Texto 1: Ele entrou, trazendo ainda nos olhos a fadiga da
noite ruim, quase passada em claro, no vaivém da rede, que
participava de sua inquietação e de seu nervoso, agitando-se num balanço seco e rangedor, ram, rem, ram,
rem!...como se estivesse também neurastênica e exausta.
Durante a vigília triste mais do que nunca o atormentara a
angústia de seu isolamento, a medonha desolação em que
andava a sua vida. A seca, com aquele sol eterno,
Conceição com sua indiferença tão fria e longínqua, e o
gado moribundo, os roçados calcinados, tudo crescia a seus
olhos, na sombra espessa do quarto, em desmedidas
proporções de pesadelo. Afinal sua energia e sua paciência
se revoltavam; naquela hora de opressão, o que queria era
uma solução cortante, rápida, que acabasse de vez com a
espera sem fim dum ano tão comprido e tão mau.
(Queiroz, R. O quinze.
https://vivelatinoamerica.files.wordpress.com/2016/03/o_quinze
_obra_-_rachel_de_queiroz.pdf)
Texto 2: O tema deste estudo são os livros“O quinze”, de
Rachel de Queiroz, e “Vidas secas” de Graciliano Ramos. O
primeiro foi publicado pela primeira vez em 1930; o
segundo, em 1938. Tanto o primeiro quanto o segundo são
reconhecidos pela crítica e seus autores são situados pela
historiografia literária como dos mais relevantes da segunda
fase do modernismo brasileiro.
(http://www.domalberto.edu.br/wp-content/uploads/2017/05/APerspectiva-Cr%C3%ADtica-em-Rachel-de-Queiroz-e-emGraciliano-Ramos.pdf)