Leia o texto a seguir:
A gestão democrática é um grande desafio para a
construção de uma escola em que todos os seus
segmentos sejam contemplados, em especial os alunos,
que em última análise são o sentido de toda escola.
Considera-se também, aqui, que a democracia passou a
ser, em tese, o escopo de toda a gestão dos órgãos
públicos do país a partir da abertura democrática do
Brasil na década de 1980.
Na perspectiva da gestão democrática na educação, é
imprescindível a participação da família, dos educandos,
dos professores, dos funcionários e entidades
representativas da comunidade onde as escolas se
localizam. Somente com a participação efetiva destes
segmentos é que as decisões podem refletir os anseios
desta comunidade.
A escola se constitui em um espaço de contradições,
diferenças e encontros de grupos sociais com diferentes
dinâmicas culturais, religiosas, familiares etc. Esses
grupos deveriam articular-se, em aprendizagens
coletivas, a partir dos princípios da convivência
democrática, promovendo a cultura participativa.
Contudo, salienta-se, essa cultura participativa não
poderá ser imposta por diretrizes e regulamentos ou
mesmo por gestores, pois perder-se-ia o princípio
próprio da democracia. Ela deverá ser construída no
debate, no conflito de ideais, na argumentação, em uma
dinâmica construída pelos próprios membros que
compõem a organização escolar.
(Texto adaptado de DA ROCHA, Jefferson Marçal; HAMMES, Lúcio
Jorge. Gestão e democracia em uma escola pública. Revista
Brasileira de Política e Administração da Educação - Periódico
científico editado pela ANPAE, [S.l.], v. 34, n. 2, p. 635-652, set. 2018.
ISSN 2447-4193. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/75273/49659>. Acesso em: 10
mar. 2019. doi: https://doi.org/10.21573/vol34n22018.75273.)