Questões de Concurso Público Prefeitura de Guaramirim - SC 2020 para Professor de Língua Inglesa

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Q1143952 Português

Leia o texto de Clarice Lispector, “Declaração de amor”, abaixo:

11 de maio de 1968

Declaração de amor Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil.

        Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.

        Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisto de uma frase.

        Eu gosto de manejá-la - como gosto de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

        Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

        Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

Lispector, C. Declaração de amor. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro. 11 de maio de 1968.

Agora, levando em consideração as funções da linguagem, assinale a alternativa que condiz com o texto acima:
Alternativas
Q1143953 Português

Leia o texto de Clarice Lispector, “Declaração de amor”, abaixo:

11 de maio de 1968

Declaração de amor Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil.

        Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.

        Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisto de uma frase.

        Eu gosto de manejá-la - como gosto de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

        Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

        Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

Lispector, C. Declaração de amor. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro. 11 de maio de 1968.

Ainda considerando o texto, assinale a alternativa que expressa a síntese do que a escritora quis apresentar:
Alternativas
Q1143954 Português

Leia o texto de Clarice Lispector, “Declaração de amor”, abaixo:

11 de maio de 1968

Declaração de amor Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil.

        Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguajem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.

        Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisto de uma frase.

        Eu gosto de manejá-la - como gosto de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

        Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

        Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

Lispector, C. Declaração de amor. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro. 11 de maio de 1968.

Assinale a alternativa que materializa a correção gramatical:
Alternativas
Q1143955 Português
A correção gramatical é percebida na alternativa:
Alternativas
Q1143956 Português
Todas as orações apresentam concordância nominal correta, exceto:
Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: C
4: E
5: C