Questões de Concurso Público Prefeitura de Divinópolis - MG 2024 para Supervisor Orientador de Ensino
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A esperança de uma nova era na educação criou um cenário de expectativas para muitos estudiosos da educação. Todos buscavam alinhar suas metas e seus objetivos para a formação das novas gerações na forma de currículos, orientações e produções diversas para o desenvolvimento das crianças e adolescentes para as competências do século XXI. Nesse contexto, o panorama educacional brasileiro se destaca pela presença de documentos norteadores que orientam a construção dos currículos escolares. Entre os mais relevantes, figuram as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Acerca desses documentos, analise as afirmativas a seguir.
I. As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) continuam cumprindo sua função essencial, mesmo após a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
II. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), embora não obrigatórios, servem como importante referência para a construção dos currículos escolares, oferecendo subsídios e orientações aos educadores.
III. As DCNs, a BNCC e os PCNs, em conjunto, orientam a construção do currículo, mas não garantem total autonomia às escolas. Essa autonomia reside na capacidade de adaptar os documentos à realidade local, respeitando os princípios e as diretrizes estabelecidos.
IV. A BNCC, por ser um documento mais recente e detalhado, dispensa os PCNs.
Está correto o que se afirma em
A escolha da profissão é um momento crucial na vida dos alunos, influenciado por diversos fatores e orientado por políticas educacionais e diretrizes curriculares no Brasil. Considerando a legislação brasileira, analise as afirmativas a seguir.
I. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que o ensino médio deve assegurar a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, oferecendo-lhe a possibilidade de escolher trajetórias formativas de acordo com os seus interesses e aptidões.
II. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) destacam a importância de uma formação que contemple a educação para a escolha profissional, incluindo a oferta de orientações e informações que auxiliem os alunos a fazerem escolhas informadas sobre suas carreiras futuras.
III. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio reforça a necessidade de projetos de vida e itinerários formativos que integrem o desenvolvimento de competências para a escolha profissional, alinhados às demandas do século XXI e ao desenvolvimento integral dos alunos.
IV. A orientação profissional deve ser incorporada ao currículo escolar, visando apoiar os alunos na identificação de suas vocações e habilidades, facilitando a tomada de decisões conscientes sobre suas futuras carreiras.
Está correto o que se afirma em
Henry Wallon, Lev Vygotsky e Jean Piaget desempenharam papéis fundamentais na construção do entendimento contemporâneo sobre o desenvolvimento humano e, por extensão, na prática educacional. Com convergências e divergências pontuais, a combinação dessas abordagens proporciona uma compreensão abrangente do desenvolvimento infantil, orientando práticas pedagógicas mais eficazes e personalizadas, proporcionando aos educadores atuações mais embasadas e profissionais. Sobre as ideias dos três grandes nomes da educação mundial, analise as afirmativas a seguir.
I. Para Piaget, o conhecimento é construído do social para o indivíduo, enquanto para Vygotsky e Wallon, do individual para o social.
II. Piaget e Wallon focaram suas análises sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo do nascimento à adolescência, já Vygotsky pensou o desenvolvimento e a aprendizagem como algo que ocorre por toda vida.
III. Para Piaget, os estágios de desenvolvimento eram ordenados e universais, para Wallon, os estágios sofriam rupturas e retrocessos. Vygotsky e Wallon viam o desenvolvimento como resultante do meio; portanto, se o meio mudasse, isso impactaria o desenvolvimento.
IV. Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo é determinado pela oposição da coação à cooperação; Vygotsky considera questões econômicas e socioculturais como determinantes e Wallon considera questões econômicas, socioculturais e afetivas como determinantes.
V. Os três eram sociointeracionistas e acreditavam que os processos filogenéticos e ontogenéticos tinham implicações diretas no desenvolvimento.
Está correto o que se afirma apenas em
Considerando a situação hipotética descrita, a tendência pedagógica contemplada na abordagem da professora é:
Entender a educação como um processo de participação orientado, de construção conjunta, que leva a negociar e compartilhar significados, faz com que a rede comunicativa que se estabelece na aula, quer dizer, o tecido de interações que estruturam as unidades didáticas, tenha uma importância crucial. Para construir essa rede, em primeiro lugar é necessário compartilhar uma linguagem comum, entender-se, estabelecer canais fluentes de comunicação e poder intervir quando esses canais não funcionam. Utilizar a linguagem da maneira mais clara e explícita possível, tratando de evitar e controlar possíveis mal-entendidos ou incompreensões.
(Zabala, 1998.)
Moran (2000) propõe que um dos eixos das mudanças na educação passa pela sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos. Considerando o diálogo como estratégia imprescindível no contexto da sala de aula, podemos inferir que as relações entre ensino e aprendizagem são construídas, elaboradas e reelaboradas com base em uma abordagem dialógica.
Sobre a abordagem dialógica no contexto educacional, no que se refere ao ensino como produção do conhecimento, pode-se inferir que:
Segundo Griffin (2006), os grupos podem ser classificados de acordo com o grau de formalização – “formal” ou “informal”; e de permanência – relativamente “permanente” ou relativamente “temporário”. Os grupos formais são aqueles instituídos para realizar o trabalho da organização, que participam ou não do organograma da empresa. Eles podem ser grupos de “comando” ou “funcionais”, grupos de “tarefas” ou grupos por “afinidade”. Considerando o exposto, analise os grupos definidos nas situações hipotéticas a seguir:
I. Grupo formados por alunos que têm interesse em músicas, sejam eles cantores ou entusiastas, se reunindo para praticar, ensaiar e realizar apresentações musicais dentro e fora da escola.
II. Grupo composto por pais, professores, funcionários e membros da comunidade escolar, colaborando para identificar áreas de melhoria na escola e implementar iniciativas para promover um ambiente acolhedor e de aprendizado mais eficaz.
III. Grupo formado pelo diretor, vice-diretor, especialistas, secretários e assistentes técnicos responsáveis por administrar as operações diárias da escola, implementar políticas educacionais e lidar com questões disciplinares.
A sequência correta representada pelos grupos é:
A formação de adultos precisa ser feita diferente do atual sistema escolar e universitário tradicional, devido ao fator de resistência desses a “voltar para a escola”, por perfazerem uma analogia de que os métodos escolares tradicionais não servem para quase nada na vida profissional.
(Mucchielli, 1980. Adaptado.)
Considerando que o modelo andragógico é um modelo processual, em oposição aos modelos baseados em conteúdo; portanto, o professor andragógico prepara antecipadamente um conjunto de procedimentos para envolver os seguintes elementos:
I. Preparar o estudante e estabelecer um clima que leva à aprendizagem.
II. Criar um mecanismo para o planejamento mútuo diagnosticando as necessidades para a aprendizagem.
III. Manter o ambiente de aprendizagem formal e caracterizado pela competitividade e por julgamento de valor.
IV. Conduzir e planejar as avaliações da aprendizagem por meio de métodos externos, tais como notas de testes e provas.
V. Formular os objetivos do programa (o conteúdo) que atenderão às necessidades dos estudantes e desenhar um padrão para as experiências de aprendizagem necessárias.
Está correto o que afirma apenas em
[...] o termo supervisão integra dois étimos com raiz latina: “super” (com o significado de “sobre”) e “vídeo” (com o significado de “ver”) [...] que resulta de interpretação linear “olhar de ou por cima”. Ou seja, a função do supervisor enquadra-se basicamente em fiscalizar, controlar, avaliar e impor algo aos alunos, mas também orientar e liderar, acompanhando o andamento das atividades na escola. Nesse sentido, “a supervisão pode ser entendida como uma visão aprofundada, reflexiva e com sentido autocrítico do contexto circundante, mas também voltada para o interior com vista a compreender o significado da realidade [...]”.
(Gaspar Seabra; Neves, 2012, p. 30.)
Sobre o contexto histórico da supervisão no Brasil, pode-se afirmar que ela foi reconhecida legalmente pela primeira vez:
Uma das maiores conquistas da sociedade brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerado uma das mais avançadas e completas legislações do mundo. O documento, que colocou na pauta da agenda pública a proteção integral e os direitos da infância e da adolescência como prioridade absoluta – e inspirou países latino-americanos a transformar suas leis –, completou 34 anos neste 13 de julho. O ECA constitui-se importante ferramenta de trabalho para os profissionais da educação em suas ações pedagógicas e também orienta todo o sistema educacional. É um instrumento que, inclusive, garante as políticas públicas tão necessárias à infância e à juventude em situações de risco e de vulnerabilidade social.
(Disponível em: https://porvir.org/eca-uma-lei-que-protege-a-infancia-protege-a-sociedade-como-um-todo/. Acesso em: julho de 2024. Adaptado.)
Nestas quase três décadas e meia, o ECA representa uma carta de direitos voltada para a criança e o adolescente, seguindo o que foi tornado princípio a partir da Constituição Federal de 1988 no que se refere a direitos fundamentais, e sempre há novas e importantes alterações. Em janeiro de 2024, a Lei nº 14.811 estabeleceu novas medidas contra a possibilidade de ocorrências de violências. Sobre o exposto, NÃO se refere a uma das importantes alterações de 2024:
De acordo com Currículo Básico Comum do Ensino Fundamental – CBC/EF, anos iniciais, Ciclo da Alfabetização e Ciclo Complementar, a avaliação da aprendizagem é concebida como uma ação pedagógica a serviço do ensino. É redimensionadora da ação pedagógica e tem dimensão fundamental. A dimensão interativa da avaliação conduz necessariamente à relação entre avaliar não só o que for ensinado, mas o modo como foi ensinado. Uma concepção desse tipo pressupõe considerar tanto o processo que o aluno desenvolve ao aprender quanto o produto alcançado. Pressupõe também que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando as expectativas de aprendizagem, mas às condições oferecidas para que isso ocorra. Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido – se, por exemplo, não há a aprendizagem esperada, significa que o ensino não cumpriu com sua finalidade: a de fazer aprender.
(Brasil, 1997, p. 58.)
Considerando que a avaliação da aprendizagem dos alunos, realizada pelos professores, em conjunto com toda a equipe pedagógica da escola, é parte integrante do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e da implementação do currículo, ela deverá, EXCETO: