Questões de Concurso Público IF-RN 2024 para Técnico de Laboratório - Área Edificações
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353829
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
De forma global, o texto tematiza
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353830
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
De acordo com o texto,
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353831
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
No sexto parágrafo, a partir do segundo período, o principal recurso coesivo de substituição empregado
foi
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
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|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353832
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Sobre as palavras “até” e “inclusive”, empregadas, respectivamente, no primeiro e no segundo parágrafos,
é correto afirmar:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
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|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
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Q2353833
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias
não são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são
ecológicos, impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre
sociedades desiguais, podem amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Sobre as quatro ocorrências da palavra “que”, é correto afirmar:
Sobre as quatro ocorrências da palavra “que”, é correto afirmar:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
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|
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353834
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos, impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
A expressão “as tecnologias” é retomada por
A expressão “as tecnologias” é retomada por
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353835
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos, impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Sobre a regência do verbo “implicar”, é correto afirmar que,
Sobre a regência do verbo “implicar”, é correto afirmar que,
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353836
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Considerando-se a progressão textual entre os parágrafos, é correto afirmar:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353837
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
Sobre os usos das aspas, no texto, é correto afirmar:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
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Q2353838
Português
Texto associado
LETRAMENTO ALGORÍTMICO: ENFRENTANDO A SOCIEDADE DA CAIXA PRETA
Mariana Ochs
Nos últimos anos, avançamos bastante no entendimento da necessidade urgente de construir a
autonomia dos jovens para que atuem nos ambientes informacionais da sociedade com segurança, ética e
responsabilidade. Cada vez mais presente nas normas educacionais, na legislação e em diversos esforços
da sociedade civil, a educação midiática apresenta-se como forma mais eficaz e sustentável de lidarmos com
desinformação, boatos, discursos de ódio, propaganda e outros fenômenos que podem violar direitos e até
desestabilizar a democracia.
Mas, além dos conteúdos que circulam nas mídias, há, também, a parte mais opaca dos ecossistemas
de comunicação: os algoritmos que, sujeitos a lógicas e interesses comerciais, personalizam o que vemos a
ponto de nos expor a recortes seletivos da realidade, direcionando comportamentos, moldando nossas
opiniões de maneira sutil e, por vezes, prejudicial. Esses algoritmos muitas vezes priorizam e reforçam
engajamento com conteúdo enviesados, ofensivos ou violentos, podendo, inclusive, empurrar determinados
indivíduos mais suscetíveis para ambientes — e ações — extremistas.
Com os ambientes digitais mediando cada vez mais a nossa visão de mundo, enfrentar esses desafios
exige olharmos não só para as habilidades de acessar e avaliar mensagens mas também, e cada vez
mais, educar os jovens para perceber o funcionamento e os efeitos do próprio ambiente tecnológico. Em
tempos de inteligência artificial, em que perguntas humanas podem encontrar respostas incorretas ou
enviesadas criadas por sistemas preditivos, a computação precisa urgentemente entrar na pauta da educação
midiática.
No entanto, deve ser explorada de forma crítica, para entendermos os seus impactos sobre a justiça
social e a democracia — e não apenas como ferramenta de trabalho em uma sociedade digital. A esse novo
campo, que expande os limites da educação para a informação e oferece uma ponte entre a computação e a
educação midiática, chamamos de "letramento algorítmico crítico".
Hoje vivemos o crescimento exponencial da automação baseada em dados — tecnologias chamadas
de algorítmicas ou de inteligência artificial capazes de fazer previsões e tomar decisões a partir dos dados
que as alimentam. Esses sistemas operam de forma silenciosa e quase onipresente na vida contemporânea,
impactando desde a escolha do vídeo que vai ser apresentado a uma criança no YouTube até o sistema que
vai regular sua oferta de emprego ou de crédito quando crescer. É o que vem sendo chamado de "sociedade
da caixa preta”. Segundo o pesquisador australiano Neil Selwin, nesse modelo, decisões automatizadas,
geralmente invisíveis para o usuário comum, moldam seu acesso a direitos, serviços e informação.
Na prática, a educação midiática pode desenvolver as habilidades necessárias para que os jovens
sejam capazes de perceber, questionar e influenciar o comportamento dos sistemas tecnológicos. Crianças
e jovens devem ser levados a explorar as formas de funcionamento dos algoritmos que moldam os resultados
de nossas buscas na internet; podem questionar a ética dos sistemas de previsão e recomendação, ou ainda
o design por trás das interfaces das redes sociais que utilizam, incluindo os chamados "dark patterns", que
manipulam nossas decisões. Devem estar atentos a dinâmicas que promovem imagens inalcançáveis ou
vulnerabilizam determinados grupos. Precisam perceber e questionar exclusões ou vieses refletidos
na produção das IAs generativas. Sobretudo, devem entender os mecanismos de engajamento e de atenção
que favorecem conteúdos que segregam, ofendem e desestabilizam as comunidades.
Em suma, educar para as novas dinâmicas sociotécnicas implica reconhecer que as tecnologias não
são neutras e incorporam valores daqueles que as criam ou programam; que seus efeitos são ecológicos,
impactando e redefinindo relações sociais e econômicas; e que, agindo sobre sociedades desiguais, podem
amplificar exponencialmente as injustiças sociais e a exclusão.
Nesse novo ambiente, a educação midiática deve ir além de construir as habilidades de acessar,
avaliar e criar mensagens, examinando autoria, propósito e contexto; deve abranger também uma
compreensão mais profunda da dinâmica complexa, e muitas vezes oculta, entre os indivíduos, as mídias e
os sistemas tecnológicos que moldam nosso mundo. Sem a capacidade de identificar e agir sobre esses
sistemas, nos tornamos vulneráveis aos efeitos desestabilizadores da desinformação e da polarização, que
ameaçam as instituições e a própria paz social, e ao potencial excludente das IAs. É preciso abrir a caixa
preta.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 09 nov. 2023. (texto adaptado)
No quinto parágrafo, a voz do pesquisador australiano entrecruza-se com a voz da autora sob forma
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353839
Direito Administrativo
O Estatuto dos Servidores Públicos Federais (Lei n.º 8.112/1990) dispõe a respeito do Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais. Entre outras
matérias, o Estatuto versa sobre o Plano de Seguridade Social do servidor federal, compreendendo uma
série de benefícios para o servidor e sua família. Consoante às regras previstas na lei em destaque, à
família do servidor ativo que for afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada
pela autoridade competente, é devido, enquanto perdurar a prisão, auxílio-reclusão no valor de:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353840
Direito Administrativo
Ainda nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Federais (Lei n.º 8.112/1990), considera-se
noturno, para fins de percepção do Adicional Noturno, o serviço prestado pelo servidor em horário
compreendido entre
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
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Q2353841
Pedagogia
A Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
trazendo preceitos que reforçam o dever da família e do Estado na concretização desse direito social.
Conforme as disposições contidas na lei em destaque, constitui dever dos pais ou responsáveis efetuar
a matrícula das crianças na educação básica a partir dos:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353842
Direito Digital
Nos termos da Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018, também denominada Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD), as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar, entre outros princípios,
o da transparência, definido como uma garantia, aos titulares, de
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353843
Pedagogia
Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (Lei n.º 9.394/1996), compreendem as instituições de:
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353844
Legislação Federal
Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, criados pela Lei n.º 11.892/2008, têm como
órgão executivo a reitoria, composta por 1 Reitor e 5 Pró-Reitores. De acordo com as disposições do
citado diploma legal, os Reitores serão nomeados pelo Presidente da República, para mandato de
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353845
Legislação Federal
As normas de conduta dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas
estão previstas na Lei n.º 8.027, de 12 de abril de 1990. Nos termos da normativa em destaque, constitui
falta administrativa, punível com a pena de demissão, a bem do serviço público,
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
|
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353846
Direito Administrativo
A Lei Federal n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999, é o diploma que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal. Consoante às disposições da referida lei, ressalvados os casos
de comprovada má-fé, o direito da Administração Pública de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353847
Pedagogia
Nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n.º 9.394/1996), considerar-se-ão como de
manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos
básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a (à)
Ano: 2024
Banca:
FUNCERN
Órgão:
IF-RN
Provas:
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente em Administração
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FUNCERN - 2024 - IF-RN - Assistente de Aluno |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Enfermagem |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico em Contabilidade |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Tecnologia da Informação |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Multimídia |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Ciência |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Edificações |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Eletroeletrônica |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Química |
FUNCERN - 2024 - IF-RN - Técnico de Laboratório - Área Informática |
Q2353848
Direito Administrativo
De acordo com o disposto no art. 10 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992), constitui
ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa, que
enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º dessa Lei e, notadamente, a ação de