A pandemia da COVID-19 fez emergir novos
questionamentos, desafios e paradigmas na abordagem
da SCA, uma emergência médica que deve ser
diagnosticada e tratada precocemente. É fato
incontestável que o tratamento da SCA, sobretudo do
infarto agudo do miocárdio, tem evoluído e demonstrado
reduções significativas nas taxas de mortalidade,
especialmente se implementado nas primeiras horas do
evento cardiovascular. A trombólise, a angioplastia e os
stents coronários promoveram uma verdadeira revolução
nesse contexto. Com ações precoces, verifica-se menor
número de arritmias ventriculares, redução do tamanho
do dano miocárdico, menores incidências de reinfarto e
maior preservação da função ventricular. Além das
estratégias de saúde pública para prevenção da
disseminação da infecção, vacinação anti-influenza e
antipneumocócica, há alerta para a muito provável
subnotificação e a falta de assistência para os casos de
infarto agudo do miocárdio durante a pandemia da
COVID-19.