Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Friburgo - RJ 2023 para Fiscal de Tributos
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
|
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário II (Biólogo/Engenheiro Ambiental/Engenheiro Sanitarista) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313232
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
O texto aborda o interesse literário de Napoleão Bonaparte e reflete sobre o papel e a relevância da literatura em comparação
com outras formas de poder e ação, como as militares e políticas. A referência a Napoleão e a outras figuras, como Victor Hugo,
são usadas para explorar questões de relevância e respeitabilidade na literatura. Além disso, o texto coloca questões sobre a
responsabilidade e o impacto dos escritores contemporâneos na sociedade e na política. Com base nessa temática, assinale a
afirmação que melhor representa o contraste entre a literatura e outras formas de poder e ação na época de Napoleão e nos
dias atuais.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313233
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
O texto faz uma profunda reflexão sobre a relevância da literatura ao longo do tempo, comparando as eras de Napoleão e
Victor Hugo com o período atual. Ele explora como Napoleão possuía aspirações literárias e como a literatura já foi uma forma
significativa de poder e relevância, equivalente à política e à ação militar, mas, ao que parece, perdeu essa posição. Baseando-se
na leitura do texto, assinale a afirmativa que melhor representa a reflexão do autor sobre o papel e a responsabilidade dos
escritores na sociedade contemporânea.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313234
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Com base no texto, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “O texto utiliza o termo ‘meros escritores’ para se referir aos autores da atualidade.”
PORQUE
II. “O autor emprega conotação para transmitir uma noção de diminuição de status e relevância dos escritores contemporâneos em comparação com figuras como Napoleão e Victor Hugo.”
Assinale a alternativa correta.
I. “O texto utiliza o termo ‘meros escritores’ para se referir aos autores da atualidade.”
PORQUE
II. “O autor emprega conotação para transmitir uma noção de diminuição de status e relevância dos escritores contemporâneos em comparação com figuras como Napoleão e Victor Hugo.”
Assinale a alternativa correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Q2313235
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Considerando o texto apresentado, bem como sua estrutura, linguagem e propósito, o gênero textual mais apropriado para
classificá-lo é:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Q2313236
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Analise as afirmativas a seguir, considerando os tipos de sujeito e os tipos de predicado e assinale a correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313237
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Em relação às figuras de linguagem e de acordo com o contexto, analise as afirmativas a seguir.
I. Na expressão “[...] cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos” (8º§), há uma metáfora.
II. Em “[...] literatura só participa da política, do poder e da História como instrumento ou cúmplice” (3º§), há uma antítese.
III. Na expressão “[...] meros escritores [...]” (3º§), há uma ironia.
Está correto o que se afirma em
I. Na expressão “[...] cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos” (8º§), há uma metáfora.
II. Em “[...] literatura só participa da política, do poder e da História como instrumento ou cúmplice” (3º§), há uma antítese.
III. Na expressão “[...] meros escritores [...]” (3º§), há uma ironia.
Está correto o que se afirma em
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
|
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário II (Biólogo/Engenheiro Ambiental/Engenheiro Sanitarista) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313238
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Analise as afirmativas a seguir, considerando a função do “que” destacado em cada uma delas.
I. Em “Gostávamos de pensar que era através dos seus escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, [...]”, (2º§), o “que” funciona como pronome relativo.
II. Em “Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, [...]” (1º§), o “que” funciona como conjunção integrante.
III. Em “Não sei se devemos invejar uma época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, [...]” (2º§), o “que” funciona como pronome relativo.
Está correto o que se afirma em
I. Em “Gostávamos de pensar que era através dos seus escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, [...]”, (2º§), o “que” funciona como pronome relativo.
II. Em “Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, [...]” (1º§), o “que” funciona como conjunção integrante.
III. Em “Não sei se devemos invejar uma época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, [...]” (2º§), o “que” funciona como pronome relativo.
Está correto o que se afirma em
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
|
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário II (Biólogo/Engenheiro Ambiental/Engenheiro Sanitarista) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313239
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Com base no texto, analise a relação entre os elementos textuais, a coesão e a coerência apresentadas e assinale a afirmativa
correta:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313240
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Com base no texto, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “O termo ‘cúmplices’ no texto remete a uma conotação negativa, sugerindo participação em atos ilícitos ou prejudiciais.”
PORQUE
II. “Isso se dá pelo contexto em que a palavra está inserida, associando a ideia de escritores e intelectuais a instrumentos ou facilitadores de estratégias de poder desconhecidas ou nocivas.”
Assinale a alternativa correta.
I. “O termo ‘cúmplices’ no texto remete a uma conotação negativa, sugerindo participação em atos ilícitos ou prejudiciais.”
PORQUE
II. “Isso se dá pelo contexto em que a palavra está inserida, associando a ideia de escritores e intelectuais a instrumentos ou facilitadores de estratégias de poder desconhecidas ou nocivas.”
Assinale a alternativa correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
|
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Q2313241
Português
Texto associado
A compensação
Não faz muito, li um artigo sobre as pretensões literárias de Napoleão Bonaparte. Aparentemente, Napoleão era um
escritor frustrado. Tinha escrito contos e poemas na juventude, escreveu muito sobre política e estratégia militar e sonhava em
escrever um grande romance. Acreditava-se, mesmo, que Napoleão considerava a literatura sua verdadeira vocação, e que foi
sua incapacidade de escrever um grande romance e conquistar uma reputação literária que o levou a escolher uma alternativa
menor, conquistar o mundo.
Não sei se é verdade, mas fiquei pensando no que isto significa para os escritores de hoje e daqui. Em primeiro lugar, claro,
leva a pensar na enorme importância que tinha a literatura nos séculos 18 e 19, e não apenas na França, onde, anos depois de
Napoleão Bonaparte, um Vitor Hugo empolgaria multidões e faria História não com batalhões e canhões mas com a força da
palavra escrita, e não só em conclamações e panfletos mas, muitas vezes, na forma de ficção. Não sei se devemos invejar uma
época em que reputações literárias e reputações guerreiras se equivaliam desta maneira, e em que até a imaginação tinha tanto
poder. Mas acho que podemos invejar, pelo menos um pouco, o que a literatura tinha então e parece ter perdido: relevância.
Se Napoleão pensava que podia ser tão relevante escrevendo romances quanto comandando exércitos, e se um Vitor Hugo
podia morrer como um dos homens mais relevantes do seu tempo sem nunca ter trocado a palavra e a imaginação por armas,
então uma pergunta que nenhum escritor daquele tempo se fazia é essa que nos fazemos o tempo todo: para o que serve a
literatura, de que adianta a palavra impressa, onde está a nossa relevância? Gostávamos de pensar que era através dos seus
escritores e intelectuais que o mundo se pensava e se entendia, e a experiência humana era racionalizada. O estado irracional
do mundo neste começo de século é a medida do fracasso desta missão, ou desta ilusão.
Depois que a literatura deixou de ser uma opção tão vigorosa e vital para um homem de ação quanto a conquista militar ou política
– ou seja, depois que virou uma opção para generais e políticos aposentados, mais compensação pela perda de poder do que poder, e
uma ocupação para, enfim, meros escritores –, ela nunca mais recuperou a sua respeitabilidade, na medida em que qualquer poder,
por armas ou por palavras, é respeitável. Hoje a literatura só participa da política, do poder e da História como instrumentoou cúmplice.
E não pode nem escolher que tipo de cúmplice quer ser. Todos os que escrevem no Brasil, principalmente os que têm um
espaço na imprensa para fazer sua pequena literatura ou simplesmente dar seus palpites, têm esta preocupação.
Ou deveriam ter. Nunca sabemos exatamente do que estamos sendo cúmplices.
Podemos estar servindo de instrumentos de alguma agenda de poder sem querer, podemos estar contribuindo, com nossa
indignação ou nossa denúncia, ou apenas nossas opiniões, para legitimar alguma estratégia que desconhecemos.
Ou podemos simplesmente estar colaborando com a grande desconversa nacional, a que distrai a atenção enquanto a
verdadeira história do país acontece em outra parte, longe dos nossos olhos e indiferente à nossa crítica. Não somos relevantes,
ou só somos relevantes quando somos cúmplices, conscientes ou inconscientes.
Mas comecei falando da frustração literária de Napoleão Bonaparte e não toquei nas implicações mais importantes do fato, pelo
menos para o nosso amor próprio. Se Napoleão só foi Napoleão porque não conseguiu ser escritor, então temos esta justificativa pronta
para o nosso estranho ofício: cada escritor a mais no mundo corresponde a um Napoleão a menos. A literatura serve, ao menos, para
isso: poupar o mundo de mais Napoleões. Mas existe a contrapartida: muitos Napoleões soltos pelo mundo, hoje, fariam melhor se
tivessem escrito os romances que queriam. O mundo, e certamente o Brasil, seriam outros se alguns Napoleões tivessem ficado com a
literatura e esquecido o poder.
E sempre teremos a oportunidade de, ao acompanhar a carreira de Napoleões, subNapoleões, pseudo-Napoleões ou outras
variedades com poder sobre a nossa vida e o nosso bolso, nos consolarmos com o seguinte pensamento: eles são lamentáveis, certo,
mas imagine o que seria a sua literatura.
Da série Poesia numa Hora Destas?!
Deus não fez o homem, assim, de improviso em cima da divina coxa numa hora vaga.
Planejou o que faria com esmero e juízo (e isso sem contar com assessoria paga). Tudo foi pensado com exatidão antes mesmo do primeiro esboço, e foram anos de experimentação até Deus dizer que estava
pronto o moço.
Mas acontece sempre, é sempre assim não seria diferente do que é agora.
A melhor ideia apareceu no fim e dizem que o polegar Ele bolou na hora.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Compensação. Em: 18/09/2023.)
Observe os trechos a seguir e assinale a afirmativa em que a análise sintática do período composto está correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Q2313242
Raciocínio Lógico
Os amigos Ademar, Bernardo e Cristiano são fanáticos por filmes de terror e combinaram de assistir à grande estreia do gênero no
cinema na última quinta-feira. Considere a ordem de chegada dos três amigos – Ademar chegou no cinema depois de Bernardo, e
Cristiano chegou no cinema antes de Ademar e, ainda, que Cristiano não foi o primeiro amigo a chegar no cinema. Com base nessas
informações, o primeiro, o segundo e o terceiro amigo a chegar no cinema foram, nesta ordem:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
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Q2313243
Raciocínio Lógico
Determinado atleta criou um plano de treinamento diário visando um bom preparo para sua participação em uma maratona aquática. Em seu primeiro dia de treino, ele nadou 200 metros. A cada dia seguinte de treinamento, foram adicionados 50 metros com
respeito ao treino do dia anterior. Desse modo, em qual dia de treinamento o atleta atingiu a marca de 2 quilômetros nadados?
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
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Q2313244
Raciocínio Lógico
Cláudia pretende organizar uma festa para comemorar os 50 anos de sua mãe. Com o objetivo de comprar enfeites para a ornamentação do local do evento, ela foi até a galeria de sua cidade com uma certa quantia em reais. Cláudia passou por quatro lojas e,
em todas elas, gastou 1/3 da quantia restante que possuía. Para finalizar o dia de compras, gastou R$ 24,00 no estacionamento da
galeria. Considerando que esses foram os únicos gastos de Cláudia nesse dia e que ainda restavam R$ 232,00, qual a quantia que ela
possuía ao entrar na galeria?
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário II (Biólogo/Engenheiro Ambiental/Engenheiro Sanitarista) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário IV (Engenheiro Civil) |
Q2313245
Matemática
No clube campestre de uma grande cidade há várias quadras esportivas para a prática de diferentes esportes; dentre eles, o
vôlei. A razão entre os cotistas que praticam vôlei em relação aos que não praticam é de 1:5. Considerando que o número de
cotistas que não praticam vôlei supera o número de cotistas que praticam em 300, então o número total de cotistas deste
clube é:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Q2313246
Raciocínio Lógico
No plantão noturno de um posto de saúde atuam 12 profissionais: 5 enfermeiros; 3 médicos; 2 recepcionistas; e, 2 farmacêuticos. Sobre os profissionais que atuam neste plantão, é correto afirmar que se forem sorteados
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Q2313247
Direito Administrativo
A Administração Pública no desempenho de suas competências administrativas pode se valer das técnicas da centralização
e da descentralização, também denominada Administração Pública Direta e Indireta, respectivamente. Diante do exposto,
considere os seguintes órgãos e entidades:
I. A Autarquia Municipal de Água e Esgoto de Nova Friburgo é expressão da técnica da concentração por se tratar de órgão desprovido de personalidade jurídica própria e subordinado à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo.
II. A Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana é expressão da técnica da concentração por se tratar de órgão desprovido de personalidade jurídica própria e subordinado à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo.
III. A Fundação Pública D. João VI de Nova Friburgo é pessoa jurídica de direito público interno, instituída por lei específica mediante afetação de um acervo patrimonial do ente público a uma dada finalidade pública. Ela é vinculada à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, integrante da Administração Pública Indireta.
IV. A Prefeitura Municipal de Nova Friburgo é pessoa jurídica de direito público interno e integrante da Administração Pública indireta.
Está correto o que se apenas em
I. A Autarquia Municipal de Água e Esgoto de Nova Friburgo é expressão da técnica da concentração por se tratar de órgão desprovido de personalidade jurídica própria e subordinado à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo.
II. A Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana é expressão da técnica da concentração por se tratar de órgão desprovido de personalidade jurídica própria e subordinado à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo.
III. A Fundação Pública D. João VI de Nova Friburgo é pessoa jurídica de direito público interno, instituída por lei específica mediante afetação de um acervo patrimonial do ente público a uma dada finalidade pública. Ela é vinculada à Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, integrante da Administração Pública Indireta.
IV. A Prefeitura Municipal de Nova Friburgo é pessoa jurídica de direito público interno e integrante da Administração Pública indireta.
Está correto o que se apenas em
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
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Q2313248
Direito Administrativo
Zeus, Secretário de Fazenda do município X, querendo ajudar Afrodite, irmã do seu amigo Apolo, Secretário da Casa Civil do
mesmo município, por estar desempregada com duas filhas pequenas para cuidar, a nomeia para desempenhar o cargo em
comissão de assessora jurídica. Para retribuir-lhe o favor, Apolo nomeia Atena, companheira de Zeus e servidora efetiva de
secretaria do mesmo município, para desempenhar função gratificada no órgão de Zeus com aumento remuneratório.
Considerando-se o caso hipotético e a Lei nº 8.429/1992, que dispõe sobre atos de improbidade administrativa, assinale a
afirmativa correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Q2313249
Direito Administrativo
A Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo em âmbito federal, passou a incluir, em 2021, a possibilidade da
decisão coordenada, definida como “a instância de natureza interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as autoridades
e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica [...]”. Contudo, a Lei estabeleceu limites e condições
para a utilização desse instituto. Sobre tais limites e condições, assinale a afirmativa correta.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Q2313250
Legislação Federal
“A Lei nº 12.527/2011 regula o direito fundamental do acesso à informação previsto no inciso XXXIII do Art. 5º da CF/1988,
disciplinando as formas de participação do usuário do serviço público na Administração Pública. Para os efeitos dessa lei,
considera-se ____________ a qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem
modificações, e ____________ a qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por
determinado indivíduo, equipamento ou sistema. Além disso, pela transparência __________ a Administração está obrigada
a ter sites para a divulgação de informações de interesse coletivo ou geral pelos órgãos e entidades produzidas ou custodiadas, a exceção dos municípios com até _________ habitantes.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Provas:
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal de Tributos
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Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário VII (Médico Veterinário) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário II (Biólogo/Engenheiro Ambiental/Engenheiro Sanitarista) |
Instituto Consulplan - 2023 - Prefeitura de Nova Friburgo - RJ - Fiscal Sanitário I (Arquiteto) |
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Q2313251
Direito Administrativo
Sobre as Normas Gerais de Licitação e Contratação Administrativa – Lei nº 14.133/2021 – considere as seguintes condutas
da Administração Pública:
I. O administrador público facilitou, em processo licitatório, a contratação de empresa por quem nutria afinidade.
II. Empresa que não preencheu o requisito previsto em edital de capital social registrado ou patrimônio líquido de, pelo menos, 8% do valor estimado para doze meses foi habilitada.
III. Durante a execução de contrato, a Administração deixou de verificar se houve alterações nas condições do mercado que tornaram os preços contratados inadequados.
Tais condutas violaram direta e respectivamente os seguintes princípios:
I. O administrador público facilitou, em processo licitatório, a contratação de empresa por quem nutria afinidade.
II. Empresa que não preencheu o requisito previsto em edital de capital social registrado ou patrimônio líquido de, pelo menos, 8% do valor estimado para doze meses foi habilitada.
III. Durante a execução de contrato, a Administração deixou de verificar se houve alterações nas condições do mercado que tornaram os preços contratados inadequados.
Tais condutas violaram direta e respectivamente os seguintes princípios: