Questões de Concurso Público AL-MT 2013 para Professor - Língua Portuguesa
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2013
Banca:
FGV
Órgão:
AL-MT
Provas:
FGV - 2013 - AL-MT - Assistente Social
|
FGV - 2013 - AL-MT - Enfermeiro |
FGV - 2013 - AL-MT - Administrador |
FGV - 2013 - AL-MT - Psicólogo |
FGV - 2013 - AL-MT - Arquiteto |
FGV - 2013 - AL-MT - Técnico Legislativo - Nível Superior |
FGV - 2013 - AL-MT - Contador |
FGV - 2013 - AL-MT - Economista |
FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Administração de Rede de Segurança |
FGV - 2013 - AL-MT - Radialista |
FGV - 2013 - AL-MT - Professor - Língua Portuguesa |
FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Programador |
FGV - 2013 - AL-MT - Almoxarife |
FGV - 2013 - AL-MT - Editor de Textos |
FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Banco de Dados |
FGV - 2013 - AL-MT - Analista de Sistemas - Organização, Sistema e Métodos |
FGV - 2013 - AL-MT - Engenheiro Civil |
FGV - 2013 - AL-MT - Professor - Língua Inglesa |
FGV - 2013 - AL-MT - Jornalista |
FGV - 2013 - AL-MT - Fisioterapeuta |
FGV - 2013 - AL-MT - Publicitário |
Q417136
Português
Texto associado
Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
Fora de foco
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
Observem-se as quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase nas frases a seguir.
I. “que levavam à morte prematura”.
II. “legou à Humanidade doses substanciais de fármacos”.
III. “impensável viver sem eles à disposição”.
IV. “em relação à escala do uso de animais”.
Um dos princípios do uso desse acento é o que o indica em locuções adverbiais. Nesse caso, serve(m) de exemplo
I. “que levavam à morte prematura”.
II. “legou à Humanidade doses substanciais de fármacos”.
III. “impensável viver sem eles à disposição”.
IV. “em relação à escala do uso de animais”.
Um dos princípios do uso desse acento é o que o indica em locuções adverbiais. Nesse caso, serve(m) de exemplo
Q609304
Português
Texto associado
Os sebos
Outro dia resolvi peregrinar por alguns sebos do Centro da
cidade. Há quanto tempo! O hábito de frequentar sebos remonta
à minha juventude, quando ingressei na universidade. O Jornal do
Commercio publicava, aos domingos, em pequenos anúncios,
relações de livros e revistas, que tinham sido adquiridos por eles.
Segunda‐feira, às sete da manhã, eis‐me em frente à loja do sebo
que me interessava. A casa, daquelas bem antigas, só abria às
oito, mas, uma hora antes, se formava, na calçada, uma pequena
fila de bibliófilos. Abria muito cedo sim, porque o dono sabia da
ansiedade daqueles madrugadores. Situava‐se numa daquelas
ruas próximas à Praça Tiradentes. Se eu chegasse em segundo
lugar, corria o risco sério de o primeiro da fila querer exatamente
a obra que eu tanto sonhava ter em minha biblioteca, que acolhia
os primeiros livros. Frustração, por que passei algumas vezes,
horrível. Um dia de lamentações pela perda. Já era quase minha,
afinal! A aflição em querer adivinhar qual obra interessava ao
meu possível concorrente era muito forte. Que vontade de
perguntar logo que ele declinasse o nome do autor cobiçado. Era
um jovem, e meus companheiros de expectativa, bem mais
velhos. A época, outra, também impunha respeito aos mais
velhos. Muitos livros importantes, para aquele tempo, foram
sendo adquiridos assim pelo estudante de Letras.
(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)
A seguir estão quatro ocorrências do acento grave indicativo da
crase.
I. “O hábito de frequentar sebos remonta à minha juventude..."
II. “Segunda‐feira, às sete da manhã,..."
III. “...eis‐me em frente à loja do sebo...".
IV. “...ruas próximas à Praça Tiradentes".
Assinale a alternativa que indica as ocorrências desse acento que seguem exatamente o mesmo princípio de uso.
I. “O hábito de frequentar sebos remonta à minha juventude..."
II. “Segunda‐feira, às sete da manhã,..."
III. “...eis‐me em frente à loja do sebo...".
IV. “...ruas próximas à Praça Tiradentes".
Assinale a alternativa que indica as ocorrências desse acento que seguem exatamente o mesmo princípio de uso.