o revitalizado Puerto Madero, em Bueno Aires. A urbanização daquele pedaço do Centro do Rio faz parte do projeto olímpico. Ali permanecerá fincada, de 5 a 21 de agosto, a pira dos Jogos de 2016. O que não estava previsto nas pranchetas era o recrudescimento do crime a poucos meses do evento que iluminará a cidade em escala global.
       Emoldurado por duas favelas nas quais os traficantes vinham atuando de forma mais discreta, em razão da presença de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Porto Maravilha passou a ser cenário de quadrilhas que voltaram a agir como donas do lugar, literalmente. O clima entre os empresários que trabalham na região é de pavor. VEJA apurou que as gangues que dominam o Complexo do Caju e o Morro da Providência, vizinhos ao porto, estão exigindo das empresas uma “semanada” para que seus funcionários possam continuar a ir e vir sem ser incômodos. O achaque da bandidagem sai para cada uma delas até 5000 reais por semana. Ninguém registrou o caso em delegacia pelo motivo de sempre: medo. “Costumamos mandar para essas favelas cestas básicas, chocolate na Páscoa, presente no Dia das Crianças, mas nunca os traficantes tinham cobrado dinheiro para que pudéssemos trabalhar em paz”, disse a VEJA, na condição de anonimato, o diretor de uma das construtoras que operam nos arredores do Porto Maravilha.
[...]
Julgue as proposições abaixo assinalando-as com (V) verdadeiro e (F) falso:
( ) No subtítulo da matéria, o advérbio AGORA funciona como adjunto adverbial de tempo, situando o achaque como uma prática recente, daí a inferência de que tal ação não ocorria antes. ( ) Dentre as três formas verbais: VINHAM ATUANDO (linha 15), ESTÃO EXIGINDO (linha 22) e COSTUMAMOS MANDAR (linha 27), apenas esta última sinaliza a noção de processo contínuo. ( ) O uso do substantivo RECRUDESCIMENTO (linha 11) bem como da forma verbal VOLTARAM AAGIR (linha 18) permite que se depreenda uma informação pressuposta-a de que, durante um determinado período, teria havido uma diminuição da atividade criminosa. ( ) No período “Os traficantes que atuam na região carioca do Porto Maravilha agora achacam empresários”, a oração adjetiva que atuam na região carioca do Porto Maravilha é de natureza EXPLICATIVA; pois só seria restritiva se em vez de os traficantes se apresentasse uns traficantes.
Indique a alternativa que traz a sequência CORRETA.
Alternativas
Q2042830 Português
É O DE SEMPRE

Os traficantes que atuam na região carioca do Porto Maravilha, cartão-postal olímpico, agora achacam empresários da área para não incomodá-los. LESLIE LEITÃO

          DEPOIS DE DÉCADAS de abandono, a região portuária carioca ressurgiu como um belo cartão-postal debruçado sobre as águas da Baía de Guanabara. Ganhou inclusive nome novo, Porto Maravilha, uma área concebida para ombrear com outras do gênero, como o revitalizado Puerto Madero, em Bueno Aires. A urbanização daquele pedaço do Centro do Rio faz parte do projeto olímpico. Ali permanecerá fincada, de 5 a 21 de agosto, a pira dos Jogos de 2016. O que não estava previsto nas pranchetas era o recrudescimento do crime a poucos meses do evento que iluminará a cidade em escala global.
       Emoldurado por duas favelas nas quais os traficantes vinham atuando de forma mais discreta, em razão da presença de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Porto Maravilha passou a ser cenário de quadrilhas que voltaram a agir como donas do lugar, literalmente. O clima entre os empresários que trabalham na região é de pavor. VEJA apurou que as gangues que dominam o Complexo do Caju e o Morro da Providência, vizinhos ao porto, estão exigindo das empresas uma “semanada” para que seus funcionários possam continuar a ir e vir sem ser incômodos. O achaque da bandidagem sai para cada uma delas até 5000 reais por semana. Ninguém registrou o caso em delegacia pelo motivo de sempre: medo. “Costumamos mandar para essas favelas cestas básicas, chocolate na Páscoa, presente no Dia das Crianças, mas nunca os traficantes tinham cobrado dinheiro para que pudéssemos trabalhar em paz”, disse a VEJA, na condição de anonimato, o diretor de uma das construtoras que operam nos arredores do Porto Maravilha.
[...]
A respeito das relações semânticas expressas no texto podemos afirmar que:
I - O sentido inferido da relação entre o enunciado que faz menção ao pagamento de uma SEMANADAe o outro, iniciado pela locução conjuntiva PARAQUE, relativo à permissão de trânsito livre por parte de funcionários nos morros é de CAUSA. II - A estrutura “Ninguém registrou o caso em delegacia porque tem medo” substitui “Ninguém registrou o caso em delegacia pelo motivo de sempre: medo”, (linhas 25 e 26) embora provoque alteração no efeito de sentido. III - Há uma relação de coerência entre a expressão que intitula o texto e o tema desenvolvido, porém não é uma escolha adequada para um texto da modalidade escrita formal.
Está(ão) CORRETA(S) apenas: 
Alternativas
Q2042831 Português

LUCRANDO COM A TRAGÉDIA

Inquérito revela os meandros do esquema montado por altos dirigentes da Cruz Vermelha do Brasil para se apropriarem de milhões doados a vítimas de grandes desastres. LESLIE LEITÃO


A CRUZ VERMELHA é muitas vezes a única presença autorizada em territórios hostis, assolados por guerras. Gigantesca máquina de ajuda humanitária com atuação em 187 países, a entidade mobiliza sua legião de voluntários e uma azeitada engrenagem de arrecadação de doações sempre que um desastre de grandes proporções se apresenta. No Brasil, a instituição, que já recebeu três prêmios Nobel da Paz, desviou-se dessa tarefa meritória ao ser devorada por um esquema capitaneado pela alta cúpula com um único objetivo: surrupiar dinheiro. Verbas doadas por brasileiros solidários a vítimas de tragédias foram parar no bolso dos chefes do escritório nacional, no Rio de Janeiro.

          A partir da denúncia do roubo, feita por VEJA em agosto de 2012, a sede da entidade, em Genebra, e a polícia fluminense conduziram investigações que, agora em fase final, revelam um intricado percurso que envolve contas bancárias, ONGs e contratos de serviços nunca prestados. Total da rapinagem: 18,6 milhões de reais. Diante dos escândalos atuais, parece até pouco, mas são nada menos que 18,6 milhões de reais.

        O inquérito conduzido pela Delegacia Fazendária da Polícia Civil do Rio, ao qual foi anexado o relatório da auditoria contratada pela Cruz Vermelha, revelou a trilha das manobras para embolsar recursos liderada pelo presidente do escritório nacional, Walmir Moreira Serra Júnior, e seu vice, Anderson Choucino, ambos afastados depois da denúncia de malversação.

[...]

Da leitura do texto verificamos que a única proposição verdadeira é indicada na alternativa:
Alternativas
Q2042832 Português
Observe a charge abaixo, publicada em 15/10/10, e, em seguida, assinale a única afirmativa CORRETA:  Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q2042833 Português
A HORA DO PÂNICO

Na segunda semana do governo Temer, cai o primeiro ministro flagrado em aberta conspiração para boicotar a Lava-jato. E, com isso, vem a público todo um universo que estava nas sombras: os políticos estão desesperados com o avanço das investigações DANIEL PEREIRA 

EM 19 DE JUNHO DE 2015, a Polícia Federal prendeu os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as duas maiores empreiteiras do Brasil. Batizada de Erga Omnes, expressão latina que significa que a lei vale para todos, a ação teve o efeito de um terremoto em Brasília. Ficava claro para os políticos que ninguém seria poupado pela Operação Lava-jato, nem mesmo as figuras mais proeminentes da República. Ali, disseminou-se a convicção de que os políticos precisavam reagir, sob pena de também expiarem seus pecados na cadeia.
Listamos abaixo novas versões para algumas estruturas presentes na reportagem. Assinale a única que NÃO corresponde semanticamente ao texto:
Alternativas
Q2042834 Português
A HORA DO PÂNICO

Na segunda semana do governo Temer, cai o primeiro ministro flagrado em aberta conspiração para boicotar a Lava-jato. E, com isso, vem a público todo um universo que estava nas sombras: os políticos estão desesperados com o avanço das investigações DANIEL PEREIRA 

EM 19 DE JUNHO DE 2015, a Polícia Federal prendeu os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as duas maiores empreiteiras do Brasil. Batizada de Erga Omnes, expressão latina que significa que a lei vale para todos, a ação teve o efeito de um terremoto em Brasília. Ficava claro para os políticos que ninguém seria poupado pela Operação Lava-jato, nem mesmo as figuras mais proeminentes da República. Ali, disseminou-se a convicção de que os políticos precisavam reagir, sob pena de também expiarem seus pecados na cadeia.
Analise as proposições abaixo relacionadas, que focalizam a organização sintática dos períodos e ainda algumas escolhas linguísticas, e,em seguida, assinale a alternativa que apresenta uma proposição FALSA: 
Alternativas
Q2042835 Português
A HORA DO PÂNICO

Na segunda semana do governo Temer, cai o primeiro ministro flagrado em aberta conspiração para boicotar a Lava-jato. E, com isso, vem a público todo um universo que estava nas sombras: os políticos estão desesperados com o avanço das investigações DANIEL PEREIRA 

EM 19 DE JUNHO DE 2015, a Polícia Federal prendeu os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as duas maiores empreiteiras do Brasil. Batizada de Erga Omnes, expressão latina que significa que a lei vale para todos, a ação teve o efeito de um terremoto em Brasília. Ficava claro para os políticos que ninguém seria poupado pela Operação Lava-jato, nem mesmo as figuras mais proeminentes da República. Ali, disseminou-se a convicção de que os políticos precisavam reagir, sob pena de também expiarem seus pecados na cadeia.
Um dos elementos de conexão oracional é o QUE, seja conjunção integrante ou pronome relativo. Após analisar o emprego dessa forma gramatical nas duas orações abaixo transcritas, assinale a alternativa que revela a classificação CORRETA desse elemento, na ordem de ocorrência.
I - “[...] Erga Omnes, expressão latina QUE significa QUE a lei vale para todos [...]” II - “[...] Ali, disseminou-se a convicção de QUE os políticos precisavam reagir [...]” 
Alternativas
Q2042836 Português
Os trechos de diálogos abaixo apresentados reproduzem a fala de três políticos citados na reportagem A HORA DO PÂNICO. Vejamos: 
I. “Tem que resolver essa p...! Tem que mudar o governo para poder estancar essa sangria”. (Senador Romero Jucá)
II. “Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso”. (Senador Renan Calheiros) 

III. “Tem total acesso ao Teori. Muito, muito, muito acesso. Eu preciso falar com César” (Ex-presidente José Sarney)

O tema comum a todos é a tentativa de silenciar as descobertas da Operação Lava-jato. Nessas falas identificamos locuções verbais, formadas com a ajuda de um verbo auxiliar modal: “tem que resolver”; “pode fazer”; “preciso falar”. Indique a alternativa que especifica o sentido expresso por esses auxiliares, respectivamente:
Alternativas
Q2042837 Português

Consideremos como objeto de análise os dois últimos períodos do texto acima exposto:


“O Sindicato dos Médicos do Ceará trabalha para que as Olimpíadas do Descaso terminem. E que o povo tenha, finalmente, motivos para comemorar”.


Podemos afirmar em relação aos itens em destaque que:

I - Para que é um conector que introduz oração adverbial final.

II - O conector para que admite substituição por afim, resultando em: “... trabalha afim de acabar a Olimpíada do descaso”.

III - Finalmente é um advérbio oracional que denuncia a avaliação do autor; logo, é um modalizador.

IV- Finalmente é um advérbio conjuntivo que indica ordenação, correspondendo a “por último”


Estão CORRETAS as afirmações:

Alternativas
Q2042838 Português
Conforme a motivação e a finalidade da comunicação, ao construir os textos, pomos em destaque uma determinada função da linguagem. Leia o texto que segue, extraído de Veja, de 08/06/16, voltando a atenção para esse aspecto.
A TOCHA OLÍMPICA CHAMA ATENÇÃO POR ONDE PASSA. TALVEZ SEJA HORA DE PASSAR EM NOSSOS HOSPITAIS.
O Ceará acaba de alcançar uma terrível marca: o segundo estado do país que mais perdeu leitos em hospitais. Uma medalha de prata no precário quadro da saúde no Brasil. Tivemos crescimento da mortalidade hospitalar, o aumento das mortes por doenças diarréicas entre menores de 5 anos e das mortes por dengue, que estão acima da média do país, entre outros graves problemas. O Sindicato dos Médicos do Ceará trabalha para que as Olimpíadas do Descaso terminem. E que o povo tenha, finalmente, motivos para comemorar.
Indique a alternativa que traz a proposição CORRETA:
Alternativas
Q2042839 Português

Escola sem partido (Eduardo Varandas Araruna)

Só poderia advir do Senador protestante Magno Malta o projeto de lei n. 193/2016 que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional a malsinada “escola sem partido”. Segundo o texto do projeto, a educação deverá atender a neutralidade política, religiosa e ideológica do Estado vedando expressamente qualquer menção, em ambiente escolar, acerca do que se chama “ideologia do gênero”.

Se for vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada e estarão passíveis de serem representados ao Ministério Público por eventual avaliação crítica ou opinativa da disciplina que lecionam. Na justificativa do projeto, perversamente acusam-se os professores de “bullying” político e ideológico, além de violação de regras contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, envolto de cinismo sem medidas, o parlamentar proponente invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais atributos nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político.

[...]

Outrossim, além de representar inequívoco retrocesso eis que ressuscita a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, eis que fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal, o qual consagra liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

Quando não se concorda, na condição de pai ou mãe, com o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa e, em último caso, a mudança do estabelecimento de ensino. O sufocamento da arte de transmitir o saber um mundo desprovido de seres pensantes. Certamente, este é o objetivo da “escola sem partido”. [...] (Correio da Paraíba, 24/06/16)



O processo de construção do texto envolve uma série de decisões, entre as quais: o gênero textual; o nível de linguagem; as estruturas oracionais, alémdo vocabulário. Da observação dos dois textos, constatamos acerca das estratégias empregadas que:
I - Os dois textos convergem quanto à temática abordada e também quanto à função de linguagem – a função expressiva, embora em (1) a função referencial venha mais marcada, já que na exposição do assunto há mais detalhes informativos.
II - Na charge, que mistura crítica e humor, a presença do termo delírios na fala do médico: “ele começou a ter delírios” reflete a criatividade do chargista, pois ao lado do valor denotativo, em referência à “perturbação mental do paciente” temos o valor conotativo, remetendo a uma avaliação do projeto de lei, que seria um projeto sem sentido, impraticável.
III - O advérbio “Certamente”, usado na última frase do artigo, revela uma avaliação positiva do autor em relação ao papel da escola – transmitir o saber. IV- Nas estruturas oracionais “acusam-se os professores de Bullying político e ideológico” e “Quando não se concorda com o discurso deste ou daquele professor, a solução será o diálogo”, a partícula SE tem a mesma função sintática: índice de indeterminação do sujeito.
V- Dizer “O referido projeto já nasce maculado pela inconstitucionalidade” significa o mesmo que “O referido projeto já nasce acusado de ser inconstitucional”. Ou seja, maculado e acusado são vocábulos semanticamente correspondentes.
Está(ão) CORRETA(S) apenas:
Alternativas
Q2042840 Português

Escola sem partido (Eduardo Varandas Araruna)

Só poderia advir do Senador protestante Magno Malta o projeto de lei n. 193/2016 que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional a malsinada “escola sem partido”. Segundo o texto do projeto, a educação deverá atender a neutralidade política, religiosa e ideológica do Estado vedando expressamente qualquer menção, em ambiente escolar, acerca do que se chama “ideologia do gênero”.

Se for vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada e estarão passíveis de serem representados ao Ministério Público por eventual avaliação crítica ou opinativa da disciplina que lecionam. Na justificativa do projeto, perversamente acusam-se os professores de “bullying” político e ideológico, além de violação de regras contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, envolto de cinismo sem medidas, o parlamentar proponente invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais atributos nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político.

[...]

Outrossim, além de representar inequívoco retrocesso eis que ressuscita a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, eis que fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal, o qual consagra liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber.

Quando não se concorda, na condição de pai ou mãe, com o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa e, em último caso, a mudança do estabelecimento de ensino. O sufocamento da arte de transmitir o saber um mundo desprovido de seres pensantes. Certamente, este é o objetivo da “escola sem partido”. [...] (Correio da Paraíba, 24/06/16)



Na sequência, apresentamos comentários a respeito das relações semânticas expressas entre as orações que formam o artigo.
( ) A oração “Se for vertido em lei”, que inicia o 2º parágrafo da matéria “Escola sem partido”,pode ser assim parafraseada: “Ao ser vertido em lei, os professores terão sua autonomia didático-pedagógica ceifada”, sem qualquer alteração de sentido. ( ) O conector eis que empregado no 3º parágrafo do texto pode ser substituído por se, por estabelecer relação de condicionalidade, obtendo-se: “[...] além de representar inequívoco retrocesso seressuscitar a censura, o referido projeto de lei já nasce maculado de notória inconstitucionalidade, se fere de morte o artigo 206, da Constituição Federal. ( ) A oração em itálico no período: “Se não se concorda, na condição de pai ou mãe, como o discurso deste ou daquele professor, a melhor solução será sempre o diálogo em casa” tem sentido equivalente à oração introduzida pelo quando, no 4º parágrafo do texto. ( ) Noperíodo “O parlamentar invoca a laicidade do estado para falar de elementos como neutralidade religiosa, impessoalidade e respeito, quando tais nem sempre lhe serviram de norte enquanto agente político”, o conector quando foi usado com valor de oposição, acrescido ao sentido temporal.
Assinale a alternativa que traz a classificação CORRETA das proposições como falsas ou verdadeiras.
Alternativas
Respostas
1: E
2: D
3: C
4: D
5: D
6: A
7: B
8: B
9: B
10: A
11: E
12: C
13: E
14: A
15: B