Questões de Concurso Público UFAL 2024 para Médico - Área: Medicina do Trabalho
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Nos cuidados com a criança, o adulto “investe” para o futuro, mas em relação ao velho age com duplicidade e má-fé. A moral oficial prega o respeito ao velho, mas quer convencê-lo a ceder seu lugar aos jovens. [...]. Se o idoso não cede à persuasão, à mentira, não se hesitará em usar a força. Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus!
A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que pode se traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só se permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e mesmo o conflito. Quantas relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro se expresse de modo repetitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso confronto pudesse causar o crescimento e a dor! Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria dar-lhe o nome de banimento ou discriminação. [...].
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças dos velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 77.
Assinale a alternativa que melhor resume as ideias do texto.
RAMOS, Graciliano, Cartas. Rio de Janeiro: Record, 1982, p. 134.
Dadas as afirmativas a respeito das ideias contidas no fragmento textual,
I. O que foi redigido e a linguagem utilizada situam o escritor como clássico, não de uma linguagem nacional, mas de uma variante brasileira.
II. O modo de falar do matuto, incorporado pelo autor à sua literatura, afasta-se do academicismo oficializado.
III. O autor do trecho enfatiza oscilações entre a correção do nível culto padrão da língua portuguesa e a oralidade regional. IV. Fica evidente que, na referida história, o que foi escrito vai figurar, sobretudo, na imagem do fazendeiro e no seu registro de linguagem.
verifica-se que estão corretas
Disponível em: https://linguadinamica.wordpress.com/2017/08/03/polissemia-homonimia-eparonomasia-em-tirinhas-e-musicas/. Acesso em: 3 jun. 2024.
De acordo com o que se observa nas falas dos personagens da tirinha, pode-se concluir que
I. o contexto, que não é narrativo, porém próprio da tira, favorece o emprego da polissemia como recurso de humor.
II. o efeito humorístico da tira foi produzido inicialmente pela pergunta do personagem feita à amiga. Em seguida, pelo uso das palavras “lançar” e “lançamento”, que assumiram um efeito polissêmico.
III. ocorre a ambiguidade lexical por polissemia.
IV. o leitor pode compreender o efeito de humor por ter conhecimento semântico específico que o permite interpretar a polissemia em jogo.
Das afirmativas, verifica-se que estão corretas apenas