Questões de Concurso Público IF-ES 2022 para Assistente de Aluno
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Flora está deixando a escola. Flora é aluna transgênero. Seu nome civil é Willian, seu nome social Flora. A escola já havia até mesmo adotado seu nome social nos documentos internos, como nos diários dos professores, mas não foi o suficiente. Por isso, Flora está deixando a escola. Lidar com o preconceito diário é doloroso; lutar contra a piadinha e o comentário depreciativos é doloroso; lidar com a falta de apoio da comunidade escolar é doloroso; assim como é doloroso ser invisibilizada nos primeiros minutos em que pisa a escola todos os dias. Ninguém vê Flora. Ninguém escuta Flora. Por isso, Flora está deixando a escola. Para ela, a escola tornou-se um não lugar. Agora, Flora está fora da escola.
(MOTTA, Gláucio Rodrigues. Flora está deixando a escola. Mimeo: Vila Velha, ES, 2022.)
A partir do texto sobre Flora e a escola, NÃO é coerente afirmar que:
Com base na sua experiência, João, o assistente de alunos, percebeu logo no início do seu trabalho que a colaboração de todo o coletivo escolar é fundamental para o êxito da organização e da manutenção do ambiente institucional. Como assistente de alunos, ele percebe, também, que por estar mais próximo dos estudantes, tem a oportunidade de atuar sobre problemas cotidianos que afetam esse ambiente, orientando a conduta dos alunos e alunas. Para isso, João sempre mantém atualizada sua leitura sobre o Código de Ética e Disciplina do Corpo Discente.
Assim, pode-se afirmar que João toma o Código de Ética Discente como um documento que tem como princípio fundamental:
Com base nas reflexões propostas pelo autor, pode-se afirmar que:
I. em relação à escola, a discussão sobre drogas vai além das drogas não aceitas socialmente, chegando à questão da medicamentalização de estudantes com problemas de comportamento e aprendizagem.
II. nos diagnósticos feitos a partir do desempenho escolar, constata-se baixo rendimento devido ao consumo de álcool por adolescentes, porém esse consumo parece afetar mais os comportamentos violentos de alunos.
III. os medicamentos prescritos atendem a diagnósticos feitos a partir do desempenho escolar ou com base na identificação de transtornos que interferem no rendimento do aluno ou na convivência com os outros colegas.
IV. a violência e o uso de drogas como fenômenos sociais, históricos, culturais e políticos refletem no espaço escolar e interferem na prática pedagógica, devendo haver uma política estratégica própria de medicamentalização.
São CORRETAS apenas as afirmativas:
Em relação ao trote no Ifes, só NÃO é passível de sofrer medida educativa disciplinar o aluno ou a aluna que:
Analise o seguinte trecho.
Sobre sovas, peias e pisas
“Se na época da minha infância houvesse Lei Maria da Penha, mamãe e vovó teriam ido para a Ilha Grande. Como era costume nos anos 1960, também recebi os meus safanões familiares. Havia a pisa de cinto, o pancadão de mão aberta, o arremesso de sapato de bico fino, a chinelada e a temida surra de palmatória. A de nosso apartamento ficava na área de serviço, pendurada num prego em cima do tanque. Para chegar a apanhar de palmatória era preciso, no entanto, cometer algum deslize muito grave. Algo como mentir, conspurcar imagens cristãs ou xingar membros da família.”
(CASTELO, Carlos. Sobre sovas, peias e pisas. In: E+, 07 abr. 2022. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo/sobre-sovas-peias-e-pisas/)
O trecho acima, extraído da crônica de Carlos Castelo, mostra um período histórico do Brasil em que a prática dos castigos físicos era algo comum. No entanto, a Lei nº 8.069, de 13 julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), trouxe um conjunto de regras protetivas à criança e ao adolescente.
Em relação à escola, maus-tratos contra a criança ou o adolescente, a reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar (esgotados os recursos escolares), e elevados níveis de repetência devem ser obrigatoriamente comunicados pelos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental: