Questões de Concurso Público IF-SE 2024 para Professor EBTT - Pedagogia
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Sacristán (2000, p. 16) conceitua currículo como “[...] uma prática na qual se estabelece um diálogo, por assim dizer, entre agentes sociais, elementos técnicos, alunos que reagem frente a ele, professores que o modelam, etc.”. Assim, currículo é uma prática que estabelece a função socializadora de cada instituição, expressando-se por intermédio de diversas práticas, dentre elas as práticas pedagógicas, voltadas ao ensino. É construído através de um projeto ou plano ordenado por determinados princípios, que agregam valores e tornam a instituição peculiar em relação às outras. Em relação ao conceito de integrar (integração), não podemos nos prender aos conceitos morais do sentido da palavra, como tornar íntegro, inteiro. O termo deve ser compreendido em sua completude, como as partes no seu todo, a unidade no diverso, onde a educação é tratada como em sua totalidade social, desde suas mediações históricas até a concretização dos processos educativos.
ANA, Wallace Pereira Sant; NOGUEIRA, Sara Maria Souza; BRITO, Wanderley Azevedo de. Reflexões sobre o currículo integrado na educação profissional e tecnológica: desafios e possibilidades. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [S. l.], v. 1, n. 18, p.e8813, 2020.
A educação, segundo o texto, é composta de
Ao se considerar o perfil socioeconômico dos negros, nota-se que eles representam 9,4% do grupo dos 10% mais pobres do Brasil e apenas 1,8% do grupo dos 10% mais ricos dos brasileiros. Como reflexo dessa condição socioeconômica, ao se considerar a escolarização por grupos étnicos, constata-se que a taxa de escolarização em nível superior dos indivíduos com 25 anos, idade regular de ter concluído a educação superior, é de 15% na etnia branca, 5,3% na etnia parda e de 4,7% na etnia negra. Esse é, pois, um indicativo de que os afrodescendentes se encontram em maior desvantagem em termos de acesso à escolarização superior.
ROSA, Chaiane de Medeiros. Limites da democratização da educação superior: entraves na permanência e a evasão na Universidade Federal de Goiás. Poíesis Pedagógica, Catalão (GO), v. 12, n. 1, p. 240-257, 2014.
Ao analisar o texto acima, no que se refere à escolarização no Brasil, as desvantagens quanto ao êxito acadêmico se dão entre os
D.L. é professora no Ensino Médio de um Instituto Federal de Educação. Ela planeja organizar suas aulas e o processo avaliativo correspondente. Para isso, estabeleceu duas avaliações: uma prova individual a ser aplicada ao final do primeiro semestre e uma segunda prova a ser aplicada ao final do segundo semestre. As avaliações aplicadas não retroalimentam as ações didático-pedagógicas da professora.
Elaborado pelo(a) autor(a).
Com base no que foi descrito, é possível inferir que a professora D.L. pratica uma avaliação do tipo
“Quero aprender a ler e a escrever” disse, certa vez, a camponesa de Pernambuco, para deixar de ser sombra dos outros”. É fácil perceber a força poética se alongando em força política de que seu discurso se infundiu com a metáfora de que se serviu. Sombra dos outros. No fundo, estava cansada da dependência, da falta de autonomia de seu ser oprimido e negado. De “marchar” diminuída, como pura aparência, como puro “traço” de outrem. Aprender a ler e a escrever mostraria a ela, depois, que, em si, não basta para que deixemos de ser sombra dos outros; que é preciso muito mais. Ler e escrever a palavra só nos fazem deixar de ser sombra dos outros quando, em relação dialética com a “leitura do mundo”, tem que ver com o que chamo a “re-escrita” do mundo, quer dizer, com sua transformação.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação. São Paulo: Editora Unesp, p. 40, 2000.
O quadro acima traz um pequeno trecho dos escritos de Paulo Freire, no qual podem ser identificados alguns aspectos importantes de sua proposta educacional e pedagógica. Com base no que apresenta o referido trecho, é possível afirmar que a pedagogia freireana corresponde a uma proposta de educação
O racismo estrutural estrutura a sociedade brasileira desde a invasão portuguesa nessas terras. Assim, quando pensamos na organização das nossas escolas, essa discussão não existia. Atualmente, a educação antirracista (que vem sendo proposta há décadas) ganhou bastante força, e esse debate tem sacudido todas as pessoas, negras e não-negras, brancas e não-brancas, a não mais compactuar com essas estruturas.
Iracema Santos do Nascimento. Entrevista a Stephanie Kin Abe. CENPEC.Disponível em: <https://www.cenpec.org.br/>. Acesso em: 21 mai. 2024.
Conforme se pode ler no trecho destacado, o racismo é uma questão que marca a sociedade brasileira ao longo de sua história e constituição. Considerando a Educação Básica e a Educação Superior e observando estritamente o que dispõe a Lei nº 9.394/1996, ou Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o racismo e a problemática que o envolve
Em um Instituto Federal de Educação, uma professora que leciona química para as turmas do segundo ano do Ensino Médio organizou, com bastantes detalhes, o trabalho pedagógico do semestre. Ela utilizou como recurso metodológico um júri simulado ao qual os experimentos feitos pelos alunos em pequenos grupos deveriam ser submetidos. Cada experimento realizado pelos grupos deveria ser acompanhado da descrição do que foi realizado, dos meios empregados e da sequência das ações. O júri, formado pela professora e por alunos previamente sorteados, deveria avaliar o que foi realizado e observar se os critérios científicos foram corretamente empregados. O veredito final do júri fechava o bloco de aulas, com as respectivas devolutivas a respeito do que foi realizado por cada grupo.
Elaborado pelo(a) autor(a).
Com base no que foi descrito, é possível afirmar que a professora utilizou, em suas aulas, o que se denomina de
Lecionando para uma turma na modalidade de educação de jovens e adultos, um professor percebeu que vários de seus alunos tinham algum tipo de experiência profissional e histórias de vida em comum: vinham de famílias pertencentes às camadas populares, tiveram percurso escolar descontínuo etc. Desse diagnóstico inicial, ele passou a anotar, no decorrer das aulas, algumas palavras que circulavam no universo daqueles alunos, palavras ligadas às suas experiências de vida e trabalho. Elas foram mobilizadas na sequência das aulas, configurando temas geradores a partir dos quais a turma era levada a discutir, refletindo em grupo e trabalhando o processo de escrita. O professor tinha clareza de que, junto com o aprendizado da escrita, vinha uma maior capacidade dos alunos em interpretar criticamente o mundo e de eles serem, ainda que numa escala pouco visível, agentes de transformação.
Elaborado pelo(a) autor(a).
O quadro acima descreve uma prática pedagógica desenvolvida por um professor em sala de aula com seus alunos. Toda prática pedagógica porta uma teoria e uma concepção de educação, ainda que seus agentes possam não ter consciência disso. No que diz respeito ao caso descrito, é possível inferir que nele se expressa a concepção pedagógica própria à
Art. 8º. É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.
BRASIL. Lei nº 13.146/2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência.
O excerto acima pertence ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, também conhecido como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. No tocante à garantia de direitos, a leitura do referido excerto permite inferir que a
Na condição de coordenadora de um Instituto Federal de Educação, a professora M.A. está preocupada com a avaliação praticada pelos docentes da instituição. Ela observa que o projeto pedagógico institucional diz sobre avaliação formativa, algo distante do que ela nota ter lugar naquela unidade. Como coordenadora, ela entende que a questão não é banal e planeja sua ação de intervenção sobre o assunto no decorrer de todo o semestre. Numa primeira reunião com o coletivo de docentes do instituto, uma pergunta lhe veio logo no início: o que é a avaliação formativa?
Elaborado pelo(a) autor(a).
A essa pergunta, a coordenadora deve responder que se trata de uma