Questões de Concurso Público IF-MS 2016 para Professor - Português/Espanhol
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O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, estabelece que:
Com base na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação, analise os itens abaixo, depois assinale a alternativa correta:
I. O Plano Nacional de Educação estabelece metas para a educação brasileira, incluindo a educação profissional de jovens e adultos, devendo sua oferta na forma integrada à educação básica alcançar no mínimo 25% das matrículas até 2024.
II. O Plano Nacional de Educação prevê a ampliação da oferta de educação profissional técnica, de modo que a formação geral esteja dissociada da formação profissional.
III. Até o ano 2024 a Educação de Jovens e Adultos obrigatoriamente deverá ser ofertada na forma integrada a educação profissional.
IV. Espera-se que a partir do Plano Decenal de Educação 2014/2024, sejam triplicadas as matrículas nos cursos de educação profissional técnica de nível médio, garantindo 50% dessa expansão no segmento público.
A partir da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, o termo “Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica” denomina a estrutura, a organização e o funcionamento de uma rede de instituições federais, vinculadas ao MEC, voltadas para a educação profissional e tecnológica em nível de educação básica e superior. Sobre a referida legislação, assinale a alternativa correta.
De acordo com o disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais é correto afirmar:
O Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, reestabelece a possibilidade de integração entre a educação básica e a educação profissional no Brasil, revogando o dispositivo anterior, o Decreto 2208, de 17 de abril 1997, que determinava a separação entre o ensino médio e a educação profissional. Com base no que dispõe no Decreto nº 5.154, analise as afirmativas a seguir:
I. a educação profissional passa a ser organizada em cursos e programas, que poderiam ser articulados apenas aos níveis básicos da educação nacional.
II. a educação profissional passa a ser compreendida de forma organicamente relacionada à educação básica, permitindo a articulação da qualificação profissional, inclusive formação inicial e continuada de trabalhadores, com a Educação de Jovens e Adultos e da formação técnica com o ensino médio.
III. a organização, por áreas profissionais, em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica, a centralidade do trabalho como princípio educativo e a indissociabilidade entre teoria e prática são algumas das premissas da educação profissional.
IV. a relação entre ensino médio e educação profissional passa a ser admitida nas formas integrada, concomitante e subsequente, o que permite atender a diversidade das necessidades da população jovem e adulta brasileira, nos diversos sistemas de ensino.
Considerando V para as verdadeiras e F para as falsas, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
PORQUE TE VAS
Hoy en mi ventana brilla el sol
Y el corazón se pone triste
Contemplando la ciudad
Porque te vas...
Como cada noche desperté
Pensando en ti
y en mi reloj todas las horas vi pasar
Porque te vas...
Toda las promesas de mi amor
se irán contigo me olvidarás,
me olvidarás!!!
junto a la estación lloraré,
igual que un niño
Porque te vas, porque te vas,
porque te vas, porque te vas
Bajo la penumbra de un farol
se dormirán
Todas las cosas que quedaron por decir
se dormirán
Junto a las manillas de un reloj
despejarán
Todas las horas que quedaron por vivir
esperarán..
Toda las promesas de mi amor
se irán contigo me olvidarás,
me olvidarás!!!
junto a la estación lloraré,
igual que un niño
Porque te vas, porque te vas,
porque te vas, porque te vas
Disponível em <https://www.letras.mus.br/pato-fu/48019/>
Acesso em 12 mai.2016.
As letras de música e canções sempre têm marcado presença na elaboração de materiais didáticos de língua estrangeira. Uma das vantagens da utilização desses gêneros textuais reside no argumento de que se leva para a sala de aula usos reais da língua, além de que é um texto bastante significativo para o aluno, dado seu caráter multimodal.
Fernandez (2005, p. 173) defende que a falta de uma correspondência biunívoca entre o português e o espanhol tem levado professores não nativos e alunos brasileiros a confusões e usos inadequados. “Por añadidura, gran parte de los libros de texto de E/LE no siempre trata el asunto con la debida atención y detenimiento”.
Considerando o uso de textos autênticos em sala de aula, como a letra da música, e os apontamentos de Fernandez, é correto afirmar que:
EL DICCIONARIO
Vuelve el montaje sobre la difícil vida de María Moliner, autora del diccionario que desafío a la Real Academia Española. Liliana García, José Secall y Paulo Brunetti interpretan la obra escrita y dirigida por el español Manuel Calzada, quien ganó por este texto el Premio Nacional de Literatura Dramática.
Las palabras se terminaron antes que la vida. A María Moliner la arteriosclerosis cerebral le fue quitando el lenguaje durante ocho años. Justo a ella, que había escrito sola el Diccionario de uso del español, desafiando el poder de la Real Academia Española que tardó años en aceptar sus innovaciones. El diccionario explora en la vida pública e íntima de María Moliner, para retratar una historia de fortaleza personal e indagar en las posibilidades de la comunicación.
La obra escrita por el español Manuel Calzada debutó internacionalmente el año pasado en GAM en un montaje dirigido por su propio autor y con Liliana García en el rol de Moliner, José Secall como su esposo y Paulo Brunetti en el papel de su médico. Tras una exitosa temporada la obra vuelve con el respaldo de haberle otorgado a su autor el Premio Nacional de Literatura Dramática. “El diccionario” se centra en el final de la vida de Moliner, pero también da luces sobre periodos que la marcaron como su infancia difícil, sus dolores familiares y el golpe del triunfo de Franco. “Hay mucha emoción, lo cual resulta inesperado para alguien que piensa que va a ver la obra de una bibliotecaria, que van a hablar del lenguaje, un discurso, y se encuentran con emociones”, explica Calzada.
Disponível em <http://www.gam.cl/> Acesso em 12 mai.2016
El reconocimiento del género textual contribuye para la construcción del sentido del texto. Es correcto decir que el texto anterior es un/una
Las palabras “vuelve”, “tras”, “quitando” y “rol” que aparecen en el texto, pueden ser sustituidas, sin cambiar el sentido, respectivamente, por:
O texto a seguir servirá de base para as questões 09 e 10.
CARLOS CHEGA AO CÉU
E olhando aquele nuvenzal todo, comenta: Gente, não é que virei mesmo eterno?
Lá no céu, Cecília Meireles acorda cedinho. Mais cedo ainda do que de costume, que ela gosta de espiar os querubins tontinhos de sono. Mas hoje é dia especial. Cecília prende os cabelos, depois toma sua homeopatia (será Dulcamara? Daqui não dá pra ver - pode até ser Stramonium) e lava devagar o rosto na água do arco-íris. Bebe seu chazinho de pétalas de rosa branca - amarela não, que dá azia. Escova devagar as asas, pluma por pluma. Só depois de bem bonita é que bate de leve na porta da nuvem ao lado. Dentro, um resmungo mal-humorado.
É Vinícius de Moraes, que virou a noite com o arcanjo Gabriel, conhecendo as bocas da zona da Ursa Maior, aquela louca pirada. Mesmo de ressaca, o Poetinha acorda. "É hoje" - sussurra Cecília na janela que Vinícius se espreguiça: "Ô xará, não é que é mesmo hoje" E vai correndo se aprontar.
De braços dados, os dois vão bater à porta da nuvem de Manuel Bandeira. Mas nem era preciso. Manuel já está aceso, debruçado na janela, o nariz um pouco vermelho, fungando e tomando café quente que Irene acabou de preparar. "É hoje" - dizem Cecília e Vinícius. Manuel funga: "E eu não sei, gente? Daqui a pouquinho". Os três ficam em silêncio, o coração deles começa a bater no mesmo compasso (dodecassílabo? Daqui não dá para ouvir direito) então eles olham para baixo, em direção ao planeta Terra, que gira e gira, meio bobo de tão azul.
Aí uma nuvem dourada lá embaixo começa a ficar cada vez mais dourada, a chegar cada vez mais perto. Brilha tanto que os três quase se assustam, até reconheceram São Pedro na direção. Que pena, não dá mais tempo de chamar Pedro Nava. A nuvem aterrissa, São Pedro abre a porta. Um pouco encabulado, atrapalhado com as asas, cabeça baixa. Carlos Drummond de Andrade desce e põe os pés no céu. "Não é que virei mesmo eterno?" - comenta, olhando aquele nuvenzal todo. Então vê os três. Tanto tempo, pois é, tanto tempo, pensei que nem vinha mais. Cecília, você não mudou nada, e essa barriga, Poetinha? Não toma jeito, curou a tosse, Bandeira? Tá mais magro, Carlos, e a Dolores? Vai bem, mandou lembranças, qualquer dia chega por aqui. Irene traz mais café, bem preto, bem forte. Vinícius dá um jeitinho de virar no café uma talagada de uísque da garrafinha que carrega sempre, disfarçada sob a asa esquerda. Os quatro brindam, olhos molhados de saudade satisfeita.
Depois olham pro mundo aqui de baixo, que gira e gira, todo azul, assim de longe, e esperam um pouquinho, enquanto bebem o café, até conseguirem localizar, entre nuvens, a América do Sul. Custa um pouco para encontrarem, quase no extremo sul dessa América, um pontinho luminoso chamado Porto Alegre e, bem no centro do coração dessa cidade, um velhinho de cara sapeca, parado em frente a um porta-retratos com a foto da Bruna Lombardi. É o Mário Quintana - eles sabem - ou será o Anjo Malaquias? (isso nunca ninguém soube). Cecília, Vinícius, Manuel e Carlos sorriem mansinho, espiando Mário lá do céu, lá de cima.
Mas a Terra - tão azul assim, vista de longe, vista de cima - eles olham com pena. Sabem que pelo menos metade desse azul todo, depois que eles se foram, brota dali, do quartinho do Mário. Aí suspiram, tadinho, que barra! Um anjo torto vem pedir autógrafo de Carlos. "desguia" - avisa Vinícius. - "Um chato, maior aluguel". Carlos pergunta de Maria Julieta, Manuel diz que leva ele até lá. Cecília tem um almoço com Clarice e Ana Cristina. Vinícius não sabe se dorme mais um pouco ou se pega o Leon Eliachar para irem até a casa de Elis - será que já acordou, a diaba? - tá com samba novo na cabeça, precisa cruzar com a Clementina.
Cá embaixo, no centro do coração gelado do pontinho luminoso chamado Porto Alegre, pleno agosto, Mário Quintana abre a janela, olha para cima e dá uma piscadinha.
Danados, pensa, que danadinhos. O dia parece tão cinzento que não resiste à tentação de escrever um poema. Bem curtinho, bem feliz. Entre lá e cá, girando e girando sem parar, feito louca. A Terra também não resiste. De puro gosto, fica ainda mais azul - você viu?
(O Estado de São Paulo, 26/8/1987)
Caio Fernando de Abreu – Pequenas Epifanias
Para a construção de sentidos da crônica de Caio Fernando de Abreu, o leitor precisa reconhecer, predominantemente, o uso de um fator de textualidade que perpassa o desenrolar na narrativa. Trata-se da
O texto a seguir servirá de base para as questões 09 e 10.
CARLOS CHEGA AO CÉU
E olhando aquele nuvenzal todo, comenta: Gente, não é que virei mesmo eterno?
Lá no céu, Cecília Meireles acorda cedinho. Mais cedo ainda do que de costume, que ela gosta de espiar os querubins tontinhos de sono. Mas hoje é dia especial. Cecília prende os cabelos, depois toma sua homeopatia (será Dulcamara? Daqui não dá pra ver - pode até ser Stramonium) e lava devagar o rosto na água do arco-íris. Bebe seu chazinho de pétalas de rosa branca - amarela não, que dá azia. Escova devagar as asas, pluma por pluma. Só depois de bem bonita é que bate de leve na porta da nuvem ao lado. Dentro, um resmungo mal-humorado.
É Vinícius de Moraes, que virou a noite com o arcanjo Gabriel, conhecendo as bocas da zona da Ursa Maior, aquela louca pirada. Mesmo de ressaca, o Poetinha acorda. "É hoje" - sussurra Cecília na janela que Vinícius se espreguiça: "Ô xará, não é que é mesmo hoje" E vai correndo se aprontar.
De braços dados, os dois vão bater à porta da nuvem de Manuel Bandeira. Mas nem era preciso. Manuel já está aceso, debruçado na janela, o nariz um pouco vermelho, fungando e tomando café quente que Irene acabou de preparar. "É hoje" - dizem Cecília e Vinícius. Manuel funga: "E eu não sei, gente? Daqui a pouquinho". Os três ficam em silêncio, o coração deles começa a bater no mesmo compasso (dodecassílabo? Daqui não dá para ouvir direito) então eles olham para baixo, em direção ao planeta Terra, que gira e gira, meio bobo de tão azul.
Aí uma nuvem dourada lá embaixo começa a ficar cada vez mais dourada, a chegar cada vez mais perto. Brilha tanto que os três quase se assustam, até reconheceram São Pedro na direção. Que pena, não dá mais tempo de chamar Pedro Nava. A nuvem aterrissa, São Pedro abre a porta. Um pouco encabulado, atrapalhado com as asas, cabeça baixa. Carlos Drummond de Andrade desce e põe os pés no céu. "Não é que virei mesmo eterno?" - comenta, olhando aquele nuvenzal todo. Então vê os três. Tanto tempo, pois é, tanto tempo, pensei que nem vinha mais. Cecília, você não mudou nada, e essa barriga, Poetinha? Não toma jeito, curou a tosse, Bandeira? Tá mais magro, Carlos, e a Dolores? Vai bem, mandou lembranças, qualquer dia chega por aqui. Irene traz mais café, bem preto, bem forte. Vinícius dá um jeitinho de virar no café uma talagada de uísque da garrafinha que carrega sempre, disfarçada sob a asa esquerda. Os quatro brindam, olhos molhados de saudade satisfeita.
Depois olham pro mundo aqui de baixo, que gira e gira, todo azul, assim de longe, e esperam um pouquinho, enquanto bebem o café, até conseguirem localizar, entre nuvens, a América do Sul. Custa um pouco para encontrarem, quase no extremo sul dessa América, um pontinho luminoso chamado Porto Alegre e, bem no centro do coração dessa cidade, um velhinho de cara sapeca, parado em frente a um porta-retratos com a foto da Bruna Lombardi. É o Mário Quintana - eles sabem - ou será o Anjo Malaquias? (isso nunca ninguém soube). Cecília, Vinícius, Manuel e Carlos sorriem mansinho, espiando Mário lá do céu, lá de cima.
Mas a Terra - tão azul assim, vista de longe, vista de cima - eles olham com pena. Sabem que pelo menos metade desse azul todo, depois que eles se foram, brota dali, do quartinho do Mário. Aí suspiram, tadinho, que barra! Um anjo torto vem pedir autógrafo de Carlos. "desguia" - avisa Vinícius. - "Um chato, maior aluguel". Carlos pergunta de Maria Julieta, Manuel diz que leva ele até lá. Cecília tem um almoço com Clarice e Ana Cristina. Vinícius não sabe se dorme mais um pouco ou se pega o Leon Eliachar para irem até a casa de Elis - será que já acordou, a diaba? - tá com samba novo na cabeça, precisa cruzar com a Clementina.
Cá embaixo, no centro do coração gelado do pontinho luminoso chamado Porto Alegre, pleno agosto, Mário Quintana abre a janela, olha para cima e dá uma piscadinha.
Danados, pensa, que danadinhos. O dia parece tão cinzento que não resiste à tentação de escrever um poema. Bem curtinho, bem feliz. Entre lá e cá, girando e girando sem parar, feito louca. A Terra também não resiste. De puro gosto, fica ainda mais azul - você viu?
(O Estado de São Paulo, 26/8/1987)
Caio Fernando de Abreu – Pequenas Epifanias
Considerado o excerto: “...que gira e gira, meio bobo de tão azul”, é correto afirmar que
Na epígrafe da crônica de Caio Fernando de Abreu, há um neologismo. Tal recurso tem sido usado, principalmente, desde a primeira fase do Modernismo, a exemplo de Manuel Bandeira, como por poetas mais contemporâneos como Manoel de Barros. São mostras dos respectivos autores: “Teadoro, Teodora” e “É preciso transver o mundo”.
Sobre o processo de formação dos três neologismos anteriormente citados é certo afirmar que
NOTAS
Soluços, lágrimas, casa armada, veludo preto nos portais, um homem que veio vestir o cadáver, outro que tomou a medida do caixão, caixão, essa, tocheiros, convites, convidados que entravam, lentamente, a passo surdo, e apertavam a mão à família, alguns tristes, todos sérios e calados, padre e sacristão, rezas, aspersões d'água benta, o fechar do caixão a prego e martelo, seis pessoas que o tomam da essa, e o levantam, e o descem a custo pela escada, não obstante os gritos, soluços e novas lágrimas da família, e vão até o coche fúnebre, e o colocam em cima e traspassam e apertam as corrêas, o rodar do coche, o rodar dos carros, um a um... Isto que parece um simples inventário, eram notas que eu havia tomado para um capítulo triste e vulgar que não escrevo.
Capítulo de "Memórias Póstumas de Brás Cubas",
Machado de Assis
A obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas" inaugura o Realismo no Brasil. Além de trazer um defunto-autor como narrador, outros recursos inovadores da linguagem literárias se presentificam. É traço de inovação do trecho acima
AS ATIVIDADES A SEGUIR SERVIRÃO DE BASE PARA A QUESTÃO 13
4. Identifique e classifique os numerais empregados na tira a seguir, de Bill Watterson:
Disponível em: < http://www.portalescolar.net/2013/03/110-atividades-portugues-6-ano-lingua.html > Acesso em 30 jun.2016
5. Em anúncios publicitários é muito comum vermos algarismos empregados no lugar de numerais - as palavras que representam os números. Leia o anúncio abaixo, identifique os algarismos e escreva por extenso, transformando-os em numerais.
906 cidades.
4345 atrações.
5185 hotéis e pousadas.
2317 restaurantes.
Viu só por que você precisa de um guia?
Com desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação e a popularização da internet, os sites com atividades para professores têm sido bastante utilizados como recursos didáticos. De acordo com o posicionamento de Irandé Antunes, em “Aula de Português: encontro & interação”, sobre o ensinoaprendizagem da gramática, pode-se inferir a seguinte avaliação sobre as atividades:
SEXA
— Pai...
— Hmmm?
— Como é o feminino de sexo?
— O quê?
— O feminino de sexo.
— Não tem.
— Sexo não tem feminino?
— Não.
— Só tem sexo masculino?
— É. Quer dizer, não. Existem dois sexos.
Masculino e feminino.
— E como é o feminino de sexo?
— Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
— Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e
feminino.
— O sexo pode ser masculino ou feminino. A
palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o
sexo feminino.
— Não devia ser "a sexa"?
— Não
— Por que não?
— Porque não! Desculpe. Porque não. "Sexo" é
sempre masculino.
— O sexo da mulher é masculino?
— É. Não! O sexo da mulher é feminino.
— E como é o feminino?
— Sexo mesmo. Igual ao do homem.
— O sexo da mulher é igual ao do homem?
— É. Quer dizer... Olha aqui. Tem o sexo
masculino e o sexo feminino, certo?
— Certo.
— São duas coisas diferentes.
— Então como é o feminino de sexo?
— É igual ao masculino.
— Mas não são diferentes?
— Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda
o sexo, mas não muda a palavra.
— Mas então não muda o sexo. É sempre
masculino.
— A palavra é masculina.
— Não. "A palavra' é feminino. Se fosse masculina
seria "o pal..."
— Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
— Temos que ficar de olho nesse guri...
— Por quê?
— Ele só pensa em gramática.
Luís Fernando Veríssimo – Crônicas para se ler na escola
O final inesperado da crônica de Veríssimo possibilita a indagação sobre que conceito de gramática está em jogo no texto. Autores como Sírio Possenti, em “Passeio gramatical dirigido”, e Irandé Antunes em “Aula de Português: encontro e interação”, definem diferentes abordagens de gramática. Dentre as noções apresentadas pelos autores, a que mais se aproxima da noção que a crônica deixa entrever é:
A IMAGEM A SEGUIR SERVIRÁ DE BASE PARA AS QUESTÕES 15 E 16
A semelhança entre o português e o espanhol faz com que alguns erros sejam comuns a falantes de português, durante processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira. A partir da leitura do diálogo entre os brasileiros acima e face à discussão proposta por Durão (2005) em seu capítulo “La interferencia como causa de errores de brasileños aprendices de español”, é correto afirmar que
A IMAGEM A SEGUIR SERVIRÁ DE BASE PARA AS QUESTÕES 15 E 16
São, também, erros comuns de falantes brasileiros passíveis de exemplificação com a interação no WhatsApp:
De acordo com Marcuschi (2008, p. 59): “Quando vista como entidade abstrata, enquanto forma, a língua é estudada em suas propriedades estruturais autônomas. Neste caso, é tomada como código ou sistema de signos e sua análise desenvolve-se na imanência do objeto. [...] Tratada assim, a língua é tida como um sistema homogêneo composto de vários níveis hierarquicamente distribuídos. Nesta perspectiva, costuma-se distinguir níveis de análise formal. E geral, os estudos linguísticos nesta linha dedicamse [...] a quatro (grifo nosso) níveis estruturais.” Diante da noção de língua exposto acima por Marcuschi (2008), assinale a única alternativa correta que indique a ordem hierárquica e conceitual de ensino da língua:
TEXTO I
A poesia concreta, ou Concretismo, impôs-se, a partir de 1956, como a expressão mais viva e atuante da nossa vanguarda estética. [...] No contexto da poesia brasileira, o Concretismo afirmou-se como antítese à vertente intimista e estetizante dos anos 40 e repropôs temas, formas e, não raro, atitudes peculiares ao Modernismo de 22 em sua fase mais polêmica e mais aderente às vanguardas europeias. Os poetas concretos entendem levar às últimas consequências certos processos estruturais que marcaram o futurismo (italiano e russo), o dadaísmo e, em parte, o surrealismo, ao menos no que este significa de exaltação do imaginário e do inventivo no fazer poético. São processos que visam a atingir e a explorar as camadas materiais do significante (o som, a letra impressa, a linha, a superfície da página; eventualmente, a cor, a massa) e, por isso, levam a rejeitar toda concepção que esgote nos temas ou na realidade psíquica do emissor o interesse e a valia da obra. A poesia concreta quer-se abertamente antiexpressionista.
BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix,1994, p. 475-476.
TEXTO II
“Em primeiro lugar, torna-se necessário estabelecer o que designamos como “poesia eletrônica”, pois a poesia feita com o computador, isoladamente e em rede (Internet e Web), tem recebido inúmeras denominações e conceitos desde o seu surgimento: texto estocástico, “computer poetry”, poesia informacional, infopoesia, poesia hipertextual, poesia hipermídia, tecnopoesia, etc. Há um número considerável de pequenos estudos das relações da poesia com os meios eletrônicos (rádio, televisão, vídeo, holografia, luz néon, videotexto, computador, internet, web) no Brasil, a maior parte deles nos meios universitários. [...] A poesia eletrônica no Brasil pode ser estudada sob alguns enfoques específicos: um esboço histórico de atitudes experimentais que envolveram poesia, ciência e tecnologia desde a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX; experiências isoladas a partir de 1972, época dos grandes computadores; as experimentações realizadas nas décadas de 80 e 90, com uso dos PCs; e o período a partir de 1995, ano inicial do exploração poética da WWW, até os dias atuais. Para cada experimentação poética com determinada tecnologia computacional, há uma denominação, o que faz com que haja muitos nomes para as produções poéticas com o(s) computador(es).”
Disponível em: http://docplayer.com.br/15655194-Poesiaeletronica-no-brasil-alguns-exemplos-jorge-luiz-antonio.html. Acesso em: 30 jun. 2016.
A partir da leitura dos textos I e II, podemos afirmar que a Poesia Concreta e a “Infopoesia”:
I. Trabalham, igualmente, com os mesmos elementos digitais de composição poética.
II. Não se materializam em mesmo suporte.
III. Pertencem à mesma estética poética.
IV. Remetem à mesma proposta de interação social, considerando o universo temporal de produção.
A alternativa correta é apenas:
Com suas análises e reflexões, o novo conceito insere-se [...] na tradição teatral do homem visto negativamente como produto das condições políticas, econômicas e sociais, incapaz de enfrentar as forças que se desencadeiam contra ele, naufragando num mundo mediado pelos processos que o oprimem.
(Guinsburg, Faria & Lima, 2006: 156)
A citação acima refere-se a um autor da literatura brasileira. Sua temática representa uma continuidade de uma tendência literária iniciada no século anterior à vida e obra desse autor. São o autor e a estética pioneira dessa tendência, respectivamente:
Assinale a alternativa em que o uso do hífen NÃO está correto, conforme o Acordo Ortográfico (2009).