Questões de Concurso Público TJ-AL 2024 para Técnico Judiciário - Área Judiciária

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Q2575200 Português
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.


       A idolatria do PIB. - O PIB é invenção recente. A ideia de medir a variação do valor monetário dos bens e serviços produzidos a cada ano surgiu no período entreguerras, mas foi só em meados do século passado que os órgãos oficiais passaram a calcular e publicar dados de PIB para os diferentes países. Nenhum dos grandes economistas clássicos - Smith, Ricardo, Malthus, Marx ou Mill - jamais foi instado a prever o PIB do ano ou trimestre seguintes. O culto do PIB como métrica de sucesso das nações tomou-se uma espécie de religião do nosso tempo. O crescimento é a meta suprema em nome da qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas, e um antropólogo marciano poderia supor que o acrônimo PIB nomeia a nossa divindade-mor na vida pública enquanto o afã de consumo preenche o vazio da existência na esfera privada. - Mas o que exatamente está sendo medido? Imagine uma comunidade na qual a água potável é um bem livre e desfrutado por todos com a mesma facilidade com que obtemos o ar que respiramos, suponha, no entanto, que as fontes de água foram poluídas e agora se tornou necessário purificá-la, engarrafá-la e distribuí-la, de modo que todos precisam trabalhar um pouco mais a fim de comprá-la no mercado - o que acontece com o PIB dessa comunidade? O erro não é de magnitude, mas de sinal: as pessoas empobreceram, ao passo que o PIB total e o PIB per capita subiram. Daí que: se eu moro perto do meu local de trabalho e posso caminhar até ele, o PIB nada registra; mas, se preciso tomar uma condução e pagar o bilhete (sem falar no tempo encalacrado no trânsito), ele sobe. Se eu gosto do que faço, embora ganhando menos do que poderia, e passo a trabalhar sem a menor alegria para um mundo caduco, mas recebendo um aumento por isso, o PIB sobe. O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais. E, quando se tomar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo.


(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise civilizatória. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. pp. 51-52)
Ao afirmar-se que O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais, o autor reforça
Alternativas
Q2575201 Português
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       A idolatria do PIB. - O PIB é invenção recente. A ideia de medir a variação do valor monetário dos bens e serviços produzidos a cada ano surgiu no período entreguerras, mas foi só em meados do século passado que os órgãos oficiais passaram a calcular e publicar dados de PIB para os diferentes países. Nenhum dos grandes economistas clássicos - Smith, Ricardo, Malthus, Marx ou Mill - jamais foi instado a prever o PIB do ano ou trimestre seguintes. O culto do PIB como métrica de sucesso das nações tomou-se uma espécie de religião do nosso tempo. O crescimento é a meta suprema em nome da qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas, e um antropólogo marciano poderia supor que o acrônimo PIB nomeia a nossa divindade-mor na vida pública enquanto o afã de consumo preenche o vazio da existência na esfera privada. - Mas o que exatamente está sendo medido? Imagine uma comunidade na qual a água potável é um bem livre e desfrutado por todos com a mesma facilidade com que obtemos o ar que respiramos, suponha, no entanto, que as fontes de água foram poluídas e agora se tornou necessário purificá-la, engarrafá-la e distribuí-la, de modo que todos precisam trabalhar um pouco mais a fim de comprá-la no mercado - o que acontece com o PIB dessa comunidade? O erro não é de magnitude, mas de sinal: as pessoas empobreceram, ao passo que o PIB total e o PIB per capita subiram. Daí que: se eu moro perto do meu local de trabalho e posso caminhar até ele, o PIB nada registra; mas, se preciso tomar uma condução e pagar o bilhete (sem falar no tempo encalacrado no trânsito), ele sobe. Se eu gosto do que faço, embora ganhando menos do que poderia, e passo a trabalhar sem a menor alegria para um mundo caduco, mas recebendo um aumento por isso, o PIB sobe. O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais. E, quando se tomar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo.


(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise civilizatória. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. pp. 51-52)
Leta, atentamente, o trecho da canção Pois é, pra quê? (Sidney Miller):

O imposto, a conta, o bazar barato / O relógio aponta o momento exato / Da morte incerta, a gravata enforca / O sapato aperta, O pais exporta / E na minha porta ninguém quer ver / Uma sombra morta, pois é, pra quê?.

O trecho de “A idolatria do PIB" que confirma a crítica expressa na canção “Pais é, pra quê” é:
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Q2575202 Português
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       A idolatria do PIB. - O PIB é invenção recente. A ideia de medir a variação do valor monetário dos bens e serviços produzidos a cada ano surgiu no período entreguerras, mas foi só em meados do século passado que os órgãos oficiais passaram a calcular e publicar dados de PIB para os diferentes países. Nenhum dos grandes economistas clássicos - Smith, Ricardo, Malthus, Marx ou Mill - jamais foi instado a prever o PIB do ano ou trimestre seguintes. O culto do PIB como métrica de sucesso das nações tomou-se uma espécie de religião do nosso tempo. O crescimento é a meta suprema em nome da qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas, e um antropólogo marciano poderia supor que o acrônimo PIB nomeia a nossa divindade-mor na vida pública enquanto o afã de consumo preenche o vazio da existência na esfera privada. - Mas o que exatamente está sendo medido? Imagine uma comunidade na qual a água potável é um bem livre e desfrutado por todos com a mesma facilidade com que obtemos o ar que respiramos, suponha, no entanto, que as fontes de água foram poluídas e agora se tornou necessário purificá-la, engarrafá-la e distribuí-la, de modo que todos precisam trabalhar um pouco mais a fim de comprá-la no mercado - o que acontece com o PIB dessa comunidade? O erro não é de magnitude, mas de sinal: as pessoas empobreceram, ao passo que o PIB total e o PIB per capita subiram. Daí que: se eu moro perto do meu local de trabalho e posso caminhar até ele, o PIB nada registra; mas, se preciso tomar uma condução e pagar o bilhete (sem falar no tempo encalacrado no trânsito), ele sobe. Se eu gosto do que faço, embora ganhando menos do que poderia, e passo a trabalhar sem a menor alegria para um mundo caduco, mas recebendo um aumento por isso, o PIB sobe. O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais. E, quando se tomar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo.


(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise civilizatória. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. pp. 51-52)
É possível perceber uma relação de causa e consequência entre os seguintes segmentos do texto:
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Q2575203 Português
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       A idolatria do PIB. - O PIB é invenção recente. A ideia de medir a variação do valor monetário dos bens e serviços produzidos a cada ano surgiu no período entreguerras, mas foi só em meados do século passado que os órgãos oficiais passaram a calcular e publicar dados de PIB para os diferentes países. Nenhum dos grandes economistas clássicos - Smith, Ricardo, Malthus, Marx ou Mill - jamais foi instado a prever o PIB do ano ou trimestre seguintes. O culto do PIB como métrica de sucesso das nações tomou-se uma espécie de religião do nosso tempo. O crescimento é a meta suprema em nome da qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas, e um antropólogo marciano poderia supor que o acrônimo PIB nomeia a nossa divindade-mor na vida pública enquanto o afã de consumo preenche o vazio da existência na esfera privada. - Mas o que exatamente está sendo medido? Imagine uma comunidade na qual a água potável é um bem livre e desfrutado por todos com a mesma facilidade com que obtemos o ar que respiramos, suponha, no entanto, que as fontes de água foram poluídas e agora se tornou necessário purificá-la, engarrafá-la e distribuí-la, de modo que todos precisam trabalhar um pouco mais a fim de comprá-la no mercado - o que acontece com o PIB dessa comunidade? O erro não é de magnitude, mas de sinal: as pessoas empobreceram, ao passo que o PIB total e o PIB per capita subiram. Daí que: se eu moro perto do meu local de trabalho e posso caminhar até ele, o PIB nada registra; mas, se preciso tomar uma condução e pagar o bilhete (sem falar no tempo encalacrado no trânsito), ele sobe. Se eu gosto do que faço, embora ganhando menos do que poderia, e passo a trabalhar sem a menor alegria para um mundo caduco, mas recebendo um aumento por isso, o PIB sobe. O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais. E, quando se tomar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo.


(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise civilizatória. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. pp. 51-52)
Ao se substituir o trecho sublinhado pelo indicado entre parêntesis, a frase continuará cometa em:
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Q2575204 Português
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       A idolatria do PIB. - O PIB é invenção recente. A ideia de medir a variação do valor monetário dos bens e serviços produzidos a cada ano surgiu no período entreguerras, mas foi só em meados do século passado que os órgãos oficiais passaram a calcular e publicar dados de PIB para os diferentes países. Nenhum dos grandes economistas clássicos - Smith, Ricardo, Malthus, Marx ou Mill - jamais foi instado a prever o PIB do ano ou trimestre seguintes. O culto do PIB como métrica de sucesso das nações tomou-se uma espécie de religião do nosso tempo. O crescimento é a meta suprema em nome da qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas, e um antropólogo marciano poderia supor que o acrônimo PIB nomeia a nossa divindade-mor na vida pública enquanto o afã de consumo preenche o vazio da existência na esfera privada. - Mas o que exatamente está sendo medido? Imagine uma comunidade na qual a água potável é um bem livre e desfrutado por todos com a mesma facilidade com que obtemos o ar que respiramos, suponha, no entanto, que as fontes de água foram poluídas e agora se tornou necessário purificá-la, engarrafá-la e distribuí-la, de modo que todos precisam trabalhar um pouco mais a fim de comprá-la no mercado - o que acontece com o PIB dessa comunidade? O erro não é de magnitude, mas de sinal: as pessoas empobreceram, ao passo que o PIB total e o PIB per capita subiram. Daí que: se eu moro perto do meu local de trabalho e posso caminhar até ele, o PIB nada registra; mas, se preciso tomar uma condução e pagar o bilhete (sem falar no tempo encalacrado no trânsito), ele sobe. Se eu gosto do que faço, embora ganhando menos do que poderia, e passo a trabalhar sem a menor alegria para um mundo caduco, mas recebendo um aumento por isso, o PIB sobe. O PIB, em suma, mede o valor monetário dos bens e serviços que transitam pelo sistema de preços - e nada mais. E, quando se tomar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo.


(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos: uma perspectiva brasileira da crise civilizatória. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. pp. 51-52)
Na conclusão do texto, a frase: E, quando se tornar inevitável portar garrafinhas de oxigênio na cintura a fim de seguir respirando, o PIB subirá de novo,
Alternativas
Respostas
16: C
17: B
18: D
19: C
20: C