Questões de Concurso Público UEPB 2017 para Almoxarife
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Dadas as intenções que subjazem ao texto publicitário, como a de levar o receptor a aceitar a visão de quem o produz, várias são as estratégias utilizadas para construir um texto que seja informativo, e, ao mesmo tempo, evidencie o uso criativo da língua. O jogo das palavras e a repetição são recursos muito comuns, como ilustra o texto a seguir.
PARA A GLOBO VOCÊ NÃO É MAIS UM. É O UM
TODO O BRASIL ASSISTE À GLOBO. SÃO MAIS DE CEM MILHÕES DE PESSOAS, TODOS OS DIAS. MAS A GENTE SABE QUE NÃO FALA COM ESSE TAL DE CEM MILHÕES. A GENTE FALA COM CEM MILHÕES DE UNS. UNS DIFERENTES DOS OUTROS. UNS QUE SE EMOCIONAM. UNS QUE SE INFORMAM. UNS QUE GOSTAM DA GENTE. UNS QUE DIZEM QUE NÃO. E A GENTE SE MOVIMENTA PARA CONQUISTAR CADA UM. PORQUE A GENTE SABE QUE UM DESSES CEM MILHÕES É VOCÊ. (Veja, 1º de novembro/17)
Nesse sentido, um texto bem construído reflete o domínio do autor quanto ao emprego dos itens linguísticos. Avalie as proposições abaixo, que tratam desse processo de elaboração textual, e, em seguida, categorize-as como (V) verdadeiro ou (F) falso:
( ) A ideia de universalização da audiência da emissora é confirmada no texto não apenas por meio dos pronomes TODO/S (L. 1), mas pelo uso recorrente de estruturas com orações adjetivas, a exemplo de “Uns que se emocionam”; “Uns que se informam”. “Uns que gostam da gente” (L. 3).
( ) O período que finaliza o texto, introduzido pelo PORQUE (L.4), reforça o motivo de a emissora valorizar todos os indivíduos; considerando que se trata de uma conclusão, seria correto também o uso de PORTANTO.
( ) Ao mesmo tempo em que o autor sinaliza a ideia de totalidade, ao fazer referência aos “cem milhões” de espectadores (Ls. 1, 2 e 5), busca envolver o espectador, enfatizando a noção de unicidade, já que esse indivíduo “é você” (L. 5).
( ) O jogo das palavras fica evidente quando o item UM/S, originariamente classificado como artigo, assume, nos diferentes contextos de uso, papel de numeral, ou de substantivo (cf. título do texto); ainda como substantivo em “cem milhões de uns” (L. 2) e também pronome em “uns que dizem que não” (L. 4).
( ) Para esclarecer a noção de que as pessoas diferem umas das outras, o autor lista diferentes comportamentos, o que ocorre por meio de estruturas com orações adjetivas explicativas, como: “Uns que se emocionam” (L.3).
A sequência CORRETA é
Após a leitura do texto e das asserções a respeito da sua organização, responda ao que se pede:
Máquina transforma CO2 em comida
Hoje existem dois jeitos de combater o CO2 , grande vilão do aquecimento global: queimar menos combustíveis fósseis, para emitir menor quantidade desse gás, e aumentar a área coberta por florestas, pois as plantas absorvem CO2 . Só que as duas coisas enfrentam resistência econômica. Mas talvez seja possível se livrar do CO2 ganhando dinheiro. Cientistas do governo finlandês criaram uma máquina que captura esse gás da atmosfera e o bombeia para dentro de tanques, onde ele alimenta uma bactéria – que foi geneticamente modificada para consumir CO2 e hidrogênio. A bactéria se multiplica rapidamente e, depois de processada, vira um pó comestível, que contém 50% de proteína e pode ser usado para fazer ração animal ou alimentos para consumo humano. Não tem gosto nenhum – mas é para isso que existem os temperos!
(Bruno Garattoni – Superinteressante/out.2017)
I- O texto se caracteriza como uma notícia jornalística, tendo como propósito revelar novas descobertas na área científica. Nesse sentido, a trama organizacional é narrativo-expositiva, com predomínio da função referencial da linguagem.
II- No âmbito gramatical, a recorrência de verbos no presente do indicativo se justifica pelo caráter de atualizador desse tempo verbal, embora se faça menção a um fato passado (os cientistas criaram ...); isto evidencia a correspondência entre o tempo verbal e os tipos de discurso presentes no texto.
III- No âmbito da coesão referencial, o texto é muito bem articulado. Como ilustração tem-se o fragmento “Mas talvez seja possível se livrar do CO2 ganhando dinheiro. Cientistas do governo finlandês criaram uma máquina que captura esse gás da atmosfera e o bombeia para dentro de tanques, onde ele alimenta uma bactéria...”, no qual as três formas destacadas referem-se a um só termo - CO2 .
IV- Quanto à articulação interoracional, o texto apresenta algumas estruturas introduzidas por pronomes relativos, todas denominadas orações adjetivas restritivas, a exemplo de “Cientistas do governo finlandês criaram uma máquina que captura esse gás da atmosfera e o bombeia para dentro de tanques, onde ele alimenta uma bactéria – que foi geneticamente modificada para consumir CO2 e hidrogênio. A bactéria se multiplica rapidamente e, depois de processada, vira um pó comestível, que contém 50% de proteína...”
É CORRETO o que se afirma apenas em
Muito presente na esfera jornalística, a charge busca despertar nos leitores a reflexão sobre problemas que afetam a sociedade. A moradia, tema da charge abaixo, é um deles. Sob o aspecto linguístico, normalmente, esse gênero de texto apresenta estruturas simples, com vocabulário e linguagem acessíveis; mas é preciso atentar para o fato de que a compreensão de um texto depende também da recuperação de informações implícitas.
Analise o que se afirma a seguir, em torno do enunciado proferido por um dos personagens.
I- O pronome pessoal “a gente” já se incorporou à nossa língua, em referência à primeira pessoa do plural, na linguagem coloquial; como a charge circula na esfera jornalística, o autor tem de primar pelo uso formal, daí esse emprego ser inapropriado.
II- O pretérito imperfeito representa ação contínua no passado; logo a flexão verbal empregada pelo autor, associado ao uso do advérbio “sempre”, reforça a ideia de que a falta de moradia é uma condição permanente.
III- Dada a intenção de interagir com o leitor, o chargista opta pelo uso do pronome “a gente”, pois o uso de “nós” conduziria a marcar o plural no verbo “nós ficávamos...”, causando certa artificialidade no modo de falar do personagem, enquanto o “a gente sempre ficava” representa melhor a linguagem coloquial, adequada ao cenário apresentado.
É CORRETO o que se afirma apenas em
Como a burocracia atrapalha a criação de empregos.
Existem duas vezes mais empresários no Brasil do que nos EUA. E não. Isso não significa que temos mais gente endinheirada aqui do que lá. O grosso do nosso empresariado é formado por vendedores de coco, eletricistas, borracheiros. São exatos 48 milhões de pessoas jurídicas por aqui, número que supera com folga os 33 milhões que trabalham com carteira assinada.
Dentre as dez maiores economias do planeta, nenhuma chega sequer perto desses números. Nos EUA, que têm uma população 60% maior que a nossa, o número fica em 24 milhões.
Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: são 2,4 empreendedores que dizem ter aberto seus negócios por conta de alguma oportunidade contra um por necessidade.
O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. Tem um “emprecariado”. Entre cada dez brasileiros donos do próprio negócio, sete recebem menos de três salários mínimos, média bastante similar à do restante da população. Com a criação de modalidades como o MEI, o Micro Empreendedor individual, abrir um negócio pode ter se tornado mais fácil para boa parte da população. Na média, porém, seguimos a passos de lesma. Precisamos de 119 dias em média para colocar uma empresa em funcionamento, com tudo em ordem. Na China, bastam 38 dias. Na Nova Zelândia, 30 minutos – sim, lá é tudo pela internet mesmo.
(Por Felipe Hermes, Superinteressante/out.2017)
No texto acima, o autor, ao mesmo tempo em que discorre sobre a interferência da burocracia na criação de empresas, opina sobre o tema. Seguem os tópicos temáticos depreendidos a partir do texto:
I- Inicialmente, o autor aponta a diferença quanto ao número de pessoas jurídicas no Brasil em comparação ao dos EUA, evidenciando, pois, o grande problema do empreendedorismo no Brasil, não só devido à desproporção da diferença apontada, já que a população do Brasil é menor, mas porque o maior número de empresários não representa mais riqueza.
II- No decorrer do texto, o autor aponta as razões que levam à criação de uma empresa no Brasil, que diferem das dos EUA– se no Brasil a razão é o desemprego ou a insuficiência da renda obtida com o trabalho de carteira assinada, nos EUA, a abertura de um negócio decorre do surgimento de uma oportunidade.
III- Por último, o autor enfatiza que maior do que o obstáculo da lentidão no processo de colocar uma empresa em funcionamento no Brasil é o fato de grande parte desse empresariado ter uma renda similar à de pessoas que trabalham com carteira assinada, o que não ocorre em países como a Nova Zelândia e a China.
Da análise das proposições, pode-se dizer que é CORRETO o que se afirma apenas em
Como a burocracia atrapalha a criação de empregos.
Existem duas vezes mais empresários no Brasil do que nos EUA. E não. Isso não significa que temos mais gente endinheirada aqui do que lá. O grosso do nosso empresariado é formado por vendedores de coco, eletricistas, borracheiros. São exatos 48 milhões de pessoas jurídicas por aqui, número que supera com folga os 33 milhões que trabalham com carteira assinada.
Dentre as dez maiores economias do planeta, nenhuma chega sequer perto desses números. Nos EUA, que têm uma população 60% maior que a nossa, o número fica em 24 milhões.
Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: são 2,4 empreendedores que dizem ter aberto seus negócios por conta de alguma oportunidade contra um por necessidade.
O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. Tem um “emprecariado”. Entre cada dez brasileiros donos do próprio negócio, sete recebem menos de três salários mínimos, média bastante similar à do restante da população. Com a criação de modalidades como o MEI, o Micro Empreendedor individual, abrir um negócio pode ter se tornado mais fácil para boa parte da população. Na média, porém, seguimos a passos de lesma. Precisamos de 119 dias em média para colocar uma empresa em funcionamento, com tudo em ordem. Na China, bastam 38 dias. Na Nova Zelândia, 30 minutos – sim, lá é tudo pela internet mesmo.
(Por Felipe Hermes, Superinteressante/out.2017)
No fragmento textual abaixo exposto, são recorrentes alguns itens cuja função é encadear as informações, estabelecendo entre elas diferentes relações de sentido:
Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: [...]
O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. [...]
Assinale a alternativa que indica os sentidos expressos pelos itens OU SEJA, PORQUE, OU e COMO, respectivamente:
REFLEXÃO SOBRE BULLYING
Os mais novos precisam de limites – mas só isso não basta
SEMPRE QUE uma tragédia que envolve crianças ocorre, somos instigados a pensar e a refletir. Os mais novos são nossa responsabilidade, porque é neles que depositamos o destino da humanidade: serão eles que, num futuro breve, darão os rumos de nossa sociedade. Por isso, precisamos saber o que podemos fazer melhor, e o que estamos fazendo de pior para eles, mesmo sem termos consciência disso.
Creio que hoje quase todo mundo sabe que temos um Dia Mundial de combate ao Bullying – 20 de outubro -, e foi justamente nesse dia que ocorreu uma tragédia em nosso país, logo associada ao bullying. Um garoto de 14 anos usou uma arma de fogo para atirar em seus colegas de escola. Dois morreram e outros ficaram feridos.
Mas, afinal, o que é bullying? Em tempos de confusão sobre o tema, é bom esclarecer: é violência, física ou psicológica, praticada repetidamente por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa ou grupo. [...]
Por que o bullying ocorre, afinal? Não é uma questão simples, não há uma causa, mas uma rede formada por vários motivos diferentes. Primeiramente, porque a escola espelha a sociedade em que está inserida. Vamos reconhecer: vivemos há tempos em uma sociedade violenta! Pessoas matam outras porque foram abandonadas, por ter sido traídas, por dinheiro, porque brigaram no trânsito ou no futebol. Pessoas denigrem e agridem outras porque não concordam com suas posições. Xingamentos humilhantes tornam-se rotineiros e banais. Perdemos boa parte do que chamamos de civilidade.
[...] De nada adianta apenas dizer para crianças ou adolescentes “não façam isso” ou “façam aquilo”. É preciso acompanhar o processo. Temos negado nossa presença a eles porque estamos muito ocupados com nossas traquitanas tecnológicas, com nossa juventude, com nossos planos, com nossa vida. [...] Também não ensinamos que é possível lidar com as emoções que surgem repentinamente sem ser de modo intempestivo, que devemos nos relacionar com as diferenças sem julgar, que precisamos ter empatia e virtudes. Ensinamos apenas que é preciso ter êxito e sucesso, e ser popular! Agora, eu pergunto: o que nós, adultos, temos a ver com o bullying entre crianças e adolescentes? Nosso comportamento já diz: temos TUDO a ver!
(Rosely Sayão - Veja, 1º de novembro/17)
No que se refere à coerência textual, considerando a distribuição dos tópicos temáticos nos parágrafos para assegurar o ponto de vista assumido, é possível afirmar que a autora
I- direciona a argumentação no sentido de responsabilizar a escola em conscientizar as crianças e os adolescentes em relação aos males causados aos seus pares, devido à intolerância, de qualquer natureza, pois só assim é possível evitar tragédias nesse ambiente.
II- destaca o fato de a escola refletir o comportamento da sociedade, seguindo a argumentação na direção de alertar sobre a necessidade de cada cidadão dever dar bom exemplo, aprendendo a conviver com as diferenças, evitar julgamentos e não apenas dizer o que o jovem deve fazer, mas participar da sua formação.
III- atribui a falta de limites da criança ou do adolescente aos pais, que, estando sempre ocupados, não orientam os filhos, de modo que a argumentação vai na direção de apontar que a violência nas escolas decorre da má educação oferecida em casa.
Dentre as asserções, é CORRETO o que se afirma apenas em
REFLEXÃO SOBRE BULLYING
Os mais novos precisam de limites – mas só isso não basta
SEMPRE QUE uma tragédia que envolve crianças ocorre, somos instigados a pensar e a refletir. Os mais novos são nossa responsabilidade, porque é neles que depositamos o destino da humanidade: serão eles que, num futuro breve, darão os rumos de nossa sociedade. Por isso, precisamos saber o que podemos fazer melhor, e o que estamos fazendo de pior para eles, mesmo sem termos consciência disso.
Creio que hoje quase todo mundo sabe que temos um Dia Mundial de combate ao Bullying – 20 de outubro -, e foi justamente nesse dia que ocorreu uma tragédia em nosso país, logo associada ao bullying. Um garoto de 14 anos usou uma arma de fogo para atirar em seus colegas de escola. Dois morreram e outros ficaram feridos.
Mas, afinal, o que é bullying? Em tempos de confusão sobre o tema, é bom esclarecer: é violência, física ou psicológica, praticada repetidamente por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa ou grupo. [...]
Por que o bullying ocorre, afinal? Não é uma questão simples, não há uma causa, mas uma rede formada por vários motivos diferentes. Primeiramente, porque a escola espelha a sociedade em que está inserida. Vamos reconhecer: vivemos há tempos em uma sociedade violenta! Pessoas matam outras porque foram abandonadas, por ter sido traídas, por dinheiro, porque brigaram no trânsito ou no futebol. Pessoas denigrem e agridem outras porque não concordam com suas posições. Xingamentos humilhantes tornam-se rotineiros e banais. Perdemos boa parte do que chamamos de civilidade.
[...] De nada adianta apenas dizer para crianças ou adolescentes “não façam isso” ou “façam aquilo”. É preciso acompanhar o processo. Temos negado nossa presença a eles porque estamos muito ocupados com nossas traquitanas tecnológicas, com nossa juventude, com nossos planos, com nossa vida. [...] Também não ensinamos que é possível lidar com as emoções que surgem repentinamente sem ser de modo intempestivo, que devemos nos relacionar com as diferenças sem julgar, que precisamos ter empatia e virtudes. Ensinamos apenas que é preciso ter êxito e sucesso, e ser popular! Agora, eu pergunto: o que nós, adultos, temos a ver com o bullying entre crianças e adolescentes? Nosso comportamento já diz: temos TUDO a ver!
(Rosely Sayão - Veja, 1º de novembro/17)
Quanto à microestrutura textual, pode-se dizer que alguns elementos linguísticos, embora não sejam classificados como conjunções, têm papel importante na articulação das orações, funcionando como operadores argumentativos. Observe o que se afirma sobre algumas partículas presentes no texto REFLEXÃO SOBRE BULLYING da página anterior e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso.
( ) “Justamente” (L.5) é um advérbio de tempo, que junto à expressão “nesse dia”, remete à data comemorativa do combate ao bullying.
( ) “Afinal” (L. 08; 10) é um advérbio de caráter avaliativo que tem importante função comunicativa, pois chama a atenção para a
pergunta enunciada, imprimindo subjetividade ao texto.
( ) “Também” (L.17) é um advérbio de inclusão, que no contexto de uso, favorece a inferência de que muito mais do que é enunciado na oração deixou de ser ensinado.
( ) “Agora” (L.19) é um advérbio de tempo, que acumula, no contexto de uso, outra função a de marcador discursivo, de valor adversativo, ou conclusivo, servindo para chamar a atenção para a pergunta enunciada.
A sequência CORRETA é
REFLEXÃO SOBRE BULLYING
Os mais novos precisam de limites – mas só isso não basta
SEMPRE QUE uma tragédia que envolve crianças ocorre, somos instigados a pensar e a refletir. Os mais novos são nossa responsabilidade, porque é neles que depositamos o destino da humanidade: serão eles que, num futuro breve, darão os rumos de nossa sociedade. Por isso, precisamos saber o que podemos fazer melhor, e o que estamos fazendo de pior para eles, mesmo sem termos consciência disso.
Creio que hoje quase todo mundo sabe que temos um Dia Mundial de combate ao Bullying – 20 de outubro -, e foi justamente nesse dia que ocorreu uma tragédia em nosso país, logo associada ao bullying. Um garoto de 14 anos usou uma arma de fogo para atirar em seus colegas de escola. Dois morreram e outros ficaram feridos.
Mas, afinal, o que é bullying? Em tempos de confusão sobre o tema, é bom esclarecer: é violência, física ou psicológica, praticada repetidamente por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa ou grupo. [...]
Por que o bullying ocorre, afinal? Não é uma questão simples, não há uma causa, mas uma rede formada por vários motivos diferentes. Primeiramente, porque a escola espelha a sociedade em que está inserida. Vamos reconhecer: vivemos há tempos em uma sociedade violenta! Pessoas matam outras porque foram abandonadas, por ter sido traídas, por dinheiro, porque brigaram no trânsito ou no futebol. Pessoas denigrem e agridem outras porque não concordam com suas posições. Xingamentos humilhantes tornam-se rotineiros e banais. Perdemos boa parte do que chamamos de civilidade.
[...] De nada adianta apenas dizer para crianças ou adolescentes “não façam isso” ou “façam aquilo”. É preciso acompanhar o processo. Temos negado nossa presença a eles porque estamos muito ocupados com nossas traquitanas tecnológicas, com nossa juventude, com nossos planos, com nossa vida. [...] Também não ensinamos que é possível lidar com as emoções que surgem repentinamente sem ser de modo intempestivo, que devemos nos relacionar com as diferenças sem julgar, que precisamos ter empatia e virtudes. Ensinamos apenas que é preciso ter êxito e sucesso, e ser popular! Agora, eu pergunto: o que nós, adultos, temos a ver com o bullying entre crianças e adolescentes? Nosso comportamento já diz: temos TUDO a ver!
(Rosely Sayão - Veja, 1º de novembro/17)
Feita a leitura dos fragmentos expostos de I a V abaixo, responda ao que se pede.
I- “Quer ver desejo? / É o desejo tando desejando/ A lua olhando esse amor na brecha do telhado” (Jessier Quirino)
II- “Dois risquin de sobrancelha, os ói azul festejado/ Platibandinha de testa, sem franzido ou pinicado/ Linda não, aquelas tuia/ Dei dois viva de aleluia, nesse sonho iluminado”. (Linda não, aquelas tuia. Jessier Quirino).
III- “Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não”. (Arte de Amar. Manuel Bandeira).
IV- “Tenho em mim todos os sonhos do mundo”. (Fernando Pessoa)
V- “O ex-secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro Régis Fichtner foi preso nesta quinta-feira (23) em mais uma etapa da Operação Lava Jato realizada em território fluminense. ”
(Disponível em: > https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/11/23/ex-secretario-da-casa-civil-do-rio-e-empresarios-sao-alvo-de-esdobramento-da-lava-jato.htm<. Data da consulta: 22/11/2017.
Há registros de conotação apenas nos fragmentos
Texto 1
Antes de iniciar este livro, imaginei construi-lo pela divisão do trabalho. Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa. (Fragmentos do romance São Bernardo, Graciliano Ramos)
Disponível em: > https://veele.files.wordpress.com/2010/02/sc3a3obernardo-gracilianoramos.pdf<. Data da consulta: 22/11/2017.
Texto 2
Disponível em: > https://www.google.com.br/search?q=exemplos+de+publicidades+criativas&tbm=isch&tbs=rimg:CSHeD00PaY1eIjjOFXCVUkNHw3YS4w- <.
Data da consulta: 22/11/2017.
Texto 1
Antes de iniciar este livro, imaginei construi-lo pela divisão do trabalho. Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa. (Fragmentos do romance São Bernardo, Graciliano Ramos)
Disponível em: > https://veele.files.wordpress.com/2010/02/sc3a3obernardo-gracilianoramos.pdf<. Data da consulta: 22/11/2017.
Texto 2
Disponível em: > https://www.google.com.br/search?q=exemplos+de+publicidades+criativas&tbm=isch&tbs=rimg:CSHeD00PaY1eIjjOFXCVUkNHw3YS4w- <.
Data da consulta: 22/11/2017.
Texto 1
Antes de iniciar este livro, imaginei construi-lo pela divisão do trabalho. Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa. (Fragmentos do romance São Bernardo, Graciliano Ramos)
Disponível em: > https://veele.files.wordpress.com/2010/02/sc3a3obernardo-gracilianoramos.pdf<. Data da consulta: 22/11/2017.
Texto 2
Disponível em: > https://www.google.com.br/search?q=exemplos+de+publicidades+criativas&tbm=isch&tbs=rimg:CSHeD00PaY1eIjjOFXCVUkNHw3YS4w- <.
Data da consulta: 22/11/2017.
Avalie as assertivas abaixo, referentes ao enunciado “Use nossas impressoras e descubra por que temos inimigos”, na publicidade acima, e, em seguida, responda ao que se pede.
I- Há equívoco na grafia da palavra “por que”, já que esta deveria ser escrita, de acordo com a norma culta, e nesta situação comunicativa, da seguinte forma: “porque”.
II- A estratégia criativa, proposta na publicidade, de afirmar que “temos inimigos” pode se referir à tese de que a qualidade do produto, sendo incomparável, poderia gerar inveja, perseguição, e, com efeito, inimizade do produto concorrente.
III- Os verbos “use” e “descubra”, nestas circunstâncias frasais, estão em plena harmonia, em termos de uso das pessoas gramaticais, já que ambos estão conjugados na terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo.
Está CORRETO o que se afirma apenas em
No aviso reproduzido abaixo, há problema de redação provocado por desobediência às normas gramaticais.
Disponível em: >https://www.google.com.br/search?q=erros+de+ortogr%C3%A1ficos+engra%C3%A7ados&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=f97i1aW8C9MyZM%253A%252Csd KlnflC- Data da consulta: < 22/11/2017.
Acerca dos desvios presentes no texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
Leia com atenção os versos do poema abaixo e responda ao que se pede.
“Eu sei que vou sofrer/ Aeterna desventura de viver/ a espera de viver ao lado teu”.
(Tom Jobim)
Deduz-se, do ponto de vista sintático, que
A criação, o reconhecimento e a Lei da Autonomia são momentos marcantes que configuram a história da Universidade Estadual da Paraíba. Relacione as colunas abaixo considerando as informações listadas à esquerda
(1) Criação da UEPB (Estadualização) Lei nº 4.977 de 11/10/1987
(2) Reconhecimento pelo MECem Novembro de 1996
(3) Disposição da Autonomia da UEPB Lei nº 7.643 de 06/08/2004
( ) Assegurou à UEPB recursos orçamentários e financeiros para que ela se responsabilizassepelas despesas de seu custeio, pessoal, encargos e investimentos.
( ) Ato efetivado no 30º ano de fundação da UEPB, pelo Conselho Nacional de Educação, que deu condições para que a Universidade passasse à condição de Instituição de Ensino Superior.
( ) Por este, ato a UEPB absorveu professores e funcionários da Fundação Universidade Regional do Nordeste, e o seu quadro docente e técnico-administrativo passou a ser admitido por concurso público de provas e títulos.
( ) Determinou que recursos destinados à UEPBdevem ser repassados em duodécimos e que o índice percentual de cada ano não pode ser inferior ao do ano anterior.
A sequência CORRETA é:
Criada em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional orienta-se pelo propósito de disciplinar a educação escolar, que se vincula ao mundo do trabalho e à prática social. Analise as proposições abaixo relacionadas e classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) A LDB não permite que universidades mantidas pelo Poder Público tenham estatuto jurídico especial que atenda as especificidades relativas à estrutura, organização e financiamento delas. Também não admite que as universidades definam a carreira e o regime jurídico do seu pessoal.
( ) É na LDB que se determina o processo que autoriza e reconhece os cursos de nível superior e das próprias Instituições de Ensino Superior, sejam públicas ou privadas, com a ressalva de que a autorização e o reconhecimento têm prazos limitados, com renovação periódica.
( ) A LDB estabelece que, no caso das Instituições de Ensino Superior públicas (a exemplo da Universidade Estadual da Paraíba), o Poder Executivo, responsável por sua manutenção, deve acompanhar o saneamento financeiro e fornecer recursos adicionais para superação de deficiências.
( ) Considerando que as Universidade devem exercer a autonomia, a LDB lhes assegura criar, organizar e extinguir cursos e programas de educação superior e fixar os currículos dos seus cursos e programas, desde que sejam observadas as diretrizes gerais da própria LDB.
( ) ALDB avançou nos procedimentos democráticos quando garantiu às instituições públicas de educação superior princípios de gestão democrática, como a existência de órgãos colegiados deliberativos dos quais os segmentos da comunidade acadêmica e institucional participam.
A alternativa CORRETA é