Questões de Concurso Público SEDU-ES 2016 para Professor - Sociologia
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Visto em perspectiva histórica ampla, o Estado-nação latino-americano e caribenho expressa, às vezes muito claramente, os desenvolvimentos excepcionais e os impasses radicais, compreendendo tanto novas e surpreendentes possibilidades de transformação como a emergência de crises de amplas proporções.
(Adaptado de: IANNI, Octavio. O Estado-nação na época da globalização. Novos Rumos, São Paulo, n. 31, 1999, p. 18)
Como consequência da globalização para os Estados nacionais latino-americanos e caribenhos é correto afirmar que
Ao sairmos do batel, disse o Capitão que seria bom irmos em direitura à cruz que estava encostada a uma árvore, junto ao rio, a fim de ser colocada amanhã, sexta-feira, e que nos puséssemos todos de joelhos e a beijássemos para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim fizemos. E a esses dez ou doze que lá estavam, acenaram-lhes que fizessem o mesmo; e logo foram todos beijá-la.
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências.
(A carta, de Pero Vaz de Caminha, p. 11-12. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)
Partindo do trecho da correspondência escrita à época da chegada dos portugueses ao Brasil, considere as proposições abaixo sobre o conceito de etnocentrismo.
I. Constitui uma forma de violência física que invariavelmente resulta no extermínio, na escravização e na subjugação do “outro” para o domínio de seu território e de suas riquezas, conforme motivações alheias a seus valores e regras de conduta.
II. Trata-se de um fenômeno cultural que se manifesta apenas em algumas sociedades humanas e que decorre das particularidades de cada uma delas.
III. Caracteriza-se pela avaliação de sociedades culturalmente distintas em relação à do observador, segundo os critérios, valores e interesses de sua própria formação social e que resulta no menosprezo e subestimação das condutas e costumes diversos daqueles em que foi socializado.
IV. É definido frequentemente pela aceitação ponderada dos elementos culturais estranhos ao observador, o qual busca analisar e compreender suas especificidades.
V. Em suas manifestações mais extremadas, a postura etnocêntrica acaba por produzir práticas que conduzem os membros de determinada cultura a perceberem os estrangeiros como “coisas”, negando-lhes, assim, a sua condição humana.
Está correto o que se afirma APENAS em
(...) rompe com a tradição positivista que faz da sociedade uma realidade objetiva e do ator um agente sem história nem paixão e amplamente preso a um conjunto de valores que lhe predeterminam os comportamentos.
(Adaptado de: LALLEMENT, Michel. História das ideias sociológicas. Petrópoles: Vozes, 2004, p. 308)
(...) em cada contexto, as pessoas chegam a tecer (criativamente) universos de significado (memórias) compartilhados, cuja inteligibilidade só é possível, na verdade, de acordo com a especificidade daqueles contextos (...)
(Adaptado de: DOMINGUES, José Maurício. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 32)
(...) os construtos empíricos são a própria realidade social, independentemente de serem cientificamente adequados ou não. (...) As atividades e a fala dos atores sociais são interpretadas como formas linguísticas que são compreendidas publicamente, em situações definidas. (...) O cientista social deve realizar estudos descritivos das expressões indexais em sua diversidade empírica.
(Adaptado de: Nunes, Jordão Horta. As metáforas nas ciências sociais. Goiânia, Editora UFG, 2000, p. 151)
Os trechos anteriores referem-se a uma corrente teórico-metodológica da sociologia chamada: