Questões de Concurso Público Casa Civil-SP 2010 para Executivo Público

O fato de advogar ações políticas fundadas na seita, na infiltração e na invisibilidade dá ao complô uma feição secreta e inclusive perigosa, o que, em princí- pio, lhe imputaria o caráter de ameaça, ainda que unicamente implícita.

A proposição fundamental de que o complô é ilegal faz que seja concebido como perigoso quando, na atividade política, se vale de seita e invisibilidade.

Presume-se que o complô, na fase inicial, adquire feições de conspiração, de onde decorre seu caráter ilegal; sem chamar a atenção, infiltra-se e divulga seu credo.

De maneira geral, o complô implica associação clandestina, o que lhe atribui tácita intimidação; seu modo de agir pressupõe a facção e o ocultamento.

A ilegalidade do complô se deve ? contrariamente à periculosidade de seu modo de ação, que é, de fato, simples ? à sua natureza secreta; na política, defende a seita e a invisibilidade, também quando se insinua em meios adversos.

Em um efeito paradoxal (linha 15), paradoxal remete a inaceitável falta de nexo ou de lógica.

O segmento em um mundo onde tudo se sabe (linha 17) expressa ponto de referência que, no processo de argumentação, mostra-se como de produtiva explicitação.

Em o próprio relato (linha 10), o emprego de próprio circunscreve o relato aos feitos pelos integrantes do complô.

O uso de De fato (linha 12) sinaliza que somente neste específico momento o autor revela sua opinião pessoal sobre o complô, constituindo as afirmações anteriores apenas um preâmbulo construído com ideias atribuídas ao senso comum.

Em uma relação concreta (linha 11), o emprego de concreta evidencia que as demais relações estabelecidas no texto para a conceituação de complô não têm apoio empírico.