Questões de Concurso Público TRE-TO 2011 para Analista Judiciário - Área Judiciária

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Q84672 Português
Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era
quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se
ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem
se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo
indica que a variedade de espécies de plantas, animais e
insetos de uma determinada área começa a ser uma
preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano
Internacional da Biodiversidade.
Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular,
convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem
importância fundamental para a espécie humana e para o
próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade
de espécies aparentemente não influencia a vida profissional,
social e econômica de quem está mergulhado nas decisões
mais prosaicas do dia a dia.
Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10a
Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo
plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma
visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."
Talvez seja um discurso um pouco vago devido à
urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se
um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente,
100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos
próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente
do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à
intervenção humana.
Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso
banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de
fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas
eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente
para a preservação das espécies e das áreas em que elas se
encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido
puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o
prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é
necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é
um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas
oferecem - como a purificação do ar e da água, o fornecimento
de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a
desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a
ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo
degradação ou sendo consumidos mais depressa do que
podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-
30, com adaptações)

... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram. (último parágrafo)

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:
Alternativas
Q84673 Português
Até alguns anos atrás, a palavra biodiversidade era
quase incompreensível para a maioria das pessoas. Hoje, se
ainda não chega a ser um tema que se discuta nos bares, vem
se incorporando cada vez mais na sociedade em geral. Tudo
indica que a variedade de espécies de plantas, animais e
insetos de uma determinada área começa a ser uma
preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano
Internacional da Biodiversidade.
Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular,
convencer governos e sociedades de que a biodiversidade tem
importância fundamental para a espécie humana e para o
próprio planeta é uma perspectiva remota. Afinal, a quantidade
de espécies aparentemente não influencia a vida profissional,
social e econômica de quem está mergulhado nas decisões
mais prosaicas do dia a dia.
Como diz Ahmed Djoghlaf, secretário-executivo da 10a
Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica, o objetivo desse encontro é "desenvolver um novo
plano estratégico para as próximas décadas, incluindo uma
visão para 2050 e uma missão para a biodiversidade em 2020."
Talvez seja um discurso um pouco vago devido à
urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se
um número tão grande de espécies ameaçadas. Diariamente,
100 delas entram em processo de extinção e calcula-se que nos
próximos 20 anos mais de 500 mil serão varridas definitivamente
do globo. Tudo isso ocorre, na maior parte, graças à
intervenção humana.
Nessas espécies encontra-se um vasto e generoso
banco genético, cuja exploração ainda engatinha, capaz de
fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas
eminentes. Esse fato poderia constituir argumento suficiente
para a preservação das espécies e das áreas em que elas se
encontram. No entanto, o raciocínio conservacionista tem sido
puramente contábil: quanto vale a biodiversidade, qual é o
prejuízo que representa sua diminuição e que investimento é
necessário para mantê-la. Nessa contabilidade, o que entra é
um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas
oferecem - como a purificação do ar e da água, o fornecimento
de água doce e de madeira, a regulação climática, a proteção a
desastres naturais, o controle da erosão e até a recreação. E a
ONU avisa: mais de 60% desses serviços estão sofrendo
degradação ou sendo consumidos mais depressa do que
podem ser recuperados.

(Roberto Amado. Revista do Brasil, outubro de 2010, pp. 28-
30, com adaptações)

... capaz de fornecer as mais diferentes soluções para questões humanas eminentes. (último parágrafo)

Considerando-se o par de palavras eminentes / iminentes, é correto afirmar que se trata de exemplo de
Alternativas
Q84674 Português
Em 1904, Kafka escreveu a seu amigo Oskar Pollak: "No
fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos
mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos
sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos
o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você?
Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros.
Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade,
poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros
que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de
alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos
façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta,
longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso
que acredito."

(Adaptado de Alberto Manguel. Uma história da leitura. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 113)

I. Kafka acredita que, para valer a pena ser lido, um livro deve surpreender e provocar o leitor, causando- lhe estranhamento e espanto.

II. Ao afirmar que Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros, Kafka paradoxalmente defende a ideia de que, apesar de oferecerem entretenimento, os livros não proporcionam um modo saudável de diversão, pois a leitura é uma atividade extremamente solitária.

III. As reflexões de Kafka são construídas por meio de imagens que traduzem o tipo de livro que o autor considera necessário ler: aquele que atinge o leitor como o pior dos infortúnios.

Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q84675 Português
Em 1904, Kafka escreveu a seu amigo Oskar Pollak: "No
fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos
mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos
sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos
o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você?
Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros.
Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade,
poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros
que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de
alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos
façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta,
longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso
que acredito."

(Adaptado de Alberto Manguel. Uma história da leitura. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 113)

Para que nos faça feliz...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:
Alternativas
Q84676 Português
Em 1904, Kafka escreveu a seu amigo Oskar Pollak: "No
fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos
mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos
sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos
o trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você?
Seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros.
Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade,
poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros
que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de
alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos
façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta,
longe de qualquer presença humana, como um suicídio. É nisso
que acredito."

(Adaptado de Alberto Manguel. Uma história da leitura. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 113)

... por que nos darmos o trabalho de lê-lo?

A expressão que contém o mesmo sentido do segmento grifado acima é:
Alternativas
Respostas
6: D
7: C
8: D
9: D
10: B