Questões de Concurso Público Prefeitura de Concórdia - SC 2018 para Professor - Língua Portuguesa
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Considere as frases abaixo em seu contexto (texto).
1. Um dos mecanismos operativos aí presentes é confundir uma determinada variedade com a própria língua. (2º parágrafo)
2. Se não perdermos de vista essa perspectiva da heterogeneidade intrínseca do que chamamos de língua, podemos, em princípio, continuar a usar, por razões práticas, esse termo e suas designações singulares. (3º parágrafo)
3. Destrinçar o emaranhado de critérios culturais e políticos que historicamente dá forma ao conceito imaginário de língua, assim como explicar seu funcionamento sociocultural constituem tarefas da Linguística. (4º parágrafo)
Assinale a alternativa correta.
( ) Em “– Sexo não tem feminino?” e “–Só tem sexo masculino?”, as formas verbais sublinhadas têm o mesmo significado nas duas ocorrências. ( ) A construção “tu mesmo disse” é uma marca linguística de informalidade no texto. ( ) As falas “Desculpe” e “vai brincar, vai”, dirigidas pelo pai ao filho, apresentam marcas de variação linguística nas formas de tratamento, pois, de acordo com a norma culta, concordam com os pronomes “você” e “tu”, respectivamente. ( ) Na passagem “– O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra ‘sexo’ é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.”, há uma incoerência semântica e temática. ( ) Em “– Por que não? – Porque não!”, a grafia diferente das palavras sublinhadas deve-se ao fato de a primeira iniciar uma pergunta e a segunda iniciar uma resposta.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Infolatria tecnofágica: a era do smartphone
A cibercultura e as realidades virtuais estão transformando radicalmente a nossa experiência psicossocial coletiva: a forma como vivemos, nos comportamos, nos sentimos, nos compreendemos e a própria realidade ao nosso redor.
Toda essa cultura cibernético-informacional é, de fato, incrivelmente cômoda, útil, funcional, sedutora, mas, ainda assim, afirmamos que mais informação circulando nas redes e mídias não significa de modo algum mais conhecimento assimilado, educação, cidadania; e que muito menos a tecnologia, por si, seja sinal seguro de mais esclarecimento, humanidade, erudição e desenvolvimento cultural. O que vale dizer que mais disponibilidade – de dados, conteúdos, twitters, posts, zaps e congêneres – não determina, por si só, qualquer tipo de evolução cognitiva e intelectual.
Outro mito muito propalado aos quatro ventos é o de que a tecnologia seria essencial e necessariamente benéfica às coletividades humanas. O que é – diga-se – uma balela. Pois nós – que pesquisamos a referida matéria há quase uma década – chegamos à dura conclusão de que as tecnologias sempre acabam servindo primeiro aos poderes hegemônicos já dominantes e, tardiamente, à sociedade de uma maneira mais ampla. Sim, pois os investidores que apostam nesses projetos só o fazem com vistas – é óbvio – ao retorno financeiro que eles possam proporcionar, e não num altruísmo improvável que não tem lugar no mundo materialista e venal que aí está. Mesmo porque vivemos numa realidade mercantilista, cuja lógica comercial rege grande parte das relações sociais humanas e assim molda a realidade factual, consuma o presente e vai plasmando também o próprio futuro.
Ipso facto, podemos afirmar que a cibercultura e o ciberespaço seguem as mesmas leis, operam no mesmo meio societal, sob o mesmo regime econômico, e, por isso mesmo, estão sujeitos às mesmas dinâmicas. E essa fixação – que hoje se observa em relação, por exemplo, aos smartphones, seu culto e massiva utilização – reflete exatamente essa exploração das massas por meio das tecnologias e da própria cultura que se cria em torno delas. Em pouquíssimas palavras, a pessoa paga uma verdadeira fortuna para comprar o aparelho, e ainda adquire um custo fixo considerável para o fornecimento de um serviço – frise-se – que é executado, em sua maioria, por máquinas e sequências algorítmicas. Sim, pois mais uma linha telefônica conectada à rede de qualquer operadora significa, na prática, apenas um comando de computador.
QUARESMA, Alexandre.
<http://sociologiacienciaevida.com.br/infolatria-tecnofagica-era-do-smartphone/> Acesso em 27/março/2018. [Adaptado]
1. O que vale dizer que mais disponibilidade – de dados, conteúdos, twitters, posts, zaps e congêneres – não determina, por si só, qualquer tipo de evolução cognitiva e intelectual. (2o parágrafo) 2. Outro mito muito propalado aos quatro ventos é o de que a tecnologia seria essencial e necessariamente benéfica às coletividades humanas. (3o parágrafo) 3. […] chegamos à dura conclusão de que as tecnologias sempre acabam servindo primeiro aos poderes hegemônicos já dominantes e, tardiamente, à sociedade de uma maneira mais ampla. (3o parágrafo)
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Em 1, “vale dizer” e “por si só” podem ser substituídos, respectivamente, por “decorre” e “apenas”, sem prejuízo de significado no texto. ( ) Em 1, “cognitiva e intelectual” e em 3, “hegemônicos” funcionam como adjuntos adnominais. ( ) Em 2, “mito” e “tecnologia” funcionam como núcleo de sujeitos simples. ( ) Em 2, “às coletividades humanas” funciona como objeto indireto. ( ) Em 3, “de que” introduz uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.