Questões de Concurso Público MPE-PE 2018 para Técnico Ministerial - Administrativa

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Q950373 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A família dos porquês


    A lógica costuma definir três modalidades distintas no uso do termo “porque": o “porque” causal (“a jarra quebrou porque caiu"); o explicativo (“recusei o doce porque desejo emagrecer"); e o indicador de argumento (“volte logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que precisam ser considerados.
    Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre assim?" Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo inconformado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve: ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito."
    A explicação do médico é irretocável, mas seria a resposta ao “por quê" do pai inconsolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os porquês que mais importam. O “porque" da ciência médica nem sequer arranha o “por quê" do pai desconsolado.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
Ao considerar os distintos empregos da palavra “porque”, o autor do texto defende sobretudo a ideia de que
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Q950374 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A família dos porquês


    A lógica costuma definir três modalidades distintas no uso do termo “porque": o “porque” causal (“a jarra quebrou porque caiu"); o explicativo (“recusei o doce porque desejo emagrecer"); e o indicador de argumento (“volte logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que precisam ser considerados.
    Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre assim?" Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo inconformado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve: ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito."
    A explicação do médico é irretocável, mas seria a resposta ao “por quê" do pai inconsolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os porquês que mais importam. O “porque" da ciência médica nem sequer arranha o “por quê" do pai desconsolado.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
Analisando-se a pergunta do pai e a resposta do médico, deve-se concluir que
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Q950375 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A família dos porquês


    A lógica costuma definir três modalidades distintas no uso do termo “porque": o “porque” causal (“a jarra quebrou porque caiu"); o explicativo (“recusei o doce porque desejo emagrecer"); e o indicador de argumento (“volte logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que precisam ser considerados.
    Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre assim?" Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo inconformado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve: ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito."
    A explicação do médico é irretocável, mas seria a resposta ao “por quê" do pai inconsolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os porquês que mais importam. O “porque" da ciência médica nem sequer arranha o “por quê" do pai desconsolado.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
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Q950376 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A família dos porquês


    A lógica costuma definir três modalidades distintas no uso do termo “porque": o “porque” causal (“a jarra quebrou porque caiu"); o explicativo (“recusei o doce porque desejo emagrecer"); e o indicador de argumento (“volte logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que precisam ser considerados.
    Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre assim?" Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo inconformado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve: ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito."
    A explicação do médico é irretocável, mas seria a resposta ao “por quê" do pai inconsolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os porquês que mais importam. O “porque" da ciência médica nem sequer arranha o “por quê" do pai desconsolado.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
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Q950377 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A família dos porquês


    A lógica costuma definir três modalidades distintas no uso do termo “porque": o “porque” causal (“a jarra quebrou porque caiu"); o explicativo (“recusei o doce porque desejo emagrecer"); e o indicador de argumento (“volte logo, você sabe por quê”). Mas há outros aspectos que precisam ser considerados.
    Imagine, por exemplo, que alguém inconformado com a morte de uma pessoa especialmente querida exclama: “Eu não consigo entender, isso não podia ter acontecido, por que não eu? Por que uma criatura tão jovem e cheia de vida morre assim?" Um médico solícito, se a ouvir nesse desabafo inconformado, poderá dizer-lhe: “Sinto muito pela perda, mas eu examinei o caso de sua filha e posso dizer-lhe o que houve: ela padecia de má-formação vascular e foi vítima da ruptura da artéria carótida que irriga o lobo temporal direito."
    A explicação do médico é irretocável, mas seria a resposta ao “por quê" do pai inconsolável? Os porquês da ciência são por vezes rasos: mapas, registros e explicações cada vez mais precisas e minuciosas da superfície causal do que acontece. Eles excluem de antemão como ilegítimos os porquês que mais importam. O “porque" da ciência médica nem sequer arranha o “por quê" do pai desconsolado.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 30-31.)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do PLURAL para integrar adequadamente a frase:
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Q950378 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Presente para Maria da Graça


    Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
    Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
    Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
    Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem, Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Ao oferecer o livro que escolheu para presentear Maria da Graça, o narrador afirma que “esse livro é doido”,
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Q950379 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Presente para Maria da Graça


    Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
    Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
    Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
    Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem, Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que chamamos de realidade.
O que está dito na frase acima encontra-se basicamente reproduzido nesta outra redação:
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Q950380 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Presente para Maria da Graça


    Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
    Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
    Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
    Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem, Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Há presença de forma verbal na voz passiva e adequada correlação entre os tempos e modos verbais na frase:
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Q950381 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Presente para Maria da Graça


    Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
    Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
    Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
    Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem, Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Considerando-se o contexto, está correta a seguinte observação sobre um procedimento do texto:
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Q950382 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Presente para Maria da Graça


    Quando ela chegou à idade avançada de quinze anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas. Esse livro é doido, Maria da Graça. Isto é: o sentido dele está em ti.
    Escuta: se não descobrires algum sentido que há em toda loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler esse livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. A realidade, Maria, é louca.
    Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. “Quem sou eu neste mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de toda história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta: o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
    Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto costumam perguntar: “Quem ganhou?” Bobagem, Maria. Há mais sentido nas saudáveis loucuras da nossa imaginação do que na seriedade que atribuímos a algumas bobagens que chamamos de “realidade”.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 191-192)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
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Respostas
1: C
2: E
3: D
4: A
5: B
6: C
7: A
8: B
9: D
10: E