Questões de Concurso Público IF-SP 2014 para Técnico em Assuntos Educacionais
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Vale A Pena Morrer Por Isso?
Por pouco, uma onda de 20 metros de altura não matou a surfista carioca Maya Gabeira. Foi no mar de Portugal, em Nazaré, há coisa de duas semanas. A imprensa noticiou tudo em profusão, aos borbotões. Num dos sólidos solavancos líquidos do oceano bravio, Maya quebrou o tornozelo, caiu n' água, perdeu o fôlego, perdeu o ar dos pulmões, perdeu a consciência e quase perdeu a vida. Só sobreviveu porque o amigo Carlos Burle saltou do jet ski, conseguiu puxá-la para fora da espuma e levou-a até a praia, onde fez com que ela respirasse de novo graças a uma massagem cardíaca. Logo depois do susto, a maior estrela dos sete mares em matéria de ondas gigantes sorria: "Morri ... mas voltei".
Que bom. Que ótimo. Ufa! Maya, na crista de seus 26 anos, só espera o tornozelo ficar em forma para retomar sua rotina de "viver a vida sobre as ondas", como na velha canção de Lulu Santos e Nelson Motta. Aí, voltará a deslizar sobre riscos tão altos quanto os vagalhões que desafia.
A pergunta é: vale a pena?
A resposta é: mas é lógico que sim.
Mas dizer isso é dizer pouco. Vamos mais fundo: vale a pena por quê? Sabemos, até aqui, que parece existir mais plenitude numa aventura emocionante e incerta do que numa existência segura e modorrenta.
Mas por quê? Por que as emoções sublimes podem valer mais que a vida?
Se pensarmos sobre quem são e o que fazem os heróis da nossa era, talvez possamos começar a entender um pouco mais sobre isso. Os heróis de agora parecem querer morrer de overdose de adrenalina. Não precisam de drogas artificiais. Comem frutas e fazem meditação. Não falam mais de revoluções armadas. Estão dispostos a sacrificar a própria vida, é claro, mas não por uma causa política, não por uma palavra de ordem ou por uma bandeira universal ‒ basta-lhes uma intensa carga de prazer.
Além dos surfistas, os alpinistas, os velejadores e os pilotos de Fórmula 1 são nossos heróis. São caçadores de fortes emoções. Enfrentam dragões invencíveis, como furiosas ondas gigantescas ou montanhas hostis, geladas e íngremes. Cavalgam automóveis que zunem sobre o asfalto ou pranchas que trepidam a 80 quilômetros por hora sobre uma pedreira de água salgada. Não querem salvar princesa alguma. A princesa, eles deixam de gorjeta para o dragão nocauteado. O fragor da batalha vale mais que a administração da vitória.
Os heróis de agora não fazem longos discursos. São protagonistas de guerras sem conteúdo, guerras belas simplesmente porque são belas, muito embora sejam perfeitamente vazias. Qual o significado de uma onda gigante? Nenhum. Ela simplesmente é uma onda gigante, e esse é seu significado. Qual o sentido político de morrer com o crânio espatifado dentro de um carro de corrida? Nenhum, mas ali está a marca de alguém que se superou e que merece ser idolatrado. Os heróis de agora não são portadores de ideias. São apenas exemplos de destemor e determinação. São heróis da atitude, não da finalidade.
O sentido do heroísmo não foi sempre assim, vazio. Há poucas décadas, as coisas eram diferentes. Antes, os heróis não eram famosos pelas proezas físicas, mas pelas causas que defendiam. Che Guevara, por exemplo. É certo que ele gostava de viajar de motocicleta e tinha predileção por enveredar-se nas matas e dar tiro de espingarda, mas sua aura vinha da mística revolucionária. Ele era bom porque, aos olhos dos pais dos que hoje são jovens, dera a vida pelos pobres, mais ou menos como Jesus Cristo ‒ o suprassumo do modelo do herói que dá a vida pelo irmão.
Sabemos que Che é idolatrado ainda hoje, mas é bem possível que as novas gerações vejam nele um herói por outros motivos. Che não é um ídolo por ter professado o credo socialista, mas pela trilha aventurosa que seguiu. Aos olhos da juventude presente, a guerrilha não é bem uma tática, mas um esporte radical. O que faz de Che Guevara um ídolo contemporâneo, portanto, é menos a teoria da luta de classes e mais, muito mais, o gosto por embrenhar-se nas montanhas e fazer trekking, a boina surrada, o cabelo comprido, a aversão ao escritório, aos fichários e à gravata.
Nos anos 1970, os pais dos jovens de hoje idolatraram Che pelo que viam nele de conteúdo marxista. Hoje, os filhos dos jovens dos anos 1970 idolatram o mesmo personagem pelo que veem nele de performático (o socialismo não passou de um pretexto para a aventura). Num tempo em que as ideias foram esquecidas, o gesto radical sobrevive.
Maya Gabeira continuará no vigor do gesto. E nós continuaremos a amá-la por isso, porque nossa vida sem ideias ficou chata demais.
BUCCI, Eugênio. Vale a pena morrer por isso? Época. São Paulo, Globo, nº 807, 11 nov. 2013, p. 18,
Leia:
Dentre as missões da associação está repor árvores perdidas dentro da área do condomínio e a distribuir mudas à toda a população local.
Assinale a alternativa em que a frase acima foi reescrita CORRETAMENTE, de acordo com a norma padrão.
Observe a planificação de um cubo.
Essa planificação é de qual dos cubos abaixo?
As cartas de um baralho foram agrupadas em pares segundo uma relação lógica.
Qual é a carta que está faltando, sabendo-se que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A vale
1?
Na tabela seguinte, fazendo uma operação aritmética, dois dos números de cada linha ou
coluna têm, como resultado, o terceiro número.
Qual é o número que falta?
Observe as sequências de numerais.
Qual numeral está faltando na última sequência?
Observe a seguinte planilha do MS Excel.
Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o resultado da função
=SOMA(A1;A3;A5)
Relacione as previsões do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal na COLUNA I com as disposições do referido Código na COLUNA II.
COLUNA I
1. Regra deontológica.
2. Dever fundamental do servidor público.
3. Vedação dirigida ao servidor público.
COLUNA II
( ) “Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público o que quase sempre conduz a desordem das relações humanas.”
( ) “Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade de seu caráter, escolhendo sempre quando estiver diante de duas opções, a melhor e mais vantajosa para o bem comum.”
( ) “Ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.”
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Analise as seguintes afirmativas abaixo.
I. A remuneração do servidor público é custeada por todos, até por ele próprio.
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor público pode consolidar a moralidade do ato administrativo.
III. A função pública não deve ser considerada como exercício profissional, mas como uma forma de solidariedade com o próximo e de doação à sociedade.
A partir da análise, constituem regras deontológicas do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal as afirmativas
A Lei nº 9.394/ 96 estabelece a organização da educação básica em: pré-escola; ensino fundamental e ensino médio.
Analise as seguintes afirmativas sobre a educação básica e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 6 (seis) anos de idade.
( ) É direito público subjetivo o acesso à educação básica obrigatória, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.
( ) Cabe aos Estados oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental.
( ) A educação básica é obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Considerando-se o panorama atual das tendências educativas que mostram as linhas de força do pensamento e/ou da prática educativa, Martins (2006) estruturam-nas em dois blocos: o de contextos e o de respostas.
Sobre as tendências de contexto e de respostas, é INCORRETO afirmar que
Segundo Martins (2006), hoje se tem a antiga pretensão da educação para todos, com a exigência de que essa seja de qualidade e eficaz.
Analise as seguintes afirmativas sobre qualidade e eficácia escolar.
I. O questionamento sobre o significado investimentos na educação/formação passou a ser feito pelo Estado, preocupando-se em conhecer o que ocorria ou ocorre nas escolas e como torná-las mais eficazes.
II. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) descreve a educação de qualidade como aquela educação que assegura a todos os jovens a aquisição de conhecimentos/saberes, capacidades, competências, habilidades e atitudes necessárias para praticar na vida adulta.
III. A eficácia nos processos escolares passa a inserir as dimensões associadas com uma gestão de qualidade nas escolas, realizando tipos de avaliação (rendimento e desempenho acadêmico e institucional), para detectar os pontos fracos a melhorar.
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS as afirmativas
A Lei nº 9.394/ 96 concebe que educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Analise as seguintes afirmativas sobre a vinculação da educação com trabalho na Lei nº 9.394/ 96 e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A educação de jovens e adultos deverá articular-se, obrigatoriamente, com a educação profissional, na forma do regulamento.
( ) A orientação para o trabalho é uma das diretrizes a ser observada nos conteúdos curriculares da educação básica.
( ) Uma das finalidades da educação é a qualificação do educando para o trabalho.
( ) A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional no ensino médio poderão ser desenvolvidas apenas nas instituições especializadas em educação profissional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Para Freire (2001), a prática educativa é compreendida como um exercício contínuo em prol da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.
Para a prática educativa comprometida com a autonomia, é necessário, EXCETO:
Conforme mencionado por Coll e Monereo (2010), a Sociedade da Informação compreende novos modos de trabalhar, de comunicar-se, de relacionar-se, de aprender, de pensar e viver.
Analise as seguintes afirmativas sobre os impactos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na sociedade atual.
I. A incorporação das TIC às várias esferas da atividade humana, principalmente às atividades de trabalho e formativas, colaboram para fortalecer a tendência de projetar metodologias de trabalho e de ensino apoiadas na cooperação.
II. Ocorre o excesso de espaços e de tempo para a abstração e reflexão.
III. As competências necessárias para o cidadão enfrentar com garantias de êxito os processos de mudança e transformação que estão ocorrendo são: ser capaz de atuar com autonomia, ser capaz de interagir em grupos socialmente heterogêneos e ser capaz de usar recursos e instrumentos de forma interativa.
A partir dessa análise, conclui-se que estão CORRETAS as afirmativas